Poemas sobre Dor
Sobre dor
Em alguns dias dói.
Noutros dói mais do que doía.
A dor do presente é mais profunda do que a dor antiga.
Ó vento, cala-te um pouco.
Me deixas louco.
Preciso ficar aqui solitário.
O mar está se tornando cada vez mais cinza.
A felicidade é um bem retardatário.
E eu não sei mais o que fazer.
Pra daquele amor esquecer.
Ó mar salgado... minhas lágrimas te salgam mais...
Meu choro talvez fizesse minha amada voltar atrás.
É só daquele abraço que preciso.
A razão de meu amor...
Por que tardas em voltar?
Não voltarás.
Essa é a verdade.
Eu... eu que fique pura saudades.
Dor ingrata dor...
Segues comigo aonde eu for.
Escancaras tua crueza, tua dureza...
Tua indelével sutileza.
Não me deixas nem ao menos me enganar.
Minha amada não vai voltar.
Ó vento, acabe com esse tormento... pare de ventar.
Ó mar... pare de marear.
Dor, ó dor... pare!
Eu só desejo me enganar.
Do tanto amor que por ti senti... sinto?
Chorei escondida.
Sorri com os olhos cheios de dor.
Silenciei-me.
Retirei-me de certos espaços.
Sumi.
Procurei espaço.
Com olhos cansados amanheci.
Levantei-me.
Lentamente.
Mudei a estação do rádio.
Outra música ouço tocar.
Mudei os móveis de lugar.
Não, não deixei de te amar.
Caminhos
Caminho sinuoso.
Caminho perigoso.
Vida lutas registra.
Não há paz à vista.
A dor se faz infinita.
Uma fresta na janela.
Um abismo vejo por ela.
Vencidos todos os medos.
Revelo os meus segredos.
Revejo o ponto de partida.
Escolho melhor ponto meridiano.
Reinvento-me na vida.
Pra você me guardei...
Na margem oposta
vejo que você aposta.
Esconde nas sombras uma dor.
Não quer mais saber de amor.
O rio corre para o mar.
Isso ninguém pode mudar.
Seu coração tão carente
Precisa de gente… urgentemente.
Um roçar de leve.
Um olhar suave.
Na margem de cá
Na hora certa… passo pra lá.
Versos
Versos musicados sem partitura.
Poetizo-me.
Há uma dor em nós e ninguém fala dela.
Olhamos pela janela.
Miramos o horizonte.
Nos esforçamos para ir adiante.
Um desfiladeiro nos acompanha.
Cuidadosamente damos nossas passadas.
Não paramos por nada.
Ninguém nos falou que da vida se apanha.
Ninguém falou que o tempo arranha.
… e deixa marcas.
Bailarina
É frio.
Quanta dor já suportei.
A noite brilha foscamente com o brilho das estrelas e da lua, que volta e meia desaparece por detrás das nuvens.
Quanta dor já suportei: errei, caí, me levantei, caí outra vez... errei.
Meu corpo se aconchega ao teu.
Tuas mãos a me acariciar.
Tu forte a me tornar.
Quanta dor já suportei: caí, levantei, retornei, insisti, ensaiei, acertei.
Uma sinfonia nossa sintonia…
o melhor som no ar a espalhar.
Tua companhia tudo encanta...
Um suave sussurro a me encantar.
Bailarina: sauté, panchée... grand jetés, pas-de-deux... sou eu nos teus braços alegremente a bailar.
Procurando por você
Prelúdio... preâmbulo.
Só um momento
a distância neutra da dor-querer.
No lugar onde estou perdura a miséria.
Singro mares atrás de você.
Foi fugaz a alegria sentida.
Era tão boa com você a vida...
Foi um momento...
Hoje o que vivo, sem você, é
mortificação... desolação.
Estrada nova
Caminhos do vir.
O que me aguarda no dobrar da esquina?
Como viverei o meu porvir?
Me deixo levar...
Nos labirintos da alma
Me perdendo... me encontrando
Quero mesmo é você nesse dédalo encontrar.
Uma enorme dor
Uma fração de tempo
…apenas.
E tudo se esvai... tudo embora vai.
Não há aviso prévio.
Clica um botão – uma divindade que não se vê... que não se sabe onde está – e para o coração.
Último respiro.
Nada levamos.
Todos os choros e risos a nada reduzidos.
Antigas lembranças... lembrar pra quê?
O exemplo é o que deixamos.
Dor a muitos causamos – não porque queremos.
Um pouquinho de nós em outros se preserva.
E isso, juro, me enerva.
Dor
Dor - sensação desagradável ou penosa.
Dor vai de um leve desconforto a aflitiva, angustiante, cruciante, dolorosa, lancinante, penosa, pungente, torturante. Sim, tudo isso aí.
Há dor que com um beijo passa. E há dor que nem com o tempo passa.
Mas o problema da dor, além de doer é claro, é que ela cria na gente um conflito entre o que vivenciamos e o que cremos. Nossa visão fica deturpada, deformada... as formas se disformam, fica tudo quadrado e a gente sai batendo em todos os cantos, e a dor só aumentando... a cada batida... em tudo quanto é canto...
E a dor deixa a gente com a visão embaçada, nossa percepção do mundo fica completamente distorcida, perde a transparência, fica turvada... e a gente se torna um ser entristecido, sofrido, doído.
É, a dor pode nos dar uma perspectiva sombria da vida. O maior sol lá fora, e a gente vê tudo nublado, nebuloso... caminho tortuoso.
A dor, muitas vezes, não nos deixa ver de forma clara e transparente... leva embora com ela o nosso conforto, nosso consolo, nosso alívio... é o fim da esperança.
Que triste quando a dor funciona desse jeito.
