Poema de Amor e Saudade
A saudade é um tipo
de felicidade
É o amor morando
dentro da gente
É a verdade
que se sente
Presente
A saudade é
o avesso
que vira verso
É a paixão
sem reverso
É um Universo
Repleto
A saudade é a tua
companhia enfim
Ela habita na pele
É um instante
sem fim
Inconstante
A saudade
é criativa
É a sua falta
escrevendo poesia
É um jeito
de ser carícia
Cosmogonia
A saudade é
a tua presença
sempre em mim
Mostrando que
a tua presença
sempre fará
bem para mim
Só você é capaz
de preencher
a sua falta
com a tua volta
E fazer de nós
um espetáculo
de carinhos sem fim.
Está virando Saudade
Um amor que nunca se foi
Perdido no coração de alguém
Que não se propôs
A amar,a deixar,a sorrir
És um encanto
Comparada ao canto
De um passaro que so faz assobiar
És a melodia que pra sempre quero escutar
Tu és minha
Princesa e rainha
Dona dos meus sentimentos
E a alegria dos meus momentos
Que minha saudade não me mate
De dor,porque onde eu sinto falta
Eu completo com amor.
AMOR DISTANTE
Na saudade, te cato nas noites morosas
Nas lembranças singulares de dias ledo
Manifestadas naquelas exclusivas rosas
Tão belas, eternizadas no nosso enredo
Tua ausência é pesar tirânico na poesia
Que trasborda e faz a inspiração suspirar
Não poder te abraçar, mais uma agonia
O preço de quem a te um dia pôde amar
Nestes versos em vão, dum amor distante
Que retalha a alma e na ilusão manifesta
Há sussurrar a todo o instante, lancinante
Sem existência a sensação vai se esvaindo
E nesta prosa somente estória, então, resta
Do amado amor que um dia nos foi lindo...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/09/2021, 11’58” – Araguari, MG
LUTO
Minha poesia fez-se pesar dum amor ido
Uma dor no sepulcro onde saudade sente
Lembrada, suspirada, sentimento sofrido
Evocado da recordação, mas tão presente
Oh, versar, porque és tu, tão imperador?
Minha prosa vive a sonhar nos desvarios
Dos beijos, dos carinhos do amado amor
Num desejo de inteirar os versos vazios
Estouvada poética, carente de venturas
Não vês que o meu estrago é tão duro
Rasga o coração, e farto de amarguras
Cá fico a olhar e imaginar um atributo
Para então versar a este amor tão puro
Mas, o verso se traja de nostálgico luto!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30 setembro, 2021, 11’08” – Araguari, MG
Saudade em Pauta
O amor habitava entre nós
Sentava a mesa
Até hoje a cor do teu tom de voz
Colorem a lembrança com pureza
Cada sensação, uma dor atroz
Dum vazio, ó mãe querida!
Teu tempo foi tão veloz
Demorado o suspiro na vida
Gratidão, o que tenho a hora
Da senhora, é muita falta...
Por que este choro agora?
É desta saudade em pauta!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/10/2021, 05’10” – Araguari, MG
Paráfrase Adélia Prado
FOSTE
Aquele amor, foste, em outras eras
Olhar no olhar, saudade que povoa
A emoção, foste minhas primaveras
O afeto dentre todos, a boa pessoa
Pros desejos tão cheios de quimeras
Foste os mais ávidos, sonho que voa
Felicidade mais, promessas sinceras
Aquele sentimento que não foi à-toa
Foste: essência, a sombra generosa
Aquele poema de poética amorosa
O cheiro impregnado na inspiração
Fez da minha poesia o rimar inteiro
E do meu versar um verso primeiro
E ao poeta a sua mais doce paixão!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 agosto, 2022, 19’21” – Araguari, MG
Não se passa indiferente numa vida, quando o amor é presente. Há lembrança na saudade da gente...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 02 2022 - Araguari, MG
Carta de amor
Amor, nestes rabiscos desenho só sentimento
Em cada linha a saudade nodoando o coração
Com seu cheiro, seu gosto, seu pensamento
Que me fazem nesta carta confessar paixão
Letra por letra, ponto por ponto, argumento
Que já não sei amar mais ninguém
Do que você! E neste meu firmamento
Está o meu rimar que me leva além
Dos sonhos sonhados, do chamamento
Nas noites solitárias, frias, porém,
O que mais importa neste momento
É saber que você também me ama
E que juntos estamos neste planejamento
De vida, de cumplicidade, afinidade, chama
Assim, assino com o meu poetar
Esta carta de afeição
Grifada com o seu doce olhar
E versada com a nossa paixão...
Amor nestes rabiscos desenho só sentimento
Em cada linha a saudade nodoando o coração
Com seu cheiro, seu gosto, seu afogueamento
Nestes versos de reconciliação
Cheiro das palavras
Garatujam saudade
Rabiscam felicidade
Desenham amor
Borram a dor
Traçam sorte
Riscam a morte
As palavras... Imortais palavras... Cheiro
Dando vida e aroma ao coração forasteiro.
