Poema de Mario Quintana Indivisiveis

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Gosto de dias chuvosos, a chuva tem uma música, que ora parece ser um adágio, ora parece ser uma sinfonia, tocada pela melhor orquestra do mundo. Mas, hoje, ela parecia estar tocando desgovernadamente, acho que o maestro saiu e a deixou sozinha. Raios explodiam a todo instante, os trovões até apavoravam.
Havia muito tempo, não presenciava uma chuva assim, pois o canto da chuva é um canto doce, que transforma o dia cinzento, em um dia colorido, misturando os tons de azul e cinza...
Gosto do canto da chuva. É um canto que possui diferentes tons e semitons... A chuva tem diferentes andamentos na música, há horas em que ela chega parecendo que está nos arrastando pelo espaço, perpetuando a vida... Eh, a chuva nos faz ver a vida passar pela janela, jamais na rua, pois, não daria para admirá-la. Quando ela se vai, se não fosse o brilho no asfalto molhado, não perceberíamos que ela havia passado.
Mas, hoje, a chuva foi pesada, uma chuva sem o azul e sem o cinza, pintou o ar, com a cor dos maiores desesperos, não houve prédio que não tenha tremido com essa chuva negra... E, o pesado escuro das nuvens, veio com os brados dos trovões, varrendo o orgulho humano em enxurradas...
A grande beleza da chuva está em que ela adota uma música diferente para cada olhar, que a contempla. Há música e também há harmonia, mesmo quando ouvimos o estrondo dos trovões... Parece nos querer dizer algo:- Olhe bem dentro de cada gota, há um arco-íris...
Pois não é que ela tem razão! Pois, quando ela se vai, vemos o infinito arco-íris, que se chama vida.

Nesse Dia Nublado e Cinza

Nesse dia nublado e cinza
Eu persigo o teu olhar
Vou com tudo, não meço riscos
Pra poder te encontrar

Como um lobo faminto
Procurando a sua presa
Acho que estou perdendo tempo
Mas não tenho certeza

Nesse dia nublado e cinza
Estou tentando te alcançar
Por você vou até o Inferno
E nunca paro de lutar

Eu não desisto dessa busca
E não desisto de você
Meu desejo é uma utopia
Que sempre sonhei viver

“Que Lindo é Ter um Deus!”
Que maravilhoso é poder acordar todas as manhãs, e ver o sol brilhar, o raiar de um novo amanhecer, céu azul, o cantar dos pássaros, mesmo nos dias de chuva de céu encoberto por nuvens, é lindo a brisa, o ar da manhã, e poder dizer: “ Abençoai-me Deus por mais um dia que nasce e Obrigado pro mais uma noite que vivi!” (Salmo 5,4)(Salmo 4)
Mais bonito ainda é saber que tudo isso foi criado e nos foi dado por Deus, e mais alegres em sabermos que podemos chamá-lo de Pai, um Pai Infinitamente Bondoso e Misericordioso, que podemos pedir, conversar, agradecer, louvar e humildemente orar...
“Deus Nosso Pai;
A Quem nada é impossível:
Invocamos Seu Santo Nome;
Pedimos Vosso auxilio, Vossa proteção;
Retira-nos da escuridão;
Desça Sua mão sobre nós;
E nos ergas do chão;
Nos mostre a Luz de uma Vida Nova;
Com seu Braço Forte;
Realizas prodígios;
Senhor Deus Nosso Pai;
Que a todos chamas de Filhos; (Salmo 2,7)
Rogamos que operes em Nossa Vidas;
Abrimos as portas de nossos corações;
E Te damos livre acesso Senhor;
Ouvi nossas preces Ó Deus; (Salmo 5,3)
Socorra-nos de todos os males; (Salmo 6,5)
Dá-nos a cura de todas as enfermidades;
A Ti Ó Pai, damos Glória e Louvor;
Pelo que realistes em nós;
E na certeza da Profissão de nossa Fé;
Tomamos posse de Vossa Graça Ó Deus; (Salmo 41,14)
Agora e sempre.
Amém!.
E assim depois de um dia de trabalho ma Graça desse Deus que é Nosso Pai Eterno, chegamos à noite na certeza de termos uma boa e santa noite de sono, com a luminosidade da lua cercada de estrelas formando um espetáculo natural no céu que só mesmo Deus Nosso Pai poderia ter Criado.

⁠A tirania infantil prevalece cada vez mais nos lares, com filhos egoístas, individualistas, materialistas, consumistas, ingratos e carentes de empatia, sensibilidade e afetividade.

