Perdido
"À Deriva"
À deriva em um mar sem fim,
Sem rumo, sem destino, assim,
Um ser perdido, sem saber o que quer,
Buscando algo que nem pode descrever.
Caminha sem rumo pela estrada da vida,
Sem encontrar a paz tão desejada, querida.
Como folha ao vento, vai sendo levado,
Sem saber para onde está sendo guiado.
Na imensidão do universo, vagueia sem direção,
Procurando respostas, buscando a razão.
Mas o que procura, ele mesmo não sabe,
Um vazio profundo em sua alma invade.
À deriva, perdido em seu próprio ser,
Sem compreender o que o faz sofrer.
Tateando na escuridão da incerteza,
Em busca de uma luz, de uma clareza.
Quem és tu, alma errante e confusa?
O que buscas nessa jornada obtusa?
Que rumo tomarás, que caminho seguirás?
À deriva, quem és, só tu sabrás.
”Quando se está perdido no mar, navegamos através de pontos fixos. E o norte sempre será o norte e não onde você quer que seja”.
Sou um caos ambulante sem destino, ando pelos cantos e camas, tropeçando em sentimentos e histórias, não posso enxergar, tocar e sentir o sabor, mas me permita viver mais um minuto ao seu lado, porque esse pequeno momento é familiar e me faz sentir em casa.
O amor doi por quanto tempo? Um dia? Um ano? Para sempre? Porque você acha que vai ficar com uma pessoa para sempre e, acontece que não. O amor às vezes parece ser tão frágil... Todo mundo acredita que é fácil, que isso vai passar, mas no fundo você sente que está perdido.
Que lucrei, eu, Senhor com o tempo perdido?
Num e noutro despojo me achando o que a vaidade me propôs...
Nunca mostramos o que somos, senão quando entendemos que ninguém nos vê...
Mas se ninguém nos vê o que importa afinal ser ou parecer?
Escoar-se é um desperdício...
Assim como aprisionar o vento...
Pouco se ganha...
Tanto se perde...
Tantas coisas sem sentido...
Homem que sou...
Ó divina esperança onde estás que comigo brinca...
E não me convida à dança...
Tu que transforma os sombrios pedadelos em sonhos dourados...
Que nos inflige e nos obriga a levantar da cama...
Virgem de eterno devaneio...
Que hoje minhas mãos não alcançam...
A rotina é tão pesarosa...
As mesmas pessoas enfadonhas...
Dentro de mim, a noite escura e fria se anuncia...
Que me olhar não se perca...
Entre tantos outros que passam...
E farto de fadigas...
E de fragilidades tantas...
Que amanhã...
Em outro dia...
Então...
Eu floresça...
Sandro Paschoal Nogueira
Hoje não fiz nenhum
Poema,
Nem sequer
Uma Cena,
Foi escrito,
Esse grito
Silenciado
Me mantenho
Calado, Frustrado,
Na mente um amaranhados
De versos perdidos.
Eu tentando fazer um
Verso perdido.
Não sei se tô ficando louco ou tô ficando são
Olhando a vida diferente da minha noção
O certo está muito errado e o errado certo
Se jogar ou ter juízo com o fim perto
Não sei se você sabe que tudo tem um fim naturalmente
Então por que viver assim parcialmente
Não sei se topo levar essa razão
O mundo gira diferente da minha noção
Parece que de ponta cabeça tem mais sentido
O colorido dessa bola louca era mais divertido
Não, eu não sei, sei to ficando louco
Por que todos os sorrisos estão durando pouco
Por que todos os sorrisos estão durando pouco?
Pessoas vivem pregando o equilíbrio
Mas esquecem de que o equilíbrio é entre um lado e outro
E o lema é o desiquilíbrio
Onde a felicidade dura tão pouco
Não sei se você sabe que tudo tem um fim naturalmente
Então por que viver assim parcialmente
Quebrado em pedaços,
Questiono aos céus,
Ate quando será derramado,
Lagrimas em um escuro quarto,
Sem aguentar todo esse peso farto,
Enquanto esbaljamos um sorriso falso,
na esperança de um futuro raso
e torcemos para fazer parte de algo (maior)...
Eu sei que é de bater o queixo,
Mesmo lutando sem desleixo,
Em um mundo com tanto preconceito,
Enquanto busco dar apenas o meu melhor.
