Poema com o None de Andreia
PAIS DE IMIGRANTES
Lá vem de novo esta mão, esta tinta e esta pena.
Me fazendo escrever poema, que ora anima ora a mim mesmo condena.
Pois as letras que aqui escrevo, são oriundas de dores reais.
O assunto que aqui incejo, conseguiu me tirar a paz.
Pessoas reais são mesmo assim, ora racionais ora emocionais.
São sempre revestido de dons especiais, mas sempre voltados aos pais.
Eles que deram a força e seguravam firme a nossa mão.
E depois que nós crescemos e pegamos o avião.
Descobrimos outro povo, outra cultura, outra nação.
E os mesmos que um dia disseram: não tenha medo do trovão.
Tem medo de vir aqui, na casa do filho que foi campeão.
Com a desculpa de dizer, que já é velho, é um ancião.
A pergunta que se faz, quando se está em terra estranha.
Vale a pena deixar tudo e viver essa façanha ?
Fui a caça, conquistei, estruturei e fiz estudos.
Mas o convite que enviei, foi ignorado e ficou mudo.
Minha intenção era mostrar a minha casa e a vossa netinha.
Dizer que embora eu tenha vencido, essa honra não é só minha.
Continuo aqui no labor e minha memória de elefante.
Não encontro outra referência, não que eu seja ignorante.
Eles sempre serão meu porto seguro, ainda que estejam distantes.
Preciso aprender a curar a saudade, pois sou um filho imigrante.
A SOBREVIVÊNCIA - MANGUE
- Recife -
POEMA I
E a ponte esvai-se pelo rio
trêmula navegante nula;
nas suas cáries residimos
logicamente crustáceos.
Bípedes arquitetando sombras,
planos rostos refletidos: nunca,
no aquático espelho dos sobrados
sustém o eco dos sentidos desusados
que mordem das impegadas mãos o tato.
Incerta lama convivida:
alma lama reanscida ao sol.
Anfíbio (caranguejos, siris, meninos)
o peito ereto, as mãos para cima,
trazem as bandeiras de medalhas-lama.
Do céu ganhou a armação
em ossos; um nato esquife.
E o recheio, que lhe desse o rio.
Lá na Ponte Giratória, por mais que gire:
ossos que vivem a sobreviver de ossos!
(Publicado na antologia Presença Poética do Recife, de Edilberto Coutinho, Arquimedes Edições, SP, 1969 e 2ª edição, UFPE, 1977.)
Amigos, eu ia escrever um poema hoje, mas não consegui encontrar as palavras certas para descrever algo tão lindo como o amor.
Então melhor fazer uma declaração.
Uma declaração de amor, Vou simplesmente me limitar a escrever pequenas palavras que tocarão o coração de uma pessoa muito especial.EU TE AMO GRAÇA SILVA. Você me completa e sem você nada seria tão lindo e verdadeiro quanto o amor que sinto por você
" Palavras ao amor"
Poema " Saudades"
pode ser que meus olhos não vejam você, meu olhar não te alcança, minhas mãos não te tocam e meus lábios não te beijam. mas sinto seu aroma, seu hálito e seu corpo. aquele seu abraço que enche a minha alma de felicidade e que mesmo acima do fator tempo e espaço me faz sentir orgulhoso, seguro, amado e feliz homem na terra ... ahhhh amor quantas saudades de você, minha querida rosa minha joia preciosa
Tenho um poema pra você
Meu adorável amor
Mas ele ainda precisa de você para existir
E então ele irá se materializar
Por enquanto, só tenho um esboço e um borrão das suas promessas de amor
Quero deterreter até lembrar que sim, é possível sonhar
Mesmo nesse mundo repleto de rancor
Ainda é possível crer no amor
Assim como no desabrochar d'uma flor
Hei de sorrir
Porque nesse mundo ainda existe cor
Tudo que nasce ainda pode florir
TU SABES QUEM ÉS!!!
És dança, és musica, és musa
És poema, és verso, és estro
És oxigénio, és vida, és festa
És bebida, és vinho, és suco
És bonita, és linda, és estilo de vida
És auto-estima, és calor
És brisa, és fulgor
És flor, és cor
És multicolor
És paisagem, és brilho, és miragem
És jardim, és canto, és encanto
És aninho, és ninho
És perfume, és fruta, és deleite
És delicia, és alegria, és presença
És pita, és preta, és real, és leal
És mel, és intensa, és demais
És ouro, és tesouro, És mina
És minha, és …, és …
És quem és …
Tu sabes quem és!!!
Desenhada
Ela é a cor do jardim
Do poema a rima
Do sonho o horizonte
Do dia a obra-prima
Do céu a lua
Da estrada a esperança
Da terra a coragem
Do mar a mudança
Ela é mesmo uma arte
Do poeta o cordel
Do vento a dança
Do tempo o pincel
Do sentimento o nobre
Da época a sabedoria
Do detalhe o simples
Do amor a magia
Autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 15/01/2022 às 00:10 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Poema Noturno
Às vezes é preciso esconder os sentimentos, para que seu coração seja poupado dos sofrimentos que a vida nos trás ao longo da vida. 🤍
Poema racismo
Racismo!
Conhecer para destruir.
Conhecer para desnaturalizar.
Racismo!
Reagir e não aceitar
Reagir e denunciar.
Racismo!
Educar para não praticar
Educar para não valorizar.
Racismo!
