Poema de Mãos
GAZA aGonizante.
GAZA
aGoniza.
AGORA. E fica o nó preso na
GARGANTA do mundo omisso.
GATILHOS de metralhadoras destravados
GRITAM foGo e bombas
GERMINAM do céu, anjos neGros da morte.
GANIDOS dolorosos se espalham
GRILHÕES das almas tenras se fecham numa
GUERRA cruel e desumana.
GRUNHIDOS e lamentos tinGem nossas páGinas em
GROSSO, robusto e verGonhoso
GRAVÍSSIMO
GESTO de lavar as mãos. Tentamos o cessar-foGo
GABAM autoridades do resto do mundo.
ENGROSSAM, alguns, o poderio do armamento que já
estranGulou mais de trezentas crianças indefesas.
GENUINAMENTE inocentes, mas ai, que ainda
GEMEM os esfacelados sobreviventes...
Não vou sujar as minhas mãos tentando tirar sua máscara porque minha única certeza é: máscaras sempre caem sem a ajuda de ninguém.
Está em nossas mãos apagar inteiramente da nossa memória os infortúnios e as recordações desagradáveis.
Seu futuro está em suas próprias mãos, então, não deixe que qualquer um te faça desistir, não olhe para trás e não pense na volta. Por um segundo, esqueça as consequências e faça aquilo que seu coração manda.
Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternura e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim ...
Nota: Trecho de um texto do autor.
O Bosque existe: é um dos meus lugares mágicos, onde minha imaginação anda de mãos dadas com a realidade.
Hoje sou luxúria. Espero mãos pesadas, ópio na veia, sol de giz riscado no chão. Quero dividir meus erros, arranhar minha loucura.
O fato é que tenho nas minhas mãos um destino e no entanto não me sinto com o poder de livremente inventar: sigo uma oculta linha fatal.
A mulher, quanto mais mulher é, tanto mais se defende com as mãos e com os pés contra tudo o que for direito: o estado de natureza, a eterna guerra entre os sexos, lhe dá há muito o primeiro lugar.
Que suas mãos se dediquem a abençoar. Que o brilho dos seus olhos, como o sol, aqueça o frio de uma alma. E que seus lábios ao falar, profiram orações disfarçadas de meros cumprimentos. Que hoje a felicidade não precise bater à sua porta, por já estar habitando em ti...
Suas roupas estão sujas, mas suas mãos estão limpas
E você é a melhor coisa que ele já viu.
Eu estava a ponto de sentar numa daquelas calçadas tortas,(...) enterrar a cabeça nas mãos e chorar e chorar pelo tempo perdido, pela falta de sentido, pela minha derrota.
Manda-me verbena ou benjoim no próximo crescente, e um retalho roxo de seda alucinante, e mãos de prata ainda (se puderes). E se puderes mais, manda violetas (margaridas talvez, caso quiseres). Manda-me osíris no próximo crescente e um olho escancarado de loucura (em pentagrama, asas transparentes). Manda-me tudo pelo vento: envolto em nuvens, selado com estrelas, tingido de arco-iris, molhado de infinito (lacrado de oriente, se encontrares).
E apesar da hostilidade entre ambos se tornar gradativamente mais intensa, como mãos que estão perto e não se dão, eles não podiam se impedir de se procurar.
DAS MINHAS MÃOS, QUE SÃO TÃO FIRMES
Das minhas mãos, que são tão firmes,
cai-me o espelho, que era tão claro,
e à meia-noite se divide,
com meus olhos cheios de teatro.
Nas grandes sedas do vestido,
ficam meditando meus braços.
E de longe correm antigos
pássaros cheios de presságios.
Há um cristal de sonho e de lua
cobrindo com serenidade
as adormecidas criaturas.
Uma mulher no alto da noite
pensa que é solidão, que é tarde,
e que o cristal levou seu rosto.
Põe-me as mãos nos ombros...
Beija-me na fronte...
Minha vida é escombros,
A minha alma insonte.
Eu não sei por quê,
Meu desde onde venho,
Sou o ser que vê,
E vê tudo estranho.
Põe a tua mão
Sobre o meu cabelo...
Tudo é ilusão.
Sonhar é sabê-lo.
O que é que você quer?
Ela sorriu. Estendeu as mãos, tocou-o também. Vontade de pedir silêncio. Porque não seria necessária mais nenhuma palavra um segundo antes ou depois de dizerem ao mesmo tempo:
- Quero ficar com você.