Só eu e o tempo
É só silêncio ao redor, um vazio sem fim,
O mundo caminha, mas não me leva a mim.
Sinto a distância entre mim e o lugar,
Como se não houvesse onde repousar.
Família é palavra que soa distante,
Um laço invisível, mas nunca constante.
Olho ao redor, não encontro ninguém,
Sou sombra de mim, perdida em alguém.
Os rostos que passam não sabem quem sou,
Vago entre os dias, sem porto, sem flor.
A casa não é casa, o chão não é meu,
E o que eu procuro? Nunca apareceu.
No fundo, eu sei, é só eu e eu,
Sem laços que prendam, sem mão que acolheu.
A vida é um ciclo que segue, sem par,
E no fim das contas, sou eu a cuidar.
É a angústia de ser sem nunca pertencer,
De existir no espaço e, ao mesmo tempo, perder.
Mas há uma certeza que aprendi a aceitar:
No final da estrada, sou só eu a me abraçar.
Aqueles que não se arriscaram, que não se entenderam harmoniosamente com sua natureza profunda, não são necessariamente medrosos. Talvez estejam perturbados, desorientados, perdidos como alguém se sente no meio de uma floresta muito vasta, muito densa ou muito escura.
Cada perdido que você da em alguém, quem se perde é você e você perdido e não encontrado acaba sozinho, porque, a vida segue sem você.
Viver muito rente às regras é perder um pouco de liberdade, perder prazeres da vida; tudo passa e voando.
bysissym
Já acabou o tempo em que me procurava,
perdida, na minha ausência.
Já acabou o tempo que vagava,
indecisa, a me procurar
Pelas vielas de mim mesma.
Acabou esse tempo,
Me encontrei, sei que sou,
sei o que quero, o que procuro,
me achei perdida, nos becos escuros
Que me jogaram.
É que me fizeram esquecer...
Logo de mim, que era tão preenchida.
Fizeram-me esquecer...logo de mim
Que era tão menina!
Mas me encontrei.
Me nutri de esperanças,
Não de vingança.
Me nutri de Deus,
Não de desafeto.
Para quando assim chegar
Alguém perdido como fui
Poder ajudá-lo a se resgatar
Das sombras dele mesmo.
Se não pudermos ser luz
Nossas sombras nos sufocam.
Brilhe!
Eu me perdi quando estava no caminho, me perdi quando ia, me perdi quando vinha, me perdi no tempo, e com o tempo me perdi, me perdi nos planos, me perdi do futuro, me perdi no sonho, me perdi pensando, me perdi tentando, me perdi servindo, me perdi trabalhando, me perdi ajudando, me perdi confiando, me perdi amando, me perdi perdoando, de mim mesmo me perdi...
Não há rumor na terra....
O silêncio se abriu...
As feras se aquietaram...
Em direção ao pó os corações jazem nas sombras...
De mãos em arcos os anjos oram...
Onde estão os inocentes?
Aqueles apontados por dedos tortuosos...
Cadê as flores que foram pisoteadas pelos hipócritas?
Onde estão as vozes que foram silenciadas pelas bocas amaldiçoadas?
Ao levantar do vento...
De ser todo só o meu exterior olho e choro...
Mesmo que eu ouça só esse estranho zumbido...
Vendo cair os pássaros...
Em meu coração emudecido grito...
Nas pessoas que passam na rua...
Com elas não me identifico...
E só lamento...
De ver o amor tornar-se perdido..
Cada um perdido no próprio sonho...
Até no sorriso que vem e que vai...
Todo mundo é convicto...
Dos próprios ais...
E eu, que não sou mais do que eles...
Volto a olhar para tudo...
Como antes do amanhecer...
E faço-me, assim crer...
Que bastaria apenas mostrar...
Minha alma num olhar...
Para tudo diferente acontecer...
E o mais estranho do que todas as estranhezas...
É que as cousas sejam realmente o que parecem ser...
Sandro Paschoal Nogueira
A Cura É Lembrança, Não Conservação
Remédio não é apenas um meio de restaurar a saúde, mas um caminho — um lembrete de que já somos inteiros. A cura não vem de fora, mas do reconhecimento de que nada foi realmente perdido.
