Paixão
'EU QUERIA UM SENTIDO...'
Eu apenas queria,
e chegaste mudo,
forçado.
Fitando as madrugadas insônias,
cervical.
Extravasando improbidade,
sadismo.
Trazendo frio,
calafrio,
noites febris.
Carregando obstinação,
permanecendo há períodos.
Empantufado,
vai dilatando,
no peito não cabe.
E o ar rarefeito,
já falido,
desorienta,
sinuoso,
sem abrigo.
És opaco,
no turvo teatro,
solitário.
Senhor de brasões,
porém medicante,
com seus díssonos.
Poucos te condenam,
ou conhecem.
Mas sempre aparece,
desnudo,
com natureza particular.
Sem se expor a contento,
vai deixando rastro,
lamento.
Eu queria um sentido,
sentido ridículo.
Entre aspas simples,
para deixar evidente.
Inequívoco,
como as nuvens,
que se transformam no vento.
Que fosse escasso,
nada retórico.
Pode vir sem aspas,
para deixar confuso,
mais intruso,
menos cênico.
Que me abraçasse,
aconchegante,
desesperado.
Plante uma mudinha, com o tempo, perceberá que ela crescerá e com certeza, lhe dará frutos. Mas plante uma árvore boa, senão,colherá consequências. Trace boas metas. Pague um preço em cultivá-las. No final, você dará risadas.
'EU FELICIDADE?'
Calor intenso,
puxada [...], telha baixa.
Criatura não conhece:
- Que sujidade!
Assembleia diária,
papos em dia:
cornagem, piadas, cachaças, religião, pescarias.
A roda é veemente,
ela sempre acontece, à tardinha,
quando se começa a ver a poeira da rua,
[feia e esquecida] abarrotando o cabelo.
Parcialmente esquecido,
o bairro todos admiram.
Ar de tranquilidade,
costume de 'sítio', todos se abraçam:
Vagabundos, padres, alcoólatras, senhoras, prostitutas!.
A vida congela,
o olhar fala[...], o mundo fala:
- Estou tracejado em dissabores!
Experiências peculiares,
vida empurrada no ombro.
Como anda a vida,
como a vida anda?
- Bem, graças a Deus, se melhorar estraga!
Fala-se de felicidade,
muitos acenam, apreciam a vida como ela é:
Orações,
fé.
Vida difícil!
Pitada de euforia.
Arco-íris nas nuvens,
temporais, chuvas.
A releitura é diária,
abraçar o primordial é primordial.
Facetas?
Nada tira o ar [felicidade],
mesmo que aparente.
Importante é levar a vida,
[atemporal].
Diagnosticada, risadas.
Aperto de mãos,
devorar o improvável.
E a vida,
ficando mais vida, a cada rodada.
E quando triste
Meu refugio é ouvir tua voz,
Imaginar e idealizar como seria , te abraçar , te sentir.
E quando triste
Meu refugio é seu sorriso,
Doce e hipnotizante .
Quando triste
O meu refugio é você, é ter você , é te querer.
Talvez eu seja mesmo desesperada, por não encontrar motivos pra dar tanta risada. Talvez possa ser que eu tenha me achado nessa jornada, me perdendo tentando te achar pelas madrugadas
Quando alguém despertar em você algum tipo de sentimento, vai lá e se entregue, pois a vida é curta, e não devemos perder tempo diante das coisas boas da vida.
A moça
A moça
Uma moça me disse: "Eu nunca ganhei flores!".
Eu não conseguia achar justo aquilo. Uma menina linda, com olhos doces e beijos apaixonantes.
No meio dos diálogos, fui pesquisando seu endereço, sem dar pistas de meu futuro romantismo.
Fui até uma floricultura, eu havia economizado aquele dinheiro por um tempo. Lhe escolhi 3 rosas, mandei fazer um buquê delas. Sim, um buquê com 3 rosas, minha economia era de pouca valia. Mas mesmo assim meu sentimento ia junto com as rosas, cada pétala era uma jura acompanhada de um beijo.
Pedi para entregarem no endereço. O pai dela foi quem recebeu, o buquê era acompanhado do bilhete que dizia: "As rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti...", um plágio de Cartola. Ela sabia que vinham de mim, ficou envergonhada perante a família que estava lá.
Mas sua mãe e seu pai desconfiavam de quem fosse, mas não sabiam da minha existência, não sabiam dos meus sentimentos, não sabiam meu nome, muito menos que meu corpo havia estado junto às rosas. E a moça, fingia que sabia.
Ela recebeu as flores, querendo que o remetente não tivesse sido eu. Na verdade, cheirava as rosas, beijava-as, pensando em outro.
Eu dei as primeiras flores da sua vida e ela me deixou os espinhos.
Quando eu te conheci logo percebi que era você,
não pensei duas vezes, abri meu coração e deixei o amor entrar.
Todo ser humano deveria ter, de forma assegurada, o direito à felicidade de um dia se apaixonar por alguém que lhe retribuísse o brilho nos olhos, cada vez que o reencontro estivesse com os segundos contados. Ou então a cada citação do nome desta pessoa que lhe devolveu o fôlego para continuar vivendo.
E após a vivência do primeiro toque, ambos deveriam manter na pele, nos olhos e sorriso, a certeza de que o lar – bem como uma casa de família bem estruturada - também pode ser uma pessoa. E para ela retornassem todos os dias, até que o amor viesse a fazer parte da (nova) família e eles então não mais precisassem partir.
Todo Homem merece ter a quem recomendar o aconchego do seu peito, com a certeza de que ali, naquele espaço entre a alma e o sentimento, a pessoa que ele escolheu para lhe acompanhar durante a vida, terá, sempre que preciso, o porto-seguro merecido e tão esperado. E tendo esta pessoa para lhe segurar a mão, partilhar as alegrias e suportar qualquer aflição, descobrir o que, de fato, é ser um Homem; ele cuidando dela (pessoa da sua escolha) como se fosse de si mesmo, e de si, como forma de amor por ela.
E acredito que todo Homem também deveria ter a oportunidade de olhar nos olhos desta pessoa e não ter a menor dúvida ao dizer, entre sorrisos sinceros:
- É ela!
E que assim eles sintam – caso tenham como uma meta viável - que se o tanque de amor entre duas pessoas, transborda, ele acaba se transformando na geração de uma nova vida. Ou mais de uma. Pois assim ele teria um motivo a mais para crer que é ao lado desta pessoa que ele pretende se aperfeiçoar como esposo, pai, cúmplice e melhor amigo.
Toda Mulher, por sua vez, merece ter quem lhe garanta a segurança
de uma relação que lhe permita ser o melhor que ela puder. Alguém que a faça sentir que independente do que aconteça, ela não está só. Que, mesmo ventando forte ou tendo o céu prestes a cair sobre suas cabeças, ela terá com quem se manter firme, unindo força e esforços por um bem maior. Alguém que lhe ajude a preparar o terreno para o plantio de um futuro. E que ao teu lado, o cultive e colha como um presente de um para o outro, e de ambos para a sua descendência.
Alguém que pelo menos uma vez no dia, assim, sem aviso prévio, a surpreenda com detalhes ínfimos que se agigantem pela mensagem que carregam por trás do óbvio. Algo simples, como uma ligação (ou mensagem) nem que seja para dizer que por mais que tenha procurado em cada uma das setenta e duas prateleiras, não foi encontrado aquele negócio lá que ela precisava para remover o esmalte gasto que persiste nas unhas por fazer.
- É removedor, seu bobo! R-e-m-o-v-e-d-o-r. Procura lá perto do algodão! E obrigada por reparar. Eu realmente estava precisando e não tive tempo de sair para comprar.
E tendo no seu companheiro, mãos firmes e sempre prontas para acolher as suas, ter a certeza de que, mesmo quando a vida exigir um bocado e alguém sentir suas forças se esvaindo, eles passarão por mais essa e qualquer outra situação, juntos, porque um dia foi feita a escolha de serem um (nós), e assim seguiriam até o fim da vida. Ou da escolha.
Por fim, acredito que todos nós (os “nozes” espalhados pelo mundo) deveríamos ter o prazer de receber cada novo amanhecer, ouvindo não apenas o canto dos pássaros, mas também o do coração:
- Bom dia, meu amor! Dormiu bem?
Pois assim terminaríamos a rotina diária com a certeza de que, melhor do que isso, estraga.
E no primeiro dia do ano sem você, olhei pro céu e pedi que os sorrisos nunca me faltasse, que eu me apaixonasse, pela vida e não mais por você.
Foi inesperado, ela apareceu de forma tão comum, e pareceu tudo que eu queria. Foi tão arrasador, seu sorriso fácil, seu jeito de agir, era tão banal, tão seu, tão natural, e atraia toda minha atenção, era onde meu mundo acabava, e começava o desconhecido, ou não sei, algo que eu queria muito fazer parte. Não era amor. Era paixão, eu já senti isso por outra pessoa, mas parecia que ela podia tornar tudo real. Sabe, eu sou bem louco, meus sentimentos são confusos, e ela me fez angustiar o desejo de tê-la por um segundo, como um instrumento que eu saberia exatamente como tocar.
Eu tento descrever o indescritível, é uma multidão de ideias que me vem à cabeça, eu só quero registrar que hoje eu senti um aperto muito forte no coração por alguém que eu mal conheço, amor ou paixão à primeira vista é uma besteira, eu só a olhei e vi a perfeição, não era do jeito que eu imaginava, era simplesmente do jeito que era para ser, ela me pareceu um pouco do que eu queria, mas desconheci a forma como ela me fez aceitar cada parte dela como é.
Essa dor que me faz escrever este texto, é causada por uma menina de outro lugar, totalmente desconexa da minha vida, mas eu tenho certeza de que ela tinha algo que me pertencia. Ela já tem um amor na vida, pelo menos parece, muito provavelmente eu seria covarde para tirar essa dúvida se ela ainda estivesse aqui. Eu me senti muito fraco, e como já disse, não é a primeira vez que sinto isso por alguém, eu juro que não queria, mas isso vai passar, e sabe, pareceu tão próximo, pareceu que seria tão bom estar com ela por algum momento da minha vida, parecia que eu podia encontrar o amor. Era um sentimento muito forte, me faltava ar, me faltava força para ficar de pé, eu precisava parar para tentar entender o vazio que ela me causava, por algum tempo ela simplesmente se tornou tudo que havia dentro de mim.
Eu gosto das coisas exatas, onde para tudo há uma solução, mas não havia equação que desse uma resposta para o meu coração. Eu tinha um ponto de equilíbrio, eu estava de bem com a vida, mesmo sabendo que eu não tinha nada, mas depois que eu a vi, do nada ela me faltava, eu senti a falta de alguém que me fizesse se sentir desconfortável de paixão. Depois que ela se foi, não sei se conseguirei ser mais o mesmo, se ela nunca fizer parte da minha vida, da minha vida nunca fará parte alguém que não me faça sentir o que ela fez, ela me modificou, e minha angústia vem do mais uma vez acreditar que ninguém no mundo vai me deixar marcas como esse alguém deixou.
Enfim, eu só quero dizer que ela era perfeita, eu podia dar tudo de mim a ela, e esse sentimento, pesar o sofrimento, me faz acreditar no amor. Quando ela me olhava com aquele sorriso, eu era destruído, estou me refazendo dessa experiência quase amor, e hoje eu juro que só espero ela, mas eu espero, e provavelmente, que daqui um tempo eu esteja aqui louco por outro alguém, pois jamais a encontrarei novamente. Eu nunca vou esquecer aquele sorriso e aquele olhar que às vezes me procuravam.
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