Parabens Mario Quintana
São sempre assim os pais: quando as esperanças se projetam sobre um filho, o resto são sombras mal reparadas. Que vivam, e Deus os abençoe! Amém.
A suscetibilidade é um sintoma da ignorância. Os homens exageradamente suscetíveis, que tudo os ofende ou magoa, são sempre espíritos medíocres. A suscetibilidade é, assim, um dos recursos que a mediocridade usa para esconder ou desviar sua pequenez.
Eu bailo em poemas, multicolorido! Palhaço! Mago! Louco! Juiz! Criancinha! Sou dançarino brasileiro!
"E no dia que eu me for...
Mas eu não queria ir...
Só tem um jeito de ficar, Ficar nas outras pessoas
e voce só fica quando quando você é:
um Irmão excelente,
um Amigo excelente,
uma Mãe excelente,
um Profissional excelente
e ser excelente não é voce ser o melhor
é você ser o Seu Melhor."
No Universo, antes de eu ser, nada existia como eu. E, quando eu deixar de ser, nada o será.
São os famintos de prestígio e que não sabem sofrer a sua fraqueza, os complexados de poder, complexados de inferioridade, que buscam obter um cargo que os torne grandes, porque não são grandes.
Quem é grande não procura ocupar o cargo grande. Quem realmente é grande cria para si a própria grandeza. É grande porque é grande, e não porque ocupa um cargo grande.
A liberdade do homem não é um mal, mas um bem. O mal está no uso dessa liberdade para fins afastados do bem superior. O que não se pode deixar de considerar é que toda e qualquer posição que negue a possibilidade de uma retribuição extraterrena coloca o homem em situação de máxima perplexidade, que só o pode levar do pessimismo ao desespero.
Enquanto alguns psicólogos permanecem manuseando palavras mortas, os artistas fazem psicologia. Comunicar uma alma a outra é o trabalho dos estetas. Nunca, como agora, numa época em que a escala de valores puramente utilitária predomina na sociedade, mais carecemos de artistas. A arte é um estímulo para a vida.
Esse espírito de entardecer, de crepúsculo, que não permite ver a imensa heterogeneidade que há nas causas intrínsecas e extrínsecas dos fatos, nos fatores que cooperam para que ele seja o que ele é.
O marxismo na Rússia não conseguiu abolir o Estado nem sequer diminuir seu poder. Não evitou a polícia nem o exército, muito menos a burocracia. O aumento da produtividade foi risível. Não comunizou a propriedade, não evitou a desigualdade, pior, a acentuou. Não aniquilou o amor à pátria nem estimulou o internacionalismo. Não proscreveu as insígnias honoríficas, mas criou novas e fez ressurgir outras. Não construiu a liberdade, mas a maior opressão registrada na história.
" Os Cisnes "
Júlio Salusse (1872/1948)
A vida, manso lago azul, algumas
vezes, algumas vezes mar fremente,
tem sido para nós, constantemente,
um lago azul, sem ondas, sem espumas.
E nele, quando, desfazendo brumas
matinais, rompe um sol vermelho e quente,
nós dois vogamos indolentemente
como dois cisnes de alvacentos plumas.
Um dia, um cisne morrerá por certo.
Quando chegar esse momento incerto
no lago, onde talvez a água se tisne,
- que o cisne vivo, cheio de saudade,
nunca mais cante, nem sozinho nade,
nem nade nunca ao lado de outro cisne.
Bom Jardim, Município de Nova Friburgo
in
"Os Mais Belos Sonetos que o Amor Inspirou"
Entre o mar e as montanhas verdejantes, florescido de acácia e manacás e enfeitado de lagos ondulantes, surge o vale ideal de Maricá.
Que de históricos quadros a cidade se adereça, qual noiva para o altar, levando o branco véu desta saudade que a lembrança dos anos faz chorar. E a lágrima sentida do passado se alia ao riso franco de poder, olhar o seu futuro assegurado na alegria e na glória de crescer.
A terra dadivosa o pão custeia e o subsolo rico em minerais que em áureos veios torna a fulva areia que o sol e a lua irisam os cristais.
O legado imortal de ilustres filhos honra as letras e história do Brasil de cujos feitos segue-lhes os trilhos
o nosso povo ardente e varonil. Bendita sejas tu! Terra querida... Na senda em que o destino traçará para nossa vida, Oh! risonha e formosa Maricá!...
Velha história
Era uma vez um homem que estava pescando, Maria. Até que apanhou um peixinho! Mas o peixinho era tão pequenininho e inocente, e tinha um azulado tão indescritível nas escamas, que o homem ficou com pena. E retirou cuidadosamente o anzol e pincelou com iodo a garganta do coitadinho. Depois guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse no quente. E desde então ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava, a trote que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos elevadores. Pelos cafés. Como era tocante vê-los no “17”! – o homem, grave, de preto, com uma das mãos segurando a xícara de fumegante moca, com a outra lendo o jornal, com a outra fumando, com a outra cuidando do peixinho, enquanto este, silencioso e levemente melancólico, tomava laranjada por um canudinho especial… Ora,um dia o homem e o peixinho passeavam na margem do rio onde o segundo dos dois fora pescado e eis que os olhos do primeiro se encheram de lágrimas. E disse o homem ao peixinho: “Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te por mais tempo ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia solteira? Não, não e não! Volta para o seio da tua família. E viva eu cá na terra sempre triste!…”. Dito isso, verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho n’água. E a água fez um redemoinho, que foi serenando, serenando… até que o peixinho morreu afogado…
By: Ana Claudia Lima
Não sou uma mãe politicamente correta
Tem dias que eu me esqueço de dar o Adtil
E quando eles resolvem ficar doentes juntos, às vezes eu confundo os remédios, as dosagens, os horários. È verdade, já dei remédio trocado. Pior! Teve vezes que nem trocado foi, não dei mesmo, esqueci.
Tem dias que os deixo dormir sem escovar os dentes e sem tomar banho. Quando me dou conta, já foi.
Tem outros que o almoço é o pastel da feira com caldo de cana e o jantar é a pizza. Tudo isso no mesmo dia.
Tem dias que eu cedo ao miojo.
E tem outros que eu escondo o final da barra de chocolate para comer escondida, sozinha.
Tem dias também que eu chantageio, barganho, negocio o feijão do prato com um doce de sobremesa.
E é à frente da TV que às vezes eles comem
Tem dias que eu faço suco de pozinho só para não ter o trabalho de descascar a fruta e AINDA ter que lavar o liquidificador, tudo por preguiça.
Quase todas as noites eles dormem na minha cama e não, eu não os devolvo para as devidas camas. Ou porque estou muito cansada pra fazer isso, ou porque eu quero dormir abraçada com eles.
Tem dias que eu peço para eles pararem de gritar, gritando.
E, desculpa Xuxa, tem dias que eu dou umas palmadas no bumbum deles, só para os chamarem a razão e deixar claro que ultrapassaram os limites.
Mas se quer saber Xuxa, tem dias que eu coloco o seu DVD para garantir o mínimo da manutenção da minha dignidade. Você se ocupa em hipnotiza-los com aquelas baboseiras e assim, eu consigo , pelo menos, escovar os dentes.
Tem dias que eu não sou justa. Faço mais pra um do que pra outro. Dou mais atenção pra um do que pra outro. Exijo mais de um do que do outro. Cedo as birras e choros de um do que do outro.
Tem dias que o que eu mais queria era ser repórter correspondente do Japão e só falar com eles pelo Skype. Ou que eles fizessem um passeio de volta ao mundo no balão e voltar daqui uns 10 anos.
Teve dias que eu me esqueci de ler a agenda da escola, de fazer a lição de casa, de mandar o lanche, a lancheira e até errar o dia de volta as aulas eu já errei.
Já assisti à novela das oito na companhia deles.
Já soltei uns belos palavrões no trânsito com eles no carro.
E quando termina esses dias, as vezes eu me angustio, me frustro e me entristeço, afinal, que tipo de mãe eu sou?
E isso acontece porque ninguém me ensinou, não li em lugar nenhum, não vi em nenhum documentário que mãe também pode ter um deslize de preguiça, de descuido, de praticidade.
Ninguém me disse que às vezes isso tudo pesa, que a gente enche o saco de tudo, que a gente se enche deles, só as vezes.
Não me preparei pra isso. Pensei que fosse pecado.
Em todos os sites que me cadastrei quando engravidei, em todas as edições da Crescer, da Pais & Filhos que li , em todos os blogs e grupos de maternidade que naveguei, vi que não bastava ter parto normal, o que vale mesmo é o natural e humanizado e olha que eu tive 3 partos normais, mas mesmo assim não foi bastante. Me disseram que tinha que amamentar EXCLUSIVAMENTE até o 6 º mês, que só podia oferecer os produtos orgânicos, que não podia colocar açúcar na comida doce e nem sal na comida salgada deles, que eles só podiam escutar o Palavra Cantada e que tinham que aprender a dormir sozinho aos 6 meses.
Ninguém me disse que ás vezes, só por alguns instantes, que nada disso faz sentido, ou até pode continuar fazendo, mas tem dias que simplesmente a gente tem o direito de não querer faze-lo.
Temos esse direito da transgressão, isso ninguém nos avisou.
Eu aviso: nós podemos.
E com isso eu devo admitir que sou Reú Confesso e por isso eu peço, não Tim Maia eu não peço pra voltar, eu só peço para me absolverem.
#eumeabsolvo
“Da perfeição da Vida: Por que prender a vida em conceitos e normas? O Belo e o Feio…O Bom e o Mau…Dor e Prazer. Tudo, afinal, são formas e não degraus do Ser!
Vida
Só a poesia possui as coisas vivas. O resto é necropsia.
( in: Caderno H, (1945-1973), Porto Alegre: Editora Globo, 1973.)
