Pensamentos de Roberto Campos sobre Comunismo

Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver.

A luxúria é como a avareza: aumenta a sua própria sede com a aquisição de tesouros.

Agrada-nos o homem sincero, porque nos poupa o trabalho de o estudarmos para o conhecermos.

Há injúrias que temos de ignorar para não comprometermos a nossa honra.

O amor é um egoísmo a dois.

O rosto de uma mulher, seja qual for a sua discrição ou a importância daquilo em que se ocupa, é sempre um obstáculo ou uma razão na história da sua vida.

O insignificante presume dar-se importância maldizendo de tudo e de todos.

Muita luz deslumbra a vista, muita ciência confunde o entendimento.

A beleza não passa de uma maravilha que a natureza arma à razão.

Onde intervêm o favor e as doações abatem-se os obstáculos e desfazem-se as dificuldades.

Há dois poderosos destruidores: o tempo e a adversidade.

A indiferença ou apatia que em muitos é prova de estupidez pode ser em alguns o produto de profunda sapiência.

O amigo é um segundo eu.

Os homens de pouca inteligência não sabem encarecer a própria capacidade sem rebaixar a dos outros.

Arrependemo-nos raramente de falar pouco, e muito frequentemente de falar demais: máxima usada e trivial, que todo o mundo sabe e que ninguém pratica.

Cada virtude apenas requer um homem; apenas a amizade requer dois.

Depois do espírito de discernimento, o que há de mais raro no mundo são os diamantes e as pérolas.

Não há paixão que abale tanto a sinceridade dos juízos como a cólera.

Pouca ou nenhuma vez se realiza com a ambição coisa que não prejudique terceiros.

Há algo tocante na associação de dois seres para suportar a vida.