Poema de Mario Quintana a Pessoa Errada
Eu descobri muito cedo que a melhor maneira de se destacar na multidão era escolher a multidão certa para se destacar.
Somos burgueses que formam burgueses, enquanto deixamos os filhos de operários serem operários tais quais seus pais! Não, reverendo Otto... Esse é o nosso sistema de ensino e este é o nosso educandário!
Acontece com todos os livros. Mais valioso do que o poder que existe neles, é o jeito como você os lê.
Em toda a longa história da evolução, a gente está sempre no momento certo. E hoje, finalmente, eu me sinto vivo.
O coração quer desistir quando o corpo cansa. Vai ter dia em que você vai querer desistir da sua vida. Neste dia, não fique deitada. Lute pela sua vida. Pegue um cobertor e pise nele. Vire a terra do seu campo. Saia e ganhe o seu salário. Diga: “Eu não vou morrer, eu vou sobreviver a isso”. E levante o seu corpo do chão.
Para com isso de ter pena de si mesmo e começa a procurar coragem em ser gentil com você.
A vida é assustadora, e é assustadora por uma razão, e a razão é que não importa qual ramo de uma vida a gente vive, somos sempre a mesma árvore podre.
A Morte Não É Nada Para Nós Habitua-te a pensar que a morte não é nada para nós, pois que o bem e o mal só existem na sensação. Donde se segue que um conhecimento exacto do facto de a morte não ser nada para nós permite-nos usufruir esta vida mortal, evitando que lhe atribuamos uma idéia de duração eterna e poupando-nos o pesar da imortalidade. Pois nada há de temível na vida para quem compreendeu nada haver de temível no facto de não viver. É pois, tolo quem afirma temer a morte, não porque sua vinda seja temível, mas porque é temível esperá-la.
Tolice afligir-se com a espera da morte, pois trata-se de algo que, uma vez vindo, não causa mal. Assim, o mais espantoso de todos os males, a morte, não é nada para nós, pois enquanto vivemos, ela não existe, e quando chega, não existimos mais.
Não há morte, então, nem para os vivos nem para os mortos, porquanto para uns não existe, e os outros não existem mais. Mas o vulgo, ou a teme como o pior dos males, ou a deseja como termo para os males da vida. O sábio não teme a morte, a vida não lhe é nenhum fardo, nem ele crê que seja um mal não mais existir. Assim como não é a abundância dos manjares, mas a sua qualidade, que nos delicia, assim também não é a longa duração da vida, mas seu encanto, que nos apraz. Quanto aos que aconselham os jovens a viverem bem, e os velhos a bem morrerem, são uns ingénuos, não apenas porque a vida tem encanto mesmo para os velhos, como porque o cuidado de viver bem e o de bem morrer constituem um único e mesmo cuidado.
Brinquedos
Eu fiz de papel dobrado
Um barquinho e naveguei.
Fiz um chapéu de soldado
e soldadinho – marchei.
Fiz avião, fiz estrela
embarquei dentro – voei.
Agora fiz um brinquedo
– o melhor que já brinquei –
guardei num papel dobrado
o primeiro namorado
(o seu nome, eu inventei...)
Pagar pra ter cultura, saúde e proteção,
Lutar para sobreviver cada dia é um dragão,
Da labuta a penúria a árdua vida da nação,
Tirar da mesa e por na igreja
Esperando salvação.
O choro preso na garganta que inflama,
O grito mudo trancafiado no pulmão,
Colhendo frutos que alimentam a esperança
Como alimentos garimpados no lixão...
"Mais magro", sussurra o velho cigano de nariz carcomido
para William Halleck quando ele e sua esposa Heidi saem
do tribunal. Apenas estas duas únicas palavras, carregadas
pela doçura enjoativa do hálito dele.
"Mais magro". E antes que Halleck possa recuar, o velho
cigano estica o braço e acaricia-lhe a face com um dedo
retorcido. Os lábios dele entreabrem-se como uma ferida,
exibindo alguns cacos de dentes que despontam das gengivas
como lápides quebradas. Cacos de dentes enegrecidos e
esverdeados. A língua do velho se esgueira por entre eles e
então desponta, para lamber os amargos lábios sorridentes.
"Mais magro "
Uma atração fatal surgiu
diante de um olhar
diante de um toque
Poderas vivê-la sem medo?
Apaixonada encontro-me
ouvindo sua voz
sentindo seu cheiro
Tendo sua presença
Extasiada quero entrelaçar-te
No cair da chuva ,no queimar do sol,no silêncio da noite e na claridade da escuridão
Desejo fala mais alto
Seduçao vem no sobrenome
Acordo e vejo que tudo foi ilusão
Porque será que já se passaram anos , e ainda sou totalmente entregue à você?
Não me entendo ; não entendo você, nosso sentimento
Tem dias que me pego perguntando se você pensa em mim como eu penso em você , se você me deseja como eu desejo você.
Enquanto vivemos assim sem nos deixar pelo amor, a cada dia que passa anseio pelo teu corpo junto ao meu , seus lábios , sua pele ...
Anos apenas nisso , quando será que vamos nos permitir e sentir o que desejamos fazer?
A gente poderia
Conversar a noite inteira
Mas amanhã é segunda-feira
Eu tenho contas a pagar
Eu tenho que apagar a luz
Eu quero estar dormindo
Quando o despertador tocar
A gente poderia
Conversar a noite inteira
Falando sério só de brincadeira
Mas eu quero dormir um sono profundo
Eu quero estar em outro mundo
Quando o sol raiar
A gente poderia
Conversar a noite inteira
Poderia deixar a luz acesa
A noite inteira
Mas, por favor, esqueça
Eu quero tirar da cabeça
Tudo que mereça atençao
A gente pode conversar
Sobre o que há de mais sagrado
Ao mesmo tempo
Cometer os maiores pecados
A gente pode falar de liberdade
Sem sair da prisão
Pode falar sobre o céu
Sem tirar os pés do chão.
Tipos de grevistas
É comum, especialmente nos setores públicos, as greves. Elas representam uma manifestação social na busca de melhores salários e melhores condições de trabalho. Mas numa greve, existe vários tipos de grevistas. Observe as características abaixo e veja em que tipo de grevista você se enquadra:
Grevista zumbi: se finge de morto nas manifestações, mas levanta do túmulo rapidinho na hora de receber o aumento de salário.
Grevista parasita: um tipo bem comum. Deixa os outros lutarem por ele, sugando cada conquista que ele pouco ou nada contribuiu.
Grevista dedo-duro: fica de olho nos colegas pra dedurar para os nossos “governantes”. É conhecido também como puxa-saco.
Grevista dupla-face: na frente dos grevistas se mostra a favor da greve, mas na frente dos “governantes” se mostra totalmente contrário ao movimento. Esse tipo costuma ficar em cima do muro.
Grevista fashion: aparece no movimento, desfila seu modelito e vai embora.
Grevista abelha: aprece, faz cera e também vai embora.
Grevista terremoto: treme só em pensar na greve com medo de perder seu cargo.
Grevista papai Noel: não ajuda e só enche o saco.
Grevista sambarelove: fala muito. Tem um discurso bonito, mas nada condizente com sua ação no movimento.
Grevista consciente: é aquele que de fato conhece seu papel enquanto cidadão. Vê na greve um momento de lutas para melhores condições de trabalho e não umas férias antecipadas. Para este cada conquista é valiosa e merecida.
Portanto, pense bem em sua atitude e veja que tipo de grevista você é!
