Perda de Memória
Ó meu senhor
Tanta dificuldade nesta vida
Os desafios a cada dia são duros
A perda de memória é constante
Que possamos levantar e ir avante
-Cláudio Santos
O mal de ALZHEIMER provoca a perda de memorias sobre os fatos e atos recentes, lembrando os mais antigos.
Já o mal da ingratidão que esta contaminando a humanidade, te faz lembrar só os benefícios recentes, esquecendo as pessoas que o ajudaram no passado. Este é o pior mal, porque leva o individuo para o inferno.
ESQUECIMENTO
Bom dia! Hoje 19 a 26 graus com sol o tempo todo e não chove. Esquecimento é a perda da lembrança, deixar escapar a memória. Fico imaginando não conseguir lembrar dos momentos mais significativos que passei até agora na minha vida, realmente é lamentável. Peço jamais passar por esta situação, é como deixar de reconhecer seu próprio ser, como jamais tivesse sido alguém e nem lembrar que foi. Pessoas com Alzeimer acontece isso. Já presenciei e conheci pessoas assim, não sabem quem são seus filhos, o dia do seu aniversário, um grande amor vivenciado, o que se há conquistado enfim não se sabe de nada. Não quero e não vou ficar assim. Ah também esquecimentos momentâneos, mas já me disseram que isso é falta de atenção. Procuramos fazer várias coisas ao mesmo tempo e quando nos damos conta, algo passa desapercebido e fica para trás. Mas nem sempre se esquecer é prejudicial de fato. Pode ser uma questão de digestão da consciência, um fator de moderação para que nem tudo seja assimilado evitando uma fadiga, um stress emocional e orgânico. Dando um tempo para recolocar as funções em ordem, absorvendo apenas aquilo que necessariamente seja nobre, mantendo-nos inertes a problemas e lutas desnecessárias ou passadas, isso nos garante momentos de serenidade, uma ausência necessária. Parece que esquecimento e lembrança são antônimos, mas se apreciarmos com atenção, um não existe sem o outro. Mas se lembramos do esquecimento, então será que ele existe. Talvez não. Pelo menos não de forma absoluta, pois se existe ele deve aparecer e no exato momento que aparece ele foi lembrado então não é esquecimento. Difícil, é melhor esquecer. Hummm... começou um novo dia, eu já disse bom dia?
A perda de um amigo, de um familiar
Parece que o mundo já vai desabar
E, a qualquer hora, vem na mente a memória recente
De um truta ou de um ente que não vai voltar
Brasil um país sem história
Perdeu a memória
Junto com ela a dignidade
Brasil
Racista
Fascista
Homofóbico
Xenofóbico
Brasil que se mostra como é
Hipócrita por natureza
Mas que beleza
Se apresenta enfim com é
Caiu a máscara
Querem pegar, mas já era
Agora já se viu
O que se descobriu
Esse Brasil
Da ignorância
Do medo
Do céu nublado
Até quando?
Voltem para as senzalas
Voltem para os armários
Eles gritam e se irritam
Estado laico? Claro que não
Aqui é cristão
E aí nesse avião tem diversidade?
Claro que não!
Aqui só há soldadinhos de chumbo.
Qual fotografia eu guardei, qual fotografia você perdeu. Qual memória eu quis esquecer, e você fez questão de lembrar. Qual parte de mim você rejeitou e qual parte de você eu mais amei, Qual instante te fiz presente, qual momento você decidiu ir embora.
Desconheci qualquer pessoa que não resistiu ao passado. Seu rosto se perdeu na curta memória de continuar presente. Sua presença já não se inscreve na demanda de meu mundo propagado. Porque aqui a indiferença tornou-se a companheira de seu olhar perdido numa época em que a sua presença ainda se mantinha por minha pouca maturidade.
Eu não lembrava dela. Algo que você não lembra não faz falta. Se você perdeu algo da sua memória, você não perdeu. Simplesmente não existe. Como dinheiro que depois você acha no bolso da bermuda.
Você me esqueceu ou perdeu a memória?
Passou tão rápido em minha vida,
E eu que acreditava que era amor.
Pai
Grande pai!
porrada na cara
filho caído
perdeu a memória.
Grande pai!
joga-se um livro
acerta na cara
boca inchada.
Grande pai!
tira sua roupa
te joga no chão.
