Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
Já andei por tanta estrada
Já venci tanta cilada
E no caminho fiz ser ouro a minha prata
No meu mundo não tem fadas
Mas a mão de Deus me alcança
Já chorei por tanta causa
Já sorri por tantas outras
E a mistura destes sentimentos tantos
Tanto riso, tanto pranto
Verso escrito no meu rosto
Misturei meu sangue em outro
Quando a dor fez alvoroço
Veio a calma da cantiga
Fiz plantio de outro verso
Desbravei outro universo
Aprendi ser trovador
Em cada porto e despedida dessa vida
Esqueci meu coração batendo lá
Aos poucos tranformei-me em tantos outros
Sou de cada povo um pouco
E hoje a terra inteira é o meu lugar
Quem me dera pudesse compreender
Os segredos e mistérios dessa vida
Esse arranjo de chegadas e partidas
Essa trama de pessoas que se encontram
Se entrelaçam
E misturadas ganham outra direção
Quem me dera pudesse responder
Quem sou eu nessa mistura tão bonita
Tantos outros, sou na vida um Zé da Silva
Sofro as dores de outros nomes
Rio os risos de outras graças
Trago em mim as falas dessa multidão
Quem me dera pudesse compreender
"" Amor é seu sorriso no meu braço
É o beijo que enlaço
No ouro puro do seu coração
Amor além tudo que tenho
É todo meu empenho
Pra te fazer feliz
Amor é isso, um misto de tudo um pouco
Amor é coisa de louco
É querer sem ter a noção
Amor é perder a razão...""
Belíssimo Esposo
No altar esta meu belíssimo esposo
a me esperar com vestes brancas
no ouro do ostensório a brilhar.
Sua glória se manifesta
aos santos te celebrar.
O Santo do amor,
que em teus braços me faz repousar
Ao cair minhas lagrimas,
vejo em Tua face,
um sorriso a me consolar.
Há sete bilhões de pessoas vivas no mundo e mais ou menos noventa e oito bilhões de mortos. [...] Há cerca de quatorze pessoas mortas para cada vivo.
Assim salientou Epicuro de Samos:
...¨quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais.¨
Logo, viver é morrer; morrer é viver.
Concluo: viver mata!
Sei, é o que eu poderia esperar
Ver você tão perto e mesmo assim longe
A se esquivar.
Se aproxima, belisca, sussurra coisas malucas
E quando eu olho, volta a se esquivar.
És um tiro no escuro, nunca sei o que esperar.
Suas duas faces o condena...
Uma me ama, a outra insiste em me odiar.
Não estou perdido
Sou apenas um desencontrado.
Não estou sumido
Só não fui procurado.
Não estou sozinho.
Sou sozinho.
Sempre foi esse meu completo estado.
Algums dizem que o mal prevalece quando homens bons falham ao agir.
Outros dizem...
Que o mal prevalece.
A lei mais elevada é agora o ensinamento. Cuida bem dos seus atos, palavras e pensamentos. Muitos seres podem ouvir, e espíritos, saber a maldade que você tanto procura esconder.
Então gire a roda do ano; deixe o tempo passar, viva cheio de amor e não deixe o medo imperar. Essa antiga sabedoria eu transmito e vou além:
" Faça o que quiser, mas não prejudique ninguém."
Tenha cautela igualmente com a segunda lei, pois tudo o que vai volta, isso é o bem sei. A roda continua girando, três vezes vai girar, ninguém pode enganá-la ou dela algo ocultar. Busque a harmonia, o equilíbrio e a auto-estima, pois como é embaixo, é assim também em cima. Deixe brilhar a sua luz interior e que todo mundo a veja, se é isso o que você quer, então que assim seja!
Como foi bom lhe conhecer Lauane
Tu és uma pessoa maravilhosa
Quero lhe dizer que te amo
És simpática e carinhosa
Eu imploro a tua amizade
Desejo receber sempre sua atenção
Me trazes felicidades
Digo isso de coração
Lauane és uma bela fonte de inspiração
Tens um rostinho lindo
Aprecie esta minha composição
Sou um poeta tímido
Gostei demais de ti querida
Foi ótimo conversar contigo
És nota dez grande amiga
Conte comigo nos momentos difíceis
Me desculpa se eu estiver sendo intrometido
Almejo fazer parte da sua vida
Eis aqui um servo de Jesus Cristo,
Espero que não sejas comprometida
Sei que não tenho a mínima chance
Pois és bastante diferente de mim
Tu és uma garota interessante
Repare tudo que eu descrevi
Lauane tens inúmeras qualidades
És alguém do bem
Admiro a tua humildade
Percebo que não humilhas ninguém
Meu nome é Sidney
Findo a mensagem Lauane,
Tem gente que me chama de Sidi
Quando lhe vejo na rua fico lhe encarando.