Confio na alteridade
Respeitamos o nosso próximo.
Racismo!
Eu me autoaceito como sou, gente!
Somos iguais no amor, Senhor!
Racismo!
Tu não vás nos dividir.
Tu não vás mais existir.
Racismo!
Para que te quero, ódio!
Para que te quero, violência!
Tu vás para a lata de lixo, lixo!
POEMA À MORTE
Estava nascendo
Podia sentir a sua respiração!
Não sabia ainda se seria um poema alegre
Ou triste,
Mas já percebia que seria intenso
Faltava pouco, muito pouco
Apenas algumas palavras
Encontrar a rima ou o ritmo final
E dar alguns retoques
Ah desgraça sem graça!
Musas implicantes,
Senhoras da pirraça!
Quase nascendo,
O poema não encontrou a rima
Quebrou o pé de maneira infame
Antes de dar o primeiro passo
Olhou-me, triste,
Entre envergonhado,
E lamentoso
E foi puxado para o inferno
Das obras não realizadas
Enterrei-o de maneira singela,
Com honra
mas sem grandes funerais ...
E chorei pela sua alma
Durante toda uma semana
Às vezes, mesmo hoje,
Tão longe no espaço-tempo,
Posso ainda vê-lo à morte
Com a respiração ofegante
Diminuindo pouco a pouco
Coberto com o manto negro
Das palavras que apenas mancham papéis
Sem frequentar a boca das pessoas,
Ali está ele - entre as frias paredes da memória
soltando seu último suspiro
[publicado na Revista da Academia Lagartense de Letras, vol.1, nº7, 2021]
SOMBRAS
Nesse poema trago as amarguras e decepções
Sinto-me um ser vagando pelas ruas na contramão
Cabisbaixo, perdido sem direção envolvido pelas sombras
que se apoderam da minha insatisfação.
Faltam luzes no meu pensamento
deixando os sentimentos presos
a uma névoa, envolto de indecisão
Não sei se são sombras do passado.
Do presente que me causam inquietação
Sobretudo muita desilusão
continuo lutando para um dia fugir
dessas sombras que vivem a me perseguir.
Do futuro nada a dizer
Se do passado não me defini
Do presente não me encontrei
Talvez as sombras continua a seguir.
POEMA METÁLICO
Pinos
Parafusos
Difusos
Confusos
Sem tinos
Soltos
Envoltos
em mugre!
Profusos
Sem fusos
nas horas
da vida.
Angela Dias e Demétrio Sena
"Madrugada"
Esta madrugada eu quis ler um poema,
algo prateado que inundasse os olhos daquele anjo.
Eu quis ouvir a chuva, aquela chuva da minha infância,
que aportava meus navios brancos nas pedras.
Esta madrugada eu quis que todas as luzes se apagassem,
e teus olhos se acendessem nos meus.
Ramos crescendo esticam-se na janela,
querem ouvir meus pensamentos,
e bem ouvem,
a madrugada de um poema,
e pousam meus sonhos, no cansaço.
POETA
Igual poeta,
faço poema.
Rasgo minh` alma,
lanço meus verso,
longe do quarto,
dentro de mim,
sem lucidez,
sem os desvios,
e sem frações.
Múltipla… inteira...
encontro - me!
( 14/01/2019 )
Reconheço teu rosto na multidão e tento compor o poema da tua presença.
Fico a espera de novos gestos, sorrisos e palavras.
Reconheço teu rosto e me perco diante de tantas faces.
As palavras somem e com um suspiro profundo, pronuncio o teu nome que é um poema de amor e saudade
DONDE
Cá, um poema incógnito e moroso
Fatigante, melancólico e sem vida
Que corta o verso no sentir caloso
Tal e qual uma sensação repartida
Penetra silente num sonho umbroso
Da imaginação, tal uma negra ferida
Fazendo do prosar pravo e doloroso
Numa poética carente e tão sofrida
Assim, nas margens do seu fadário
O trovador se vê inquieto e solitário
Em que a tal sofrência nele esconde
Ah, infortunado versar dorido e duro
De um desalento, latente, tão escuro
Que a gente sente, sem saber donde!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 fevereiro, 2021, 10’53” – Araguari, MG
Nem todo poema é tinta e papel
Saiba ver de onde vem, onde tem
Cada alvorecer
Poema do, o teu aroma adocicado como as planícies de galiza, o teu cheiro gostoso como o mel, o teu coração puro como o universo, o teu toque poético como uma poesia pelos nossos corpos húmidos e ardentes.
Tu és a minha realeza.
Eu não preciso de titulos reais.
Mas sim tu és o meu maior titulo minha duquesa. Eu vivo de amor e paz e não de titulos e glórias. Tu és a minha maior glória.
CÂNTICO PARTIDO
Meu poema busca a poética cantada
Do coração, a tal sensação em glória
Traçando o rumo sedutor na história
Pra não se deter na rima amargurada
Meu sonho clama pela mesma vitória
Que já estravou em prosas já passada
Quando a poesia vivia só apaixonada
Em lágrimas e dores em sua oratória
E o amor, ah como é abrigo o seu zelo
Quero-lhe versejar em delírios e o tê-lo
Na alma, no sentido e doces emoções
Essa procura é um verso amordaçado
Angustiado no estro e no canto calado
Por ter errado demais nas inspirações...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 fevereiro, 2022, 15’50” – Araguari, MG
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