Poema de Giacomo Balla
Murmuro canções em dueto
junto à brisa que passa rasante
imaginando ouvir a tua voz
chamando por mim todo instante.
Ator
Esse já sou na vida
Mas, se mesmo assim, quiseres me oferecer um papel
Certamente
Nele irei escrever um poema.
Amarrando o tênis
Muitas vezes usa-se o mote; eu sou de verdade!
Para não mudar a realidade
Desestimulando quem quer transformar
O pé cresce
Uns andam com o pé apertado
O tênis já não cabe
Mas quem se sente incomodado
Corre-corre atrás de mudar.
O que anda com o sorriso confortável
Pode levar uma pisada de um encrocado
Pois quem não muda pisa nos outros
Para poder incomodar
Melhor é ser pisado por quem anda incomodado
Do que pisar nos outros
Por quem não correu para se confortar
A dor do pisão é passageiro
Passa logo passa ligeiro
Mas o que permanece apertado
Aumenta passo a passo
Tentei atender...
(Nilo Ribeiro)
Me pediram para te fazer uma poesia,
é ruim ficar “sem Ana”,
fica péssimo o dia,
pior a semana...
me pediram para te fazer um poema,
não tive alternativa,
não foi nenhum problema,
pois é fácil versar para uma diva
me pediram apenas uma estrofe,
eu não fui capaz,
por mais que me esforce,
não poderia deixar de te desejar a paz
nem estrofe, poema, nem poesia,
embolei toda ação,
só ficou uma alegria,
o que eu fiz foi de coração...
Interno
Não se almeja o céu do inferno
Cascas podres desmancham
Ao colocar morto o que há dentro em terno
Voar
Eu só queria poder voar
Chegar perto do sol
Deixar a cera das minhas asas queimar
E voltar
Só para contar
Aos que vivem debaixo do sol
E que não souberam sonhar
Como foi poder voar
-UM PASSADO DISTANTE
É como uma paixão de adolescente
seu nome fica na minha mente ,
a todo tempo da vontade de gritar
o quão louca sou por te amar.
Escrevo seu nome em meu caderno,
sonho em te ver usando um terno
comigo na frente do altar
só de pensar é de arrepiar .
Imaginando um futuro contigo
mas agora a gente não passa de amigo,
acho q agora nem isso mais somos
tenho saudades do que um dia nós fomos.
Infinito
Aprendi a te conhecer,
Assim como as estrelas conhecem a noite,
Meu coração se abriu para o infinito.
Tu és meu norte,
Me guias através do teu amor,
Louco e apaixonado,
Tu sabes que nossa união é uma dádiva,
Sempre te quis,
Assim como as ondas do mar que buscam a areia,
Como o dia que precisa do Sol,
Tenho coisas lindas para te contar, que só o meu coração sabe falar,
O importante é te amar,
A felicidade que contagia nosso viver,
Inspira minha alma de poeta a declamar nosso amor,
A minha paixão explode em milhares de versos,
Cada um deles levando teu nome,
Como as estrelas amam o céu,
Como as ondas amam o mar,
Eu, meu amor, te amo mais do que a própria vida.
Volta querida!!!!!
Estou sentado a beira da praia
Olhar fixo no horizonte
Encontro do céu com o mar azul e infinito
Penso em ti.
Meus olhos perdidos na imensidão
Veem navios movendo-se lentamente
Parecem parados na linha do infinito
E continuo pensando em ti.
Penso em nosso amor, em nossos momentos
Na triste separação de nossas almas
Nas noites em que te amei loucamente
E lagrimas descem dos meus olhos copiosamente.
Saudades! Saudades!
Quando lembro de ti parece que o tempo para
Parece que meu coração sangra
E minha alma clama por ti.
Onde estás?
Não te encontro ao meu lado
Nem nos meus sonhos
Estou triste nesta espera interminável.
Volta amor, vem me abraçar
Vem me beijar
Teus braços são meu aconchego
Teu corpo minha perdição!
Te amo sobre todas as coisas querida!
Volta!!!
A amizade
A verdadeira amizade
Duas almas sem maldade
Um prisma de todas as cores
Em que não há a cor das dores
Uma companhia para a vida
Sorriso nos bons momentos
E um ombro de olhos atentos
Na tristeza e na alegria
De que vale grande riqueza
Ou até a mais alta beleza
Se caminhas na tua solidão
Sem amigo para ter como irmão
Lembra então, meu caro ser
Que quando tua vida ceder
Teus amigos contigo estarão
Caminhando juntos à imensidão.
O tempo
O broto puro da terra sai
Enquanto a folha madura
De velha e triste se vai
No louvor de sua altura
O tronco se entrega à escuridão
Deixando felicidade alguma
O lento e súbito clarão
Dos anos que a terra consome
Do belo à sua podridão
A implacável fúria invisível
Ainda viva enquanto dorme
Faz o silêncio audível
O furacão que o céu tocava
Vai do branco ao torto cinza
A uma brisa fria que se acaba
E o destino que se realiza
Ergue a tumba de sua era
Velando a dor que avisa
A doce morte e sua adaga
Ao que um dia do sol vivera
Fadado agora à eterna amargura.
