Pensamentos sobre Si Mesmo
Não amadureça demais, lembre-se: Até mesmo a fruta quando muito madura acaba por estragar. Tenha sempre seu lado criança de viver a vida.
Gostaria mesmo que você me visse e assistisse a minha vida sem eu saber. (...) Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma.
Eu ponhei cada coisa em seu lugar. É isso mesmo: ponhei. Porque “pus” parece de ferida feia e marrom na perna de mendigo e a gente se sente tão culpada por causa da ferida com pus do mendigo e o mendigo somos nós, os degredados.
Quem gosta de você vai fazer questão de ficar ao seu lado mesmo a milhas de distâncias e até quando vocês discutirem.
O que me interessava sobretudo é sentir, acumular desejos, encher-me de mim mesmo. A realização abre-me, deixa-me vazio e saciado.
Quando você está envolvido mesmo, de verdade, com alguma coisa, você quase sempre pensa em alguma outra coisa. Quando alguma coisa está acontecendo, você fantasia sobre outras coisas.
Mesmo com tristeza, o que é perfeitamente normal, sinto-me bem porque sei que fiz o que pude, falei o que pensei, mudei quando foi preciso. (E, olha, minhas mudanças foram ótimas e serão permanentes) e fui sincera sempre, em todos os momentos, em cada conversa, em cada mensagem.
Só preciso te dizer que leio sempre, mas sempre muito sem método ou mesmo critério. (...) É assim, minhas leituras são definidas pelo acaso. (...) Então, minhas opiniões sobre cultura livresca devem ser tomadas com um grão de sal.
(em entrevista à revista Cult)
E mesmo sorrindo por aí, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos.
E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas...Aí vai!
Diz, fala, exclama cada um consigo mesmo, sem que seja quebrado o silêncio exterior. Há um grande tumulto; tudo fala em nós, excepto a boca. As realidades da alma, por não serem visíveis e palpáveis, nem por isso deixam de ser também realidades.
Creio que conviver comigo seja como andar de montanha-russa: ao mesmo tempo em que sou previsível, te surpreendo num piscar de olhos.