Poema Carolina
Querido, eu ainda te amo.
Virei a pluma branca e enfeitei seu coração. Transformei seus dias em dias de sorte e a cada desejo seu, eu via um sorriso satisfeito.
Não me importei com a minha felicidade e corri em direção a sua.
Quando você estava triste, te fiz sorrir.
Mas sei que se eu estivesse no fundo do poço, você não me daria a mão.
Pesado não é? Mas eu nunca me importei comigo mesmo.
Então você me assoprou. E eu voei pra longe. Longe de você!
Minha alma se despedaçou e o coração parou. Vi suas pegadas no chão, tentei te seguir mas não via forças suficientes pra te encarar devolta.
E você se foi, me deixando pra trás.
Olhei pra dentro dos seus olhos e não vi compaixão. Você ama outra, isso que eu vi. E eu ainda te amo.
Passaria por tudo devolta, sentiria todas as dores que existem, mas você não faria o mesmo por mim.
Ah não, não, não! Você não faria o mesmo por mim.
Ah moço, muito dizem que quem muito quer acaba se machucando, e foi assim com ela.
Queria voar mas não tinha asas. Criou o mundo de fantasia e, intorpecida, imaginou o jardim tanto queria.
Subiu degrau por degrau e chegou no topo do seu mundinho.
De lá viu a cidade movimentada e resolveu chegar à luz da lua.
Um, dois, três passos na ponta e com lágrimas de dor deu seu último sorriso.
Todos viram seu pulo. E por um segundo, viram asas lindas e um sorriso cheio de alma.
Quem era ela? Ah, apenas uma figurante que era protagonista da própria dor.
E à noite ela dançava pra esquecer seus problemas. Mas sabia que eles não iam acalmar.
Ela ficava entorpecida com seu cheiro, como se fosse uma droga, e chorava lembrando da seu sorriso.
Cheiro. Sorriso. Viciante.
Todos olhavam pra ela com pena, pois a dor estava transparente.
E seu olhar pedia socorro. Ela pedia seu socorro.
Mas agora, ela sentiu muito e desistiu de você.
E agora, ela se foi, sem olhar para trás.
Você não vai sentir falta, e como vento isso passou. Você a deixou.
Agora ela se foi e você sabe, para que toda essa dor acabe.
Em algum lugar, daqui alguns 10 anos, nós se encontraremos denovo e eu irei mentir que a vida estava andando, mas na real ela não andava desde que você foi embora.
Eu irei sorrir para você lembrando de um passado que, na verdade, eu não tive. E olhando para o céu a noite, te contarei as constelações que conheço e os sonhos bobos da vida.
Te direi as coisas boas que aconteceram comigo e você me olhará como se fosse incrível, mas sei que na verdade você não liga.
Você perguntará se estou bem, e eu farei uma piada boba, mudarei de assunto sorrindo, porque se eu falar o tamanho que estava minha saudade não teremos um clima bom para conversar.
E por fim, eu direi um "tchau, até mais!", com uma vontade enorme de um "por favor, fica! Insista que eu fica, não diga tchau". Mas você apenas dará um acenar e seguirá sua vida, como se nada realmente importasse.
Olharei para trás, confirmando que você foi realmente embora e lágrimas caíram de meus olhos, porque mais uma vez eu menti para mim mesma que te esqueci. Mas eu não te esqueci...
QUANDO VOCÊ GOSTA
QUANDO VOCE GOSTA DE ALGUEM VOCE QUER SEMPRE O BEM ,
NUNCA DESISTE DO SEU SONHO QUER O SEU AMOR A PESSOA NÃO TE QUER AGORA MAS DEPOIS TE AMARA
Não sei se as atitudes certas levam a caminhos certos.
Sei que as vezes o que parece ser certo, na verdade é a maneira mais fácil e mais rápida de alcançar um ideal.
Não sei se todas as minhas verdades são sinceras, mas sei que me consolam, que me são suficientes e bastam.
Ainda sim que em dias solitários eu me questione, sei que o que foi feito, já está feito. Sei, que o que passou sempre ficará lá, ainda que sem sucesso eu tente proferir palavras que estanquem, congelem ou cicatrizem.
A realidade é que cada machucado, cada cicatriz sempre estará lá, e que ao decorrer do tempo, vamos nos pegar observando cada uma dessas marcas e nos questionando.
