Poema de Mario Quintana a Pessoa Errada
pra escrever poesia
e até um lindo poema
pra viver com amor
pra conceder o perdão
coloco a alma no coracao
e vou!!!
a minha tatuagem é na alma
e reflete na flor da pele
escrevo um delicado poema
que nem de longe me descreve
alguém me lê
e não me entende
e se me vê
talvez me sub-entende
e se sabe o que sinto
então me compreende
é só me decifrar
com meus dilemas
com meus problemas
com minhas rimas
da louca poesia
a me encantar
é a flor que me pintam
do meu jardim interior
plantada no meu coracao
com seus espinhos cravados
dentro de mim
dentro do meu corpo são
dentro do mais profundo eu
que não demora a florescer
cresce em meus cabelos
desabrocham em meu peito
feito o amanhecer do sol!!!
o meu melhor poema
é o sorriso estampado no meu rosto
é a poesia tatuada no meu corpo
é a felicidade enlaçada no meu coracao
é a suavidade dos meus gestos
é a delicadeza das minhas palavras
é a humildade do meu espírito
é a simplicidade da minh'alma
é a cumplicidade dos meus ouvidos
é a serenidade do meu ser
é a solidariedade dos meus braços
é a caridade das minhas mãos
é a integridade dos meus olhos
é o respeito dedilhado ao próximo
é a leveza dos meus cabelos ao vento
é a vontade de buscar, das minhas pernas
é a força e dedicação dos meus ombros
é a caminhada incessante dos meus pés
é o sangue que corre em minhas veias
é a beleza e sinceridade do meu olhar
é a sutileza do meu amor
é o afeto dos meus abraços
é o carinho dos meus beijos
está escrito no meu céu da boca
e exalado no meu perfume floral!!!
eu me pinto e me bordo
com fios de seda
eu me escrevo e me canto
em forma de poema
eu me desenho e me encanto
com minhas curvas
eu me vejo imponente
tão clara e evidente
tão surpreendente
tão persistente
tão sorridente
tão contente
com o que simplesmente vejo
eu sou assim
linda de qualquer jeito
até pintada naturalmente
bordada pessoalmente
borrada literalmente
descabelada loucamente
suada indecentemente
irritada diariamente
pelada desde sempre
como vim ao mundo
e são imundos
os pensamentos
os excrementos
que saem da mente suja
que se sobrepuja
e ainda sim, eu me supero
assim espero
ficar bem esperta
pro que eu sempre quero
uma linda aquarela
de mim tão bela
pendurada no meu velório
pra quem não me conheceu
no começo da vida
ainda dá tempo
de conhecer no meu triste fim
muito prazer!!!
me jogo de cabeça
na leitura
na escrita
na escritura
da minha vida
no poema
na poesia
na resolução do problema
na alegria do dia
no caminho de Jesus
na razão
na luta
na emoção
no carinho
na educação
na fé
na paixão
em tudo o que valha a pena
com a melhor intenção
do fundo da minh'alma
entrarei de cabeça
corpo e coracao
na fase do amor!!!
e juntando poesia com beleza
eis-me aqui
a poesia por si só é bela
a beleza por si só é um poema
o poema é o tema que me remete ao amor
e o amor que sinto tem cheiro de flor
e de absinto
e o amor é tudo o que de melhor eu sinto
e sinto muito
e transbordo
e extravaso
e me regalo
o amor tem o gosto e a cor da romã
é uma amor de traz pra frente
é atravessado
é transpassado
em meu peito
intensificado de emoção
o amor é minha vida
minh'alma
e minha sonegação
o amor cabe em qualquer lugar
ele é o cabimento em pessoa
invade meu ser
e fica preso não é a toa
dentro do meu coracao!!!
e hoje acordei com inspiração
faço verso, poema e poesia
que remete à alma e ao coracao
que aflora os sentimentos
que traz as lembranças
que faz sentido
que intui
que flui
coracoes!!!
Poema:
Transeunte na estrada.
"Transcorrida a estrada
Que te deixara sem chão,
Sobram lembranças sublimes
Da lograda transposição.
Quando as dores de outrora,
Demasiadas vívidas,
Tornam-se meras histórias
De estações sofridas.
Quando o inquirir absorto,
De angústias vertigem,
Ventem-se no sonido incalto
De adobas que infringem.
Transpassado a tormenta
Do arquejar sombrio,
Sobram somente esperança
Do ulterior brio." A resposta tristeza,
O calar relutante;
Cambia a nota lúgubre
Em fervor radiante.
O Chorar é lutar;
O Errar é crescer;
O tombar vacilante, sem esmorecer,
É canção retumbante de quem sabe viver.
Só seu
Hoje pensei em escrever um poema
Dedicado somente a você
Para que possas ler e reler
Guarde-o numa caixa de joias
Numa gaveta de roupas íntimas
Ou, em uma mala de viagem guardada.
No fundo de um quarto de bagunça
Eu vou querer dizer neste poema
Que de todas as minhas loucuras
Tu és meu distúrbio mental
Que não o mostre a ninguém
É segredo, é uma coisa só nossa.
Não o decore, senão perderá a graça.
