Poema da Fome
Como seria bom se a engenharia de alimentos conseguisse que os produtos mais baratos durassem mais enquanto que os produtos mais caros durassem menos. Com isto resolveria parte da logística contra a fome no mundo.
A paz e a soberania contemporânea mundial se afasta cada vez mais dos argumentos de uma politica verbal exterior e dos tratados multilaterais pacificadores. A paz e a soberania hoje resume se a uma simples questão de poder ofensivo bélico com armas bio-químicas e nucleares de destruição em massa que garante sua posição e opinião interna independente.
Diante o alto desenvolvimento tecnológico da contemporaneidade alcançado nos diversos locais do mundo no seculo XXI, não existe nada mais rentável e de super-valorização internacional do que a água potável e os alimentos naturais.
Não é ficção e sim realidade vergonhosa e triste do estado cultural brasileiro que muitos dos maiores e mais importantes baluartes de nossas artes e de nossas culturas tenham que chegar ao final da vida enfrentando abandono, grande miséria e fome, dependendo exclusivamente da boa vontade, caridade de alguns fieis amigos e da realização de shows beneficentes.
Ainda não sei o suficiente, para entender pacificamente tantas guerras, misérias e pobrezas no mundo.
O miserável profissional não merece ajuda. Vive a chantagear toda sociedade, com carinha de coitado e viver uma rotina de criminalidade nos locais mais prósperos de sua cidade.
Fácil ser bom, amável e indiferente ao sistema, quando não se luta diariamente pelo "pão nosso" de cada dia em uma sociedade injusta, desiquilibrada, exclusiva e violenta.
Os encontros mundiais da nova agenda climática se resolvem por promessas utópicas, que nunca serão efetivadas mas com a compra pelos poderosos de créditos carbonos dos mais subdesenvolvidos. Na verdade servem na mesma oportunidade para um arcabouço humanitário ideológico para sensibilizar os poluidores mais poderosos, que amontoam riquezas sobre a fome, a doença social e a miséria hoje, dos lugares mais necessitados, que permanecem invisíveis e sem vozes no mundo.
O eterno conflito entre o agro e a pecuária em terras preservadas aos indígenas é uma agenda politica interminável. Seria de bom senso uma ínfima porcentagem de contribuição compulsória de grãos nas super safras para serem distribuídas pelas forças armadas, a todas comunidades, cooperativas indígenas e dos mais necessitados. Isto sim é fome zero.
"Fora da caridade não há salvação" é uma frase atribuída a Allan Kardec, codificador do espiritismo. No entanto no mundo contemporâneo de hoje, nos tempos de imensos abismos sociais em que vivemos, de miséria e fome, ruinas de conflitos bélicos que assolam o nosso planeta, este mandamento ultrapassa o caráter meramente religioso como uma síntese da moral cristã e é sim um dever de humanidade, um comprometimento com a vida e ativa cidadania planetária, o respeito do ser humano perante sua própria espécie.
Como pode haver fome se há tantas plantações? Como pode pessoas morrerem de frio, se há tantas cobertas, há tantas casas desabitadas, a construção do paraíso só depende de nós... Podemos construir novos hospitais e mandar o governo corrupto pastar. Porque somos um povo unido e não precisamos deles para cuidar de nosso doentes e feridos... podemos construir nossos próprios carros movidos a ar com uma estrutura que se preocupa, não só com a beleza mais com a vida, e plantar arvores frutíferas para todas as crianças e trabalhadores braçais desfrutarem em seus momentos de liberdade...
O princípio das dores já começou: guerras, fome, terremotos, zinco e chikungúnya; picadas e chicotes da terra.
Temos duas opções para o futuro: talvez a questão da desigualdade social exploda de forma pacífica ou violenta, se não seremos escravizados pela minoria que concentra a renda.
E existe a opção da revolução das máquinas que pode facilitar a vida de todo mundo e trazer um equilíbrio social ou alargar ainda mais essa desigualdade.