Não se sinta idiota, não se sinta impotente e muito menos incapaz de consertar um erro. As nossas verdades sempre serão mutáveis, basta enxergar isso não como apenas uma fase metamórfica de personalidade, mas como uma evolução mental, espiritual e emocional.
Observo aqueles que, inutilmente, tentam encontrar a felicidade no mundo externo. Essa tentativa é tão lógica quanto querer encontrar um peixe nadando nas areias do deserto.
As coisas materiais do mundo externo podem até nos dar prazer e contentamento. Mas não se engane! Essa sensação se esvai em pouco tempo, o vazio novamente se instala e predomina.
A felicidade está na descoberta do seu mundo interior, na paz do seu espírito e nas emoções que estruturam o seu amor. E esta felicidade, quando alcançada, torna-se perpétua.
Vai encarar?
Você está mesmo disposto a encarar? Falo 3 palavrões a cada 5 minutos, acordo com mau hálito e quando me acordam fico mau humorada. De noite na cama eu chuto, derrubo as cobertas no chão, não consigo dormir na mesma cama com alguém, pelo menos não junto abraçados como toda garota sonha, me sinto sufocada, e fico trocando de posições pelo menos uma vez a cada cinco minutos. Assisto desenhos, não sou nem um pouco fofinha, meiga ou diabo a quatro. Mecho no meu cabelo compulsivamente e quando estou com vergonha fico mais vermelha do que tomate. Fico triste sem motivos, e do nada. Não sou do tipo que sai distribuindo sorrisos, nem sou falsa a ponto de falar as coisas pelas costas dos outros. Fico de pijama 24 horas se for possível e se me deixassem dormiria mais que a cama, sim eu durmo bastante, amo dormir e mesmo assim acordo com sono. Sem contar que quanto estou de TPM, fico com espinhas, me irrito facilmente, brigo por tudo, sinto ciúmes ao quadrado e qualquer coisa é motivo de discussão, mas nada que um eu te amo não resolva sabe? Também falo muita coisa sem pensar, isso acho que você já percebeu. Tenho muito, mas muito ciúmes de quem amo e sou insegura em relação a tudo. Erro bastante, e odeio pedir desculpas. Faço coisas estranhas e tenho manias estranhas. Agora me diz, tem certeza que vai encarar?
-Toda Sorte.
Entra e sai
Como se estivesse em sua casa,
e não em meu coração
Machuca e dar risada
Como se eu fosse um brinquedo de diversão.
Um pedaço de mim foi levado;
Porque? Onde? Como? Me faltam respostas..
Vivo, choro, grito na janela do meu quarto
Quando o sol resplandece a tristeza em olhos angustiados
Onde está aquele amor?
Aquele carinho? O companheirismo?
Vieram dar as boas-vindas e foram mal recebidos
Estão desaparecidos, tendo a esperança de um dia
socorre-los de necessidade e precisão
Hoje sou um rascunho de tudo que deixei pra trás
O mundo eu desconheço
Estou presa em dois cadeados
E não consigo me soltar;
A tristeza toma conta de mim
Olho pra um lado, em seguida, para o outro
E cadê você?
Quem é você?
Não sei quem, não vejo onde, não sei qual
Estou perdida. Preciso de ajuda. Preciso um pouco mais de açúcar, um pouco mais de afeto.
Medo
Como será esse medo?
Medo de sofrer?
Pode ser
Medo de sonhar
Não nunca será
Acho que não tenho medo de nada
Ou teria medo de alguma coisa?
Há sim !
Mais acho que meu medo e bobo
Meu medo e de amar..
Não amar por acaso
Não amar inesperado
Não amar ameaçado
Mais de amar e não ser amado !!!
Olharíamos um pra cara do outro recusando-nos a manter uma relação um tanto quimérica. Emudeceríamos. Pensaríamos novamente - uma, duas, três, quatro vezes se precisasse - para juntos chegarmos a uma questionável conclusão:
- O que temos a perder com isso?
- Tudo.
Entregar-nos-íamos mais uma vez nessa literatura mal esboçada em rascunhos com pontilhados desalinhados, e depois negaríamos tudo de novo. Rasgaríamos a folha de rascunhos e sonharíamos juntos até que acabássemos com a tinta da caneta.