Luciano Spagnol
07'50", agosto, 2012
Amor com saudade
Nas reticências da vida perdi o meu amor
No evo. Privando nossa convivência a dois
Agora são caminhos difíceis de transpor
De lembranças. Que as deixo para depois
Se as procurei nas esquinas todas do destino
Foi pela urgência de querer sair da saudade
E assim, me vi em um oriundo peregrino
De olhar a olhar, em uma cabula eternidade
Quando na verdade só queria o seu sorriso
Gravados no seu desvelo, no seu carinho
Pois os meus foram seus, os seus ainda preciso
Neles pude aninhar, e agora privado, sozinho
E como lhe dar com está tão inopina nostalgia
Que me invade e me arrasta para um cantinho
Da dilação. Difícil é essa travessia...
Eu não tenho mais saudade
Tu trouxe vida na minha vida
Tu foste amor de verdade
Eu já estou de partida
Estranho amor este que hoje eu sinto
a saudade incorporou a coisa amada
acorda comigo depois de ser sonhada
e de mãos dadas paira pelo ressinto
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
MEDIDA DO AMOR (soneto)
Não se tem saudade, sem ter lembrança
Não se tem amor, sem que se tenha dor
A separação é a pétala de uma rara flor
Que se desgarra do fado em sua dança
A nossa existência é um bafo de vapor
Na emoção tem renúncia e esperança
É nos riscos que nos faz perseverança
De um olhar, um sonhar, de um clamor
Não se deixa os trilhos de ser criança
Sem paixão, afeto, calor a se interpor
Pois, na vida sempre há semelhança
A distância de um amor, vai onde for
Sua medida não se afere na balança
Viverá sempre conosco, no interior...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO DOS AUSENTES
O alvo do meu amor, vai além
Duma saudade na vida vivida
Da ação da chegada ou partida
Sou aquele que do amor advém
Sinto no coração e é sem medida
Até porque, ele que me mantém
No fado, sonhos que nele contém
Pois, são curas pra qualquer ferida
Se há tristura, há alegria também
Junto e misturado, n'alma perdida
Por isso, dele eu sou sempre refém
Vários são os ausentes, e na dor parida
Outros, lembranças, que o afeto detém
Porém, todos histórias de vida repartida...
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
SONETO DE UM AMOR EXCÊNTRICO
Estranho amor este que hoje eu sinto
a saudade incorporou a coisa amada
acorda comigo depois de ser sonhada
e de mãos dadas paira pelo ressinto
E quando lembro, a alma fica apertada
o coração acelera triste num instinto
que não sossega nada o que pressinto
e as tais lembranças põe-se na risada
Carrasco este amor meu, já extinto
me lança aos desejos sem morada
me fere com o passado tão faminto
E numa paixão delirante de um nada
me faz poetar pra este amor destinto
num acorde de excêntrica doce toada
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de junho, 2016
Cerrado goiano
O amor persiste, tudo passa
O ciclo lunar
A saudade a apertar
O medo do obscuro
O pensamento descuro
A solidão a atormentar
A ofensa a machucar
A tempestade que amedronta
A ignorância que afronta
A felicidade em gomos
A diversidade que opomos
A ingenuidade que acredita
O xingamento que irrita
O ato que envergonha
A moral sem vergonha
O desamor que insiste
Tudo passa! O amor persiste…
Então, aos que desconfiaram
Revelo: amei e me amaram!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
03/03/2009
Rio de Janeiro
gangorra
e nesta ciranda de querer e opor
num coração sulcado
se tem a saudade de amor
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
E, Por Falar de Amor
Hoje acordei com o coração aos espinhos
De uma saudade
Sem os teus carinhos
Imensidade
Esta solidão
Que poeta pela metade
Versos de emoção...
Pelas lágrimas um aroma rijo
Do árido sertão
Um esconderijo
D’Alma na contramão
Do teu olhar...
Me agarrei no timão
E a navegar
No mar de suspiros
Pus-me a chorar!
Hoje acordei com o dia empanado
Escuro
Você não estava ao meu lado
Tudo era vazio, impuro
Coalhado
Duro
Propalado...
Desconjuro!
Eu só queria ser carregado
Dali
Pelo desejo imaculado
Que sempre tive de ti
E não essa dor
Que hoje senti
Ao falar de amor
Aqui!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, 10 de dezembro, 2019
GRILHÃO DO AMOR (soneto)
Tenho saudade e ardo em lembranças
Dum amor que me endoida e me abate
Quem há de me tirar destas esperanças?
Quem há de os nós, quebre, me mate?
Não sei que certeira e desiguais danças
Me cravou no peito, dores deste quilate
Sem que eu sentisse, as tais mudanças
Do sossego. E agora neste vil combate...
O amor adentrou tão cauto, silencioso
Que eu nem me preocupei que estava
Apenas vivi, um ser no haver amoroso
E os lábios a sorrir e olhos cheios d’água
Como dói viver, sentindo, estreita trava
E chorar na solidão e trovar com mágoa!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
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