Pequenos textos da Vida
Menina mulher
Cheia de sonhos.
Combatia a realidade
Menina mulher
Metade no balanço da pracinha.
Outra metade se vira sozinha.
Tem um tanto de delicadeza.
Outro tanto de incivilidade.
Às vezes é guerra... às vezes é paz.
Metade é o que todo mundo vê...
Outra metade só ela mesma sabe o que faz.
Há nela cicatrizes.
Também sorrisos nela há.
Metade dela é vozerio.
Outra metade silêncio.
Uma parte é desiquilíbrio.
Outra... está em cima de um fio.
Aquela lembrança
Retornou como um antigo erro aquela lembrança.
Corri pela areia da praia para esquecê-la.
Coloquei óculos escuros para não vê-la
Mergulhei no mar para afogá-la.
Redimensionei-me.
Fiz-me pequena...
Corpo decomposto...
Fiz tudo o que podia pra daquela lembrança não sentir mais o gosto.
Retornou... simplesmente retornou.
e fustigou-me.
Amar-te
Amar-te
no prisma
sonoramente refletido
no mais alto silêncio.
Amar-te
no corpo espelhado
sem máscaras
sem fingimento
no vazio do caos
imenso.
Quisera.
Amar-te
sem ameaça, sem perigo.
Amor atento e dedicado…
E, nesta via de mão dupla…
amar-te, intensamente amar-te…
e, ser amado.
Vida louca
Vida.
Vida louca.
Loucura que não é pouca.
Areia movediça.
Sombra mortiça.
Picadeiro, vejo a lágrima caída.
Não, não me ensinaram a saída.
Como um palhaço, pinto a cara
faço um traço… me equilibro…
estou morto… estou vivo.
Não há escolhas.
Passado arrastado
no presente sempre presente.
Malabarista. Hábil equilibrista.
Pago pela boa vida… e pago a vista.
Hoje, meus olhos cansados não irão adormecer.
O tempo vai parar.
A vida não vai passar.
O ponteiro do relógio não vai tiquetaquear.
Hoje, a noite vai ser demorada,
não serei tua namorada.
o teu retorno não vai acontecer.
Hoje não sentirei sono,
só tristeza,
solidão,
dor e abandono.
Hoje, meu amor não vai sobreviver,
não haverá chegada,
só partida,
triste despedida...
Hoje, um lado da minha vida toda é todo morrer.
Aqui não é o meu lugar.
Desço ao vale,
nada que vale consigo encontrar.
Desço ao nível do mar...
nele mergulho minhas mãos...
escorre entre os dedos a água salgada,
a espuma me esforço pra segurar...
mas ela também some
como tudo....
na minha vida nada veio pra ficar...
aqui não é, definitivamente, o meu lugar.
Minha vida sem você...
é todo instante sem começo nem fim,
é o céu sem estrelas - escuridão do começo ao fim,
é o nascer do sol sem nascente nem poente
é um coração eternamente doente.
Minha vida sem você...
é a história de amor sem começo,
é a vida sem adereços,
é a alegria disfarçada,
na lágrima não derramada.
Minha vida sem você...
é o sol atrás das nuvens,
a janela fechada,
a mala nunca arrumada,
é uma viagem rumo ao nada...
Minha vida sem você.
Não há pior solidão do que estar só na multidão...
e ela não se dá conta de que o Universo é tão imenso e a vida tão curta.
Então, digo eu, curta... e ela me olha com olhos de solidão
e eu... com um gosto amargo no fundo da garganta,
querendo que ela encontre algo que paz lhe garanta,
grito: é preciso acreditar que depois do fim há algo a lhe esperar...
curta sua vida tão curta,
olhe devagar para cada coisa,
acredite, tudo um dia vai acabar...
então curta sua vida tão curta.
É preciso acreditar que depois do fim há algo pra viver...
pra não enlouquecer.
Despeço-me agora...
vou embora.
Em boa hora dirão alguns
não vá embora dirão outros.
Degradada, desamparada
aniquilada... não sou mais nada.
Entristecida com o que me presenteou a vida
magoada com quem me tirou a vida.
Despedida...
é de lágrimas e dores
que são feitas as partidas.
Incertezas...
de onde vim?
pra aonde vou?
por que estou onde estou?
Incerteza... falta de conhecimento a priori da minha situação...
Que confusão!
Qual será meu próximo passo?
Alguma coisa será resolvida?
As coisas apenas continuarão?
