Pequenos textos sobre Morte

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⁠A morte não deve ser o ápice da vida pra ninguém,
onde termina a alegria e some a dor.
A morte deve ir muito além,
como luz que renasce das cinzas depois de apagada.
A morte não deve ser o cume da vida,
nem o final de toda jornada.
Ela deve ultrapassar o amor,
indo muito além desta estrada.

No calendário da roça, vida e morte são
como mudanças de estação.
Um dia a gente floresce,
no outro, aduba o chão.
Já se sabe o bom caipira
que para tudo se fez um tempo.
Desde o sol, que nasce bem cedo,
até o sopro do vento.
Mazzaropi nasceu, viveu e morreu.
Cumpriu o ciclo da semente.
Deitou-se na terra,
abastado de riso e de vida,
e descansou de ser vivente.
("Mazzaropi, um jeca bem brasileiro")

Ah, o amor
Me disseram que o amor é dor
Que é a morte em forma de ilusão
Me disseram que ele p'ra quem foi machucado
É sofrimento, não salvação

Ah, o amor
Porque vem de forma tão avassaladora
Queria poder lhe defender
Mas, esses corações machucados
Perdoe-me, preciso compreender

Ah, amor
Você realmente é inevitável
É impossível lhe previnir
Mas, por Obséquio...
Nesses corações machucados
Entre, costure retalhos
Porque, p'ra quem tanto sofreu
O amor é pura ilusão

Batendo na porta

Quem bate a porta?
Liberdade dizem
O que?perguntei
Liberdade é a morte

Morte?
O que a morte diz?
Seu tempo acabou
Por que?em lagrimas perguntei
Por que você já esta morta
Eu queria viver,implorei

Seu tempo acabou disse a voz
Você almenos e real?
Do que falas?eu sou você
Mais eu estou morta
Sim,como milhares de você
Seu tempo acabou como o meu?
Sim,a muito tempo atrás.

O medo

Medo do futuro
Medo do ontem
Medo da vida
Medo da morte
Medo de ter
Medo de perder
Medo do não
Medo do sim
Medo do tudo
Medo de nada
Mede de vir
Medo de ir
Medo de ser
Medo de estar
Medo do alto
Medo do profundo
Medo da ilusão
Medo da liberdade
Medo da prisão
Medo da realidade
Medo da calmaria
Medo da tempestade

quando te conheci jamais pensei que estaria apertando o gatilho para minha própria morte. você me matou por dentro, seu veneno percorreu por todo meu corpo. meu coração que um dia bombeava amor, apodreceu com sua toxidade.
não te culpo por nada, a culpa foi minha de ter acreditado que você era bom de verdade. um dia eu ainda irei florescer, e você vai ver o jardim enorme que perdesse, cheio das cores que eu pintei minha vida.

É uma coisa terrível
amar o que pode ser tocado pela morte.

Uma coisa terrível
amar, ter esperança, sonhar, ser -
Ser
E oh, perder.

Uma coisa para ingênuos, esta
E uma coisa sagrada,
Uma coisa sagrada,
amar.

Porque a tua vida viveu em mim,
o teu riso me exaltou,
as tuas palavras foram uma dádiva para mim.

Recordar isto traz uma alegria dolorosa.
É uma coisa humana, amar
uma coisa sagrada, amar
o que a morte tocou."

Pela morte da amiga Elfriede Galera

E* difícil não sentir tristeza
L*embrando de suas alegrias
F*rida e os seus belos sorrisos
R*evigorando todas nossas vidas
I*ncrivelmente focada em sua luta
E*strela inspiradora de luz eterna
D*eixa-nos nesta saudade em vida
E*mbeleza o céu com sua presença

Que Deus a receba em seus braços!!!

volto a escrever,volto a pensar,volto a viver,volto a morte,morrer.
no sinônimo perfeito me retiro do verbo,realço o sabor do gosto da solidão.
o tempo é tudo o tudo passou,versos e rimas é o que si restou.
idéias secretas,não mentem a sois,tormenta o espírito no ato levar.
na verdade a verdade são todas mentira da verdadeira verdade.
me anulo, antes tudo dos olhos, avante,diante dos olhos,bárbaro admiro não vive por fim,
restam tropeço para o fim.
agora dizendo, noite é fria,sono desvairado pensando,as vezes no sono as vezes eterno.

A Morte

Em frente à janela
De meu quarto,
Sentada em minha cama,
Eu espero o meu fim.
Creio que muito longe
Já não está.
Eu consigo vê-la no horizonte dos prédios
Que bloqueiam a minha visão do céu.
Eu a vejo, sim.
Eu a vejo em frente a mim
E dentro de mim.
Eu a vejo em minha pele
E em meu coração.
A vejo em minha mente
E em todos os lugares.
Eu consigo senti-la.
Eu sinto sua presença.
Em poucos instantes,
Talvez segundos,
Nós nos encontraremos.
Você e eu.
Morte.

