Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
As vezes as pessoas morrem de causa natural
As vezes morrem de acidente
As vezes morrem por estarem no local e hora errados
As vezes por descuido
As vezes injustamente
As vezes por ultrapassarem limites
Mas, quase sempre, elas morrem dentro de nós
Por conta do desinteresse e do descuido
Por conta da ganância
Por conta da falta de amor ao próximo
Não queira sentir a sensação de morrer para outra pessoa
É a pior das torturas
Você simplesmente deixa de existir
Todas as lembranças se tornam um pesadelo
Desistem e esquecem
Pronto, você não existe mais.
O silencio naquele lugar se predomina a cada instante, mas não é um silencio normal como o de uma sala de cinema. É uma coisa mais reprimida, um silencio agoniante que te incomoda em estar presente.
Ruim ao ponto de você chegar perto e perceber que tem algo errado com aquele lugar.
As pessoas que estão presente agem de uma forma triste, no olhar delas reflete uma dor inexplicável, mas por incrível que pareça algumas pessoas não intendem, não conseguem ver ou saber o porque daquilo.
O silencio e a dor que são refletidos pela morte.
Ser bandido
Ser bandido é não se conhecer,
É desprezar a essência do ser,
Ser bandido é tapar o rosto,
É assumir que é um nada, e achar que pode ter um posto,
Ser bandido é a loucura extrema,
É viver a vida gerando para a morte um tema.
Ser bandido é pensar que é mais forte,
Mas não aguentar das menores feridas um corte.
Ser bandido é intimidar, é roubar, é matar,
Mas ser intimidado, roubado e morto por a si mesmo confrontar.
Ser bandido é só pensar em fama,
É esquecer que seu coração e vida estão na lama.
Ser bandido é ter um talento,
Mas jogá-lo fora para viver ao relento.
Ser bandido é arma que falha,
É pingo de glória,
É não ter uma história,
Ser bandido é esquecer de si mesmo,
É estar condenado,
É viver maltratando e maltratado.
Ser bandido é o resto,
É a sobra de lixo,
É como um carrapicho.
Ser bandido é bandalha,
É ser mera gentalha,
É indigência no próprio coração.
Sempre honesto vejo desonestos abonados.
Sempre correto vejo incorretos premiados.
Sempre trabalhando vejo vagabundos ganhando.
Sempre idiota morrerei acreditando.
Convocado ao assassinato
Pegar, trancar, matar teu menino
Não fugirás das leis do divino
Escorre por cada olho fechado
Lágrimas de gana pelo diabo
Cegar, machucar, dopar a paixão
Blefar e forjar tua razão
Não vês adiante um destino?
Comece este com fascínio, assassino
Chamar, trair, ferir teu irmão
O mesmo que lhe ditou perdão
Extermine o inimigo, tredo genuíno
Não há líder de honra, foi-se Saladino
Acaba a morte, teu fardo amado
Podes enxergar sua alma impoluta
No reflexo de sangue derramado?
Não negue o descaso, foi culpa tua
Doar fé para assassinato.
Imagino que quando morre uma pessoa, essa vira uma estrela que é lançada ao espaço mais distante e nunca pode ser encontrada. Ela vegetará até que algo aconteça.
Talvez quando nada mais existir ela também não exista. Lá de cima olhará ela para nós e nada sentirá, cá de baixo olhando para alguma nos lembraremos de uma ocasião.
Nunca mais a veremos nem a ouviremos novamente, portanto é melhor esquece-la. Não vai existir nada depois e, talvez não exista a algum tempo. Não importa mais. Enfurecemos Deus quando insistimos que faz diferença! Só quero relaxar.
Que tristeza.
Quando perceberão que o valor de uma árvore é muito maior do que o de um pedaço de madeira?
Que uma floresta vale muito mais do que uma área para pastagem e criação de gado para abate.
Que a vida é o bem maior do nosso planeta.
A vida é mais que bens matérias
A vida é mais que extratos bancários
A vida é mais que códigos de barras
Que barra é passar ela inteira rico de bens
E pobre de amor, sentimentos e atalhos
Soberbo e preso em um mundo com encargos
Sobretaxado a acabar junto com o limite do cheque especial
A esteira da vida é continua e não tolera desperdícios
Ame demais, sofra demais a vida é uma surpresa continua
E, assim, viva como quem soube que vai morrer
Morra como quem um dia soube viver..
Não vejo vantagem em se jogar de um prédio
Pois do mesmo jeito sentiremos o impacto...
Concorda? '-'
Uma ótima forma de morrer
É dormindo num avião
Pois não irá ver nada
E também não irá sentir nada
Pode até ficar confuso depois...
"Onde eu estou?" o_O
Primogênito
Naquele dia, eu soube que você iria. Meu filho primogênito fruto da minha alma e não do meu ventre.
A dor dentro de mim se emergiu, o vazio se instalou e uma adaga afiada meu peito rasgou.
Mais uma vez me vi de volta à escuridão, perdida em lágrimas cortantes, sem rumo, sem direção.
Em questão de segundos minha felicidade cessou, meu sorriso perdeu o encanto e a angústia reinou.
Pela última vez, acalentei seu corpo agora desfalecido em meus braços. Para mais vez sentir o formato do seu corpo, embriagar meu olfato com seu cheiro e perder meu olhar em cada centímetro do seu rosto, guardando o máximo de detalhes seus.
Meu bebê, meu Lord, meu filho!
Quem enxugará minhas lágrimas agora que você se foi? Quem acalmará meus medos? Quem trará luz para minha escuridão?
São tantas as perguntas que chegam a ecoar em meio a minha solidão, tanta dor e nenhuma cura. Afinal, existe cura para o coração despedaçado de uma mãe?
A dor é infinita, não acaba nem diminui, encontro meu consolo nas cartas sem destinatário que lhe escrevi, nas poesias que lhe dediquei, na marca que em meu corpo deixei.
Mas é na imensidão do universo, na busca da estrela mais brilhante do céu que encontro seu olhar refletindo no meu.
Nessa vida onde percorrei, andareis á esguardar
Onde à sangue a escassez de um injustiçado,
O abismo da vida chega amedrontando,
Pelos cantos ficareis, esperando à morte.
Eis aqui na terra miséria, o luto a tristeza
O calafrio, Não é fácil viver entre os insanos,
Onde há mais escuridão, à menos vida
Onde há mais claridade, à mais vida.
Incertezas vem, única certeza da vida é a morte
Morte silenciosa, sem dor sem ferida, o fim.
Um mal que nós mata e não muito se vê,
Mudam-se as coisa, o ser , os tempos às vidas.
Que as lembranças ruins de um ente querido que se foi, lhe sirvam como exemplo do que não se deve fazer. E as boas lembranças lhe sejam como combustível para a alma nos momentos de saudade e tristeza.
04/04/ dia da morte do meu pai
Ele foi curado.
Não mais dor, nem sofrimento,
não mais pranto, nem tristeza!
Como cristã acredito na vida que se inicia após a morte onde haverá alegria, vida e paz.
Meu jeito de anunciar que meu pai faleceu
04/04/14
A PASSAGEM
Vai passar
Sempre passa
Tudo passa
Tudo muda
Tudo vai
Tudo morre
Assim como o momento
A vida é efêmera
Que olhos são esses, morena?
Negros sem distinção.
Tão negros que, nem o meu reflexo posso enxergar.
Tão negros que, nem sei admitir se realmente existe um fim.
Nossa morena, é tanta escuridão que você carrega nesse olhar, que resolvi te chamar pra dançar.
E daí, se não tem música, ou som, ou ritmo ?
Eu quero dançar.
Nós vamos dançar.
E o que dançaremos? Dançaremos a noite sem luar, escura e profunda, como seu olhar.
Que beleza sublime é essa que me atrai?
Tão oculta, misteriosa e sombria.
Morena, não feche esses teus olhos, por favor!
Porque hoje, eu te farei bailar.
Pedaços de mim. Pedaços de mim espalhados pelo chão podre e sujo do centro da cidade.
São pedaços tão pequenos que não consigo mais juntar.
Cada pedaço num ponto. Cada ponto me lembra você.
Me lembra da vida que deixei de viver....me lembra que você sempre fez parte de mim.
Como juntar tão pequenos pedacinhos?
Como? Se a cada novo momento um novo alguém pisa nos caquinhos, e os transforma em farelos.
Então eu pego um caco....o mais pontiagudo...e cravo-o bem fundo na minha carne, suada de tanto andar sem rumo. Cansada de tanto chorar.
Não dá mais. Eu não consigo mais respirar.
A Carta do Descartado
Me disseram que haveria luz e que haveria escuridão. Mas estavam enganados... afirmaram que eu seguiria por um túnel repleto de lembranças. Não. Todos estavam errados.
Não havia divisão do bem e do mal como tanto mencionavam com uma certeza notável; nada disso.
Eu estava em uma sala neutra, não havia cor. Meus olhos enxergavam somente o que minha cabeça transmitia. As risadas, os choros e os gritos eram verdadeiros, uma sala, onde eu era o espetáculo. Onde eu era a plateia, aplaudia todas as minhas conquistas e apedrejava minhas falhas. Era imperdoável. A plateia não aceitava uma falha se quer, as conquistas eram tratadas com repetência. Meus esforços eram ignorados, mas minhas falhas se destacavam.
As pessoas criavam suas certezas e incertezas, enquanto eu era enganado. E agora, sofro as consequências de uma eternidade imaculada. Meus olhos apavorados encaram a solidão com coragem, minhas mãos são covardes e traidoras, minha boca luta incansavelmente com meus olhos, enquanto minha cabeça vira um mero peão nesse conflito.
Deixo essa carta para todos que estão se iludindo com promessas de paz e harmonia, pois aqui, não há companhia.
Não há sofrimento e não há paz. Apenas o descanso eterno. Tolo é aquele que afirma descanso e paz serem irmãos, descanso é somente a paz para o cansaço.
Ninguém é tão perfeito e poderoso que consiga
fugir dos olhos vivos do Senhor, que vê além do mais profundo abismo, até segredos do mais intimo do meu coração, aqueles que eu nunca revelei ou revelarei...
Sim, Ele sabe cada um dos meus desejos, sentimentos e pulsões...
Sabe o que penso, o que faço, onde ando, quem procuro...
Conhece o meu passado e o meu presente e quer que eu tenha um futuro. Sua Graça, misericórdia mais alta do que o céu, é minha única saída ou escape para a vida. Viverei, sim, viverei, viverei, não porque conquistei a vida, mas porque Ele morreu a minha morte, porque Ele morreu a minha morte, viverei. Só por isso viverei!
Rosa
O mundo precisa de mais Rosa
A vaidade gira em torno
de ideias nefastas trazida
pela desesperança.
O orgulho mata as pessoas
Nesse plano Rosa não deixa magoas
Quando se vive com dignidade
Tudo vale a pena, até a morte
"Deus não falhou, ele curou minha alma."
(Dedicado a um espírito de luz)