Enfim, como é feita a vida?
A certeza me fascina,
me alucina, me deslumbra,
me encante e me seduz
nada na penumbra...
tudo na luz.
Tenho uma alma peregrina,
alma de menina...
qualquer vento suave
acorda-a e a anima.
Tenho uma alma rara,
alma estranha, excepcional...
nada a detém, nada a cansa,
nada a desanima.
Tenho uma alma que a ama a vida,
alma nômade, errante...
continua... sempre viva,
sempre em busca do próximo instante.
A vida...
uma travessia,
um espaço,
um tempo...
um dia, outro dia,
um momento.
A vida...
dúvida, incerteza,
confusão, desorientação,
total escuridão.
Uma grande proeza.
A vida...
contentamento,
vencer,
perder...
ou empatar.
O mínimo,
o máximo...
o não,
o sim.
O começo,
Xeque-mate!
O fim...
Crescer é desenvolver-se
aumentar de tamanho, altura, largura,
comprimento, intensidade.
É o que diz o dicionário da ABL
com toda a sua autoridade.
Evoluir é transformar-se gradativamente,
avançar aperfeiçoando capacidades,
desenvolvendo potencialidades...
ficando cada vez mais gente.
Crescer é só ficar maior.
Evoluir é ficar melhor.
O que é que demora, machuca, dói, esfola...
e faz da vida uma escola?
E a vida vai seguindo seu rumo
e você procurando manter o prumo.
E a vida vai ensinando
que se aprende acertando,
que se aprende errando.
São linhas quase retas incertas
e linhas curvas em curvas...
surpresas depois de cada curva.
Por linhas coloridas vai seguindo a vida
matizes as mais divertidas.
Não é só preto no branco,
nem só branco no preto.
Uma aquarela pra deixar mais bela
um risco preto,
um erro, um acerto,
um risco branco...
nenhuma vida é uma folha em branco...
nem uma reta...
nenhuma seta.
Se o desepero é uma doença
estou tramendamente doente,
desde que me conheço por gente.
Caminho por caminhos íngremes,
todo dia é um grande esforço,
manhãs árduas, tardes sofridas
noites não dormidas...
Enlouqueço devagar..
ando por aí...
continuo a vagar...
E a vida
dia após dia
a me matar.
Um quebra-cabeças perfeito
assim é que seu tempo por aqui é feito...
cada dia uma peça encaixada...
acertada
ou
errada.
A quantidade já está determinada
nem uma a mais, nem uma a menos,
nem uma mais importante,
nenhuma vale menos.
Nas curvas da vida,
em dias e noites dividida,
a última peça vai (des)aparecer
na hora em que você colocar o pé na saída...
Quantas vezes disse não
pra não magoar meu coração...
Fechei meus olhos no escuro
com tanto medo do futuro.
A esperança que eu não tinha,
o medo que me continha,
a fé que me faltava
em setembro encontrei o que não buscava.
Do outro lado do oceano
um mundo plano
tantos planos...
e um setembro que acabou de me trazer...
a vontade de renascer
e minha vida toda de novo viver.
Scusami...
Sono andata via,
mas só por um dia.
Voltei, chorei, supliquei
todos os nós desmanchei...
Gritei:
tu és o melhor de todos que já amei.
Implorei...
uma luta com o mundo travei
minha vida te entreguei...
Scusami...
de todo mal minhas mãos lavo,
sem ti minha vida vale só um centavo.
A vida dura e é dura.
Cada manhã você vê o Sol nascer,
um parto da natureza
a acontecer, e acontecer... e acontecer...
No fim do dia o Sol se põe,
sua rota inteira no céu compõe...
e morre mais uma vez,
sem guardar nenhuma lembrança de tudo o que já fez.
Assim é sua vida, um passo, outro passo e mais um...
numa luta diária...
um nascer, um viver e um morrer...
E você, já pensou?
Diferente do Sol,
não terá nenhuma chance
de sua vida de novo viver...
A vida é só uma
não dá pra despediçar...
e você aí só brincando de atuar.
É um eterno faz de conta..
amanhã você vai acordar
e vai mudar.
Está sempre a prometer
não me deixa esquecer
que da maneira certa
vai começar a viver...
A vida é tão curta,
não há tempo pra perder.
Talvez amanhã seja tarde demais
e você vai então perceber
que de tanto ensaiar
esqueceu de viver...
Sua vida é só um ato...
então, viva-a de fato!
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