Poema da Fome

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Não tenho medo da morte
Da fome, da estupidez ou do frio
Destas coisas eu sempre me esquivei
Porquanto, a solução pra todas elas
Podem ser encontradas por mim
Meu medo é não saber achar
Aquelas coisas que independem
da boa vontade da gente
Pois, sem elas
Tudo mais não tem valor algum
E sem elas não se vive uma vida
Sobrevive-se somente
Engole-se diariamente
O gosto amargo das desilusões
O peso da carga que advém
Resultantes do desdém
e da maldade alheia
Não tenho medo de parar meu coração
Eu tenho medo de não conseguir
Estancar o corte ou espantar a dor
Se porventura alguém a quem amar
Me pedir pra curar um corte em seu dedo
Não tenho medo de perder
Nada daquilo
Que novamente vai brotar
Eu tenho medo pelas coisas singulares
Coisa que não se conta
Não se recria, depois que se desmonta
Incomparáveis, sui generis
Coisas sem par
Tudo que eu preciso
é de um singelo sorriso
Não peço ao vento que me traga
Me diga onde está
Que eu vou buscar

Edson Ricardo Paiva

SONHO

Esta noite vagando num outro mundo...
Vi um menino pobre, com fome ,
com frio e sozinho .
Mas sorrindo e com flores na mão .
Peguntei-lhe :
- A quem se destina a grande emoção?
Ele sem medo e sem nenhum rodeio me respondeu:
- A Deus em gratidão
por ter-me presenteado com fé , esperança
e um puro coração !

Eu sonho com um mundo onde não exista guerra, nem fome.
Desejo que pessoas se respeitem, se amem mais.
Sonho com todas as crianças felizes, brincando nas ruas.
Com um mundo calmo, onde famílias tenham mais tempo para se reunirem.
Sonho com a paz mundial.
Sonho, sonho....
E quando acordo dou de cara com a amarga realidade.
Quer saber?
Quero adormecer nos meus sonhos.
Aqui o mundo é mais bonito.

Que não sejamos tão frágeis ao ponto
de não buscarmos saciar a fome dos
nossos desejos.

Quer vitória?
Vai ter que passar pelo deserto, sentir fome, sede, frio e se sentir sozinho.
Está disposto a passar por tudo isso e muito mais...
Sem lutas não há vitórias!

amor

O amor sacia a fome,
a falta dele da anorexia,
desnutrição e qualquer outra anomalia.

(Sócrates Di Lima)

Fome...
Uma têm e morre por causa dela.
Outra não têm e a leva para morar em sua casas.

Sobre a ditadura da beleza

Fome

Mórbido
Em definições
Desfeitas,
A língua
E suas voltas
Sob a matéria,
Sons repetidos
De rabiscos,
Riscos,
Cortes
E lascas
Na carne,
E o raspar
De algo metálico
Em ossos,
E o chacolhar
Numa mordida
Cortando a tripa,
Mistura de líquidos,
Textura
E o rosnar,
De satisfação…

- O mundo é um moedor de carne!

Ela fechava os olhos
Ao compreender
O clichê,
Matar ou morrer.

Incrível

Incrível oque o sentimento faz com á gente nos faz perder a fome, o sono, a paciência, á concentração, incrível como que um simples sentimento tem um peso gigantesco a ponto de fazer você virar a noite em claro pensando, incrível o grau de importância na vida que esse simples sentimento tem e oque ele pode fazer com nosso ser, são quatro letras é dito por muitos mas sentido por poucos ele faz a vida da pessoa ser um mar de rosas se ele for real mas pode se tornar um pesadelo senão for verdadeiro, esse sentimento se chama amor mas oque fazer se esse sentimento existe em você, simples lute por ele mesmo quando tudo der para trás continue lutando porque um dia vai tudo dar certo e esse sentimento vai se tornar a sua maior arma contra toda a tristeza e mal desse mundo porque um amor puro vence tudo de ruim, esse sentimento e a coisa mais especial que você vai ter na vida para dar pois ele nunca acaba.

Autor: F.M

O namorado dá
flores murchas
à namorada
e a namorada come as flores
porque tem fome

Não trocam cartas
nem retratos nem anéis
porque são pobres

Mas um dia
têm muito medo
de se esquecerem
um do outro
então apanham
um cordel
do chão
cortam o cordel
e trocam alianças
feitas de cordel

Não podem
combinar encontros
porque não têm
número de telefone
nem morada
assim encontram-se
por acaso
e têm medo
de não se voltarem
a encontrar

O acaso
não os favorece

Decidem nunca sair
do mesmo sítio
e ficarem sempre juntos
para não se perderem
um do outro

Aos dezessete anos, eu comecei a passar fome
Eu pensei que o amor era uma espécie de vazio
E, pelo menos, eu entendi então a fome que senti
E eu não tive que chamá-la de solidão

Se for pra fala de fome
O governo some
Se for para ganhar dinheiro
Engana o mundo inteiro

Um mendigo adiante passando fome; uma criança maltrapilha sendo maltratada; um homem dormindo no papelão; mulheres ofertando o corpo a cada esquina.

Tudo passa despercebido aos seus olhos. Egoísmo natural, seres humanos são assim por essência, hipocrisia é a principal fonte do discursso daqueles que pregam o altruísmo.

