Poema de Mãos
Maleta de viagem
O poeta veio pro cerrado
foi visto na meseta
em minas foi saudado
nas mãos poemas e uma maleta
Separe algum tempo para
ser útil a alguém.
A vida é via de duas mãos,
vai e vem...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO DAS ROSAS
Rosas, poemas da natureza, poetadas
Por mãos, que também oferecem rosas
Cativantes, ao amor tornam suspirosas
E ao desafeto são tristes e desfolhadas
Já as vermelhas para paixão, afanadas
Ornando o olhar, se dando primorosas
Cheias de significado, e tão formosas
Também, bem às emoções esfalfadas
És cheiro nas lembranças silenciosas
Lágrima infeliz nas perdas passadas
Sois trovas alfombradas às amorosas
Ah! Belas damas várias e tão encantadas
As primeiras, as derradeiras, carinhosas
Só tu rosas, para coroar nossas estradas
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
SONETO DA PAIXÃO
Há que bom seria, poder tocar-te
Enrolar as minhas mãos no carinho
Entrelaçar o meu olhar no teu linho
Das carícias, assim, então amar-te
Há se eu pudesse trilhar o caminho
Dos sonhos que te fazem à parte
Dos ardentes desejos, ó doce arte
Bebida no afago, em taça de vinho
Onde andas tu ó cálida paixão baluarte
Venha e da solidão arranque o espinho
No vitral do sentimento és estandarte
Te quero no peito, coração, no verde ninho
Te espero no tempo que a demora reparte
Qualquer hora, não seja tarde, aqui sozinho!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
E quando não houver saída,
cave uma nova brecha
com as mãos na lida...
E a superação como uma flecha.
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
QUASE POESIA (soneto)
Poesias, que já inspiraram, amarrotadas
por mãos, também, que as aprimoram
as suaves e tristes, também as amadas
as dos beijos suspirosos, que já se foram
Umas indesejadas, outras atormentadas
dos sonhos fanadas, no coração moram
tem as dos emaranhados destrançadas
e as que as centelhas da criação imploram
Umas que morrem na alma silenciosas
outras cheias de viços e bem amorosas
as desventuradas, primeiras, derradeiras
Aí! Quem melhor que vós, oh primorosas
para coroar-me, poeta, e ter-te gloriosas
evocando, quase poesia, por belas prosas?
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2016, 17 de novembro
Cerrado goiano
Desejo
Quem me dera ter vivido poeta
Ter olhos que veem a emoção
Mãos pra cantar a canção certa
Fazendo poemas da inspiração
Ah, quem me dera!
Saber rimar frases de amor
Compor rimas com quimera
E na quimera lapidar a dor
Quem me dera, ah!
Ter a estrofe certa pra paixão
Na quadra ter a sublime forma
E doces versos para o coração
Ah! Sonhador de ser poético
E neste sonho muito quisera
E o pouco que faço é sintético
Ser poeta? Ah, quem me dera!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
À SOLIDÃO (soneto)
Oh! jornada de inação. O silêncio em arruaça
Arde as mãos, o coração, aperreado arrepia
O olhar, tremulo e ansioso, tão calado espia
O tempo, no tempo, lento, que ali não passa
No cerrado ressequido, emurchecido é o dia
E vê fugir, a noite ribanceira abaixo, devassa
E só, abafadiço, o isolamento estardalhaça
No peito aflito de uma emoção áspera e fria
Pobre! Se põe a sofrer, nesta tua má sorte
No indizível horror de um sentimento vão
Quando silenciosa e solitária é a morte...
Bem à tua paz! Bem ao teu “às” sossego!
Melhor na quietude, ao espírito elevação.
Se na solidão, viva! E saia deste apego!...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 11 de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
NATAL, amor
- Para todos os que coabitam
os fartos, os que necessitam
- Pelas mãos que dão asilo
a aquele que está intranquilo
- Pela dor que é compartilhada
na dificuldade vivenciada
- Pela velhice respeitada
é sabedoria, tem de ser assimilada
- Pela mágoa que abriu ferida
indulgência deve ser oferecida
- Pelas guerras iniciadas
as armas devem ser arriadas
- Pelo tempo, em sua moderna corrida
abrace mais, sorria mais, mais vida
- Pela inconsciência desatinada
a natureza deve ser preservada
- Pelo amor, a diversidade em harmonia
vamos comemorar união, força, hegemonia
- Pois a nossa fé não pode ser fatal
oremos ao Menino Deus, é Seu Natal!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
cerrado goiano - Natal.
Embate
À volta de incerta inspiração
Ocupei as minhas mãos.
.... e foi a poesia sua combinação!
Brinquei de poetar a vida
Só por tê-la.
Ai! como é incontida
Misteriosa e bela
Cheia de medida!
Em rima discreta, branda
Fui poetando, fui poetando
O que a emoção manda...
E, o que o fado me foi dando
Talvez fiquei devendo à poesia
Um canto de delírio, trovando
Ou talvez mais alegria!
Quiçá! Uns versos amando.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/04/2020, 17’52” – Cerrado goiano
ANSIEDADE
Ando escuro, vago, sensação vazia
Mãos alquebradas de muito poetar
Atrás de uma poética que me sorria
E que em vão inspirei por alcançar...
Busquei por uma encantada alegria
Tive venturas, ilusões, e pude amar
Preso ao versejar puro que me guia
Cantei fascínio, tormentos, e o luar
Venho calado, exausto, sem alento
Porém, nem a tristura ou o lamento
Saem de minha poesia, macerada...
