Partida
Em uma partida desigual contra o inimigo de Deus é bom invocar a Sua presença para desarmar o seu jogo maléfico.
O homem é a peça mais importante para dar início a uma partida em que, havendo perdas no jogo envolvendo a sua família, ele busque os conselhos de Deus para massacrar o adversário.
A igreja não joga uma partida com o mundo, porque sabe que o seu jogo não garante os termos e a vitória da santidade divina.
Desistir da partida antes dos últimos 2 segundos é um grande equívoco, pois até que o juiz finalize a disputa, não há campeão ou derrotado. Não se renda!
O amor tem como ponto de partida a paixão. Eu sempre digo que alguém que está apaixonado está com a sua razão suspendida temporariamente. A paixão é a suspensão temporária do juízo, ela faz com que você passe por todas as perturbações da alma (...). No meu entender, o amor é a paixão domada.
Até por consequência, um dia iremos sentir as mesmas sensações na partida dos tripulantes das naus de Cabral e Colombo para o além-mar, para o sei lá onde, para o desconhecido. Cada um com seu motivo, estímulo e, para alguns, pasme, na busca da paz.
Quando se dá conta que a partida dos seus contemporâneos se intensificou e, por consequência, percebe que a fila está andando bem mais rápido, sorria! Segundo os ‘amigos da onça’, como uma injeção de ânimo e otimismo, eles usam a famosa expressão idiomática: ‘estás prestes a partir desta para melhor’.
Reencontro
Eu estava perdida, sem ponto de chegada nem de partida.
Sentia-me completamente estranha a mim mesma, indiferente a qualquer alegria ou tristeza.
Nesse espantoso momento de falta de ser
percebi algo que achei que nunca iria entender.
Percebi que nesses momentos em que me encontrava fria e entorpecida deixei de perceber tanta beleza que havia em minha vida!.
Foi então que uma grande mistura de dor e amor invadiu meu peito em forma de um ardente calor!
Nesse instante em que meus olhos podiam ver o q antes não podia sentir uma forte agonia.
Todos os sentimentos trouxeram a tona o meu verdadeiro eu, aquele que naquela escuridão se perdeu!.
Finalmente me reencontrei,
a mim mesma finalmente achei!
E de volta a mim mesma não me sinto mais entorpecida,
Sinto agora com toda a intensidade todas as alegrias, tristezas e também todo o amor,
Não estou mais perdida!
Me reencontrei e voltei para a vida!
De hoje em diante prometo a mim mesma nunca mais me abandonarei, nunca mais deixarei e de mim mesma nunca mais me perderei!
Partida paterna (período de luto)
Parte I
Fecharam-se os olhos
do corpo,
da alma,
da vida.
Fecharam-se para sempre ao plano físico e material.
Continuam abertos em outros mundos,
Nos lugares onde tudo fica registrado.
Lugares além do visível a nossos carnais olhos.
Muito além...
Parte II
Histórias, muitas delas e variadas.
Há o lugar das histórias do dia a dia
Das infantis e de todos os períodos
e com todas as pessoas!
Lugar de histórias de choros e sorrisos.
Lugar dos medos, do estender as mãos...
E do voltarem sozinhas e vazias...
Das mãos perdidas de afetos e sentimentos condignos.
Da falta de colo e de abraços.
Da falta dos aplausos e do chorar juntos.
Lugar do aflorar da raiva disfarçada,
dissimulada,
não posta para fora...
Da raiva não vivida para, enfim, ser enterrada!
Lugar do seguir adiante buscando meu caminho,
Posto que iluminações sempre chegaram a mim,
Como clarões de ajudas internas e externas,
Por estar num alerta constante e transcendente:
__Comigo;
__Com amigos de uma rede de apoio desta vida;
__Com amigos invisíveis que, pressentia, estavam presentes...
por ouvir através de ouvidos fluídos
e, confiante, os seguia.
Histórias de força de vontade e de determinação paterna.
Enfrentamento de medos e limitações.
De ter racionalidade, honestidade e Justiça:
-- O maior legado ensinado por meu pai!
Histórias de todos os matizes,
De alegrias, choros e sentimentos vários.
Fatos carregados comigo,
que me formaram!
Parte III
O bilhetinho de despedida,
posto ao lado do corpo morto de meu pai,
queimou-se na fornalha que consumiu seu físico e transcendeu sua alma.
As palavras escritas foram apagadas da memória
ao serem consumidas pelos fogos fátuos e dos rios eletrificados...
Apesar das palavras virarem cinzas junto às suas cinzas,
foram-se juntar ao pai espiritual e da minha história,
Como que coladas em sua pele para acompanhá-lo por um bom período
Ou para todo o sempre.
A história que agora se inicia:
__A minha...
__A sua,
ora separadas,
Decidirá novos caminhos!
Quem sabe,
um dia,
se cruzarão de novo...
Para terem um desfecho renovado,
aquele do afeto claro,
inocente,
fraternal,
mas consciente de humanidades!
Quem sabe o que o destino nos reserva!
Sigamos!
abril/ 2024
DESPEDIDA
É na partida triste
Que se encontra um todo,
Um todo a querer ficar
Para vagar, vagar...
Com os anjos do além-mar.
E depois ter beijos doces da morte,
Deixar ser levada pelo anjo
Lá para o fundo do oceano ativo,
Dentro do desconhecido.
Deixar ser levada pelo vento,
Pela brisa suave da noite rubra.
Deixar a vida tola... e ser tua!
15/11/1970 (retorno da Praia Ocean)
Turbilhão de sentidos
Entre a volúpia da chegada
E a angústia da partida
Não importa, na lacuna,
Quanto tempo transcorreu
Não importa, no tempo,
o que ou como tudo se deu
Chegar e partir
Ficar e sumir
Negar e assumir
São os lados das nossas viagens
Ficar além da conta causa dano
Desfaz plano, irrompe desengano
Finda a imortalidade
Solte as amarras
Que bons ventos nos tragam
novas e boas paragens.
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