Poema da Geladeira Elisa Lucinda
O céu cinério de Niterói
na manhã invernal
descansa sobre a baía
como um manto de silêncio...
As nuvens espessas
e pacatas
carregam consigo
o verso das saudades
guardadas...
Lá à frente
o contorno do MAC
esconde a sua exuberância
na névoa que sobe
como o suspiro antigo
de linhas e curvas
do seu Arquiteto...
Em Niterói
cada sopro de vento
traz o aroma do mar
e uma melancolia doce
como se o tempo
estivesse suspenso
em vôo lento
na Ponta das gaivotas...
É um inverno
que não gela a pele
mas aquece a alma
num instante poético
de contemplação...
✍©️ @MiriamDaCosta
Oh Niterói !
És para mim
um amor que não se corrói
e tens o perfume do jasmim
nesse meu poetizar.
Oh Niterói !
Quando longe do seu mar...
a saudade só me dói.
Não sei o que é pior ...
se a ciência/medicina sem consciência
ou a religião/crença com demência,
mas ...
eu acredito que é melhor a ciência
com humana inteligência.
Somos tão sociáveis
que chegamos ao extremo
de não suportar nossos semelhantes,
permanecendo nos extremos da tolerância extrema
de nós mesmos.
Aqueles olhos brilhantes e sonhadores
só desejavam poesia,
ela permanecia fascinada
coletando cores perfumadas das palavras,
ela conseguia respirar o eflúvio
dos contos poéticos
como se eles fossem
os sabores e aromas
de todas as estações.
A vida é muito curta para ser investida em discussões,
entenda como quiser...
o não foi isso que eu disse.
Oh! Oceano Atlântico!
Eu sempre sonhei em ser como Vós Mercê
naquelas tardes em que a vida
sopeava na ternura do meu tempo
que brotava na beira-mar
do seu horizonte.
Em cada ser humano
há momentos
de visceral sonorização da alma
repleta de sentimento
que a língua de nenhum vocábulo
jamais vai poder pronunciar.
Ela vivia acariciando o perfume de todas as estações
se inebriava com suas sinfonias poéticas
e serenamente suspirava versos e contos
em um piscar de cílios.
Sem nada saber
cheguei ao mundo em versos e alma
descascando palavras do meu ser
como se a vida fosse
fatias e gomos de poesia
mas sei que vou partir
desfolhando-me sementes de saudade
sem saber por certo
se eu me escrevo ...
me leio ...
ou se sou analfabeta.
Lute!
Lute sempre!
Lute como uma Mulher
que não deixou o seu lado Menina
endurecer nas lutas dessa vida
que por um lado ou por outro
é dura.
O caminho da vida já tinha lhe doado umas calosidades e rachaduras...
por isso essa audaciosa delicadeza nos passos lentos e firmes.
Ah! A menina com aparência frágil
já caminhou descalça em solo árido e quente.
Oh! Oceano Atlântico!
Porque quando eu fecho os meus olhos
eu respiro a poesia de Vossas ondas
e eflúvio de saudade?
Oh! Oceano Atlântico!
Porque quando eu abro os meus olhos
eu transbordo os versos salsos da Vossa maresia
e eflúvio de serenidade?
Eu sei
que Vossa mercê sabeis
que a minha alma
É bordada com o Vosso sal.
Eu perdi a conta de quantas vezes
metade de mim foi fortaleza
sò porque a outra metade de mim
foi frágil e precisou do meu ombro para chorar...
Ser forte e corajosa sempre,
mesmo quando fragil...
eis a minha sina !
É preciso muito talento e coragem
para transitar e deixar a própria marca
na forma e substância humanamente
em justiça nesse mundo.
Somos muito pequenos e superficiais
e estamos anos luzes da grandeza
da justiça e da democracia.
É sempre assim
eu me desligo do mundo
me dou tão por mim
que nem sei como e por que
só sinto a serenidade na alma
quando estou de frente para o Mar.
Morro da Andorinhas , Parque Estadual da Serra da Tiririca
Ando preferindo lugares assim...
tão longe do nada de tudo e de todos
e simplesmente tão perto do tudo.
Naquele lugar bem escondido e protegido
das minhas memórias
vivem os nossos segredos inconfessáveis.
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