Poema da Geladeira Elisa Lucinda

Cerca de 47333 frases e pensamentos: Poema da Geladeira Elisa Lucinda

Nunca pretendi ser chamada de poeta
... Ao poeta não importa como ele é denominado.
Só o que importa é a busca da palavra que o satisfaça.
Como quase nunca a encontra, escreve desenfreadamente,
pois escrever é o que ele sabe e o que ele faz.
Então, se esta incompletude e insatisfação com o que escrevo,
e por isso o faço cada dia mais é ser poeta.
Sim,
eu sou poeta!

Inserida por elisasallesflor

Há poetas que dizem escrever poemas psicografados.
E quais poemas não o são?!
... Quando não descrevemos nosso próprio inconsciente
descrevemos o inconsciente do outro que ousamos
fingir que conhecemos
Poesia e psicanálise.
Bela parceria!

Inserida por elisasallesflor

EXCETO POESIA

Compara a poesia à tudo!
À filosofia
À psicologia
À teologia
À metafisica
E até à ginecologia
( leio muito disso por aqui)
Só não a compara à razão.
Poesia foge à qualquer tipo de razão
Tira os passarinhos dos versos
As borboletas dos jardins
O sol ou a ausência dele na janela da moçoila
e logo não haverá nada.
Não poderá haver nada
Ou melhor,
poderá haver tudo,
exceto
poesia.

Inserida por elisasallesflor

Quero apenas um verso breve
É pedir muito gotas de poesia?
Então levanto meus pés
Toco tua boca
E já não escrevo nada.

Faço amor com as estrelas
enquanto por ti sou beijada.

Elisa Salles
(09/02/2018

Inserida por elisasallesflor

Razão da minha festa

Hoje estou assim
Tão folha ao vento
Tão cheiro de alfazema
Tão passarinho comendo o fruto do azevinho

Uma alegria de viver
Um acalento no coração
Canção
Voz e violão...
Sensação de banho de chuva
Abraços de veludo e beijos de açafrão

Hoje estou assim
Despretenciosamente feliz
Com um quê bobo de quem não sabe o porque.

... Medo de confessar a razão
e a poesia escapar pelos dedos da mão
Mas consinto e não minto
A razão da minha festa hoje, é você.

Elisa Salles

Inserida por elisasallesflor

Se eu acredito no amor virtual?
Hora meu bem,
eu creio no amor,
independente de onde ele vem.

Elisa Salles
@Direitos autorais reservados

Inserida por elisasallesflor

MARGARIDA DE AMAR SÓ

Vejo o amor como uma margarida
Belo e cheio de vida...
... Floresce em qualquer estação
Primavera, outono ou verão
Resistente,
resiliente,
doce e belo
( Gostinho de quero mais)
e caramelo!
Amor é igual poesia
Tá nos olhos de quem vê
Vê com a alma
Vê com o coração
e
sente como tudo!
Tudo que machuca,
tudo o que sara,
tudo o que sublima
freme e repara...
Amor é jóia rara
Feliz aquele que passa por aqui e vê sua cara!
... As vezes o vemos
O namoramos
O contemplamos
Mas ele não nos vê
Indiferente amor de morrer!
Eu passei pela vida igual margarida
Linda vida de margarida
Amando perdidamente
e
perdidamente não sendo desdenhada pelo amor.
Margarida não tem par
Eu também nunca tive.
Amo as margaridas
Adoro amar,
Mas nasci para amar só.

Elisa Salles

Inserida por elisasallesflor

O MOTIVO DO MEU SORRISO

Ora, sua boba querida amada traquina!
Perguntas porque vivo a sorrir?!
Porque mais sorriria eu senão por ti...?

Sorrio pelo sol que brilha em teus cabelos
Sorrio pelo entreabrir dos teus lábios de flor
Sorrio pela forma como que tocas minha face
E pela displicência com que me juras amor...

Sorrio por que tu és...
És o motivo maior dos meus dias
A razão das minhas alegrias
Os versos da minha poesia
E a ausência de no meu mundo, a melancolia...

... E me inqueres porque vivo a sorrir?
Vivo a sorrir por ti
e por ti
vivo a sorrir! !

Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)

Inserida por elisasallesflor

Beija-me, beija-flor

Beija- flor
Beija-me
pois meu amor perdeu o desejo
pelos beijos meus.

Então,
beija-flor
para eu não morrer de solidão,
pousa no meu ombro, então!
Ouça-me recitar os meus versos
que na verdade
são dela...

Pois ela
será sempre a razão da minha poesia,
agora feita melancolia,
pela ausência
da boca dela sobre a minha.

Beija-flor
Beija-me
Para matar minhas saudades
dos beijos do meu amor...!

Elisa Salles
Direitos autorais reservados

Inserida por elisasallesflor

...E CHUVA CAI.

E deixo a chuva fina cair sobre mim
Escorre pelos meus cabelos,
morrendo nos meus lábios frios
de beijos...

... Quem me dera ela lavasse minh'alma
de toda essa mágoa
acumulada,
essa raiva sobre a qual não consigo descrever ao certo.
É como uma dor que dói no peito,
sufoca a garganta,
apertando,
massacrando,
me fazendo sucumbir ao medo que odeio sentir.
Mas sinto.

E o sinto com total veracidade...
Medo da vida
Do que ela traz nos rolos do tempo
Nas areias da ampulheta
Como uma predestinação de abandono
Uma negação perpétua do amor
Do ser bem querida
Do ser cuidada
protegida...
Mas o que é ser amada?

...Agora a água da chuva cria pequenas poças
nas curvas entre meus seios.
Oxalá adentrassem o tórax
e lavasse meu coração
de toda essa dor...

Inserida por ElisaFlor1973

...E O QUE FAREMOS NÓS

E o que faremos nós dos nossos dias imensos?
Estes "hojes" tão cheios da mesmice de todo o tempo?
O mesmo vento que tocou minha face ontem,
hoje resmunga suas lástimas aos meus ouvidos.

É uma reincidência quase insuportável do ser...
Os mesmos sinos tocam no cume da catedral
Os mesmos hipócritas se alto proclamam santos
O mesmo olhar sem esperança no miserável de rua.

Ahh, vida... Tu que se impõe à mim todos os dias!
Eu, que nunca esmolei a luminosidade do nascimento...
Suporto-te, talvez por covardia, ou mesmo por audácia.

E o que faremos nós destas horas vazias, eternas
Dos momentos de saudades que nos arrastam na lama
Somos pássaros presos em gaiolas sem grades.Nada mais!

Inserida por ElisaFlor1973

Anna e o Corvo

Quando o corvo pousou no caibro do quarto de Anna
Chovia uma chuva fina, o ar estava parado e denso
Em seus pensamentos não havia nada. Alma vazia
de qualquer sentimento;debilidade e alheamento...

Entreabriu os olhos, cerrou seus longos cílios negros
e fitou o olhar vermelho da criatura... Insondável!
Mas de certa forma, ela sentiu que o bicho sabia dela
Que podia ver além... Prescrutar seu ser desolado,cético.

Silenciosa, mas sem temor algum, Anna se moveu
Andou pelo quarto,tropegamente, porém sem temor algum
Nada havia naquela ave espantosa que a afugentasse
De certa forma, o universo de ambos se confundiram...

A escuridão da alma de Anna e da ave se substanciaram
Nada havia para ser dito, entendido ou explicado...Enfim,
ambos eram seres da escuridão... Mortos de calor ou amor!
Ela continuou a mesma; mas o corvo não partiu, nunca mais.

Inserida por ElisaFlor1973

O GRITO

Não, sinto muito, mas não posso mais
O pranto me sufoca a garganta, tusso convulsivamente
Me rouba o sono, me tira a paz, me torna incapaz
Preciso gritar no poema que cala
esbravejar na poesia, essa utopia sem eira nem beira
assim mesmo...
Sem métrica, sem rima, sem metáforas ou alegorias
Qualquer coisa aqui dentro precisa de desvencilhar,
bater asas pelo céu escuro da madrugada,
desencarnar o verbo, livrar o corvo
dessas grades de prata!

Meus olhos estão cansados
Já não comportam mais as torrentes lamaçais
Crispo os dentes em desespero e rancor
Nem sei se vivo ou morro
( E eu tenho escolha?)
O diabo me ronda a alma...
A navalha ao meu alcance,
um lance
Um lance apenas
e jamais...
...Nunca mais debilidade
Basta um pequeno corte na radial
Sangria intermitente
Fim, eminente.
Eternamente...

E na insanidade
Nesta dubiedade colossal vou seguindo
Escrevendo estas linhas dementes
Que talvez ninguém chegue à ler!
Mas não faz diferença
Vou esbravejar aos quatro ventos minha dor
meu lamento cheio de apatia,
" nisso" o que chamo de
poesia.

De que outra forma perdurar a vivência,
já que sou covarde por demais para estanca-la,
e não tenho como, ou para onde fugir...!

Inserida por ElisaFlor1973

Ei-la, Eulália

E quando Eulália sai pelas noites além,ruas frias e vazias
Todo o ar se condensa em torno dela, uma tristeza corpórea
Ela não anda. Plaina leve tal qual um fantasma desgraçado
Uma aparição que surgiu não se sabe de onde, para onde...

Eulália nem mesmo sente mais como uma mulher corpórea
Há muito perdeu a crença em qualquer sentimento alheio à dor
Vaga pela vida, branca como a neve, o seu rosto belo e medonho
Àqueles que a veem, à desejam, mas fogem dela com pavor!

Ela é a expressão de todas as " Eulálias", Marias e Anas da vida
As mulheres que se doam e nada recebem, tornam-se opacas
Não aspiram mais o amor nem carícia alguma que as embale...

Por isso, apartem-se de Eulália_ Deixem-na só com sua agonia!
Que ela perambule pelos bares ébrios e confins desta terra morta
Deixem-na só com seus sonhos mortos, com sua poesia triste...

Inserida por ElisaFlor1973

À MERCÊ DA VIDA...

Ando tão perdida pela vida...
Não sinto vontades de ir
Muito menos de ficar!
Estou estagnada no tempo
Nem mesmo me move o vento
Desalento
Melancolia
Nem agonia!
Uma indiferença passiva
Um cansar na alma
Calma sem paz
Ausência de risos
Choro , ou histeria!
Como se o mundo tivesse parado
para embalar a minha nostalgia...
Uma folha seca voa pela rua,
esboço um pequeno pensamento
preguiçoso;
Quisera ser como ela
Velejar à mercê da brisa
Sem dor
Sem impulso
Sem sentimentos...

Inserida por ElisaFlor1973

MEUS FILHOS, OS POEMAS...

Deus, quantos filhos já gerei!
Os gero o tempo todo!
Nas nuvens que passam
Na chuva que cai
No sol que queima a pele
No enlaçar das mãos
Na dor de um sonho morto
No barranco à beira da estrada...

Gero versos do nada!
Da essência de tudo!
Da tristeza velada, delatada no olhar,
ou no sorriso dúbio, sem fé no amanhã...
Gero palavras as vezes sem sentido...
E que sentido devem ter as palavras
antes de serem interpretadas por alguma
alma sedenta de beleza?

Gero. Procrio noite e dia!
E ai de mim, se me tornar infértil,
e me negar à trazer à luz a poesia!!

Inserida por ElisaFlor1973

Agora...

Amanhã?
O que farei amanhã?
Ora, que pergunta!
Não existe o " Amanhã" !

O amanhã ainda é sonho
Fruto ainda em flor
Flor por desabrochar
Fotografia não revelada
Carta fora do baralho
Mistério...
Sim!
Amanhã é apenas um conto.
Ainda...

Não me perguntes sobre o amanhã.
Me pergunte do agora!
Agora sou contemplação
Sou pensamento
Sou a loucura abstrata,
na tentativa de extrair do ontem
vivido, os versos insípidos
de um poema.

Inserida por ElisaFlor1973

DEVANEIOS

Sou a poetisa triste e sombria
A vida imensa de loucura me fez assim
Mas os sonhos que tenho são cores ao vento
fantasias cheias de uma felicidade sem fim!

Sou aquela que sonha com amores queridos
Beijos cheios de paixão e ternuras em flores
Dá-me Deus, peço, um pouco de acalento
Permita-me versos de docilidade e amores!

Porque estou condenada aos versos malditos?
E esta dor que dilacera meu peito em agonia?
Não sou tal qual as demais filhas da mundo?

E teimo em sonhar além da minha realidade!
Céus azuis e sóis reluzentes sobre minha amargura!
Minha poesia é nua!__ Mas meus devaneios são profundos!

Inserida por ElisaFlor1973

NOSSO RISO LOUCO...

Celebremos o riso.
O riso puro e gentil
O riso que lava a alma
Que proclama a vida
em versos
música
e poesia!

Que o riso se sobressaia em meio à dor
Que abuse da mediocridade, gentilmente,
sem escárnio e sem maldade...
Que nos leve aos nossos infinitos
Que sustente nossa eternidade
em meio às nossas limitações,
à nossa frágil humanidade...

Que nosso riso seja nossa canção.
A nossa verdade
Que contrarie toda a noção de pranto
Que sorrindo sejamos tidos como loucos
diante da louca sanidade deste mundo torto!

E de riso em riso
vamos levando a vida,
que mesmo sofrida
a cada amanhecer suscita em nós
um sabor de " Querer Mais"...!

Inserida por ElisaFlor1973

O CANTO DE DEUS

Borboletas são a voz de Deus...

Imaginem Deus cantando
Anjos silenciosos
em perfeita reverência
para ouvir o criador
em sua mais íntima expressão!
Alegria e amor

Num momento como este
surgiram as borboletas
Deus, cheio de inspiração,
explodindo de vida eterna o coração,
bradou: Haja Beleza!
E assim, maviosas mariposas
em todas as formas, cores
tamanhos...Brilho sem igual
saíram a revoar__Dança magistral...!

E enquanto Deus cantava,
o céu silenciava,
borboletas bailavam
colorindo a natureza,
enfeitando os quintais,concedendo
cor à vida.
Expressão terna do amor de Deus
Presente imerecido aos filhos seus...

Amo o revoar das borboletas
Adoro o canto de Deus...!

Inserida por ElisaFlor1973

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