Poema curto
Voz do poeta
Através da minha escrita,
tu me elogias.
Todavia sou um mero sofredor,
assim como qualquer homem
que é alvo do amor.
Por meio do objeto elogiado,
meu ser fica aliviado.
colocando para fora toda dor,
sou apenas um sofredor.
O qual foi alvo do seu amor.
não tem nada de
não feminista
a garota
que escolhe
o vestido de baile
& o príncipe.
tem tudo de
não feminista
o discurso de quem
tenta
humilhá-la
por suas escolhas.
A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te ouço a passada
Existir como eu existo.
A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.
Fazendo pensar
As vezes eu penso
Como poderia deixar de pensar
Coisas bestas e inúteis
Que eu mesmo posso refutar
Mesmo pensando sem saber
Eu sei que posso dizer
Mas saberei pensando.
É ou não é? Quem mais?
Às vezes canso da poesia que capto no ar, seja pela brisa constante ou dentro de um colorido olhar. Deixo - a de lado por um tempo, em versos não a transformo, pesam as palavras e tremo, a mente não tem a força exata e tudo se dissipa como frágil fumaça...
Me Engravatei
Os furos eu tapei
O colorido eu queimei
O cabelo eu cortei
A gravata eu apertei
Os olhos eu fechei
O sorriso obliterei
Normal eu me tornei
A morte eu aceitei
A alma vem olhar pelos olhos a doce paz do seu corpo.
Ela é muito mais feliz a te olhar de quê se viesse a tocar-te.
Pois tocando-te se desfaria o encanto daquele desejo de sonho.
Passear pela natureza, sentir a brisa do verão de agosto, sentir o cheiro único da mãe natureza e respirar o verão de uma noite épica.
Desfrutando um vinho alentejano lendário e gostoso.
Domingos lendários e apaixonantes com taças da realeza cheias de vinho.
Tempo
O tempo cura tudo
Não
O tempo
Destrói
Apodrece e
Definha tudo
O amor vira
Tédio e repulsa
A paixão vira
Arrependimento
O tempo seca
Um oceano de
Sonhos
O tempo adoece tudo
↑ Direção
↓ i
→ r
↔ eção ↔
Minha insanidade mortal
Levou-me à psiquiatria
das palavras.
Insensatez moral,
a redigir
minhas falhas psíquicas.
Livro:
Fratura Exposta - Meu eu
Impresso em Páginas
Offline
Era tanta desconex@o
Que os corpos se a f a s t a r a m
As vozes se calaram,
O amor acabou ent@o.
Livro: Poem@s em rede - A poesia está on
Resisti a crônica passada
noite inteira pesada
Do meu coração ela veio; rasgada.
Por inteira me rasgou
Ultima gota me tirou
E os versos; externou.
Mesmo com certa pressão
Da crônica; expressão
Liberdade canta o coração.
Feira do Rolo
meu pote aberto
teu pote aberto
te dou meu treco
me dá seu teco
a poesia é uma junção ,
alegoria de potes poéticos
a palavra desloca, inspira, provoca
e promove a troca
Tenho vivido o tempo das intensidades.
Entrego-me ao amor de forma plena.
Já não aceito ser amado de forma superficial...
Negrume
podem me dar tarja preta
tentem me tirar do breu
o carvão aqui sou eu
Atravessar as coisas
Atravessar as coisas
para melhor absorver-lhes
a duração e o gosto.
Aprender a paciência
de um artesanato.
Sair do outro lado
com outra densidade:
o corpo mais sólido
diante da correnteza
desses dias.
"Indiferença"
Não é deixando morrer de fome
o pobre moribundo
que se resolve o problema
da fome no mundo .
Poesia
Poesia de ouvir
Poesia para ver
Poesia de falar
Poesia para cantar
poesia de pintar
Poesia para decifrar
Poesia é viver.
Poesia é você.
E quando eu me for,
Os filhos dos filhos vão cantar
Lembranças de amores,
Canções das minha dores.
Vão deixar flores,
Pois ouviram rumores
Da minha presença em todas as cores.