O objetivo será sempre de surpreendê-la
Leia-o sempre numa manhã chuvosa
Leia-o sempre numa tarde tórrida
Ou, numa noite solitariamente abrasadora.
Mas no fundo o poema é só meu, pra você.
MEUS POEMAS
Meu primeiro poema foi tão fraquinho:
sem harmonia, sem coerência...
Apesar de feito, com muito carinho,
era infantil, e sem consistência...
E, como João – graveto fazia meu ninho.
Meu primeiro poema não levava jeito.
Ainda hoje tropeço no tecer...
Mesmo vindo do peito,
e da alma; as duras lavras.
A nenhum leitor agradava:
por não ligar nada com nada.
Meu primeiro poema,
não teve graça alguma.
E fora, para alguns,
um grande insucesso.
Para outros, apenas, mais um;
para maioria, um retrocesso.
Meu primeiro poema
falava de amor;
um tema tão explorado,
em que, os namorados,
não mais se amam, só ficam...
Não sabem, definir esse sentimento.
Meu segundo poema,
já foi mais convincente;
assim como a graça do pirilampo,
no frescor da noite e dos ventos;
foi como a imponência e a beleza da ema,
solta no campo.
Meu último poema foi o mais lindo!
E o mais brilhante poema, que já fiz.
Desafio alguém, a fazer outro igual!
Ao tecê-lo, desprendi tanta ternura e esmero,
que não vi outro, tal qual.
Foi uma obra prima, a mais valiosa das artes!
Caprichei demais, até, principalmente nos arremates,
E com a candura de um bom filho, o dediquei à pessoa mais importante
Do mundo pra mim: obrigado mamãe por ser e ter inspirado a minha mais bela poesia!
E por ser, mais preciosa do que o diamante.
- 14.04.16
IMPRESSIONISTA
Quero um poema que diga
O quanto gosto de você
Grávido da poética de Neruda
Entorpecido da doçura de Monet.
No encontro com o alvorecer,
vestido de lua e sol,
um poema brotou da terra
em forma de rosa amarela...
Poemar
Sou um poema
Composição de um tema
Que o Universo teceu e esqueceu
De rimar, ou não o quis
Por pura delicadeza.
Por ser menos rígido
Tem mais leveza.
Com a liberdade de palavras
Que não se casam
Nasci livre como uma deusa
Meus pensamentos voam
E navegam sem serem interceptados
E o tempo tem sabor de eternidade
Minha vida, eu sei, irá se repetir
Indefinidamente
Copiando
O infinito.
Assim, sou no todo um único verbo
Da forma infinitiva
Construído só pra rimar,
Um neologismo:
Poemar
Só meu
Eu queria escrever um poema
um original
só meu
pra você
mas todos que eu imaginava
era cópia de outros
eu não queria cópia de nenhum
Pois o que sinto não é cópia de ninguem
é um sentimento
só meu
pra você.
PROCURO POR UM POETA
Fui, sou, ainda irei
Ser um bom poema
Uma rima atravessada no seu verso.
Eu fui
Eu sou
Eu serei.
Um bloco de notas cheio
Cheio de rascunhos esperando um leitor
Disposto a me aceitar em seu leito.
Leia-me
Sinta-me
Reescreva-me.
Seja a mão correta
Me transcreva com outras palavras
Seja meu poeta.
Será que não tinha um poema?
E se você pensou que hoje não tinha poema
Te digo que talvez não
Porque hoje estou sem rimas
Será que tem algum problema?
Palavras me faltaram
Quando hoje te vi
Fiquei sem fala
E quase morri
Calma, foi só emoção
Sintomas de algo
Que esta aqui dentro
Do meu coração
Ah que manhã mais linda
Que me trouxe alegre paixão
Poema
O poema é um segredo
de irrestrito acesso...
Mas,
só o poeta sabe
quem lhe inspirou
os versos.
POEMA DA SOLIDÃO
Serei tão secreta
como o tecido da água
e tão leve
e tão através de mim deixando passar
toda a paisagem
e todo o alheio pecado
do gesto, da presença ou da palavra
que logo que a tua mão me prenda
me não acharás:
serei de água
PLEONASMO DO POEMA-POESIA
O Poema é uma centelha
Concomitantemente
Conclamada e errática.
O Poema é a equação
Que habita o cérebro
Da nossa dualidade:
Pavimenta a alameda da emoção e da racionalidade.
O Poema é uma enigmática areia movediça:
Rebenta prenhe ou órfão de um intento
E trilha vias do alcácer das viroses dos abstratos, concretos tormentos
(sejam os frívolos dissabores, seja a dantesca
luminescência da bruma do quase aniquilamento),
Antes de se transmudar em monumento
Á Lógica, ao tornado dos vulcânicos sentimentos
Ou ao maremoto dos libertários devaneios.
O Poema é a aquarela
De um premeditado
Ou inesperado Estalo:
Nasce no córtex,
Navegando pelo
Oceano de teias e correntes da mente
Para, em seguida, desaguar sobre
O espaço vazio como palavra:
Quer Verso insalubre, amarelo, hospitalar, alegria flagelada;
Quer jucunda ventania, Poesia em estado de Graça!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA