Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
Tudo que você possuir em sua forma artificial provem da natureza, desse gigante planeta, algo que modificaram e suas origens eliminaram.
Aos pobres mortais restam penas desiguais, simples animais imaginam sempre serem mais.
Livres por condição, aprisionam-se por opção,
congelam sua dignidade correndo atrás apenas de falsas verdades.
Coletividade individual paira sem final.
Cada segundo passado evapora-se instantaneamente, idealizam um amanhã humilhando antecipadamente um incerto futuro desejado, fantasiado. Apenas maquiado...
Cada minuto é um minuto perdido, cada momento é único e precisa ser perfeitamente aproveitado.
Conscientes da sua própria mortalidade talvez a desgraça não reinasse e a vida plena a todos prolongasse.
Num piscar fecharam os olhos e nunca mais os abrirão, nem aqui nem em outra dimensão, apenas ossos sem nenhuma função.
Apesar de terem o cérebro, de fato, o mais complexo,
é também o mais sem reflexo.
O tempo tem que ser encarado como um investimento positivo,
sempre com respeito enriquecera-se de bons sentimentos.
Enxerguem seu fim, vigiem enfim...
"Não sinto nada a muito tempo.
Me sinto fria. Incerta. Incapaz.
Quanto tempo se passou?
Arranco partes de mim,
Pouco a Pouco.
Mas não sinto mais nada.
Há um buraco em meu peito,
Não sei de onde ele veio.
Nem do que ele é feito.
Mas ele me impede de ter forças.
Meus medos agarram minhas pernas,
Será que terei forças?
Mas quanto tempo se passou?
Será que vou ficar bem?
... Não... talvez seja a hora de partir.
Agora eu sei,
Quase 20 anos se passaram...
Mas, e se eu não tiver outra vida?
Será que eu vive o suficiente?
Não que isso importe,
Não quero voltar...
Nunca mais...
..."
Eu, morta e enterrada
Meu silêncio sepulcral
Serve de passagem
Uma espécie de ritual
A vida é renovada
A torre foi, enfim, derrubada.
Eu, descanso em paz.
As vezes a fumaça do meu cigarro tem mais peso que as lágrimas que não saem dos meu olhos.
Formam uma nuvem densa de odio,tristeza e morte.
Brotos de cristal
Na serra sinuosa
Planando sobre o impacto
São pedaços do vidro
Ao longo do asfalto
Acidentado
Pedaços de vida
Atirados e removidos
Partes de um todo
Partem daqui
Boa viagem
Medo da tão chegada hora de sua visita
O tempo rege esse momento sem julgar
Restando somente esperar com plenitude
Tentamos supri-lá com esperanças falsas
E acreditar de que o outro lado é melhor
Se eu morrer amanhã!
Eu não quero nada mesmo porque não cabe muita coisa em um caixão.
Nem mesmo a fita amarela, com o nome dela, porque uma fita não caberia tudo o que ela foi em minha vida, cantem como se eu estivesse vivo, lembrem das poucas coisas boas que eu fiz, sem demagogia, não quero discursos de qualquer seguimento religioso, deixe que meus filhos falem, doe meus órgãos, meu celebro principalmente gostaria muito de continuar pensando por aí.
Doce amor que da cor
Do frio ao calor, do conforto a dor
Os olhos que me amavam agora me julgam
As doces palavras do passado agora me machucam
Sinto minha vida esvaindo por entre meus dedos
As mãos de um assassino que trucidou sua própria felicidade
Antes livre para amar, agora sem direito de tal liberdade
Agora sozinho, esquecido para viver apenas com meus medos
Jogado como lixo dentro de quatro paredes frias e escuras
Deixado para apodrecer
Sem sentimentos, inútil.
O peso dos pecados me esmaga, sufocando
E agora, tomei uma decisão sem volta
Fraco, o perigo era eu, não consegui te defender de mim
Sonolento, a dor e a culpa vão embora com o vermelho carmesim
Mas do que isso tudo adiantou se nunca terei seu perdão?
NESTA NOITE
Nesta noite de insónia tento escrever
Mas não consigo será desatino ou não
Ânsia que me aflige nas memórias
De um passado tão presente
Onde habitam os meus fantasmas
Embriago-me nesta solidão nostálgica
Perco-me em sussurros na vastidão da mente
Regresso ao silêncio das manhãs eternas
Rasga as rochas enfurecidas pelos ventos
Atravesso montanhas, serras em fúria
Mergulho as dores nas geladas águas deste mar
Sonho os retalhos da solidão do tempo
Das saudades dos intensos momentos vividos
Na mais profunda ilusão desta noite de insónia.