Pois é, nada na vida é perfeito.... mas eu espero, sinceramente, que a dor não funcione assim com você... não funcione como um par de lentes quebradas.
A dor do outro
Sei, sou parte disso tudo.
Mas quantas vezes não me encaixo...
Procuro-me, procuro-me e não me acho.
Sou parte disso tudo.
Tenho de estar sempre em alguma parte.
É estranho essa capacidade de desamor que vejo por aí.
O outro caiu e se machucou.
‘Bem feito!”... foi o que ouvi.
Acho que amo demasiado.
Acho que amo além da conta.
Por isso me espanta essa gente demente... que com a dor do outro fica contente.
Esgotada
Já esgotei todas as palavras de amor.
Hoje meu dizer diz apenas da dor.
Tristeza destes dias tão maus.
Foi-se pro fundo do mar minha nau.
Navego nesse oceano sem fim.
As estrelas do céu, alguém as roubou de mim.
O tempo passa... leva junto nossos momentos.
Tem deixado em seu lugar apenas sofrimento.
Miro o céu... que azul tão bonito.
A claridade do dia desanuvia meus pensamentos.
Singro os mares...
Velejo a favor do vento... nos dias alegres, suaves, claros e bons.
Me empurra ao contrário a noite com sua escuridão.
Abrumasse de novo meu coração.
Dessa dor
Um mar de sentimentos.
Um passado que não cansa de retornar...
E eu que só no presente queria ficar.
Minha vida se transformou num castelo intransitável.
Fantasmas descalços vêm ao meu encalço...
Fecho os olhos pra não os ver...
Mas o frio que com eles chega me faz estremecer.
Vivo como se espinhos tivesse cravados na alma.
Foi-se pra um lugar inatingível toda a minha calma.
Sofro... essa dor intrusa e hostil...
Fe em mim sua morada... fez-me presa do seu covil.
Denso lodo
Andei por regiões remexidas...
Dor e sofrimento...
Tantas as feridas.
Um denso lodo atravessei.
Não sucumbi...
Por um triz.
Verdes planícies
Formosas...
Rodeadas, porém, de formas rochosas.
Rios caudalosos.
Abismos sem fim.
Um caminho aberto a força.
Um vento contrário a me indispor.
Areia movediça... pouco a pouco a me fazer perder a força.
Essa saudade, que dor...
Que dias sem expectativas.
Foi-se seu tempo.
Esvaiu-se no ar como o perfume da flor.
E a vida continua normalmente a bailar.
Como se a morte não tenha acabado de te levar.
Triste.
Sigo.
Ou não...
Sei lá.
Acho que de agora em frente estarei sempre na contramão.
Uma incerteza audaz e intempestiva...
Por que insiste em me manter viva?
Já respirou minha alma a magia...
Já bateu meu coração de alegria.
Já brilharam meus olhos ao te ver...
Hoje me dedico a tentar te esquecer.
Um céu de outono que não se acaba mais.
Um medo do agora... e do que virá depois.
Dor na alma...
O ir e vir tão imperfeito.
Quem escreveu que as vidas deveriam ser desse jeito?
Lamentos
Quanta dor...
Não queria estes versos escrever.
Minha vontade é toda dor do mundo esconder.
Mas há algo que em mim insiste.
De escrever meu coração não desiste.
Tornar palpável meu sofrimento...
Quem sabe diminui meu tormento.
Lamento.
Triste não te quero deixar não.
Não deixe esta minha dor perto de ti chegar.
Não leia esta dorida lamentação.
lágrimas Viraram Sol
Chorei mares, rios e tempestades
Nas noites frias de ausência e dor.
Mas, reguei sem saber, as saudades com gotas que hoje florescem o amor.
Cada lágrima caiu por um motivo,
Mas nenhuma se perdeu no vazio.
Transformei o pranto em alívio, e fiz do silêncio um doce arrepio.
O que era cinza, ganhou cor.
O que era medo, virou abrigo.
De cada queda, brotou flor.
De cada choro um novo riso.
Hoje sorrio com alma inteira,
Não por ter esquecido o que sofri,
Mas porque fiz da dor passageira,
O trampolim que me trouxe aqui.
Porque eu não entendo o que é perdoar/
Eu já tô mesmo cobrando a dor/
Muita gente fez merd@ comigo/
E batido delas nenhuma passou.
“A alma endurecida pela dor não se dobra; ela se arma. Quem entende a guerra interior sabe que o maior inimigo está no espelho, e que só o aço da mente pode quebrar suas correntes. É no caos que o general encontra seu trono.”
— Purificação
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Quando você sente a dor do seu amigo, sem mesmo ele lhe dizer uma única palavra...
Quando você sentir-se capaz de brigar com o mundo só para defendê-lo...
Quando você for capaz de largar um pouco do seu tempo e fazer uma prece pelo seu amigo, ou dar um telefonema ou uma simples mensagem só pra enviar um abraço ou saber como ele está...
Quando lágrimas rolam de emoção pelo seu amigo, então você poderá gritar ao mundo que tens um amigo de verdade e que nem o tempo, nem as adversidades, nem as dores ou distâncias serão capazes de minar sua amizade porque ela é uma via de mão dupla e que o egoísmo, a indiferença ou o preconceito não se fizeram presentes com seu amigo...
Amizade é um bem grandioso...
Amizade que não supera adversidades nunca foi verdadeira...
Morte,
Que dor é essa que invade a gente sem pedir licença,
sem avisar com antecedência,
sem nos dar direito de não aceitar?
Que aperto no peito é esse que afugenta a alegria,
que consome a nostalgia,
Que nos faz chorar?
Que estranho sentimento que não traz acalento.
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