Grande pai!
maior que você
menor que sua força.
No labirinto do tempo, um amor se perdeu,
Memórias desbotadas, um adeus que doeu.
Silêncio ecoa onde antes havia canção,
Um vazio profundo, uma estranha solidão.
Saudades que não sentimos, um paradoxo cruel,
A falta que se esconde, um véu de papel.
O coração emudecido, sem lágrimas a verter,
A alma anestesiada, sem nada a dizer.
Vestígios de um passado, em fotos amareladas,
Sorrisos congelados, promessas enterradas.
A rotina segue em frente, sem olhar para trás,
Mas a ausência persiste, em cada passo que dás.
Um amor que se esvaiu, como areia entre os dedos,
Sem deixar rastros, sem deixar segredos.
A vida continua, em seu curso implacável,
Mas a ferida lateja, em um canto inabitável.
Saudades que não sentimos, um enigma a decifrar,
A dor que se mascara, sem se revelar.
Mas no fundo da alma, um grito silencioso,
Um lamento contido, um adeus doloroso.
Memórias
Pequenos fragmentos
do que ontem
se viveu
duras lembranças
do que já se perdeu
Vivencias passados,
recordações vivas
de que só viver não basta.
O pior e mais cruel opressor é aquele que um dia já foi oprimido e perdeu a capacidade de lembrar seu passado.
O sorriso que se perdeu no mato
a cultura que se perdeu no aço
tudo que sobrou está em pequenos traços,
cidades,
ruas,
passado.
Dói-me o coração
Perdi um amigo, mas não
Apaguei a memória do que tenho dele
Amizade é como um quebra-cabeças
Ao longo da vida vamos juntando as peças
Algumas mais difíceis de juntar
Mas estão lá todas se for um amigo verdadeiro
Ao fim de tudo todos temos um destino
Uns mais curtos outros mais compridos
Tudo que nasce morre um dia
Mas as virtudes, o respeito e os defeitos ficam sempre
Na nossa memória.
Eu perdi pessoas, eu perdi momentos e esqueci memórias, eu também não me desenvolvi em muitas áreas da minha vida. Empaquei em algumas e venci em outras. Eu fiquei bem, no final de tudo, eu estava bem, era isso que importava. Era isso que deveria acontecer. Foi isso que sempre aconteceu e é isso que vai acontecer agora. Eu estou bem. Eu fiquei bem quando me abandonaram. Fiquei bem quando me traíram e quando me iludiram com palavras bonitas, mas, isso não é o que verdadeiramente importa. Eu vou ter muitas situações pela frente, vou ter mais decepções, mais machucados e mais abandonos, eu vou sentir falta todos os dias, vou lembrar e vou querer ter. Vou pensar e reviver alguns momentos, vou chorar, meu coração vai transbordar com lágrimas e palavras não ditas, mas, eu vou ficar bem, eu sempre fiquei bem, eu tô bem. Acredite, eu tô bem. Creio que cada situação é como uma caminhada, entramos nelas e começamos a andar, obviamente que o trajeto importa e muito, é nelas que tiramos todos os aprendizados e amadurecimento, só que no final da caminhada, depois de todas as alegrias, dores, tristezas, choros e sorriso, bem no fim, mas no fim mesmo, tu estará bem, já terá passado pela merda toda que te deixou mal, terá se recuperado e estará bem. Eu estou bem. No fim, eu sempre fico bem.
Eu sou casado com uma memória, a memória de tudo que perdi, tudo que vivi e senti, e a dor disso me corrói e me faz lembrar o motivo do porquê não posso deixar isso me afetar, nunca mais. Eu sou a personificação de tudo isso e talvez seja doloroso de me ver ou conviver com isso, mas não espero que entenda, não espero que ninguém entenda. Hoje sigo meu coração, meu código e sempre o farei, mesmo que nesse caminho eu encontre coisas das quais não gostaria de ter encontrado. Hoje sou maduro o bastante para entender certas coisas que antes jamais cruzaram meus pensamentos, mesmo no âmago da minha alma. Hoje eu confio em mim e talvez seja só isso que eu realmente precise, acreditar em mim. Para viver e enfrentar tudo que ainda me assombra e tudo que ainda está por vir, hoje eu carrego comigo a dor da minha história, os demônios da minha memória, mas hoje eles não doem mais, hoje eu fiz minha paz. Eles continuam lá, como sempre estiveram, mas não para me matar, mas para me lembrar, me lembrar de que ainda não acabou, de que ainda tenho que ser forte, pelas pessoas que perdi, pelas pessoas que conheci, por mim e pelas pessoas que ainda estão por vir, hoje eu entendo... eu finalmente entendo, o que diziam quando falavam você olha mas não vê.