Já me julgaram já me condenaram
Isso fez com que eu entrasse em depressão
Inúmeras pessoas me humilharam
Mas não compensa guardar mágoa no coração
Deus tem misericórdia, por isso libere o perdão.
Violência leva pessoa á perdição
Todo mundo erra neste mundão
Nós devemos amar mais nossos irmãos
Em Jesus Cristo está a salvação
Depois do arrependimento se tornará uma nova criatura.
O Filho do Altíssimo levou para o paraíso um ladrão.
Temos que viver os dez mandamentos da Santa Escritura
Aqueles que me ofenderam poderiam estar na prisão
Iam mudar totalmente a vida deles
Espero que trilhem no caminho da retidão
Tiveram a oportunidade, vou torcer por eles.
Deus me abençoou bastante
E vai me abençoar mais ainda.
Já passei por momentos humilhantes.
Realizei parte dos meus sonhos.
Estou de cabeça erguida.
Os que me deixaram tristonho
Não entendem como dei a volta por cima
Jesus Cristo transformou a minha vida
"RETRATO DE BELÍCIA"
Belícia
Corpo corpulento de carícia
Olhos pretos, cintilantes e sem malícia
Cabelos pretos, pele escura e delgada
Nela encontra-se a beleza natural e organizada
Que a deusa de beleza, Vénus
Procurou em todas as mulheres do império romano
Belícia, a moça mais sexy do império chibateano
Altura média que a da irmã
Seios ajustados que nem duas romãs
Corpo corpulento transcende a beleza
O transformar do céu azul em mais azul!
Ela fala pouco, fala muito, ora profere a verdade
Não lhe pesa o seu corpo corpulento de beldade
Bomboleia os quadris andar na cidade
É social e navegadora do mar de humildade.
Poesia dedicada à Belícia Agostinho
IFP-CHIBATA, 15 de Dezembro de 2029
Extraída do Livro de Poesias inéditas Intitulado: " AVENTURAS DE AMIZADE COLORIDA"
Enterre os mortos. Não como os egípcios, para tentar a imortalidade. Mas como deve ser, definitivamente. Volte as costas ao passado. Olhe apenas em frente. Recorde que o tempo tudo cura.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
O Homem Escrito
Ainda está vivo ou
virou peça de arquivo
sua vida é papel
a fingir de jornal?
Dele faz-se bom uso
seu texto é confuso?
Numa velha gaveta
o esquecem, a caneta?
Após tantos escapes
arredonda-se em lápis?
Essa indelével tinta
é para que não minta
mas do que o necessário
é uma sigla no armário?
Recobre-se de letras
ou são apenas tretas?
Entrará em catálogo
a custa de monólogo?
Terá número, barra
e borra de carimbo?
Afinal, ele é gente
ou registro pungente?
Tarde
Na hora dolorosa e roxa das emoções silenciosas
Meu espírito te sentiu
Ele te sentiu imensamente triste
Imensamente sem Deus
Na tragédia da carne desfeita.
Ele te quis, hora sem tempo
Porque tu era a sua imagem ,sem Deus e sem tempo.
Ele te amou
E te plasmou na visão da manhã e do dia
Na visão de todas as horas...
Ó hora dolorosa e roxa das emoções silenciosas
O mundo meu é pequeno, Senhor.
Tem um rio e um pouco de árvores.
Nossa casa foi feita de costas para o rio.
Formigas recortam roseiras da avó.
Nos fundos do quintal há um menino e suas latas
maravilhosas.
Seu olho exagera o azul.
Todas as coisas deste lugar já estão comprometidas
com aves.
Aqui, se o horizonte enrubesce um pouco, os
besouros pensam que estão no incêndio.
Quando o rio está começando um peixe,
Ele me coisa
Ele me rã
Ele me árvore.
De tarde um velho tocará sua flauta para inverter
os ocasos.
O homem, bicho da Terra tão pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão,
faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte — ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro — diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto — é isto?
idem
idem
idem.
O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não-vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
mas que chato é o Sol, falso touro
espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
do solar a col-
onizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.