Pe Fabio de Melo Amar
Sem cobertor
Culpados ou não?!
Abram as portas,
Deixem-os livres.
Cada um carrega consigo sua própria sentença.
Uma vez,
Duas ou mais vezes, quem sabe um dia confessarão.
Talvez digam que estou generalizando a cruel condenação vinda de um tribunal justo ou injusto, julgamento no tribunal da emoção.
Mas não é isso que estou aqui citando.
Fizeram-me de prisioneiro do amor.
Tive provas das mais doloridas;
Tive medo, tive frio e calor;
Tive ódio e tive pavor;
Tive o que não desejo nem para o pior dos inimigos.
Naquela e nessa vida, ainda sinto as marcas das chicotadas.
Dirigia só aquele carro, no meio de um deserto e numa tremenda solidão, ouvindo aquela música romântica que me lembrava alguém.
Música aquela que
Fazem quaisquer olhos inundar nas poças salgadas que vão ferindo até a face.
Parei o carro, para tirar algumas fotografias daquelas lindas paisagens.
Uma caboclinha tirana ia passando ali ao redor.
Moça valente,
Parecia ter medo dessa tal gente que se diz ser civilizada.
Ali o orgulho caiu e os joelhos feriram-se no asfalto daquela jornada.
Acenei...
Com frieza, me disse que não sou adequado para aquele tipo de quadro, no nobre sertão onde a saracura berra e a boiada pia no grotão.
Era de tardezinha.
Ela carregava uma lata na cabeça cheia de roupas lavadas no ribeirão.
O por do Sol era deslumbrande, e naquele momento aconteceu um beijo implorado.
Chegou a noite,
As roupas daquela lata ficaram esparramadas pelo acostamento daquela viagem, onde tive surpresas inesperadas.
Por causa daquele beijo,
Em meus braços de repente ela estava,
Aos meus cuidados por duas horas ou mais.
Estivemos ali juntinhos, sentindo pele com pele, como um romântico casal de namorados.
Adormeci!
Quando acordei, me despedi daquela fransina menina meiga, bela e ao mesmo tempo grotesca.
E não mais a vi.
Levantei-me todo molhado e a garoa estava fria naquela região de cerrado.
Batendo queixo....
Era um sonho perturbado meu, em um inverno gelado.
Quando acordei de fato,
Vi que era o cobertor que estava fora de mim, jogado naquele chão de laje congelado.
Fim.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que voa.
Não sou coreógrafo da tua vida.
Nem objetos que preenchem suas horas de solidão.
Declaro-me para ti no real sabor da paixão.
Trago-te nas minhas inspirações.
Teu cheiro ja se alastrou aqui.
O que te prometi , não foi apenas momentos.
Foi amor ,mais que um amor.
E ele já é todo seu.
E é por isso que sinto teu cheiro aqui,
Em mim.
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Estação.
Descuidos do passado.
Hoje, só me restam lembranças do seu beijo.
Aquele que você me deu em outro estado.
De minha parte não foi apenas um simples beijo,
E sim,
O doce sabor dos seus lábios.
Naquela estação, estava eu na solidão.
Sozinho esperando aquele trem.
Na medida,
Na hora certa chegaste a mim e puxou assunto,
E nem esperando eu estava.
Me pegastes no momento mais frágil.
Recordo-me de cada detalhe.
O primeiro assunto foi sobre a sua viagem.
Após isso passamos a conversar sobre as passagens.
E por final ficou aqui em mim.
Aquele inesperado momento gravado da tua imagem.
Sabe,
Eu sempre tive um coração duro como pedra.
Segredos escuros e trancafiados.
Mas o seu olhar e o toque de suas mãos
me acolheram e fizeram meu coração chegar ao pó.
Sua boca parecia implorar pela minha.
Enfraquecido,
Não tive certos cuidados.
E agora,
Olha eu aqui.
Jogado nessa estação,
Observando cada trem e cada vagão passarem.
E por horas fico atento para ver se você em algum deles está.
E fico relembrando aquele beijo e aquele toque,
Com sabor do amor e da paixão e também do pecado.
Inexplicável,
É a saudade que me bate,
Me faz vir aqui para lembrar de ti .
E para reviver os meus descuidos,
Do passado.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Antros.
Na relva rasteira e verde,
Dou compassos nas minhas inspirações.
