Pausa

Cerca de 106 frases e pensamentos: Pausa

Quando envolvida em tédio,
segue a noite no estio,
e sobre as flores adormecidas
não há gotas de orvalho
em carícias,
apenas horas mortas
sufocadas pelo calor,
mas a canção da vida nunca para
e nem poderia pausar,
quando o que se vai no coração
é amor,
é doce sonho,
é um não querer
acordar

Neusa Marilda

Inserida por neusamarilda

Gosto de falas pausadas, de palavras em uma tranquila sintonia, de tempo para ler e respirar. Gosto de coisa descomplicada, de prosa corrida e despretensiosa.

Inserida por regisness

Mas uma frase hoje me intriga : “mas nem tudo acaba quando termina” . Será que terminou ou é apenas uma pausa que o destino nos deu . Bom , só o mesmo poderá dizer .

Inserida por mundodamika

Ando pensando em não passar mais andando e tropeçar com esse sentimento de andar sentindo coisas que correm demais e me fazem perder uma pausa pra respirar. (Nós e eu em seis versões)

Inserida por LVyn

A vida não tem pausa, ela continua.

Inserida por brunoolhares

O coração está em pausa, mas o controle bem na mão!!!

"Deus criou todas as coisas e vendo que era perfeito,
deu olhos a alma humana , para que pausasse o tempo
e captasse a magia... E chamou isso de Fotografia."

Filosofia: Pausa e Perplexidade

Gosto de pensar que a Filosofia começa na pausa, no silêncio. Vejo quanta gente na sala de aula, querendo demonstrar o que sabe, e não saboreia a Filosofia nos seus menores detalhes. A pressa de demonstrar conhecimento sufoca o espaço silencioso da reflexão construtiva, que acontece à conta-gotas. A reflexão começa com a perplexidade com a realidade, como diria o filósofo Gerd Bornheim. Não falo de um silêncio estático e torturante, mas de um silêncio inquieto que sobrevive de indagações escondidas. Parece que o homem de hoje, perdeu a capacidade de ficar perplexo, de não se conformar com as coisas que acontecem em sua volta. Parece que perdeu a capacidade de parar e ficar consigo mesmo, sem pressa de chegar. Por isso que uma aula de Filosofia não faz efeito em mim no mesmo dia em que ela foi dada, demora um certo tempo, o tempo que essa aula demora em mim. Sinto seus desdobramentos, suas nuances. Sou formado e ao mesmo tempo inacabado. Como diria Husserl, meu limite é o infinito, minha finalidade é a infinidade. Não vou sozinho, tenho companheiros que junto comigo, desbravam a aventura de ir até o limiar da razão e descobrirem os limites da razão e o que pode ir além dela. Por isso que a minha travessia, feita de pedras, é mais feliz...

Pausa

Vem e traz o ar de posse
As certezas e a intimidade
Sê a estátua de carne
Neste momento de silêncio
Muda e quieta
Como uma boca pousada
No meu sono


Traz-me de ti
O tudo e o nada
Do abandono
E acampa no trevo
Acre e macio
Deste corpo em festa

Depois, vê o que resta
Da minha fome e do cio
Retoma a tua gesta
Deixa-me vazio

A garganta arranha, pede água. Os olhos ardem, pedem calma. O corpo sua, pede pausa. O coração pula, aperta, grita, quase que para, pede você.

Ali, entre um intervalo e outro, na pausa dos sentimentos, na divisão dos momentos, conseguia identificar fragmentos de amor verdadeiro. Àquele que é a essência íntima de todas as coisas; que resiste a imensidão do tempo; que espanta o medo das incertezas; que nos convoca à generosidade da entrega e faz a vida valer a pena. Esse amor realmente existia!

Por hoje não direi o que penso
certos vícios temos que controlar.
Por hoje farei uma pausa, e quando lembrares de mim
poderei ter esquecido.

Um cientista que se preze, não descansa, porque a ciência não tem pausa.

"Estamos tão preocupados com o tempo, com nossos afazeres, que raramente fazemos uma pausa para nos conectarmos conosco mesmos."

Uma pausa para pensar



Uma pausa para você pensar...

Reflita a sua vida

a sua caminhada

até o dia de hoje.

Agradeça à Deus

por ter chegado até aqui...



Reflita sobre todos os acontecimentos

ruins que passou,

as lágrimas que chorou,

as coisas que perdeu.

Agradeça a Deus

por ter suportado e sobrevivido.



Pense depois nas suas alegrias,

nos momentos que realmente

sentiu vontade de rir,

que sentiu o coração explodindo.

Agradeça a Deus

por ter lhe proporcionado esses momentos.



Reflita o quanto você precisou

pedir a Deus coisas que ao seus olhos

pareciam impossíveis,

e Ele lhe deu.