ღღ
Dor substitui amor
Você nem ao menos disse adeus
Apenas deixou uma carta,
Sangue e um frasco de remédios
Eu sei que a vida não fazia sentido
Que a vida não importava
Mas eu estava aqui ao seu lado
Isso não importava?
Agora só tenho lágrimas
Lágrimas neste dia de preto
Soluços e choros e me mantenho quieto
Sempre foi assim
Você trocava nosso amor
Por coisas como lâminas
Drogas e dor, muita dor
A dor que você não sente mais
Mas sou eu que sinto agora
Desde o dia em que você ficou assim
Só dor substitui o amor
Agora estou sozinho
Sem você ao meu lado
Alguém que me completava
Alguém que eu amava
Agora só tenho lembranças
De cada lindo sorriso seu
Que tropeçava ao sair do seu rosto
Quando eu fazia algo bobo
De seus olhos negros
Tão negros quanto o céu
Mas que, ao fundo, existia um brilho...
Irradiante como a lua
Nada disso existe mais
Seus lábios que tinham um sorriso
Agora são gélidos
Como o seu corpo em meus braços
A impotência cresce dentro de mim, acordo com um peso na mente que eu não tinha antes, um desconforto unilateral.
Vejo o mundo de dois ângulos, duas realidades de uma só verdade, eu não pedi isso, simplesmente surgiu e tive que aceitar.
A vertigem causada pelo choque não me derrubou ainda, talvez seja apenas um teste, mas, um teste para que?
Escrevo em frases pois estou fragmentado em pequenos pedaços de duvida e medo, não sei ao certo o que esta havendo, apenas tive que aceitar que é assim, sem muito o que questionar.
Tento focar em algo, mas meu foco afetado pela impotência e medo crescente apenas me da uma imagem estrábica do que vejo.
Talvez devesse deixar que abram minha mente, mas ninguém quer correr esse risco, não se sabe ao certo os resultados.
Enquanto isso devo torcer ao destino ou a um ser onipotente para que a inercia se estabeleça em mim, mas realmente não creio nisso.
O que posso fazer para me ajudar? Realmente não sei.
Iridescência
O que é a vida se não um enigma
Um jogo de esgrima sem vencedor
O que é a vida se a gente não finda
De uma vez por todas o que começou
O que representa esta grande impotência
Da loucura desvairada
Que teu pai te proporcionou
E em qual esquina esteve marcada
Esta promessa que tu nunca concretizou
Nesta eloquência desvairada
Encontrei meu salvador
Entreguei a ti, tudo que de mim sobrou,
Não que fosse muito, sei, sou quase nada
Mas se nada sou, eis-me aqui entregue
Torcendo pra não ser tomada,
Ainda assim, cá estou, abandonada,
Desejando-te da alma à epiderme.
Porque sim, tenho mil amigos
Uma estante repleta de livros e Cd’s
Sim, tenho mil e um escritos,
Mas só um poema é sobre você
E este tem-me sido um companheiro incansável,
Na batalha das decepções que o presente da vida veio a ser
Desde então colmei-me de difíceis escolhas e percebi
Nada mais será bom o bastante sem a dádiva de te ter.
Nada sou perto de tua iridescência admirável.
Conheço uma única pessoa
Capaz de emanar todas as cores mesmo sem permitir
Tens sido excepcional ao ponto de me refletir.
Pois sei, é preciso arriscar pra se libertar,
Prometo estar aqui enquanto decidires ficar.
P.S: Fica!
Thaylla Ferreira Cavalcante
Chorei
Chorei, confesso, chorei em várias ocasiões,
Chorei de tristezas e de alegrias,
Chorei por bobeiras e por fantasias,
Chorei por falsas convicções.
Mas homem não chora!
Chora sim, e como chora.
Chora por um filho, chora de dor,
Até chora por amor.
Chorei de saudades,
Chorei por mentiras,
Chorei por verdades,
Chorei por birras.
Chorei pela vida e pela morte,
Chorei pelo azar e pela sorte,
Chorei por mim e por ti,
E como sofri.
Deitei chorando,
E chorei até dormir,
Mas pela manhã,
A alegria eu pude sentir,
Chorei amando,
E amando, fiquei esperando.
E a esperança não é vã,
É um sentimento perene.
Estou te esperando...
Autor: Agnaldo Borges
31/05/2017 – 18:56
Você é um “tolo fraco” mimado pelas esdrúxulas do poder. Nunca mereceu a magnífica esposa e mulher que teve, preferindo as fugalidades que o cercava.
