Pedro Bandeira - Identidade
Da Janela no sertão
Da minha janela vejo a chuva,
e ela cai como se fosse choro do céu.
Mas não, não é tristeza não:
é só o sertão do mundo molhando sua pele,
pra lembrar que até a pedra dura
se rende à água mansa.
O tempo corre lá fora,
feito cavalo brabo,
ora levantando poeira nos ventos,
ora abrindo o peito pro sol quente da vida.
Dias e noites se alternam,
como se Deus brincasse de fiar luz e sombra
na roca invisível da eternidade.
Eu fico aqui, de dentro,
vendo árvore nascer, perder folha,
morrer e ressuscitar no mesmo tronco.
É como se cada galho fosse profeta
dizendo que nada se perde:
só muda de roupa,
feito romeiro no caminho.
E aprendo que o tempo não mora em mim,
mora lá fora, correndo nas águas,
cantando nos ventos, ardendo no sol.
Dentro de mim só tem o silêncio,
um silêncio grande,
onde o instante fica parado —
feito retrato da alma,
feito milagre da vida.
Roberval Pedro Culpi
26/08/2025
Da minha janela
Vejo a chuva da minha janela,
pingos que dançam no vidro,
como se quisessem trazer tristeza,
mas não é bem assim.
Daqui observo o mundo,
dias e noites se sucedendo,
ventos que arrastam tempestades,
sol que aquece e devolve o calor.
Acompanho o tempo,
não o que veste o ar de frio ou de fogo,
mas o que se estende, invisível,
bordando a vida com sua passagem.
O tempo nunca caminha só:
vem de mãos dadas com o sol e a chuva,
com flores que se abrem,
galhos que se despem,
árvores que morrem e renascem.
E eu, aqui dentro,
descubro que o tempo não mora em mim.
Ele corre lá fora,
nas ruas, nos céus, nos ventos,
enquanto em mim há apenas silêncio —
um espaço onde o instante repousa,
e nada envelhece.
Roberval Pedro Culpi
26/08/2025
Amigos,
Em jardins de risos e silêncios,
Florescem laços invisíveis,
Não contados,
não possuídos, Apenas sentidos, como brisas leves.
Não tenho ideia quantos são,
Pois contar é limitar,
E amizade é vastidão, Um campo sem fronteiras.
Amigos quero aqueles que dançam No ritmo do agora,
Que se alegram na presença,
Sem razão, sem demora.
Gostar de estar, mais que gostar,
É um querer sem nome,
Um encontro de almas,
Que se reconhecem no olhar.
E assim, seguimos, Sem posse, sem pressa,
Apenas sendo,
E nada mais.
RPC - 20/07/24
Roberval Pedro Culpi
Fardo invisível
A vida, lenta, vai despindo véus,
cada saber arranca uma cortina,
o riso simples se perde,
como a infância que nunca retorna.
Quem aprende a ver o fundo
já não se engana com as cores da superfície.
O ingênuo se alimenta de promessas,
mas o lúcido conhece o gosto amargo da verdade.
Não é que o mundo piore,
ele sempre foi o que é:
feito de enganos, de vaidades,
de silêncios disfarçados em canto.
É o olhar que se afia,
a alma que se abre,
e quanto mais se abre,
mais se fere no espinho da consciência.
Saber é carregar um fardo invisível:
multiplicar dores
na medida exata em que se desfazem
as frágeis ilusões do consolo.
Roberval Pedro Culpi
26/08/2025
Desilusão
A vida caminha em desilusão,
como quem desfolha uma rosa
até restar apenas o espinho.
Quanto mais fundo se vê,
mais se percebe a dor
oculta nas promessas,
a farsa que sustenta a esperança dos tolos.
Não é o mundo que se torna pior,
é o olhar que já não aceita véus,
a mente que não consente
em fingir que não sabe.
A consciência pesa,
um fardo invisível que poucos suportam.
Os fracos se tornam cínicos,
os fortes aprendem a silenciar.
Pois tudo passa,
tudo é sombra em movimento.
O apego envenena,
a máscara sufoca,
e apenas no silêncio
há abrigo,
como um sopro leve
que não promete nada,
mas consola.
Roberval Pedro Culpi
27/08/2025
Os mais coerentes poetas já existentes são o amor,a amizade,a inspiração e a confiança. Sem eles,jamais seria possível a passagem de sentimentos para o papel,conhecidos vulgarmente como poesias ou poemas.
Já me pediram para imaginar um mundo sem segunda chance. Não respondi,mas imaginei e fiz uma comparação: Um mundo sem segundas chances,seria nada mais nada menos do que um mundo sem perdão. Pois é errando que se aprende,e é aprendendo que se é perdoado.
Qual é a ligação das certezas inconstantes com os fatos que operam contra o nosso progresso e é posto em nosso caminho distrações?
Coisas que podem e vão minimamente crescendo acabando por nos tornar contraditórios e estragar o progresso do pensamento racional
-Coisas pequenas na verdade são grandes-
Eu estou sendo manipulado e você aparentemente também , mas,manipulado por quem?
Pelo mundo.
Os fatos contrariam a evolução do nosso pensamento
Quando eu sinto raiva e/ou amor os pensamentos não vão pra frente.
Subconscientemente e conscientemente estamos sendo manipulados, mas nós que podemos pensar racionalmente
Temos esse filtro ou quase todos tem contra a manipulação conciente e só a que sobra é a sub e isso é uma pedra no caminho de qualquer pensador
sim , então, muita coisa deve ter passado em branco.
O melhor estilo musical que existe é o que você gosta.
Ouça música para agradar seus ouvidos e não os ouvidos dos outros
Já disse que o perfeito se limita ao indescrítivel...porém,o indescritível torna-se fácil de conhecer,ao passar qualquer momento da minha vida com você.
Mesmo não me querendo,você sempre será as estrelas de meu céu e o sol da minha vida. A esperança de meu amanhã... um horizonte de sonhos eternos... Vivo por ti e sou em ti o que não posso ser em mais ninguém. Por isso te amo. Sou em ti o eterno eu que sempre busco.
Queria que meus sonhos com você durassem eternamente. Mesmo sendo falso, é uma forma de te ter. Uma forma de te ver, uma forma de te sentir. E nos eternos vagalhões do tempo e do espaço, eu me embalo nesses sonhos para seguir adiante. Mesmo sem nunca poder ao menos ouvir de você dizendo... Eu te amo.
Sem você, não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada.
À parte disso tenho em mim todos os sonhos do mundo
Sonho em ouvir sua voz me dizendo coisas de amor
Sonho em ouvir seu coração quando eu puder estar abraçado a tí
Sonho em sentir sua pele se arrepiando ao meu toque
Sonho em ver teu sorriso, ao me ver
Sonho em tocar seus lábios com os meus
Sonho em caminhar eternamente ao seu lado
E se nenhum desses sonhos puderem ser atendidos,
Sonho em ser sua lua,
Para poder ao menos tocar sua pele,
Com minha eterna luz nas noites em que você se sentir sozinho.
Uma essência selvagem misturada a uma intelectualidade, assim que nem água e óleo, disputando espaço nessa viagem dentro do mesmo pote.
O Tempo
Quanto tempo temos para viver?
O que realmente sabemos sobre a vida?
Já vamos morrer,
Ou será este apenas o ponto de partida?
As areias do destino
Levam o tempo sem piedade
Fazendo de um simples menino
Um homem sem idade...
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