Segue em frente, com suas dúvidas no coração, são mais importantes que uma mãe se dilacerando pelo assassinato do filho em mais um assalto. Na sua cabeça, eles são apenas figurantes, dentro de uma hora, a memória já deletou a participação deles em sua vida.
Como um ato, numa tragédia, cada figurante é protagonista de sua própria complicaçao. Desde 1914, repetimos o mesmo ato, quem morre ao nosso lado, perece ali, e fica pelo caminho.

Zumbis, vão se amontoando, expectros de futuros tão brilhantes, de vidas que podiam ter sido estrelas, ídolos, pais... O destino não é tão justo assim ou é?

Sacode a cabeça, lembra dos olhos âmbar dela; É bem mais interessante tentar solucionar seu problema, e ignorar o que acontece a sua volta. Afinal são simplesmente figurantes.

Caminhando pelo mundo

Caminhando pelo mundo divertindo gente,
chorando em ver a fome, meus irmãos sentem fome.
Procuro sentir nas pessoas algo que talvez não esteja lá,
cadê o amor?Você é capaz de sentir?

E caminhando pelo mundo deixando de lado os sonhos,
esquecendo dos outros, e suas dores.
Meus amigos cadê?Meu amor cadê você?
Talvez seja tarde demais para mudar.

Caminhando pelo mundo ocupado demais,
coisas simples que agora quero desfrutar,
o barulho do mar, as nuvens a flutuar,
nunca é tarde pra mudar!

Todos os bichos que vivem em mim famintos, a paz saciou sua fome
Em plena saúde espiritual
Planícies sem vista
Na reencarnação de um velho sentimento
de como os dias me fez esquecer
Talvez até de quem eu era
Talvez até quem sou
Impulsos em forma de hobbies
pra fazer tudo começar.
Uma injeção do perdão
mas ainda aquelas feridas às vezes doem e todas as recordações e lembranças dos buracos cavado em mim, aparecem.
A culpa?
Ela foi toda minha, o tempo todo.
Fez-me ver.
Fez-me viver melhor.
Fez-me querer vencer.
Fez-me querer ser melhor a cada dia.
Só tento agradecer cada minuto de dor.
Os anjos e demônios que vivem em mim declararam trégua até que exista bom estado espiritual.
Até aqui, como vivi os dias, como sonhei ter, como desejo da carne e do coração,
Tentei negar cada um deles, e o homem é o que ele pensa que é, pois no fundo, cada um sabe de tudo que fez de bom e ruim e sabemos o que restou.
Remorso ou tranqüilidade.

Senhor, dai pão a quem tem fome
E fome de justiça a quem tem pão.
Dai-me seguir a mesma estrada
Que termina onde todos são irmãos.
Dai-nos fé, dai-nos amor,
Dai-nos coragem de morrer
Para que os homens
Tenham medo de matar.

Dai-nos fé, dai-nos amor,
Dai um caminho para todos,
Pois muitos já não sabem onde andar.
Senhor, dai-nos paz que não é trégua
E voz que não reboa pra ferir,
Prudência pra falar primeiro,
De nunca usar a força,
Mas de ouvir.

Dai-nos fé, dai-nos amor,
Dai-nos coragem de sorrir
Para que os homens
Tenham medo de odiar.
Dai-nos fé, dai-nos amor,
Dai um caminho para todos,
Pois muitos já não sabem mais amar.

Se for pra roubar
que seja um beijo...
Se for pra matar
que seja a saudade...
Se for pra fome
que seja de amor..
Se for pra chorar
que seja de alegria...
Se for pra perder
que seja o medo..
Se for pra esmagar
que seja o estômago...
Se for pra guerra
que seja o travesseiro...
Se for pra esquentar
que seja o sol..
Se for pra brigar
que seja por amor...
Se for pra cair
que seja se levantar...
Se for pra ser feliz
que seja para sempre...

O menino

O menino sente
A fome,
A miséria,
A desnutrição.

O menino chora
A angústia,
O desprezo,
A solidão.

O menino corre
Da violência,
Da maldade,
Da incompreensão.

O menino sonha
Com a família,
Com o carinho
Com união…

O menino sofre
As consequências
De seu país
Sem coração.

Volúpia imortal

Cuidas que o genesíaco prazer,
Fome do átomo e eurítmico transporte
De todas as moléculas, aborte
Na hora em que a nossa carne apodrecer?!

Não! Essa luz radial, em que arde o Ser,
Para a perpetuação da Espécie forte,
Tragicamente, ainda depois da morte,
Dentro dos ossos, continua a arder!

Surdos destarte a apóstrofes e brados,
Os nossos esqueletos descarnados,
Em convulsivas contorções sensuais,

Haurindo o gás sulfídrico das covas,
Com essa volúpia das ossadas novas
Hão de ainda se apertar cada vez mais!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

Animais sentem muito mais do que sede e fome... Sentem saudades, tem ciúmes e sabem como agradar... e até como chamar seu dono... até na hora de acordar a gente parecem um reloginho... sempre no mesmo horário que vc precisa levantar para ir trabalhar... e ainda te esperam ansiosamente!


"Está seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem."(Arthur Schopenhauer)

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