Agradeça ao tão bondoso Deus que você tem.



Pense agora na sua mãe

nos abraços que te envolveram,

nos carinhos inesperados,

na segurança das suas mãos.

Agradeça a Deus por lhe dar uma mãe assim.



Deixe seu pensamento viajar,

preste atenção em tudo o que pensa,

se nesse pensamento você consegue

criar alguma coisa,

ou lembrar algo de bom.

Agradeça a Deus por ter cérebro pensante...



Sinta seu corpo,

comece a sentir desde os dedos dos pés

vai subindo a sensibilidade em suas pernas,

coxas, barriga, pescoço

e quando chegar em sua cabeça

olhe-se no espelho.

Agradeça a Deus pela sua perfeição.



Reflita tudo o que puder,

volte ao seu passado e procure lá

perguntas que te atormentavam

e tente responder uma à uma,

sentirá sua alma mais leve.

sentirá a presença de Deus mais próximo,

sentirá que o tempo passou e mesmo

que você tenha sofrido ou se magoado,

está ainda vivendo e ainda suportando tanto.



Deus jamais te desamparará,

jamais deixará de olhar para você!



Confie nesse Deus maravilhoso.

Sinta-o em tudo o que tocar.

Leve a Ele todos os seus problemas.

Durma, e deixe que Deus se encarregue

de acorda-lo na manhã seguinte...

Uma pausa para vida...Afinal, viver e' a prioridade... E viver bem!

Pausa

Momentos de pausa,
madrugada fria, agonia,
e eu em clausura mofada:
com pensamento empoeirado,
perdendo os fios da poesia,
travando comigo uma guerra...
Angústias por se lavar,
mas um bucado de fadiga, mental.
Aindassim recaio
no colo fraterno da Musa,
como bicho de pelúcia,
sem vontades, sem emoções,
sem espanto,
quase morta.
E enquanto ela me acalanta,
vou chorando,
agonizando,
amargando os versos
que estão presos
e não querem vir à baila.
Mas, sobremodo,
entendendo
que meus versos,
por hora,
emudecem,
talvez,
porque eu não estou
pronta para eles.