Alegria em viver,
No solo fértil do sertão.
Astros me convidam,
A compor com meu violão.
Se as cordas falassem elas diriam tudo,
Da felicidade do meu coração.
Fomentado pelo sol,
Vejo pássaros cantarolando.
Ah! Se eu pudesse expressar,
Tudo que vem na imaginação.
Até as andorinhas me fazem companhia,
E choram comigo nas letras que me fazem sofrer.
Oh ! Versos dos meus olhos,
Inspira em mim inesperadas melodias
É você!
Oh ! Alma sertaneja....
Instrumento que me atormenta.
Inquieta tu és,
Quando quer fazer de mim, você consegue tudo que quer.
Faz eu ser...
Um sonhador sofredor,
E Poeta sertanejo.......
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Densa inspiração.
Coisas que me sufocam.
Náufragos!
Os horizontes das palavras são quase que inevitáveis nos declives e nos aclives.
A escada não é horizontal.
Quando andamos horizontalmente nos debatemos com paredes blindadas.
Minha mente pernoita vagando em busca de respostas.
Quando? Quanto? O quê é? E para quê?
E até onde devemos ouvir a barulheira dos tamborins e das marés?
Talvez eu não saiba responder,
Talvez eu não saiba expressar,
Ou sei e tenho receio de me sufocar.
Haverá sempre um aclive acentuado na frente.
Vertical é o rumo do nosso Sol.
Haverá dezenas de labirintos tentando nos engolir sem nos dar o direito de uma liberdade justa.
Densa é essa poesia que me faz rir e chorar por horas.
Muitos nem irão entender.
Teias que entrelaçam,
Galhos espinhosos que nos seguram.
Revoluciona-se o que não se aplaca.
E aplaca-se naquilo que não se revoluciona.
Fugimos daquilo que nos tira da luz.
Trituram-se as pedras afiadas que nos cortam.
Como?
Silêncio!
Ele já diz tudo.
Que eu saiba esse mundo não foi feito com varinhas mágicas.
Bom,
Sempre haverá uma mão que nós segura,
E outra para nos derrubar.
Então!
O silêncio foi a melhor resposta que encontrei nesse meu,
Pernoitar......
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Fantasias de crianças !?
Crianças de antigamente,
Sem pesadelos,
Machucavam os tornozelos e seguiam em frente.
Mundo festeiro!
Pipas voando pelo céu,
Desbicando rumo abaixo na intenção de fazer belas acrobacias no ar e fazendo sorrir o luar.
Antes eram obras de gravetos de bambus recheados de papeis ou jornais.
Na rabiola,
Sacolas fatiadas com tesouras perigosas.
Depois de um bom tempo ,
Lascas de madeiras degradadas sem a força da luz.
Com um pedacinho de pau,
O pneu velho rolava e não sabia onde ia parar.
Mundinho bom!
Cruel é o horizonte que nos espera.
Vasto é ele e nossas escolhas também.
O que podemos esperar do ilusório futuro?
Fantasiar ?
Eu posso dizer...
Fantasiei um mundo inocente.
Tripliquei meus sonhos porque eu era carente.
Tive um pequeno rasgo na face em outrora,
Nem cito porque ja eliminei de minha memória.
Deixei de sonhar,
Viver o hoje é meu dever,
Se o ontem me tirou as alegorias coloridas que eu desejei.
Vivo o presente nu e cru,
Pois de fantasias,
O mundo ja está cheio....
Autor : Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Educar
Educar é um dom.
Ensinamos tudo que aprendemos.
Repassamos o que a escola da vida nos proporcionou.
Não queremos que nossos filhos passem pelo que passamos.
Obriga-los a pensar como nós, jamais.
Mais o recado tem ser dado.
Caso eles quebrem a cara...
Vamos ajudar?
Sim!
Vamos e como vamos...
Mais o peso na consciência não existirá.
Como a vida é cheia de mistérios,
Ao menos uma trilha a eles devemos mostrar...
Aí,
Cada corpo tem uma mente.
E cada mente governa os seus dois pés.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
A Crítica
Sou conhecedor que a língua portuguesa é bastante complexa, e que com as mudanças nas normas ortográficas, tornou-se bem mais fácil se confundir.
