Poema Alegre

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O que se passa aí dentro?
O que houve que o deixou tão confuso sobre você mesmo?

Você tem seu universo particular, sua forma de agir, pensar.
Só não esqueça que dentro de cada um também há vida, momentos, cortes e feridas.

O calor que no teu corpo habita, em meu corpo fez breve moradia, e já não mais corresponde com tua saída vazia.
Seu toque, sua pele, seu beijo, se perderam em meio ao gracejo que a vida nos aprontou, como também por sorte e pouco tempo nos transbordou.

Mas a vida é assim, água que não deve ser desperdiçada, areia pisada, doce e marmelada, choro e ventania, água de coco e maresia, verso, prosa e poesia.

Soneto de autopostumação

Sensações póstumas devem ser reconfortantes,
pelo alívio do sofrimento de uma vida inteira,
tornando todo o peso do dia a dia uma besteira,
uma vez do outro lado nada mais será como antes...

Preocupações de outrora em vida serão irrelevantes,
parte de uma extinta realidade passageira,
meu espírito, móvel velho em que se tirou poeira;
renovado, fará de angústias e mágoas coisas distantes...

Não há medo, confio no que mereço, por tudo que fiz;
a morte é um processo natural, calmo e bem-vindo,
finalmente terei a chance de ser bem mais feliz...

Ao partir sei que a caminho do maior estarei indo,
será bom, jamais vi uma caveira com semblante infeliz,
todas espontaneamente estão sempre sorrindo.

Soneto de metamorfose

Vida de lagarta.... Total limitação...
A sina de uma existência asquerosa,
de uma condição naturalmente desairosa,
melancólica, frágil e sem opção...

Destino de incomoda sujeição,
uma vida sofrida, triste e morosa,
de uma falta de perspectivas pavorosa,
onde há apenas a morte como solução...

Quando minha alma, este fulgor tépido;
de meu velho corpo irá se separar;
meu caixão, morada do cadáver fétido;

será o casulo que irei abandonar;
e estarei livre, me sentirei lépido;
borboleta pronta para voar.

Normose

Uma triste epidemia assola a humanidade,
sintomas claros, quase sempre ignorados,
produzindo indivíduos massificados,
destruindo toda e qualquer individualidade...

Um distúrbio coletivo de personalidade,
criando humanos cada vez mais alienados,
com estilos e pensamentos padronizados,
Impostos por nossa hipócrita sociedade...

Condenando-os a este mar de mediocridade,
onde impera uma absurda falta de criatividade,
aliada a medo, conformismo e incapacidade...

Eu... Tento preservar a minha integridade,
permanecendo fiel a minha própria identidade,
mas isso soa para a maioria como insanidade.

A deusa da perdição

Teu charme é algo indescritível,
é devastador, pura dinamite.
Faz jogo... Sua beleza lhe permite;
demonstrando um cinismo terrível.

Ela se diverte por ser irresistível,
sou mais uma presa fácil... Acredite!
Personificação de afrodite,
cai em sua armadilha invisível...

Frente a ti, eu só penso em sexo...
A ponto de me tornar outro se te vejo,
fato natural, nada há de complexo.

É a força ódica do desejo,
me perco em atitudes sem nexo,
e tudo começou em um simples beijo.

Fiz de mim poesia
fiz de mim canção
fiz de mim paixão
fiz de mim teu chão
então me pisa paixão...
(Cicero laurindo)

Reflexos

Vi Mariazinha
no fundo do poço.
Joana se aproxima
e joga a corda.
O mundo aplaudiu
ao ver Mariazinha
ser salva.
Mas o que Joana
queria mesmo,
era ver Mariazinha
enforcada.

No alto

O lobo sobe a colina
Uiva para a Lua
Que de cima brilha
Os outros observam
Mas não sabem o mistério
Como chegou no alto
Não foi um ato mágico
Com garra e destreza
Força e resistência
Ninguém notou
O caminho percorrido
Como os obstáculos
Foram enfim vencidos
Mas ele guarda
Dentro de si
Sabendo que não foi
Fácil chegar ali
Lutando contra desistir

Sede

Quero uma poesia que penetre em minh’alma,
E me faça por entre lágrimas
Sentir o gosto do riso:
– Nada foi perdido!
Quero mais que uma poesia,
De amor, – não quero poesia
Sem lâmina, sem sabor,
Sem cheiro, sem sangue,
Sem o pulsar de coração,
Sem elementos de vida,
De esperança. (Quem sabe apenas
Um ponto – o silêncio,
Menos suspiro e reticência
– ataque fulminante).
Quero mais do que palavras,
Quero o abraço que faça-me
Perder o fôlego, me sentir ofegante.
Quero licença poética,
E quebrar a censura, e ser livre
Para poder mandar alguém
Para onde eu quiser,
E também ser mandado
Ao bel prazer.
Quero o “vá ser livre”,
E “vamos sermos livres juntos”
(E que a liberdade não nos separe),
Quero a vírgula fora do lugar,
Só para confundir
E ser confundido.
Quero poder falar na forma
Que eu quero e bem entender,
E dizer que a gramática
Não me contaminou
Por inteiro,
– Quero ser critico
Da minha própria pessoa!
Quero uma poesia
Que sinta a minha dor,
E chore comigo,
Como se hoje fosse
O último dia,
– Hoje já passou…
Amanhã quero um conhaque,
Um cigarro qualquer,
E uma mulher,
Que não viva me fazendo
Juras de amor,
E minta todos os dias
Me amar.
Quero sentir o perigo da rua,
Da curva da poesia,
E da amada.
Embriagado, quero
Mais que poesia,
Muito mais do que poesia.
– Hoje vamos nos divertir!
– Até chegar no espaço!
– Fecha os olhos.
– Esquece esse mundo.
Palavras soltas,
Sem dono,
Em busca de serem encontradas.