Titulo:Natureza eterna , com uma migalha de tempo⁠⁠

A morte nos torna todos miseráveis,
velhos e novos, homens e mulheres.
brancos ou negros, todos.

O que adiante conquistar
toda riqueza
toda a fama
toda a realização
todo o sucesso
toda glória

provar tudo que a vida tem de melhor
tudo isso não vai deixar ninguém
Satisfeito com a vida.

Somos seres de eternidade
com uma migalha insignificante
de tempo.

⁠É provável que uma das causas para o judiciário não aderir à pena de morte no Brasil⁠, é pelo fato do costume que temos de tornar o agressor vítima e a vítima em culpada. Há tendências, nesses costumes, para defender as pessoas com poder aquisitivo e acusar, atacar o pobre trabalhador.
DISCRIMINAÇÃO OU MAU CARATISMO?

NADA TRANSCENDE À REALIDADE:

Discorrer à morte...
Remete-nos às margens
Dos rios
Que se vão
Rumo ao mar longínquo
Com a fúria do vendaval
Arrebatando sonhos e ilusões.
Discorrer à morte...
Nos conduz ao epicentro
Das incertezas.
Encetando-me a nitidez de que
Nada tenho ou sou
Ou para aonde vou.
Que tudo é nada.
E a única inferência
É morrer.

⁠E se o amor e a morte se encontrassem
Em um abraço infinito .
O amor morre
Ou a morte se apaixona
Talvez a morte , acabava com o amor
Ou o amor amaria até a morte ?
E se o amor e a morte se encontrassem
Lado a lado andariam ?
Ou logo com um beijo
Essa união selaria .
Talvez , só talvez ...
Findo o enlace
Findo a agonia.

A morte

A morte vem de longe
Do fundo dos céus
Vem para os meus olhos
virá para os teus
Desce das estrelas
Das brancas estrelas
As loucas estrelas
Trânsfugas de Deus
Chega impressentida
Nunca inesperada
Ela que é na vida
A grande esperada
A desesperada
Do amor fratricida
Dos homens, ai! dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida

Alguns anos mais tarde a morte tornaria o objeto da minha contemplação constante, o pensamento a que eu dedicava todas as minhas forças do meu espírito que não eram absorvidas pelo Estado. E quem diz morte, diz também o mundo MISTERIOSO ao qual talvez tenhamos acesso através dela. Depois de tantas reflexões e experiências por vezes condenáveis, ignoro ainda o que se passa do outro lado dessa cortina NEGRA. Mas a noite Síria representa minha parte consciente de IMORTALIDADE.



(Trecho selecionado - "Memórias de Adriano" - copiado a punho)

VONTADE DEFINIDA

Ó Morte!
Quando vieres
Não chegues em silêncio ...
Quero sentir o toque
Da tua mão,
O gosto do teu beijo
Teus lábios em meus lábios
Adentro ao meu coração!

Ó Morte!
Nessa hora tão minha
Não oiças quem chora
Ou quem reza por mim
O que importa é a hora
Em que a Alma sozinha
Se vai embora por fim!

É este o meu desejo,
Ó Morte, deixa-me sentir
O travo amargo do teu beijo!

- MANDEI CAIAR A MORTE -

Mandei caiar a morte
Na Luz dos olhos fundos
No suspenso dos meus lábios
Onde a vida não se esconde
Nem se dá a outros mundos!

E das searas ao vento
Que de lágrimas reguei
Mandei colher a noite
Contra mim e contra a vida
A que afinal nunca me dei!

Nada é inútil, nada é vão
Rios de sombra, rios de lume
Nestas linhas do meu canto
Velas de todos os ventos
A que dei o meu ciúme!

Poeira de ventos, apenas
Que desejo mas não ponho
Na raiz de cada espiga
Ao passar por mim o vento
No olhar de cada sonho!

⁠Há muitos anos, todos os dias pensava na morte naquilo que nunca fui aquela pessoa...Deve ser horrível morrer na qual nunca teve oportunidade de ser a verdadeira pessoa... Sempre vivemos numa civilização tão confusa e muito duro de compreender quando deixamos nossos entes queridos morrerem.

Nós temos uma única vida e temos a chance de sermos verdadeiros, permita-se!

Não deixe a civilização te moldar, seja sempre quem você é...

ENTÃO

Me traga dor
Saudade
Só não me deixe sem amor
Eterna felicidade
Pois, assim, é morte
Juntemos o sofrimento
Num sentimento forte
E neste aprendizado
Sorte
E façamos dele ansiado
Direcionando o norte
E o coração
Suporte
Encante, uma canção
Me dê amor!
Emoção
Oferte uma flor
Me deixe sem chão
Só não me tires o amor
Então...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano