Paragrafos de Amor
caliandra
feliz foi a caliandra
que ao desabrochar
se apaixonou pelo tamanduá
ela linda e reluzente
ele triste e cansado de vagar
ambos procurando se encontrar
se encontraram naquele luar
ele disse que a amava
ela respondeu que era cedo,
mas disse o mesmo sem medo
em uma manhã chuvosa se casaram
cerimônia simples e harmoniosa
juras de amor em forma de trovas
desde então se amaram todos os dias
até que a ganancia dos humanos os separou
ela está em uma floricultura
ele em um zoológico.
"Dá o tapa e esconde a mão, quando interpelado, exclama: nada fiz! Continua e vai adiante, e a cada negação finge sua indignação. Ao arrancar uma reação, consegue o que quer, então brada à todos: não disse ser eu a vítima e ele o vilão? "
Amar-te em segredo não é difícil. Dividí-lo? Não. Só se divide o que se tem, só se espera o que vem, só se busca o que convém, só se brinda o que se tem a comemorar. Nem tudo que se procura pode-se achar. Mas o que esperar? Se nada é seu... Cantas a música dos outros, brindas a felicidade alheia. Por quê? Só colhes o que semeias. Semeou solidão? Pronto... Colheita assegurada. Projete-se e acompanhe o mais belo florescer do sorriso das pessoas que o cercam. E de você? Só ser secretamente lembrado onde ninguém conhece, ninguém ouve, o pensamento, quando chega o silêncio de seu coração.
Ser omisso ao Evangelho de Jesus Cristo, é ensinar um cristianismo importado das potências econômicas, ao invés do Evangelho anunciado aos Apóstolos.
Salgueiro
Eu e o velho salgueiro,
No repouso destas sombras, sóbrio.
Ondas que se quebram na solidão
Sol poente ao findo horizonte pensamentos...
Quem dela cuida ser a minha última ilusão
Sabe bem que o fim é sempre um recomeço,
Nem para a última, nem a primeira...
Mas sempre á ela que é a única.
No velho salgueiro do horizonte poente,
Meu repouso, meu contento pensamento.
Das muitas formas que te amei
Em todas elas, me desejei em ti...
Nesse tempo, que em mim você não passa,
Eu te vejo nos teus olhos de menina,
Quando moça,
No horizonte, se fez mulher...
Edney Valentim Araújo
Me disseram que eu sou capaz
De realizar todos meus sonhos,
Mas, se todos os meus sonhos
Envolve você, infelizmente não
Posso realiza-los sozinho.
“ Embora em sã consciência acreditamos ser benigno não exigir nada de quem amamos, não devemos ser hipócritas ao dizer que não esperamos a reciprocidade deste amor. ”
“ Com a alma lavada e plena de bom caráter prefiro ser benigno ao mencionar a verdade, e jamais ser leviano e mentir, porque sim, espero, até pacientemente, o retorno de seu amor. ”
A intensidade de agir de forma benigna com alguém é tal qual a necessidade de amar e se sentir amado.
O doce amargo sabor da bela adormecida
Era uma vez uma moça, no estilo dos sonhos norte-americanos. Loira, de longos cabelos que criavam cachos nas pontas, de bons modos, nariz fino e ingênua. Cantava de forma lírica e era tão submissa que quase não tinha imaginação ou senso de humor. A princesa unigênita de um rico reino.
Quão doce que era a linda moça!
Inocente, um dia tocou uma agulha envenenada e caiu em sono profundo. Por séculos dormiu e tudo parou. Veio um príncipe e a beijou na esperança da moça acordar e se tornar a princesa dele, mas a moça não acordou. Veio outro príncipe e nada. Mais um. E outro. Vários outros.
Todos saiam desencantados. O que havia de errado com eles?
Nada!
O nome da moça?
O seu!
O nome da agulha?
Clonazepam.
E o nome do príncipe, sabe?
Também é o seu.
Acontece que no mundo real, tudo muda. Aliás, a Física e a Química provam que tudo está em MOVIMENTO. Por isso, permanecer parado para fugir do amanhã é ilusão.
E o sono profundo da doce Bela Adormecida causa uma dor profunda e num processo cíclico, ela em sua agonia, toca novamente na agulha. E ficamos como na música do Chico: “vendo pela janela a banda passar”.
De tão bela, a princesa ficou feia. Até a beleza muda. Porque o senso estético transforma-se.
Um dia ela acordou e viu as mudanças em torno de si. Desiludida, tornou a tocar na agulha. A moça vegeta legalmente aceita pela sociedade. Que condói-se, até taxar a esperança como fracassada.
Esse é o doce amargo da Bela Adormecida. Uma medicação inocente que eu e você deveríamos usar pouco tempo e de vez em quando, com muita precaução recomendada por um médico, de preferência psiquiatra.
Mas o Brasil tem tomado cada vez mais deste veneno.
Seja você o autor da sua história e não a torne uma estória. Se um dia for a Bela, saiba que a dor faz parte do pacote vida.
Torne-se seu príncipe salvador e deixe-se salvar!
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