Valter Bitencourt Júnior
Você Pode: Antologia, 2018

Amar é compreender
é se surpreender
é saber viver
é saber sorrir

Amor é ser feliz
é ver as estrelas subir aos céus
é ver o sol ir dormir e a lua subir
isso é amar...

"Lá vem ela!!
A mais bela mulher
A mais pura, não uma qualquer
Lá vem ela!!
Um encanto de primavera, possui as cores da aquarela
Gente, lá vem ela
Com uma força gigantesca
Mas também com uma delicadeza que somente ela tem.
Lá vai ela...
Passou e deixou marca
Trouxe brilho a minha casa
A que chamo de coração."

Almardente

Trinta cavalos a galopar,
quarenta colmeias a zumbinar.
Cem cães de caça a uivar,
cinquenta hienas a debochar.

“Como é o dia perfeito?”
Frívolo, furibundo, frio.
“Afinal, o que define algo bem-feito?”
Tudo aquilo que, em minh’alma, crio.

Duzentos violinos a orquestrar
este macambúzio imortal.
Ora, ora! Que abuso!
Tu só sairás quando eu mandar.

Tempestade, queime alegremente
tudo aquilo que era frio. Faça-o quente!
Dessa forma, em minha face surgirá sorriso demente
pois renascerá minh’almardente.

“Afinal, o que é uma alma?”
É tudo que compõe tua anticalma,
é sentimento alógico justaposto com adama.

Ensurdece-te com a frequência
alucinante que toca na minha cabeça.
Rasteje. Berre. Implore.
Trevo ser, suma! E, por mim, ore.

"Abstenho-me de ti
Encho-me de mim
O amor, antes teu
Hoje, só meu."

"Um nó na garganta
Um aperto no peito
Uma coceira no olho
Sintomas de Saudade"

Havia uma flor no deserto
No deserto havia uma flor
Tão bela flor, tão linda flor
Cuidei, cativei
Reguei, podei
Na flor haviam espinhos
Tão bruscos espinhos
Tão dolorosos espinhos
Furaram-me e chorei
Chorei, chorei
E ainda assim
A cativei.

O mar não mais me faz brisa
A brisa não mais me sopra o rosto
E agora, que faço eu?
Perdido num mar d'aquilo que me vem
Em minha divagações taciturnas
O brilho da lua realça tuas ondas
Teu brilho negro-prateado me sorri
Tuas garras afiadas me prendem o pescoço
Que sou eu?

Refém, diz tu
Refém do quê?
Refém de si
Refém de teus pensamentos
Refém de tua luxuria insalúbre
Refém desse mundo sórdido
Refém das pernas abertas projetadas à vista

Mas que faço eu? Que sou tão pequeno homem
Quero tu, apenas tu, além de tu, perco-me em mim
Mas a ti me encontro, e reencontro-me dentro de tu

E a lua realça teu corpo
E a brisa volta a meu rosto
E o sopro é bom
E as tuas ondas batem contra meu peito
E tu respira suave
E tu é meu mar
E tornamo-nos um

A cada segundo estamos morrendo

A cada segundo que passa
estamos, morrendo e nem
por isso olhamos para trás
e esperamos o outro para
juntos caminhar...
Porque temos pressa
de não se sabe o quê,
não se sabe por quê?

O pequeno momento
que podemos caminhar juntos
é tão pequeno
e tão insignificante para você?

Então, pare e pense!
Reflita com o coração
e se quiser chore...
Não tenha vergonha de chorar!
Chorar é igual a sorrir,
porque também e parte da emoção.

Sim, da emoção...
Se é tão difícil para você
compreender isso, então vá!
Siga...Afinal de contas
o tempo é de cada um,
no tempo imediato de um instante...

Só preciso de uma oportunidade
Para mostrar que quero ela para mim
Nem o ar me faz falta quando ela tão linda tão radiante sorrir para mim
Só quero um começo
E que a morte seja o único fim

Eu me sentia perdido e solitário,
Para a minha vida não via solução.
O pecado me separou de Deus,
Nenhuma esperança havia em meu coração.

Mas algo inexplicável então aconteceu,
Descobri que Jesus por meus pecados morreu.
Pagou um preço tão alto, que era para eu pagar,
Por Seu amor infinito morreu em meu lugar.

Todo esse amor me invadiu e surpreendeu,
A esperança em meu coração então renasceu.
Hoje tenho plena felicidade, serenidade e paz.
E sei que tudo isso é a presença de Deus quem trás.

"Você é a distante paz que me faz bem
Mesmo distante está do meu lado
Mesmo distante por você me sinto amado"

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