Pensamentos sobre Si Mesmo

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Nunca, nunca mesmo, desista daquilo que você quer.

Não amadureça demais, lembre-se: Até mesmo a fruta quando muito madura acaba por estragar. Tenha sempre seu lado criança de viver a vida.

Gostaria mesmo que você me visse e assistisse a minha vida sem eu saber. (...) Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma.

Clarice Lispector
Montero, Teresa (org.). Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta escrita a Tania Kaufmann, em 6 de janeiro de 1948.

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Eu ponhei cada coisa em seu lugar. É isso mesmo: ponhei. Porque “pus” parece de ferida feia e marrom na perna de mendigo e a gente se sente tão culpada por causa da ferida com pus do mendigo e o mendigo somos nós, os degredados.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Quem gosta de você vai fazer questão de ficar ao seu lado mesmo a milhas de distâncias e até quando vocês discutirem.

Estranho é pensar que eu fui inútil por não ter conseguido fazer você sentir o mesmo por mim.

O que me interessava sobretudo é sentir, acumular desejos, encher-me de mim mesmo. A realização abre-me, deixa-me vazio e saciado.

Clarice Lispector
Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

Nota: Trecho do conto Obsessão.

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Quando você está envolvido mesmo, de verdade, com alguma coisa, você quase sempre pensa em alguma outra coisa. Quando alguma coisa está acontecendo, você fantasia sobre outras coisas.

Mesmo com tristeza, o que é perfeitamente normal, sinto-me bem porque sei que fiz o que pude, falei o que pensei, mudei quando foi preciso. (E, olha, minhas mudanças foram ótimas e serão permanentes) e fui sincera sempre, em todos os momentos, em cada conversa, em cada mensagem.

O destino é um pouco injusto quando coloca na sua vida pessoas que não vão sentir o mesmo que você.

Só preciso te dizer que leio sempre, mas sempre muito sem método ou mesmo critério. (...) É assim, minhas leituras são definidas pelo acaso. (...) Então, minhas opiniões sobre cultura livresca devem ser tomadas com um grão de sal.

(em entrevista à revista Cult)

E mesmo sorrindo por aí, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos.

E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas...Aí vai!

Diz, fala, exclama cada um consigo mesmo, sem que seja quebrado o silêncio exterior. Há um grande tumulto; tudo fala em nós, excepto a boca. As realidades da alma, por não serem visíveis e palpáveis, nem por isso deixam de ser também realidades.

A vida tem sido muito dura comigo, mas ao mesmo tempo tem me ensinado muita coisa.

Sinto falta mesmo é de não sentir nada. Eu não sentia nada. Era tão bom.

Creio que conviver comigo seja como andar de montanha-russa: ao mesmo tempo em que sou previsível, te surpreendo num piscar de olhos.

Estar de bem consigo mesmo, e saber que essa é a melhor maneira de estar FELIZ!

Uma palavra, uma frase, até mesmo na brincadeira, pode estragar seu dia inteiro.

NÃO, não sou limitado a isso ou aquilo, posso ter vários eus dentro de eu mesmo.