Você teve à chance de construir uma das mais belas histórias de amor, mas não conseguiu ver isso, preferindo ver a sua rainha morrer dentro de uma carruagem destruída.
Sim! Estou morta! Adormeci na eternidade como rainha e viverei na lembrança indissolúvel daqueles que souberam me amar, já você viverá como se nunca tivesse nascido!
Autora A.Kayra
Enquanto você viver, deixe pelo caminho todo o seu amor, todo o seu perdão, todos os seus sorrisos, todas as suas palavras, todos os abraços que puder dar, todo o respeito que puder demonstrar, toda a dedicação que puder ter, todo o foco em algo que deseje, toda a esperança que puder espalhar e inclusive toda a fé que puder apregoar, deixe também no caminho da vida só que para trás, todo o ódio, toda a mágoa, toda a tristeza e os sentimentos ruins que você tiver ao decorrer de sua passagem, e então por fim vá...
Vá e encontre a velha morte, aquela da qual é inevitável fugirmos nesse plano, a qual já nos esperava a muito tempo, a qual se tentássemos fugir iria atrás de nós, a qual se nos escondêssemos, acabaria nos encontrando, vá e encontre a morte...
Mas mostre pra ela que todos os seus bens você já deixou em algum lugar e lembre-a de que ela vai levar de você apenas a vida, porque todos os maiores tesouros que você teve, você entregou as pessoas que amou aqui.
- Que você morreu? - disse a velha senhora, sorrindo. - Faleceu? Partiu? Foi falar com Deus?
- Morri - ele disse, suspirando. - E isso é tudo o que eu lembro. Depois a senhora, os outros, tudo isso. A gente não devia ter paz quando morre?
- Temos paz - disse a mulher - quando estamos em paz com nós mesmos.
Meu sobretudo
É neste santuário, casa sagrada
que a santa dorme, com suas mãos veladas ,
sobrepostas aos seios
cambiando uma lágrima de dor
receando e criando amparos
para teus próprios anseios
Sacerdotisa minguada
que enaltece a solidão ,
tens de orar solenemente
para que a dor ressalve os fragmentos
de seu passado fardo .
Ó !! Virgem pura e humilde de coração
imaculada, virginal , mãe dos escandinavos
orai por nós,
ó mãe dos santos protetores de minha castidade,
tem de piedade de todos nós,
mãe admirável, suntuosa,
"rogai por nós que recorremos a vós. "
É aqui, nesse sacrário ,
que meu fim infame se esconde
a não ter o labor de orar,
não serás preciso, mãe faça isso por mim...
minha carne voluptuosa não és mais nada,
só lhes reta agora por mim velar
Amanha, 2 de novembro.
Muitas famílias homenageiam seus familiares que partiram com flores e orações.
Visitam seus túmulos,
numa tentativa de uma ultima conversa,
um ato de carinho a alguém que tanto amaram...
Amaram?
Nunca deixamos de amar.
A ferida da partida sangra a cada lembrança.
Sinto falta de minha mãe e de minha avó todo santo dia.
Não há despertar que não me venha à memória
as ausências de suas presenças.
Não sei se irei ao cemitério amanha.
Talvez fique em casa, com minha família,
homenageando essas mulheres que forjaram quem sou, cuidando dos que amo.
Dói cada vez que tiramos a casca dessa ferida.
Rezarei pelos amigos que partiram e, principalmente,
por suas famílias que aqui ficaram.
Estamos de passagem,
mas como nos apegamos a essa estação terrena...
Somos carnais demais.
Particularmente, sou.
A percepção desse meu apego a matéria
me faz pensar o quanto tenho que evoluir em minha Fé.
Quem tem Fé, Confia.
Confio no Soberano Árbitro dos Mundos.
Acredito em sua ação nossas vidas.
Mas como temo estar longe de seus planos.
Senhor, meu Deus, perdoe minha pouca Fé.
Que seja sempre feita a Tua Vontade.
Amém.
Dia dos finados
Infelizmente a vida é assim, sempre nos trazendo momentos tristes e difíceis, muitos insuperáveis como a mãe que perde seu filho e o irmão mais velho que perde o mais novo. Tudo na vida é suportável, embora deixe cicatrizes que se apagaram no momento que nos encontrarmos com nossos entes queridos e amigos quase irmãos que se foram antes de nós. Talvez essa seja a pior parte de envelhecer, passar pela vida perdendo tantas pessoas que amamos...
