Poema de Amigo de Augusto dos Anjos
Quando o perverso governa, o povo sofre, mas quando o justo governa, é alinhado com Deus, pois;
“justo é o SENHOR em todos os seus caminhos”.
(Veja salmo 145:17)
Estamos no limiar de uma era em que os humanos não serão necessários
em praticamente todas as áreas de atividade.
Mas ainda haverá espaço para poetas, dançarinos, cantores, atores e sua arte.
No fim, as pessoas ainda apreciarão um sorriso verdadeiro
e sentirão junto com os artistas a dor de um choro de verdade.
Temos potencial para vivermos uma era de ouro
com os avanços tecnológicos do porvir.
Mais tempo livre, a cura para a maioria das doenças, excelente educação, desigualdades sociais reduzidas, e a maioria dos problemas sociais sanados.
Apenas uma coisa pode impedir que isso se torne realidade: nós mesmos.
A maioria dos representantes políticos brasileiros
pode ser definida apenas como uma classe
de malandros com autoridade.
Nem todo escuro é abrigo
Já estive lá também, sabe...
Onde o escuro se disfarça de acolhimento
e sussurra verdades com voz de promessa.
Mas nem toda sombra é momento.
Nem toda venda liberta.
Às vezes, ela apenas esconde.
Querer o desejo da entrega como voo...
Mas e se for só vertigem?
Vontade de cair?
E se deixar ir for só se perder de si mesma?
Silêncios nem sempre sussurram uma voz.
Às vezes, ensurdecem.
E o toque que busca... pode também ferir.
Tremores não são bússolas para sentimentos.
Desejo e medo dançam juntos no mesmo compasso.
E o que parece casa... pode ser só saudade do que você já foi.
Não, ninguém te leu.
Ninguém sequer te imaginou.
E você calou mais do que consentiu.
Tem quem se ache especial por descobrir alguém.
Mas você teve que aprender a seguir
sem precisar de olhos que te adivinhem,
sem depender de respirações alheias para lembrar quem é.
Nem toda noite guarda epifanias.
Algumas só passam.
E tudo bem.
Porque às vezes,
ver é mais seguro que sentir.
E seguir inteira,
é incendiar-se por dentro
e deixar as cinzas se tornarem solo fértil
para crescer, de novo, em si mesma.
Augusto Silva.
Não te colocarei no papel
Você é a poesia que nunca escreverei.
Talvez por isso seja a única que me atravessa inteira.
Habita a profundidade do meu ser,
num espaço onde nem a razão alcança.
Fica ali, inquieta,
como quem nunca foi,
e ainda assim, nunca deixou de ser.
Não preciso escrever teu nome,
nem de apresentações
nos reconhecemos no escuro,
onde só a cumplicidade respira.
Te escrever seria te tornar concreta demais.
Prefiro te guardar onde ninguém toca.
Te nego no verbo,
mas te carrego no pulso,
feito veneno escolhido,
bebido em silêncio.
Transbordas em mim,
mas eu me contenho
porque quem transparece, sangra.
Eu aprendi a sangrar por dentro.
O que há entre nós não cabe na lógica.
É um corpo que sabe,
uma alma que hesita…
um erro que eu cometeria mil vezes.
És desejo vestido de ausência,
lembrança que nunca aconteceu,
febre contida no gesto calmo.
E por mais que eu siga só,
como as estrelas
longe, intacto, em silêncio
há em mim um canto,
imoral, teu, intacto,
que ainda arde.
E se não te escrevo,
é porque não suporto a ideia
de alguém ler tuas entrelinhas
e ocupar o lugar que só eu sei.
Augusto Silva
HERESIA
Te engulo como quem já morreu de fome. Com os olhos cerrados na vertigem do teu cheiro. Te tomo como anjo que escolhe cair não por pecado, mas por desejo de habitar tua alma, como quem entra sem pedir licença, nu de si mesmo.
Sou ausência que arde sob tua pele. Memória do toque mesmo sem o toque. O silêncio entre nós virou idioma. E tua respiração, confissão.
Cometemos a heresia da carne como quem reza com o corpo. Sem culpa. Sem o peso dos que condenam.
Te envolvo sendo, às vezes febre, às vezes brisa. Num abraço onde o mundo silencia e só resta esse instante: nós. Em transe. Em verdade. Em tudo que não nos cabe.