Assim, é o fado, dado, não me iludo:
Contudo, em querer tudo, eu saúdo
O certo amor, exige pouco ou nada!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 maio, 2021, 10'40" – Araguari, MG
Habitar
Não quero ser apenas tocada.
Quero ser habitada.
Não por mãos que me percorrem com pressa,
mas por quem se perde em mim como quem encontra morada.
Quero ser sentida com os olhos fechados.
Com o coração aberto.
Com a calma de quem entende que o prazer mora na pausa —
na respiração contida, no quase, no que se prolonga.
Quero que cada parte minha seja descoberta como um território sagrado.
Como se você estivesse lendo meu corpo em braile,
palavra por palavra, pele por pele,
até entender minha linguagem.
Que o arrepio seja tua resposta,
e o silêncio entre nós, a oração.
Que você me toque como quem desvenda.
Como quem tem sede,
mas não se apressa.
Como quem entende que habitar alguém
não é sobre entrar,
é sobre permanecer.
Não quero ser o instante.
Quero ser o eco.
O sabor que fica mesmo depois da última mordida.
O cheiro que gruda mesmo depois da despedida.
A lembrança que acende só de fechar os olhos.
Quero que me sinta mesmo quando não estou.
E que deseje voltar — não pelo corpo,
mas pela paz que encontrou ao deitar no meu.
Winx!
Quando damos nossas mãos
Nos tornamos poderosas
Porque juntas somos invencíveis
Winx!
É tão bom poder sorrir
E o mundo iluminar
Venha se juntar á nós voando
A mesma pessoa que te beijou no passado, amanhã, poderá te esbofetear com as mãos pesadas da traição.
Rodrigo Gael
Mãos que cuidam
Mãos que nos ajudam a nascer
Que nos protegem, embalam e alimentam
Que nos apoiam nos primeiros passos
E permanecem próximos durante nossos vôos
Mãos que nos ensinam a ler e escrever
Motivam a descobrir os segredos do universo
E aprender com a estória de nossos antepassados
Facilitam nossa socialização, o estar e fazer junto, compartilhar
Mãos que promovem o nosso crescimento saudável
Previnem e curam doenças
Mãos que contribuem com nossa saúde física e emocional
São tantas as mãos que nos cuidam...
Minhas mãos que aprenderam a cuidar
A escutar, proteger e acolher
A contribuir através da presença amiga,
Das vidas que compartilham minha jornada
Quantas mãos me cuidaram e ainda me cuidam?
Com quantas mãos internos eu cuido?
Como tenho cuidado de quem me cuida?
Como tenho cuidado do meu “eu cuidador”?
Édisa Brito Lopes
FÉ E ESPERANÇA
Há momentos, que como criança
Espero que mãos fortes e seguras
Possam me amparar e proteger
Há momentos que sinto a impotência
Sobre a vida, intercorrências e escolhas daqueles que amo
Cabendo apenas escutar, acolher, estar junto
Há momentos que sou tomada de grande incompreensão
Sobre os ditames divinos na terra
Onde o pensar se perde......e o coração, se encontra
Qual o significado da existência?
Como equilibrar auto conhecimento, livre arbítrio, auto responsabilização
Com a entrega, Fé em uma Força Maior que nos guia?
Como chegar nesse lugar de Paz interna onde o antagonismo encontra a síntese?
Onde o pensar e sentir, o controle e a entrega se integram
O sentir do movimento interno totalmente integrado na Unidade, em Deus.
Édisa Lopes
Aluviões de amores
Desculpa moço, sou da antiga.
Gosto de mãos dadas.
Conversas alongadas.
Beijos pequenininhos e longos à enxurradas.
Saudades desmanteladas, com choro nas madrugadas, e pazes apaixonadas após as brigas do amor.
Ah, como eu gosto, dos aluviões de amores...
E, todos para sempre!
☆Haredita Angel
As dores não caem do céu, elas são construídas por nossas próprias mãos
com o auxílio dos pés.
☆Haredita Angel
Quando minhas palavras não puder te confortar, use meus ombros para chorar;
Quando minhas mãos não puder suas lágrimas enxugar, use meus braços para te abraçar;
Quando não souber qual caminho trilhar, use meus passos para te guiar;
Quando tiver sem forças para continuar, use minhas mãos para te levantar;
Quando a tristeza te incomodar, use meu sorriso para te iluminar.
Mãos de tesoura
Amai o próximo. Uma importante mensagem repetidamente difundida na sociedade e ignorada veementemente por grande parte dos indivíduos.
Tal mote é encontrado em sagradas escrituras, em diversas obras literárias, nas mídias e até mesmo no clássico filme da década de 90, cujo personagem-título, Edward, possui mãos de tesoura.
Na película, assim como na vida, somos confrontados com a diversidade, personificada no protagonista. Ao encararmos a incompletude, a "aberração", a anormalidade, vemo-nos diante de um espelho e - infelizmente - poucos refletem sobre as diferenças individuais que fazem cada um ser único e ímpar ante seus semelhantes.
Também observamos que as reações são inconstantes e controversas acerca das diversidades: uns são receptivos, compreensivos e inclusivos; outros, arredios, hostis e promotores da exclusão.
Por séculos e milênios, vivenciamos as consequências de lidar consigo mesmo e com o outro, travando batalhas campais fomentadas por valores, crenças e egos. E, talvez, as guerras, de travesseiros ou bombas, sejam gestadas pela dificuldade em nos relacionarmos uns com os outros.
Destarte, os modos de conceber e vivenciar as relações interpessoais, intrínsecas à humanidade, têm suas dificuldades acentuadas pelo inevitável convívio com alguém que tenha lâminas no lugar das mãos e que, por isso, machuque quando tenciona acariciar.
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