MAIS UMA DO PREFEITO
- Esta cidade jamais será a mesma! – fez uma pausa para um caquiado ( O dele era levar a mão à orelha e aperta-la nervosamente num movimento automático),e continuou – consegui fazendo das fraquezas forças, junto ao Deputado Bebeto, a solução para por fim ao desemprego e a falta de dinheiro da nossa cidade.
Qualquer palavra que era dirigida ao povo, o nome do deputado Bebeto sempre aparecia.
Dona Bernadete, ajeitou-se melhor na cadeira, apurou os ouvidos enquanto procurava lentamente encaixar os pés dentro da sandália, e resmungou:
- Ô prefeitinho doido! O que será dessa vez?
Era sempre assim. Toda ideia nova, ele convocava o povo à praça . Defeitos ele os tinha, porém, ninguém de sã consciência negaria a sua vontade incansável em trazer melhorias financeiras para seu município ( O FPM ainda não havia chegado por lá). Dona Bernadete o conhecia desde garotinho. Por vezes era meio atrapalhado, mas, existe bom sem defeito? E já que o povo havia votado nele,que fosse. Melhor do que um de fora!
A casa de Dona Bernadete estava fincada bem no meio da ladeira da praia. A calçada era alta e de degraus, servindo de posto de observação para seus olhinhos curiosos. De lá, dava uma vista direta para a praça. Quisesse encontra-la, passasse por lá depois de quatro da tarde. Hora não tinha para se recolher à cama, e até mesmo o café com bejú era saboreado lá mesmo.
- Senhores, na próxima semana as máquinas estarão chegando! E a própria técnica irá treinar e ensinar a usá-la.
Naquele momento ele estava orgulhosamente expondo sobre a fábrica de fazer sorvetes e picolés em grande quantidade. Se a cidade era praieira, e tinha vocação para turismo, por que não aproveitar a oportunidade?
- A manhã logo cedo começam as inscrições, vocês podem ir na prefeitura levando o título e uma foto 3X4.
Como era de se esperar, o povo aplaudiu estrondosamente o prefeito de ideias tão brilhantes. A temporada de praia começaria em um mês,e, esse seria o tempo de treinar,se uniformizar e correr à praia vendendo picolés e sorvetes!
E o tão esperado dia da redenção financeira e consequentemente,de abertura do verão, chegou. O palco à beira do rio, pomposo, imponente, denotava a expectativa para o evento. Fogos de artifícios e uma banda, trazida especialmente, já iniciava a programação musical. Dois ônibus e número satisfatório de carros particulares repletos de crianças com suas algazarras, desfilavam ladeira abaixo rumo à praia.Dos dois mil moradores, mais de quatrocentos haviam dito sim ao comércio de picolés e sorvetes ( praticamente, uma pessoa representando uma família). Agora, animadamente, percorrem a orla jardinada da praia, os becos, o centro da cidade, comercializando os deliciosos, produtos doces.
Nunca houvera primeiro dia tão rico e esperançoso. Toda a produção da fábrica vendida antes mesmo das cinco da tarde. Semblantes alegres, noite de comemoração, até o prefeito fez questão de se misturar ao povo com sorriso largo de quem havia resolvido de vez todo e qualquer problema concernente a finanças da comunidade. Até dona Benta, que quase sempre ficava com o pé atrás com as ideias inovadoras do prefeito, curvara-se, e estava eufórica. O que a fez abaixar a guarda,, foi a alegria do neto que a estas horas já desfilava e gastava o lucro dos picolés nas lanchonetes do centro.
Tempos atrás, Vô Léo, pescador veterano e conhecedor das correntezas e de todas as espécies de peixes do rio Tocantins, pedira uma audiência com o prefeito. Este , disse que concedia, mas que fosse conversa informal à noitinha na sua casa.
- Entre homem de Deus! – convidou o prefeito.
- Carece não seu Dionízio, podemos conversar aqui fora mesmo, as botas com barro vão sujar sua cerâmica.
O prefeito concordou e os dois sentaram-se ali mesmo no terraço de fora.
-Desembucha Vô Léo .
-Senhor prefeito, você sabe que conheço essas bandas como ninguém, e descendo a última curva nas terras de seu Olegário, vi que um cardume de branquinhas, tamanho jamais visto, está subindo o rio, e , o mais tardar, amanhã a noite passa por aqui.
- E o que tenho eu com isso? – sorriu o prefeito de soslaio , enquanto mexia o corpo com seu caquiado.
- Prefeito, o senhor bem que podia doar umas tarrafas novas pra nossa colônia, pois as que temos estão furadas e os remendos já não resolvem. Na verdade nem valem à pena serem consertados . Com tarrafas novas poderemos ganhar uns trocados a mais e até vender os peixes mais baratos.
Terminada a conversa, o prefeito Dionízio prometeu a vô Léo ajuda nas tarrafas. Mas a noite, matutando as ideias, chegou-lhe à mente apurada de político, que poderia tirar proveito daquela situação. Se a colônia de pescadores era composta por quatro pescadores, garantidos estavam apenas quatro votos, e se estendesse a doação de tarrafas a mais pessoas?
Contactado na manhã seguinte, o dono do único armazém que vendia tarrafas, garantiu que não faltariam as mercadorias mesmo que tivesse que mandar comprar fora. Não se pode sorrir adiantadamente, por que a vida nos prega peças senhores. Acontece, que correu de boca em boca essas notícias. Primeiro, que passaria um cardume nunca visto de peixes com local e data marcada. Segundo, que o prefeito havia autorizado a entrega de tarrafas a quem levasse título e foto.
Primeiro resultado: Prefeito Dionízio teve que arcar com o pagamento de 150 tarrafas novas. Segundo resultado: Carros-de-mão cheios de branquinhas, cambitos repletos de branquinhas, bancas da feira, também com branquinhas. Ninguém mais conseguiu vender peixes. Sacos e mais sacos até a tampa de branquinhas despejados nos terrenos baldios da cidade, gerando mau cheiro. Alguns moradores chegavam a afirmar que estavam doentes devido ao consumo exagerado de branquinhas no almoço e no jantar. Terceiro resultado: A colônia entrou na justiça processando o prefeito e exigindo cesta básica , como indenização pelos prejuízos com a pesca sem comprador.
Voltando ao picolé. Segundo domingo de temporada de praia. Carros de picolés e sorvetes espalhados estrategicamente pela cidade. Meio dia e nada de ônibus de caravanas, nada de carros particulares. O pior, é que parecia que a cidade toda estava a vender o mesmo produto. O jeito era chupar e saborear as próprias mercadorias naquele domingo, e, aguardar dia melhor na outra semana. Mas repetiu-se a tragédia. Expectativas frustradas, mentes desoladas e isso durou até o fim da temporada.
Não se viu mais o prefeito Dionízio pela cidade. Se algum eleitor se dirigia até a prefeitura para tomar satisfação pelo acontecido, encontrava apenas, sob sua foto majestosa e sorridente, um cartaz escrito assim: “ Prefeito viajando pra capital em busca de novos convênios para o povo”.

Na música, Pausa também é Nota.
E a vida soa melhor se a gente aprende que há valor no silêncio.

O silêncio é uma pausa para reconstrução. É no silêncio que ouço as melhores respostas. É uma espécie de luz para novos caminhos.