Poema Arte
... penso
não ser mais tão difícil
perceber o quanto temos trocado
a 'arte de viver' - suas nobres
sutilezas;tão distintoslegados -
por umpunhado de descortesias,
abusos - refutando seus
vastosbenefícios
eporquês!
A ARTE DE OUVIR QUANDO O MUNDO GRITA.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
(Os alarmistas são os que não prestam atenção aos suaves e verdadeiros sinais)
Há tempos em que o ruído se apresenta como virtude e a agitação como lucidez. Nesses períodos o alarmismo assume a aparência de cuidado enquanto a atenção verdadeira é confundida com passividade. Eleva-se o tom da voz mas empobrece-se o discernimento e o excesso passa a ocupar o lugar da compreensão.
Os sinais verdadeiros não se impõem pelo choque. Manifestam-se no encadeamento das causas na regularidade dos processos e na repetição discreta dos fatos que revelam uma direção. Exigem silêncio interior constância de observação e maturidade intelectual. Quem observa aprende. Quem se agita apenas reage.
O alarmismo nasce da ruptura entre percepção e entendimento. Incapaz de sustentar o tempo da reflexão o alarmista vive submetido ao instante e confunde urgência com verdade. Ao ignorar o que se anuncia lentamente perde a leitura do conjunto e se torna dependente do sobressalto.
Em oposição há os que vigiam sem alarde. Não por indiferença mas por disciplina. Eles reconhecem que a verdade raramente se manifesta de forma estridente e que as grandes transformações são precedidas por sinais quase invisíveis aos olhos apressados. Essa vigilância silenciosa não é inércia mas lucidez cultivada.
Assim o desfecho impõe-se com clareza lógica. Onde prevalece o ruído instala-se a confusão. Onde há escuta atenta forma-se o discernimento. Entre o clamor e o silêncio decide-se a qualidade do juízo humano e somente aquele que aprende a ouvir o que é discreto mantém-se firme quando o alarme se dissolve e a realidade permanece em silêncio e em clamor.
Se tudo que envolve nossas vidas viesse acompanhado de um manual de instruções,
a arte de viver perderia o mais eficaz dos seus temperos:
a persistência!
A arte de viver
é o simples que mormente hostis,
grosseiros,infectamos, ora presos a uma enxurradade pretextos e exigências
que nos impedemde acessá-la e desfrutá-la,
inspiradospor sua sofisticada
e sobretudo acolhedora
plenitude!
Crítico de arte,
a meu ver, não seriam esses
que comodamente tentam diminuir
ou apossar-se do meu trabalho...
Verdadeiro crítico - e isso garanto a vocês - é quem
manuseia meus pincéis; habilidoso mistura
minhas tintas; por vezes me premia
com variados e surpreendentesesboços e cores...
E, este, acreditem, não sou eu!
E sim, aquele que generoso
me inspira!
Pablo Picasso.
A literatura,
tal como outra qualquer
expressão de arte,
ostenta como iluminado
propósito corrigir
distâncias...
Nos aproximar!
Ouvir tudo, guardar silêncio,
Saber o que ninguém sabe,
Mas fingir que não sabe nada.
É a arte da sabedoria discreta.
Todo sujeito é capaz de analisar, julgar e comentar a arte do outro.
Alguns tecem comentários na qual fomenta, ainda mais a criatividade de quem vivencia este mundo criativo. Há aqueles que não compreendem nada do que se vê. Enquanto outros utiliza de obras já edificadas para contrapor à habilidade alheia.
010323
Acredito que a autoexaltação a grosso modo; é a arte cretina, que serve para entusiasmar os parvos. Só os parvos!
170724
Se você estiver interessado em direção de arte na moda não é suficiente para olhar para a moda. Você tem que olhar para tudo.
O sonho é a crença e esta última é o combustível para mobilizar equipes, contagiar funcionários, despertar talentos e, de maneira transparente e justa, fazer todo mundo participar dos resultados, pecuniários ou não, imediatos ou não.
Todas as obras de arte são de acesso bastante difícil. Se um leitor as julga fáceis é porque não soube penetrar no coração da obra.
A arte tem o dom de expiar pecados. Ela nos devolve a coragem no momento em que a fragilidade insiste em soprar em nossos ouvidos a frase da desistência, do abandono da luta.
Nosso maior prazer neste mundo são os pensamentos agradáveis e a grande arte da vida consiste em tê-los no maior número possível.
A Desculpa é a arte de se redimir da maneira mais simples,
porém, o uso excessivo dessa expressão, anula seu poder de redenção!
O autor aos seus versos
Chorosos versos meus desentoados,
Sem arte, sem beleza e sem brandura,
Urdidos pela mão da Desventura,
Pela baça Tristeza envenenados:
Vede a luz, não busqueis, desesperados,
No mudo esquecimento a sepultura;
Se os ditosos vos lerem sem ternura,
Ler-vos-ão com ternura os desgraçados:
Não vos inspire, ó versos, cobardia
Da sátira mordaz o furor louco,
Da maldizente voz e tirania:
Desculpa tendes, se valeis tão pouco,
Que não pode cantar com melodia
Um peito de gemer cansado e rouco.
A poesia não é senão apenas uma forma da música. Ela é submetida às mesmas leis do ritmo, da vibração, que são as leis da vida em seus estados superiores.
