Poema a Morte das Casas de Ouro Preto

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⁠Um poema lido
por mil pessoas diferentes,
decerto resultará em mil poemas
diferentes...
E de tão admirável repertório
toda sua magia e generosa
serventia!

Inserida por maurotoledo

⁠A dor do poeta não é a dor do poema
a dor do poema e dele mesmo
a dor do poeta se confunde entre letras e lágrimas que escorrem sobre a face/folha de papel do poeta em dor

Inserida por Pensamentosempre

Minha avó disse que a morte não existe. Ela acreditava que só morremos quando os outros nos esquecem.

Os sonhos são uma tênue linha entre o mundo real e o submundo. A morte é o desaparecimento dessa linha!

A Morte Não É Nada Para Nós Habitua-te a pensar que a morte não é nada para nós, pois que o bem e o mal só existem na sensação. Donde se segue que um conhecimento exacto do facto de a morte não ser nada para nós permite-nos usufruir esta vida mortal, evitando que lhe atribuamos uma idéia de duração eterna e poupando-nos o pesar da imortalidade. Pois nada há de temível na vida para quem compreendeu nada haver de temível no facto de não viver. É pois, tolo quem afirma temer a morte, não porque sua vinda seja temível, mas porque é temível esperá-la.
Tolice afligir-se com a espera da morte, pois trata-se de algo que, uma vez vindo, não causa mal. Assim, o mais espantoso de todos os males, a morte, não é nada para nós, pois enquanto vivemos, ela não existe, e quando chega, não existimos mais.

Não há morte, então, nem para os vivos nem para os mortos, porquanto para uns não existe, e os outros não existem mais. Mas o vulgo, ou a teme como o pior dos males, ou a deseja como termo para os males da vida. O sábio não teme a morte, a vida não lhe é nenhum fardo, nem ele crê que seja um mal não mais existir. Assim como não é a abundância dos manjares, mas a sua qualidade, que nos delicia, assim também não é a longa duração da vida, mas seu encanto, que nos apraz. Quanto aos que aconselham os jovens a viverem bem, e os velhos a bem morrerem, são uns ingénuos, não apenas porque a vida tem encanto mesmo para os velhos, como porque o cuidado de viver bem e o de bem morrer constituem um único e mesmo cuidado.

PEREGRINOS

"Peregrinamos quebradiços por fornalhas eletrocutadas,

Desvencilhamos o momento da névoa alargada

Tocando o mastro que a perturbou,

Reprimimos o solstício da primícia-irmã do ouro

No retro porto aleijado por nossas empalações,

Contorcemos uivos por tábuas de aliteração,

Invadimos nossos próprios atolamentos

Desaviando embates órfãos de propagação."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

⁠Uma tremenda insensatez usar a meritocracia como parâmetro de comparação entre aristocracia, burguesia e periferia.

Esse sistema só pode ter validade entre pessoas que possuam as mesmas condições sociais, econômicas e psicológicas.

Nascer em berço de ouro é bem diferente de nascer em berço de couro.

São contextos, conjunturas e realidades extremamente distintas, desiguais.

Inserida por I004145959

O tempo

O tempo passa depressa,
Tão rápido que,
As vezes esquecemos dele.

O tempo passa depressa,
Mudando certezas,
Testando a dureza,
Enfeando a beleza.

O tempo passa depressa,
Fazendo velhos amigos,
Amigos antigos.

O tempo passa,
Ah! Eu sei,
Tão quieto e veloz,
Singelo,
Feroz.

O tempo passa depressa,
Não regressa,
A não ser que a memória,
Lhe cause uma 'peça'.

O tempo passa depressa,
Na saudade emociona,
Coração fica em festa.

Se a lembrança machuca,
A ferida lembrada,
Pelo tempo curada,
Fez da alma, lavada.

O tempo passa depressa,
Tudo vira enfim, passageiro,
Aproveite seu tempo ligeiro,
Antes desse relógio parar.