Compassos.
A cada segundo que se estendia mais eles atrelavam-se um ao outro e novamente tinham certeza de que ali ficariam; ele dela, ela dele; ininterruptamente.
Aqueles dois amantes desciam as escadas despindo-se, peça por peça. Experimentaram todos os vértices da casa e se manteram unicamente nas pré-liminares. Cobiça escorrendo poro a poro, pretensões irreprimíveis na ponta de cada garra e mais uma vez minutaram suas iniciais em ambos os dorsos.
- Qual é o seu dilema dessa vez?
- Você.
- O que você tem a me dizer?
- Que estou apaixonado por ti e gostaria de saber se também me amas.
- Talvez.
... Por mais que minha maior vontade fosse jogar-me em meio aos seus braços deleitando-me no mais doce lirismo torto.
Amanheça e anoiteça.
Eu fui. Fui porque amanheci tarde e amanheci chorando. Chorei porque quando você me veio, já estava escurecendo e eu esperei. Esperei manhã, tarde, noite; quem sabe um dia...?! Não. Acabou. Você não numera mais o tamanho das minhas vestimentas, e por mais excêntrico que pareça eu cresci. Você? Você ficou aí, acanhado, crédulo. Virou as costas pro mundo enquanto eu abria os braços pra ele dizendo: "Vem cá meu bem. Pode vir que eu te darei do bom e do melhor. Vasto e não vão." Amor, tchau amor. Amor, você nunca contou com o tempo, eu contava, mas agora me desfiz dele. Amor, sua madrugada já passou e eu...perdi o meu relógio.
Alegorias.
O outono adentrou as janelas do meu quarto, e eu ali fiquei, congelada. Havia esquecido o casaco no momento em que em sua cama, começou a despir-me em parcelas, peça por peça. Casaco, calças, blusa, calcinhas e sutiãs de cores ofuscantes e por último despiu-me os sorrisos – dizia que eu sorria demais e naquele momento, além de composta, eu deveria transluzir uma fórmula um pouco mais vulgar que a habitual. – Logo fizemos de nós dois, juntos, num só.
Senti um frêmito gélido subir no dorso e escutei o crepitar das folhas secas despedaçando-se por baixo da sola dos meus pés também frios. As folhas representando uma atração fatal entre dois cadáveres abrasadores desnudos num chão frio, revelaram-me o inevitável: os corpos agora se encontravam frígidos demais.
Censurado.
Numa mescla de sensações, divide-se em olhos fechados sobre ineficaz. A hesitação e o gosto de seus apetites partilham-se em gotas de suor, apenas suor. Olhares, sorrisos, platéia, desdouro; sublime. Odor de fumo entranhado nas madeixas e a cobiça de roçar os lábios com aquele tortuoso, apenas para obter o clímax da cena; tabu, proibido.
Mais que maos dadas.
Eu finjo sonegar muita coisa, mas o amor me conhece dos pés à cabeça; os lados, lábios, dedos, sentidos... Cada curva, cada toque; sabe do meu gosto, do meu cheiro, sabe de mim, por inteiro, pleno. Briga, diz que não, e volta.
- Não, eu não te quero. – Beija-me os lábios, diz que vai ficar, que não vai me perder, e eu sorrio ingênua caindo em seu jogo.
- Beijo-te, amor. – Beijo por esperar que seja o último dos primeiros, que ele sugue cada insegurança despejada dentro de mim por suas mãos meticulosas que me manipulam feito ventríloquos. Sinto-me vulnerável, isso não me faria bem, mas a culpa é toda dele por ser um artista assaz.
- Para você deve ser comum viver de amores em amores. – E eu contesto com receio – Você já me amou? – Permanece um silêncio e o nervosismo me toma conta. – Então você já me amou.
- Eu te amo.
Uma falha de entendimentos alastra-se em minha mente. Por que ele jamais se avigora para evidenciar tão nobre cálice? Suo frio, em gotas, e diluo-me nas mesmas. Não sei o que fazer.
Ele morde e sussurra em meus ouvidos, beija-me o pescoço, e eu fico ali, entorpecida, mas volta a contemplar meus olhos.
- E o que podemos fazer quanto a isso?
- Beije-me.