Consideram-se o "centro do mundo", enquanto os pais são relegados a servi-los exclusivamente.

⁠Existem aqueles que vão apenas discordar de você.

Há também os que vão discordar e se incomodar com você.

E existem aqueles que vão discordar, se incomodar e não vão parar até conseguir te derrotar.

A espiritualidade está relacionada ao propósito e ao significado que o indivíduo atribui à sua existência.

Algumas pessoas encontram essa conexão através da religião ou do divino, enquanto outras podem descobri-la em si mesmas, nas interações com entes queridos, na arte, na natureza, entre outros.

A experiência espiritual varia conforme as crenças e os valores pessoais de cada indivíduo.

Há pessoas que são espiritualizadas sem serem, necessariamente, religiosas; contudo, a religiosidade está inserida no âmbito da espiritualidade.

⁠A festa foi ótima! Só tinha gente bacana e bonita.

Tradução:

A festa foi ótima! Só tinha gente branca e rica.

⁠Alô !


Alô!
Que bom falar contigo,
gosto é ouvir a tua voz,
é uma pena estarmos distante e
não podemos ficar a sós.

⁠Vou seguir em frente!

Vou seguir em frente,
na certeza de que o amanhã,
será melhor do que hoje.

Não espere ser reconhecido
por ninguém.
O que você semeia hoje,
vai colher no futuro.

Silêncio, terrestre. Meu nome é Darth Vader. Sou um extraterrestre do planeta Vulcano.

(Marty McFly)

⁠"Irmãos, ⁠não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento."

I Coríntios 14:20

⁠Hábito

Transformar as boas virtudes em hábito é cultivar o bem sem olhar para aquém, sem pensar no além.

Cada gesto, cada ato, é um exercício de amor, e assim, a vida se enriquece, se ajusta, se transforma.

Na prática diária, a bondade se perpetua, tornando cada dia uma dádiva, uma nova aventura.

Que a cada amanhecer, o hábito se renove e ao mundo prove que boas ações a todos comove.

Que sejamos, assim, exemplo vivo de retidão, tendo no coração o maior de todos os hábitos: o amor desinteressado.

Perdoa-me, Visão dos Meus Amores

Perdoa-me, visão dos meus amores,
Se a ti ergui meus olhos suspirando!…
Se eu pensava num beijo desmaiando
Gozar contigo uma estação de flôres!

De minhas faces os mortais palores,
Minha febre noturna delirando,
Meus ais, meus tristes ais vão revelando
Que peno e morro de amorosas dores…

Morro, morro por ti! na minha aurora
A dor do coração, a dor mais forte,
A dor de um desengano me devora…

Sem que última esperança me conforte,
Eu – que outrora vivia! – eu sinto agora
Morte no coração, nos olhos morte!

Retrato Ardente

Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.

Eugénio de Andrade
ANDRADE, E., Obscuro Domínio, 1972

De repente é noite e você está tão só... O meu dia foi lindo, mas eu sei que o seu te doeu até agora e eu não posso amenizar nada com palavras que pretendam ser abraços porque elas te falariam obviedades sobre tempo, paciência e espera_ quase uma crueldade quando o que a gente quer é uma premonição, uma certeza, alguma frase cheia de sabedoria que norteie nossa vida...

De repente a semana está começando de novo, mas só se passaram alguns dias e todos foram tão abarrotados de ausência e medo e confusão interna, de uma busca quase estéril de se sentir melhor ,de fazer coisas por si mesma....E o buraco insistindo no meio de dentro do corpo, o abismo gelado, o choro engrossado de escuridão e descrença...

E eu te vejo encolhida num canto, o desespero nos olhos, o peito abafado, a vontade do grito e a falta de fôlego...E eu não sei a coisa mais bonita que eu poderia te escrever....Sei que já vi borboletas voarem faltando um pedaço da asa e rosas incríveis desabrocharem num copo com água: e é disso que me nutro pra acreditar que a meteorologia nem sempre está certa e que dias tão cinzentos podem ser prefácios de noites com sol...Sei que se eu estivesse aí,certamente estaríamos juntas no cantinho mais confortável de qualquer lugar escolhido por você e eu te daria um abraço com tanto encaixe e amor que você, por pelo menos alguns minutos, encontraria "um pouquinho de saúde, um descanso na loucura"...

E mesmo que o seu corpo todo doa numa súplica e que “ele” seja toda sua ferida... Meu amor, eu espero ,sinceramente, que o pedacinho que falta na tua asa, não te impeça o vôo...

Senhor, quando eu tiver fome,
dai-me alguém que necessite de comida.
Quando tiver sede,
dai-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio,
dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento,
dai-me alguém que necessite de consolo.
Quando minha cruz parecer pesada,
deixe-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre,
ponde a meu lado alguém necessitado.
Quanto não tiver tempo,
dai-me alguém que precise
de alguns dos meus minutos.
Quando sofrer humilhação,
dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada,
dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir a necessidade
da compreensão dos outros,
dai-me alguém que necessite da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim,
dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma,
voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor,
de servir nossos irmãos
que vivem e morrem pobres e com fome,
no mundo de hoje.
Dai-lhes, através das nossas mãos,
o pão de cada dia e dai-lhes,
graças ao nosso amor compassivo,
a paz e a alegria.

O POETA

Un souvenir heureux est peut-être sur terre
Plus vrai que le bonheur.
A. DE MUSSET

Era uma noite: — eu dormia...
E nos meus sonhos revia
As ilusões que sonhei!
E no meu lado senti...
Meu Deus! por que não morri?
Por que no sono acordei?

No meu leito adormecida,
Palpitante e abatida,
A amante de meu amor,
Os cabelos recendendo
Nas minhas faces correndo,
Como o luar numa flor!

Senti-lhe o colo cheiroso
Arquejando sequioso
E nos lábios, que entreabria
Lânguida respiração,
Um sonho do coração
Que suspirando morria!

Não era um sonho mentido:
Meu coração iludido
O sentiu e não sonhou...
E sentiu que se perdia
Numa dor que não sabia...
Nem ao menos a beijou!

Soluçou o peito ardente,
Sentiu que a alma demente
Lhe desmaiava a tremer,
Embriagou-se de enleio,
No sono daquele seio
Pensou que ele ia morrer!

Que divino pensamento,
Que vida num só momento
Dentro do peito sentiu...
Não sei!... Dorme no passado
Meu pobre sonho doirado...
Esperança que mentiu...

Sabem as noites do céu
E as luas brancas sem véu
Os prantos que derramei!
Contem do vale as florinhas
Esse amor das noite minhas!
Elas sim... que eu não direi!

E se eu tremendo, senhora,
Viesse pálido agora
Lembrar-vos o sonho meu,
Com a fronte descorada
E com a voz sufocada
Dizer-vos baixo: — Sou eu!

Sou eu! que não esqueci
A noite que não dormi,
Que não foi uma ilusão!
Sou eu que sinto morrer
A esperança de viver...
Que o sinto no coração!

Riríeis das esperanças,
Das minhas loucas lembranças,
Que me desmaiam assim?
Ou então, de noite, a medo
Choraríeis em segredo
Uma lágrima por mim!

A Lagartixa

A lagartixa ao sol ardente vive
E fazendo verão o corpo espicha:
O clarão de teus olhos me dá vida,
Tu és o sol e eu sou a lagartixa.

Amo-te como o vinho e como o sono,
Tu és meu copo e amoroso leito...
Mas teu néctar de amor jamais se esgota,
Travesseiro não há como teu peito.

Posso agora viver: para coroas
Não preciso no prado colher flores;
Engrinaldo melhor a minha fronte
Nas rosas mais gentis de teus amores

Vale todo um harém a minha bela,
Em fazer-me ditoso ela capricha...
Vivo ao sol de seus olhos namorados,
Como ao sol de verão a lagartixa.

Lembra-te, quando fomos condenados
a magoa eterna da separação,
e a dor, o exílio, os anos fatigados,
me houverem corroído o coração;
pensa no extremo adeus, nesta triste existência!
Para quem ama, o tempo é nada, e é nada a ausência.
Meu pobre coração, até morrer,
sempre te há de dizer:
Lembra-te!
Lembra-te
ainda quando paz sem termo
ele, extinto, gozar na terra fria;
e quando, em meu sepulcro, a flor do ermo
Desabrochar suavemente um dia!
Não mais tu me hás de ver;
mas, onde quer que vás,
junto de ti minha alma - irmã fiel - terás!
E, alta noite, hás de ouvir a voz desconhecida,
murmurando sentida:
Lembra-te!

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, D. Lição de Coisas: poesia. São Paulo: J. Olympio, 1965

Nota: Trecho do poema Para Sempre Link.

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