Pensamentos de Gibran Khalil sobre a Paz

Que o papel fale e que a língua se cale.

Cada um é como Deus o fez, e muitas vezes até pior.

As paixões perdoam tão pouco quanto as leis humanas, e raciocinam com mais justeza: não se apoiam elas numa consciência que lhes é própria, infalível como o é um instinto?

A avareza começa onde termina a pobreza.

Nunca a polícia terá espiões comparáveis aos que se colocam ao serviço do ódio.

O amante é um arauto que proclama onde existe o mérito, o espírito ou a beleza de uma mulher. Que proclama um marido?

Condenados à morte, condenados à vida, eis duas certezas.

O fim da vida não é a felicidade, mas o aperfeiçoamento.

Não devemos julgar os homens por aquilo que eles ignoram, mas por aquilo que sabem, e pela maneira como o sabem.

A maior parte dos homens utiliza a melhor parte da vida para tornar a outra infeliz.

Os bons conselhos desagradam aos apaixonados como os remédios aos que estão doentes.

Nós dois? - Não me lembro.
Quando era que a primavera
caía em setembro?

Quando puder ser temido, ainda mais me quero fazer amar.

Quem sem descanso apregoa a sua virtude, a si próprio se sugestiona virtuosamente e acaba por ser às vezes virtuoso.

O poeta nunca está inteiramente absorto nos seus pensamentos. O técnico está sempre.

Nossos pensamentos e imaginação são os únicos limites reais para nossas possibilidades.

Os grandes pensamentos não necessitam apenas de asas, mas também de algum veículo para aterrisar.

As opiniões reproduzem-se por divisão, os pensamentos, por germinação.

Em matéria de casamento, cada um deve ser árbitro dos seus próprios pensamentos e apenas tomar conselho consigo mesmo.

Não é possível com mente mortal / indagar os pensamentos dos deuses.