Se há uma força nisso, é aquela que dilacera e acalma. Que fere com ternura. Que transforma a heresia do desejo carnal em uma forma de permanecer, mesmo quando os corpos se afastam.
Augusto Silva
Desejo em Negação
Escrevo sobre os sentimentos que desvendam o que arde em ti,
mas tu, com os olhos em silêncio, me negas.
O desejo é ser devorada, mas temes a entrega.
Dizes ser incapaz de despir-te, de te deixar conduzir.
Mas, no jogo dos sentimentos, tua pele grita.
A carne exige o que a mente recusa.
O tempo é o tempo, mas o desejo é sempre o agora.
Tu me lês, me sentes, mas não confessas os teus desejos.
Há medo nos teus gestos,
mas o abismo do teu querer me chama.
E eu, sem pudor, me perco nele,
em busca do que te faz tremer em orgasmos.
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Augusto Silva
Alcançamos a Árvore da Vida,
subimos em seus galhos,
saboreamos os seus frutos,
e agora seremos imortais.
Errantes e imortais.
O véu foi retirado
e agora poderemos editar a matriz do espaço-tempo.
Faremos mais do que viajar ao passado ou ao futuro.
Poderemos visitar o céu e o inferno,
outras galáxias, dimensões e universos.
E ainda mais, muito mais do que isso:
criaremos outros universos.
Seremos novos deuses.
Preciso de recomeços.
A vida tá tão chata.
Quero tudo novo... amizades, amores, lugares . Quero apagar as coisas antigas e recomeçar.
O CASAMENTO E O FRACASSO
Fracassar é: brincar de família feliz;ficar por conveniência, por conta de dinheiro e patrimônio; viver um inferno em casa;mendigar o amor de quem não te ama mais;fingir que ama;continuar por medo da solidão;viver com alguém por medo do que dirão;não lutar para ser feliz.
Não coloque preço no trabalho dos outros.
Se você acha caro, rápido e fácil, economize dinheiro!
Faça você mesmo.
É horrível num relacionamento,
a pessoa querer te moldar do jeito que ela gosta.
Mudar o outro conforme o seu ideal de parceiro perfeito
Às vezes, tudo o que a gente precisa é de alguém que fique — mesmo quando as palavras falham.
Sem disfarces, sem promessas vazias.
Só presença. Só verdade.
No meu silêncio
Me recompus sozinho.
Sem mãos que me erguessem —
apenas a dor, a febre, a indiferença.
Bebi angústia em copos rachados.
Fumei lembranças até virar cinza.
Hoje, não salvo mais ninguém.
Se vieres,
vem nua de idealizações.
Nunca fui o ideal —
nem quero ser.
Mas traga coragem nos olhos,
pra suportar minha tempestade.
Não quero juras de amor.
Quero presença
quando o verbo falhar.
Não peço perfeição.
Só alguém que me veja
como eu vejo:
com falhas,
sem medo,
sem pudor,
sem fuga.
AS BELEZAS DOS ARREBÓIS
Gente chique que desfila
sob o seu nariz enriste
discretamente tropica
em módico grão de alpiste
Quem para baixo o aponta
já não pode contemplar
a beleza de um arrebol
brilhando em si bemol
Mas sem postura severa
bem enseja aventurança
por infinda que pareça
a tempestade que se lança
Tempestades vem e passam
principal é guardar aprumo
e as belezas dos arrebóis
contemplar em certo rumo
JARDIM DOS PINHEIROS – Proeza da Mãe Natureza
Quando chegamos a este lugar,
contornamos a orla magnética do seu lago anfitrião,
que pintado de verde pelas incontáveis bonitezas que o abraçam,
nos dias de sol cintila orgulhoso.
Chegamos aqui acolhidos pelas sombras das crescidas árvores
de flores caprichosamente rústicas,
que benzem também o seu nome de jardim.
Sabe, por aqui é bom dormir com a janela aberta,
só pra acordar vendo as copas dos pinheiros.
Nas fotos elas são bonitas,
mas pessoalmente muito mais!
Porque ouvindo tantas toadas passarinhescas,
bailam sua coreografia princesa,
ensinada pelos ventos daqui.
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