Esses dias me deparei com alguém bastante letrado e culto, e a ele perguntei:
-Caro amigo, o senhor possui graduação, tem leitura e escrita fluentes, se relaciona com pessoas de diversos níveis sociais.
No entanto, observei que criticas pessoas que não possuem as mesmas habilidades ortograficas e gramaticais as quais o senhor se diz detentor.
-Quais são os motivos das críticas?
Sabendo o senhor, que és um ser humano passível de erros.
E ele me perguntou:
-Onde errei?
Educadamente eu respondi:
-Quando pediste de tua secretaria por meio de mensagem que nos servisse duas xícaras de café, escreveste xícaras com ch;
-Quando pediste a teu funcionário que resolvesse o problema de pagamento e escreveste poblema;
O que quero te mostrar, é que olhar para o erro do outro é fácil, porém, até aqueles que se dizem letrados, podem errar.
Agora, imagine aquelas pessoas que deixam de pontuar corretamente uma frase, será que elas merecem tal julgamento ou indiretas de que precisam estudar mais?
Não me considero uma pessoa letrada, pois estou em constante aprendizado e renovação literária.
O que oriento aos que desejam ter uma escrita boa e leitura fluente é que leiam, leiam bastante.
Não vim a esse mundo para olhar os erros dos outros,
eu posso até ler diferentes obras que não possuam nenhum tipo de erro ortografico ou gramatical, todavia, se não houver um conteúdo inteligente,
não passarão de palavras soltas em uma folha de papel.
Escrever errado não é defeito;
Defeito é criticar e não acrescentar.
A TERRA que tu pisas,
Não tem difrença do SOLO que eu ando.
E lembre-se:
-Com um copo cheio d'água você rega uma ou mais sementes,
e com esse mesmo copo cheio d'água também mata sua sede e de outros.
Desculpe-me a intromissão, mas penso que existem mil e uma maneiras de criticar sem machucar, ofender e desistimular.
Edificação é elevação.....
Ah!
Leve esse conselho também,
Um parafuso que é fixado,
Ele pode ser também parafusado...
Desculpe-me Sr das críticas.
Conteúdo é conteúdo.
Pronúncias são pronúncias
Edificação é elevação....
E ela está nos olhos do Espírito.
Não no julgar os erros dos outros....
Sem mais...
E agora!
Vai me criticar também ?
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Protótipo
Olhei-me no espelho,
Limitado a não falar muito, pensei...
Nas características retratadas a mim.
Vi um protótipo expressivo,
Uma configuração quebrada,
Porém, bem reconfigurada..
Exemplo único,
Modelo de papai e mamãe.
Como muitos por aí,
Com erros perfeitos,
E com acertos imperfeitos.
Na matriz ,um olhar...
Vi que sou representante de um poema ainda não escrito.
Original e não tem cópia,
Uma amostra do tipo!
Faz o que faz bem...
Sem olhar para,
Ninguém....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Tema "o Sentido, acho, é a entidade mais misteriosa do Universo."
Assim eu acho
"Achar", palavra com dois significados distintos.
Busco em meu ser a mais significativa para o momento, e replico:
-Tudo que se acha, grita silenciosamente.
O achar é uma incerteza que pode ou não nos trazer o silêncio da dúvida ou a certeza daquilo que se realmente deseja.
"Achar", eis o mistério em questão!
Antes eu achava que falando alto todos poderiam ouvir;
Apenas achei.
Hoje, acho que o sussurro da alma pode falar mais alto que muitos gritos desconexos,
Pois, o grito mais estarrecedor que alguém pode ouvir, é o grito que sai de dentro de si e eclode em um espaço vazio.
"Acho" que não precisamos nem de achismos, nem de incertezas para conhecermos e vermos as mais misteriosas surpresas da vida.
Assim é,
Assim eu acho.
O correto é ver ou se ver para ter a prova.
Senão, nada terá sentido....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
O Poeta e o engenheiro
Nobre cidadão!
Sou conhecedor que tu és capaz de construir andares acima.
Um engenheiro é um profissional preocupado com a aplicação do conhecimento científico, matemático e da criatividade para soluções de problemas técnicos.
A palavra engenheiro, possui raízes que deviram do verbo "criar".
Sou conhecedor que és capaz de imaginar, elevar, explorar e desenvolver.
Admirada é a função de Engenheiro nessa euforia de tamanha criação.
Deparo-me contigo no verbo fazer para ver ou sentir para saber o que de fato é o engenho.
Ser Engenheiro requer: -dedicação, vocação, vontade motivada por uma determinação.
Com tanta dedicação, especializaste em
Desenhar todos os dias,
E ainda que erres, refazes e consertas, mudas e transformas, tornando assim, tua obra perfeita, não deixando a desejar a ninguém.
Hoje, comento uma frase por ti ditada, em uma palestra por mim assistida:
"Amar sem dor".
E no ensejo, contaste tua história de lutas e sofrimentos, de perdas e ganhos, de erros e acertos.
Guardei aquela frase em minha inspiração e a deixei para usar, justo nesta ocasião.
Devido sua ocupação, não irei tomar muito seu tempo.
Mas te faço uma pergunta:
"Sem amor, alguém consegue algo construir?"
Antes que me respondas, peço-te que me ouças.
Antes de ser Poeta, eu amei!
Antes de esboçar esse cenário, sofri e chorei!
Talvez numa próxima estação de trem,
Criada por um engenheiro talentoso, eu, em minha poesia, te mostre o que é o amor ou não.
Antes de subir e trilhar em vagões,
Pilotei locomotivas na imaginação;
Doces lábios Beijei, e com ímpeto de fúria me odiaram.
Como cavalheiro, mãos delicadas acariciei, mas com intrepidez as deixei porque em rosto as mesmas bateram.
Pois nas loucuras do meu coração , me joguei dos penhascos mais altos do mundo e o chão não alcancei.
Te pergunto amigo engenheiro:
-És capaz de desenhar ou refazer um molde para que eu possa reconstruir meu coração?
-És capaz de fazê-lo bater direito novamente?
-És capaz de ao menos desenhar como esse coração aqui ficou?
Amigo poeta te respondo, com a alma em confronto:
-Não!
-Não sou capaz nem se quer de entender o que tu me pedes, pois, para mim "Amar sem dor" é se fechar para tudo o que te faz perder, sofrer e esmorecer.
Já você me mostrou que "Amar sem dor", não existe, pois, quem ama verdadeiramente, sente no peito e na alma a dor de um amor sentido, a dor de um amor vivido.
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
Olhares
Evidente,objetivo.
Decente,cheios e vazios...
Marcas,
Em um logotipo de uma alma apaixonada.
Emblemas que destacam no coração de um inspirador.
Existência que aflora a natureza.
Acabamento perfeito em versos inacabados...
Que faz um escritor sonhar de olhos abertos.
E nas composições que eles escrevem,
Até as cordas vocais ficam alteradas.
Timbre de voz que ecoa dentro de qualquer peito dolorido ,
No agudo, os poros se retraem,
E no grave, as ilusões se distraem....
Fonéticas moduladas com vocábulos do amor.
Êxitos nas palavras de um Poeta e compositor....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Espaço vazio
Na boléia do meu caminhão,
Ali!
Um espaço vazio.
Do outro lado, eu;
Como trovador,
Vivo na estrada com meu brutão.
Como estradeiro,
Levo comigo uma carga pesada.
Entre elas,
Amor, perdão, compaixão ,dores e muitas flores.
Como inspirador,
Transporto também, arroz e feijão.
Apaixonado pelo trecho e tendo como parceiros, uma viola e um violão.
Com os pneus calibrados,
Lá vou para outra região.
Do Sul ao Norte, levo comigo o amigo de todas as horas: Jesus, o Rei da salvação.
De Leste a Oeste, vou pegando chuvas,
Subindo morros e o meu bruto, nunca me deixou na mão.
De Janeiro a Janeiro sou o comandante do volante.
O conforto, é de primeira e a
Paixão pela profissão, me leva por caminhos, jamais dantes vistos.
Vida de paixão;
Vida com emoção;
Vida de carreteiro.
A saudade da família é o que mais dói, nesses trechos percorridos, deixando um espaço vazio, no coração de um poeta carreteiro....
Mistérios
Inexplicáveis
Versos de uma alma poética.
Corro contra o tempo,
Com o veleiro no mar sou um velejador sonhador.
Insisto!
Mudo a direção do tempo talvez;
Ventos que me levam sem direção,
Maltratando ainda mais meus tormentos.
Permito-me olhar o horizonte que me espera.
Atordoado eu fico.
Mistérios?