O tempo passa depressa...

É preciso coragem!
Viver é navegar por revoltos mares.
Se viveste sem ousar,
Já morreste em vida.

Inserida por rafaeloleme

⁠Não teve flores
Não teve velas
Não teve missa
Caixão também...
Foi enterrado
Junto à maré
Por operários
Mesmos do trem...

A flor de orvalho
Pendeu da nuvem
E pelo chão
Despetalou...
O céu ergueu
A hóstia do sol
E o mar em ondas
Se ajoelhou...

Cortejo lindo
Maior não houve
Do que o da morte
Desse amiguinho:
Iam vestidas
Com a lã das nuvens
Todas as almas
Dos carneirinhos!

Os gaturamos
Trinaram hinos
No altar esplêndido
Da madrugada;
E o vento brando
Desfeito em rimas
Foi badalando
Pelas estradas!

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Poema A morte de meu carneirinho.

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Inserida por viviane_1

⁠Já fui neve no mar, já fui espada na mão (José Afonso)

No passado sofri de algumas vaidades. Mas calei que prefiro ser neve no mar do que poeira pisada, caída no chão. Ser a neve que se funde com o mar é ser a frescura que sabe de antemão que muita gente lhe vai perguntar: quando cantaremos o Hino da Libertação?
No passado sofri de algumas vaidades. Mas agora, que vivo sem sedução, digo: ser neve que se fundiu com o mar é ser como a estrela que se fundiu com o céu (coisa que, antes, a estrela sempre temeu) e nele brilha mas sem chamar à atenção.
No passado sofri de algumas vaidades mas não falei de ser espada na mão. Hoje, que sou a neve caída no mar, muitas vezes me interrogo: ser lâmina afiada em ereção não será entrar no estranho jogo dos que põem pessoas a sangrar e querem sentir vida a pulsar no seu coração? Mais logo, quando a Musa Menina chegar, me dirá se tenho ou não tenho razão.

Inserida por vitorinodesousa

⁠Todos vamos morrer
Todos vamos desaparecer
E este é o único e justo motivo
para sermos tão incrivelmente vaidosos
A vaidade e o ego
são âncoras que nos atam a vida
Danados que somos
sem nunca ter visto Deus ou o Diabo
Encerrados neste corpo
que nem é o que queremos ser
e onde queremos estar...
Só temos a vaidade
para nos explicar
E soterrar
o medo da morte,
a raiva da vida
e a danação de ser gente
e não poder voar!

Inserida por bill_oliveira_william

Sou feita de cores, então me jogarei no seu mundo preto e branco lhe entrelaçando com o tom vermelho-paixão.

Quantas cores a vida tem?
Entre o vazio do preto e a frieza do branco, existe uma infinidade de cores.

Com o preto e branco e todas as gamas de cinza, porém, posso me concentrar na densidade das pessoas, suas atitudes, seus olhares, sem que estes sejam parasitados pela cor.

Tudo branco e preto, mais nada do mesmo jeito, cabelo bagunçado, jeito largado, mais há muito amor guardado.

Podemos ser preto ,branco, negativo ,positivo...mas nunca esqueçamos de nossas escolhas...é preciso do amor e da razão na balança do equilíbrio.

Tenho um mundo em mim. Um mundo vasto de cores, e no entanto, a preto e branco. Tenho no olhar o fogo carnal, mas também uma alma embriegadamente só. Procuro, talvez, aquilo que nao existe... E também os pequenos pormenores mais malucos... Quero aquilo que não quero, sinto aquilo que nao preciso. Levemente adocicado, misturado com o sabor, sabor que gosto de lembrar, o trago de um cigarro e o suor de fazer amor.
Mundo louco. Este, o meu.

Meus retratos são mais do que papéis com desenhos em preto e branco, são meus sentimentos expressados através da arte.

Sou meio que uma mistura de preto no branco, de ódio na doçura. Tentar me decifrar é o mesmo que tentar decifrar o vento.