Perdão
A omissão não é um ato de bondade ,nem o perdão um ato de amor.
Muitas vezes é a trajetória fria em beneficio próprio.
O Perdão
Se admirou da minha coragem de ter ido atrás da mesma forma que teve forças pra me mandar embora. E achou bonita a minha prova de amor do mesmo jeito que enfeiou todos os meus sacrífios. Ele se desculpou por ser covarde, e, eu me pedi perdão por amá-lo tanto. Até agora não sei se perdoei algum dos dois.
Quando nós tentamos pedir perdão,e as pessoas não aceitam;Elas não sabem o mal que fazem para elas mesmas;Pois só evolui quem consegue perdoar;
Dos erros cometidos, ficaram as frustrações e o mal que a si mesmo causou. E valendo-se do perdão não obteve sucesso! É porque não errou em tudo. Erga-se e tente novamente.
Eu estou longe de casa
A minha vida não vai bem
Meu Deus te abandonei, perdão.
Eu tinha tudo e não sabia
Meu coração me enganou
Eu sei já não dá mais eu vou voltar
Quero voltar pro meu lar
Na casa de meu pai ainda tem lugar
De longe eu vejo teu olhar
Me esperando pra me abraçar
Só depois que se perde
É que a gente dá valor
Eu desprezei o teu amor
Na tua casa tem o pão
Teu carinho, teu perdão
Eu sei já não dá mais eu vou voltar
Mesmo eu estando longe, o senhor nunca desistiu de mim
Só agora reconheço que o meu lugar é aqui
[b]Para o meu Perdão
(Adelmar Tavares - Pernambuco - 1888- 1963)
Eu que proclamo odiar-te, eu que proclamo
Querer-te mal, com fúria e com rancor,
Mal sabes tu como, em segredo, te amo
O vulto pensativo e sofredor.
Quem vê o fel que em cólera derramo,
No ódio que punge, desesperador,
Mal sabe que, se a sós me encontro, chamo
Por teu amor, com o mais profundo amor...
Mal sabe que, se acaso, novamente,
Buscasses o calor do velho ninho
De onde um capricho te fizera ausente,
Eu, esquecendo a tua ingratidão,
Juncaria de rosas o caminho
Em que voltasses para o meu perdão...
Nunca nenhum homem caiu apaixonado por mim.
Nem chorou na minha frente.
Nunca pediu perdão por coisas que não fez.
Nunca nenhum amor me deu vontade de não ferí-lo.
Nunca nada.
Sempre nada.
Nada, nada.
E assim, fica como nada.
Um cheiro, um aceno.
Um vazio, um amargo.
E passa o tempo, e eu me refaço.
Me refaço de pedaços que eu não sei.
E se sei é apenas porque não vejo, e não sinto.
E se não sinto é nada.
Sempre nada.
Nada sempre.
Sempre, sempre.
Nada.
E assim vai, esse amontoado de nada.
Nada pra lá, nada pra cá.
Nada aqui.
Hoje é o último dia de verão, e nada.
Nada, nenhuma carta, nenhuma esperada
visita inesperada,
nenhuma declaração armazenada, nenhuma
coragem designada;
nada, simplesmente nada.
E agora são 23:51 e nada.
Nenhuma reclamação, nenhum recebimento,
nem agradecimento, e essas coisas.
Nenhuma dor nova, só aquelas dores velhas,
que cutuco pra não esquecer que às vezes
não fui nada, ao menos pra mim.
Nada de telefone, nada de email, nada
de surpresas, nada de chegadas.
Nada, nada, nada.
O dia todo passa, e fica nessa, nada, nada, nada.
- Estou morta ?
- Está nada, nada, nada.