Bati a cabeça na quina
E no sangue que escorreu
Sequei.
Perdi memória e cafeína
E o pedaço que caiu
Deixei.
Cansaço de todas as quedas
Venceu o meu mar de cruz.
Desde lá, o meu peito carrega
Receio no que conduz.
De preto e branco – e transparente
Sobrou nem sei o quê.
Só um tom indiferente que nem deu
Pra conhecer…
E aí
Veio sua cor no meio da minha fraqueza
Lembrando que construir muro
Nunca é fortaleza.
Derrubando o meu eu de mentira
Só pra (eu) me encontrar.
E aí
Veio pra me colorir
No meio da pobreza
Lembrando que eu estava tendo
Mais gasto e despesa
Sendo de uma planeta morto
Só por controlar.
Agora
Traz o seu universo e faz de mim
Um coliseu
Deixa eu conhecer a cor
Que não nos pertenceu…
E fazer dela mais bonita
Pra nossa chegar.
Qual é o tom amarelo
Que te escureceu?
Deixa eu conhecer a dor
Que não reconheceu
Que o ouro estava escondido
Onde a gente dançar.
E aí
Eu me encontro por ser sua
E você por ser meu.
Aí cê vira mais de si
E eu cresço no que nos doeu
Lembrando
Por que eu voltei a mim
Pra te somar.
Tira esse casaco, a camisa
Chega e me aflora
Que só quem sente frio é quem
Pode escolher
Como fazer conforto e juiz.
Abre a tampa do buraco
E não nos deixa fora
Que só quem cai no fundo
É quem pode enterrar morto
E fazer raiz.
E eu colo as nossas bochechas
No meio dos invernos
Enquanto acham, eles
Que o (só)l é perspicaz.
Qual a cor das suas queixas
E do que lhe é eterno?
Eu quero lápis nos pedaços
Do que nos ré, faz.
Se os mais fortes
São os que sentem muito
Como eu diria há um tempo atrás…
Que cor é que o seu planeta
Pode ser e traz?
Tô te pedindo um passaporte
E ele não é gratuito
Qual o preço do planeta
Onde o pouco
Não é muito?
Vem
Ser o troco
Do que a vida nos deve
Vamos como em um filme
Com coragem de olhar.
Vem ser tudo de uma vez
Que é o suficiente
Pega essa lanterna
Para (só) assim,
Nos assombrar.
E aqui
Bato a cabeça na quina
Espero que limpe o sangue
E que compartilhe o seu.
Vou abraçar sua cicatriz
Se formos tipo gangue
Dentro de um museu.
Que eu quero você completo
E sem nada para esconder
Qual é a cor do seu planeta
Onde o meu pode caber?
Quero que tudo de antes
Seja pra explicar a força
Do que vem agora
E que essa não seja
Mais uma pandora.
Eu vou abrir a caixa
Porque, aí, me achei
Se ser leve é levar
Pra que descartar
O que nem poderei?
Porque já nos bordei
No que lembrei de mim
E no que eles perdem
Por demorar no sim.
Será
Que a vida veio nos pagar?
Será
Que a poupança nos
Poupará?
Será
Que a pergunta pode
Não
Nos machucar?
Será que podemos ser
Com ponto
No será?
Eu sei
Que mesmo se não ficar
Deverei dever um tanto
Por cê ter feito
O me encontrar.
E eu só espero
Que tenhamos a inteligência
De nunca mais tanto voltar
Ao que seria nossa ausência
E fraqueza por não chorar.
Então,
Qual a cor, me diz
Pra desvendar seu planeta
E não morar de aluguel?
Eu quero te colorir
Passeando em um cometa
Onde bater a cabeça
Não seja algo cruel.
Cê promete me sarar
E nunca fazer buracos
De balas
Para depois dar band-aid?
Quero sentar na sua mala
Fazer dela a nossa sala
E nos fazer viver
De sede.
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