São mais que mistérios.
Infinita inspiração agrupada e encaixotada que exploram o meu olhar,
Faz toda a diferença na hora certa ou errada.
Aquelas cores mariscas do gráfico no azul do mar, se destacam no quadro imaginário.
Cada verso inspirado e escrito agradece ao Poeta que não narra sua obra.
Âncoras me seguram,
travado assim, um antagonismo com o velejador.
Desabafo impiedoso, que boca nenhuma seria capaz de narrar.
Presente do tempo, presente do destino, uma vida a deriva, para não mais parar
de navegar....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Criança/ A menina dos olhos de Deus
hoje, troquei minhas luvas
Para falar sobre o que sonhei.
Mãos dos pequeninos.
São as Meninas dos olhos de Deus
Poucos sabem que,
Até as sementes mais tristes do mundo,
Quando semeadas
Por mãos inocentes, que brincam e choram a toa,
Brotam no solo sagrado, trazendo alegria e encanto aos olhos de quem as veem....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
Humilhe, contrange, acabe com aquele que lhe tormenta e quer o seu mal. O diabo é fraco, insolente e você é maior que ele.
José e Maria/ A promessa
Um casal de crianças;
Primos legítimos.
No quintal,
Brincavam de pega pega, esconde esconde e não muito longe, andavam juntos pelos campos e pomares.
Até que um certo dia, aquele menino de oito anos de idade disse à Maria:
-Quando eu crescer prima,
vou ficar rico e não importa o quanto irei trabalhar para isso acontecer, depois disso,
Voltarei aqui nesse mesmo lugar e te levarei para comigo casar.
Maria,
Uma menina ingênua, inocente e sem nada entender, respondeu:
-Sim José, vamos casar!
-Agora, vamos continuar a brincar de correr?
-Vamos! Respondeu José.
-Vamos ver quem chega primeiro naquele roseiral?
E o tempo passou...
Aquelas duas crianças cresceram e aquela promessa, José nunca mais repetiu.
Adultos,
José seguiu com seus pais para cidade grande e Maria ficou no sítio do interior.
Ele já na idade de vinte anos, nunca mais notícias mandou, nunca mais com Maria falou.
Quinze anos se passaram,
Na estrada de chão,
Maria estendendo roupas no cercado do mangueirão,
Avistou de longe aquele carro de luxo, cujo era novidade diante de seu olhar.
Como a vida tem seus encontros e desencontros,
Aquele carro de cor metálica brilhava com as gotas da chuva.
Ela fransina, meiga menina, já judiada da luta no roçado,
Quando avistou, saindo daquele belo carro, um jovem formoso com quem um dia brincou, pasmada e encantada ficou.
Era José,
aquele mesmo, que no passado prometera que voltaria para lhe buscar.
Maria,
Tímida e encantadora, olhou dentro dos olhos de José e disse:
-Nossa rapaz,
-Há quanto tempo não te vejo!
E se atirou em seus braços dando-lhe um beijo.
José,
Surpreso com sua reação e com um largo sorriso nos lábios perguntou-lhe:
-Em algum momento, você se lembrou da promessa que te fiz quando tinha oito anos?
-Olhe Maria,
Eu era apenas um menino,
Com o coração cheio de sonhos.
Mas, o que te prometi, estou aqui para cumprir.
Passei esses anos todos labutando sem parar, pois o meu maior objetivo, sempre foi uma boa vida te dar.
Me guardei, para meu grande amor: -Você.
Pois quando o amor é verdadeiro, ele demora, ele sangra e até atormenta, mas viver o resto da vida tentando e não cumprir as promessas, o coração não aguenta....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Tema: "'Flor Da Vida...
São Camélias
Seu nome éCamélia?
Hum,
Aroma suave que abrange o recinto ofuscado de qualquer inspirador.
Seu nome é Camélia?
Hum,
Mulher de Alma branca e cor-de-rosa misturada com azul do lindo mar.
Que em mim,
Causa um perfeito odor embriagante.
Seu nome é Camélia?
Teu sinal me dá a luz que preciso,e degusto o ar que respiro com a tua beleza.
Seu nome é Camélia?
Pouso eu então devagarinho na correnteza do teu olhar.
Segure esse buquê de flores,
Receba-o,
Eu as trouxe para ti...
São Camélias...!
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
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