O céu
A noite solar, o dia lunar
Água de prata ao mar
O vento que voa frio
O raio que nuvem partiu
O crepúsculo aos olhos
Resplandece as rochas negras
E os que desciam mórbidos
Ascendem às doces sedas
A suprema obra majestosa
Que tudo alcança, tudo vê
E a ti, nu, faz à mercê
De uma vasta nuvem gloriosa
As harpas da deusa estrelada
Cantam às flores azuis
E a bela deusa dourada
Fulgura em seu leito de luz.
O Vazio
Fala pra mim, ó vazio
O que é que tu tens
Que faz de todos bens
Um nada mais que vil
A letra já é numero
O papel já é manchado
E a mancha já escura
Faz do nada algo bordado
Num ombro todo o ouro
No outro a beleza
No meio nenhum louro
Só a nuvem de tristeza
E na longa estrada que desce
Guiado por ti, podre vulto
O ser outrora culto
Fecha os olhos e obedece.
O Herói
Os tambores da luta gritaram
E os sinos da terra tocaram
Dos deuses a grande fúria
Veio o fim da eterna injúria
O menino da nuvem nasceu
Com a adaga divina em mãos
E quando a sombra cresceu
Lutou ao lado de irmãos
As árvores da vida choravam
E os rios da morte cantavam
O lobo noturno era atroz
E a flecha de fogo veloz
O homem do menino veio
E a adaga à espada luziu
O mal que era inteiro
Tornou-se um fraco vazio
As lanças e escudos se ergueram
A esperança num belo clarão
Os ossos das trevas tremeram
Perante o poderoso guardião
Por anos lutou pelos campos
Montanhas do medo livrou
Por mares e rios navegou
Quebrou os mais altos encantos
Dos reinos tomou a coroa
Dos homens virou o senhor
Da era tornou-se a proa
Das sombras tornou-se o terror
Mas o tempo sua glória abalou
Na vasta planície de ouro
Sua última batalha lutou
E sucumbiu a coroa de louro
Seus feitos e honra viveram
E o herói foi sempre louvado
Como o rei do trono dourado
Cujos anos nunca morreram.
O Anjo Negro
Anjo negro, estrela do crepúsculo
Fala agora onde estás
Tira minha alma desse reduto
Pois somente tu me alegrarás
Estende tua mão agora
Tira de mim esse peso
Não deixa que nasça a aurora
Mata esse medo
Por sobre o chão de pedra negra
Eu logo hei de caminhar
E a luz que passa a fina seda
Com minhas mãos hei de apagar
Me envolve em teu abraço
E me dá com a adaga forte
Faz do meu passo
A casa de tua sorte.
Crepúsculo do Mundo
Onde está a espada?
Onde está a coragem?
A princesa encantada
O salvador de passagem
O tempo já levou
Ou a verdade se encarregou?
Sendo a areia ou a visão
Findaram a bela criação
Onde está a doce arte?
As linhas fortes da alma
Ou o som do sol da tarde
Sofreram dor ou trauma?
A sinfonia alta e regente
Fugiu do encontro com a aurora
A flauta que erguia a serpente
Fez dela uma sombra de outrora
Onde está o sábio
Aquele da mente hábil?
Outra vítima do humano
Que fez da coruja um pelicano
O mestre dos quatro elementos
Já fraco, menor e antigo
Fez do vácuo profundo um amigo
E sumiu como um grão aos ventos
Onde está o rei guerreiro?
O senhor da honra e da glória
Sucumbiu no ouro da vitória
E o nada virou seu inteiro
A torre dos homens caiu
E a árvore da vida secou
O leão das sombras rugiu
Quando a cova do mundo fechou.
A janela
O belo símbolo da esperança
A que traz a luz e o vento
E o doce riso da criança
O velho que olha de dentro
A moça que fica debruçada
Olhando as vidas da calçada
O pássaro nela se senta
E a beleza dali aumenta
Com seu mais puro canto
Olha para fora da janela
E faz dela a tua porta
Para um mundo de encanto
Curarás qualquer mazela
Ou árvore que cresça torta
Tu verás um outro lado
Poderás lançar o dado
Com a tua sorte a testar
E com o pássaro a cantar.
A ponte da vida
Aos passos vagos e curtos
O homem na longa travessia
Enfrenta todos os vultos
Das ideias ele se sacia
As pontes da própria mente
Que ligam o gênio presente
Em sua genialidade total
Essa tão viva e também fatal
Ele atravessa a árdua ponte
As dificuldades do caminho
Endurecerem sua fria fronte
Fazem da água o vinho
O filósofo cumpre seu destino
Eleva-se ao saber divino
À outra margem tendo chegado
Vive então do bem dourado.
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