Poema de Inverno

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VIGÉSIMO QUINTO HEXÁSTICO


porque igual assim me pretendes
não quero deste mundo fugir
esta dor é um bem que me dói
puro desejo de potência é
nego por fim teu prazer fátuo
melhor viver a dor ousada

Distância

tamanha é a vontade de te encontrar, pois ao mesmo tempo que estamos próximos também estamos distantes.
não importa onde esteja, você está em minha cabeça, tento ignorar esses sentimentos, reprimindo eu os guardo, para tentar viver sem essa sensação de vazio, sensação de algo faltando em meus braços.
por menor que seja o detalhe me faz lembrar você.
o abraço nunca dado, os beijos que existem somente em meus pensamentos.
te encontro ao meu lado em sonhos, que talvez nunca vão se realiza.

O CATILINA


De João Batista do Lago


Modernidade
Tardia
Catilina
Renasce
Brasil
Ameaçado

Oh minha morena, de olhos escuros,
Tão escuros que me fizestes cegaste por ti.
Cabelos, cabelos estes, que um homem almejaria tocar-lhes.
Pele macia, macia de ruim, de uma carioca que de longe, bem se queria sentir.
Lábios de coração, repleto de carinho e paixão, que só esbanjava solidão.
Pés de princesa, delicados por natureza. Aroma de mulher guerreira.
Mãos virgens, de harmonia acolhedora, que um dia tocais me.
Sotaque relaxante, aos ouvidos de um jovem apaixonado.
Na noite escura debaixo das estrelas, entre elas pairo.
E o que somente vias, era unicamente a ti,
Minha morena.

Amor vagabundo

O seu corpo molhado
Banhado por cachoeira,
Sua pele macia
Entrelaçado a minha!
Laço árduo...
Corpo quente...
Beijos ardentes...
... Alma inspirada!
...
Aonde vai voando
Deixa-me lasso?

Alma

Entra em meu corpo ingênuo
O aroma da natureza
E bate uma serena guerra
Profundamente!
Entra em meu corpo singelo
Umas das grandes sensações
Divinas
Purificam a minha alma oculta,
E no final pergunto
O que é alma?
O ar me deixa sem respostas.

...

Sobrevoo na plenitude.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Desgraça alheia

O nariz corroído,
Os pulmões manchados
Por fatores poluentes;
Por fatores químicos,
Cérebro em tumores,
Enxaqueca, ilusão,
Esquizofrenia, delírio,
Ironia, overdose, alucinações,
Suor, tentativa de cura,
Abstinência… Dores,
Tormentos, internação,
E na saída nunca é o mesmo,
E na volta dos vícios
Um finado…

Fugitiva

Sinto-me o sol
Quando o tempo me aproximar
Porém, fugitiva,
Não te aproximas
Para não te queimares
Louca paixão!
Que enlouquece
E revira
O meu ser solitário!

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Mesmo que distante

Trilhar um longo percurso
Na busca da essência.
Vê-la distante, e acompanhá-la.
Assim… Querer-lhe perto

Em cada momento.
O desejo faz parte de quem
Tanto se quer, e quando
Se quer, vai na busca

Vou partir… – em sua busca,
Somente não sei qual destino tomar.
Não desistirei em momento algum.

Lá, em algum lugar a encontrarei
Para matar a minha sede
E a minha angústia.

Valter Bitencourt Júnior
Passagem: Poesias, 2017

Pegada

Meu peito é nada mais nada menos
Que um mar de ondas.
- Vai e vem pelas areias
Sem fim. Meninos pequenos

A construir castelos, e a criar
Em suas imaginações, dragões
E eu com a minha amada, a beijar
O tempo... E peixes por entre rufões

Águas marinhas a fazer o encanto,
Conchas a espalhar-se pelo chão,
E o vento a fazer do meu peito lamento

Minha amada partindo, vai paixão,
Nada posso dizer vai, deixando pranto
E assim acordei do sonho, presas no coração.

QUADRAGÉSIMO PRIMEIRO HEXÁSTICO


Dou à tua nova carne sentido
Velhos e novos rios transportam
Verbos sacrílegos… parábolas…
ao poeta cabe encarná-los
dando-lhes luz às novas almas
sequiosas de novos saberes

Vivinha
Vivinha é uma menina cheia de sentimentos e com vários pensamentos .
Pescou uma estrelinha
Colocou em sua testa
Acendeu a alegria
Atirou longe suas cobertas
Voou para mesinha
Era um grilo
Que cricrilava comprido
Naquela noite vivinha começou a escrever
Ela só parou quando seus olhos começaram a arder
Mas afinal , qual a diferença de uma fada ea mulher maravilha ?
Esse era o pensamento de Vivinha
Muitos perguntavam que flor era aquela
Ela respondia que era seu girassol
Que agora passara a viver de baixo de sua janela.

Injustiça

Vem em forma de bicho feroz,
Dirigido por um ser subordinado.
Por que devoras sonhos
realizados
Se a minha vida é o meu trabalho
Agora destruído?
Joga meus esforços
Por água abaixo,
Injustiça!
Nessa vida me sinto perdido,
A maré me sufoca,
Os pássaros me beliscam,
Os meus olhos já não brilham...
O que me resta,
O que me falta
Nesses duros e cansados dias?

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Monólogo

Gostoso é o nosso
Expressar:
Íntimo, quente, prazeroso, suave...
Nos lastimáveis momentos
Subitamente nos afastaremos
Para não fustigar as flores
Para não romper as rosas...
Quero enfatizar o amor,
Fantasiar a nossa vida.
Rapidamente não te avisto
Bato-me com os dentes
Faz-me derreter os olhos,
Não conseguindo
Avistar beleza.
E faço a minha vida
Um monólogo
Sombrio sem respostas.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Os seus olhos são como estrelas
Com seu brilho me conquista
Sua voz é obra de arte
Do nosso maior artista
Meu amor por ti é tão grande
Que até se perdeu de vista

Eu sei que Deus está comigo
Mesmo se eu estiver em perigo
Mas mudando de assunto totalmente
Eu vou dizer o que passa na minha mente
Estou com saudade
Daqueles sorrisos que me enchiam de felicidade
Uma parte do meu coração quer muito reve-los
Mas a possibilidade disso não acontecer sempre está em meus pesadelos
Mas como a tempestade eu quero que isso passe e um novo dia floreça com muito brilho
Que eu possa um dia encontrar essas pessoas no meu trilho
Mas eu aguardo um novo dia
Para eu poder recomeçar sempre irradiando com muita alegria
E o que eu escrevo em homenagem a pessoas muito importantes que chamamos de amigos

ASSIM É

Janela que dá pra lugar nenhum
Trevo que perdeu a quarta folha
Concha tirada do mar
Cobertor que não tapa os pés
Assim é aquele que perdeu a voz
Foi negado o saber
Queimada a história.

Na folha de papel
Vi que palavras não se pode prender
Senti cheiro de liberdade
Enxerguei colibris
Descobri então
Que sou feita de asas.

POUSO

Tal qual a caneta que após percorrer todas as linhas repousa exaurida sobre a folha de papel
Depois que eu fizer todo o percurso de sua pele
Embrenhar-me em seu corpo
Enfim exausta
Ofereça-me seu peito como pouso.

Jesus disse aos seus discípulos que as suas ovelhas o chamam pelo nome, e elas ouvem o seu chamado.


Do livro Poesias Evangélicas, de José Guimarães e Silva. Amazon e Livraria Saraiva.

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