Padre Fabio de Melo Cultivo
Buscando a felicidade
Acordei,
Pisei no chão e me levantei,
Abri as portas e janelas,
E rasquei o meu coração,
No céu azul,
Como bruma leve como a neve,
Uma melodia eu compus,
Entre as praias desertas,
Banhei-me nas espumas da imaginação,
Fui deixando rastros,
Com o som de uma canção,
Os pássaros voavam e cantavam,
Migrando em busca de um sertão,
Iam atrás da tal felicidade,
E de muito longe,
Me veio uma inspiração,
Toquei a flauta,
Andei pela contra mão,
Soltei as correntes de aço,
Me libertando da abolição,
Voando alto como um gavião,
Os passarinhos me acompanhavam,
Juntos pela imensidão.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Laboratório da vida
Sensações de uma mudança,
Mas como nem tudo são flores,
Aquela flor que queimou com a neve,
Uma nova criatura nasceu,
Aquela semente esquecida no solo,
A enxurrada levou e brotou em outro lugar,
Naquela maternidade nasceu uma criança,
E se criou nas mãos de quem jamais deveriam tocar,
Irreparáveis sonhos,
Irreparáveis desafios deixados de quem tanto dedicou,
Viver é isso,
Nem tudo se perde,
Somos uma gota d'água que se evapora,
E subimos alto,
Pelas nuvens caímos em outro lugar,
A vida é uma lição,
A vida é uma arte,
A vida é uma fração,
Em ordem com nossos pensamentos,
Entendemos nossa força e fraqueza,
Podemos errar para evoluir,
E é evoluindo que erramos,
Estudos mostram que somos falhos sim,
Estudos mostram que dançamos sem ouvirmos nem se quer uma música,
Esse sabor tem,
Risos e lágrimas,
E no laboratório da vida,
Ainda não descobriram o porquê somos assim,
Pois essa ciência aqui na terra,
É cega e não contém raiz e nem respostas,
A resposta está na palavra de quem criou o mundo,
Somos naturais,
Por isso somos perecíveis,
Uma hora somos folhas verdes,
Outra hora somos folhas secas,
Caímos compadecemos das folhas que estão vivas na árvores....
Uns são capazes de entender,
Outros são incapazes até de ouvir,
Que dirá viver....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Degraus
Indispensáveis degraus da vida,
Todos precisamos passar por eles,
Para alguns,
Poucos e baixos,
Para outros,
Medios e muitos,
Para a maioria, altos.
E milhares deles
Fazendo o desempenho notável aos olhos do amor,
E ocultos aos olhos da escravidão.
Atividades paranormais,
Atividades históricas,
Só quem arrebentou as solas dos calçados sabem dizer.
Um profissional não nasce sabendo;
Um policial não exerce uma função sem passar pelo teste da humilhação;
Um professor não é professor sem ter sido educado por outro;
Um pai para ser pai um dia também foi um filho.
São situações que causam um efeito dominó,
Tem casos que não é a a dona Filó quem vai saber,
Só sabem aqueles que pisaram, subiram e se furaram.
Diferentes são os episódios da vida,
E não é a sua e nem minha,
Aliás,
De ninguém,
Todos tem uma história,
Todos tem uma dor,
Todos andaram por estradas diferentes,
Todos subiram e desceram por escadas diferentes,
E não podemos julgar quem já sofreu como a gente....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Páscoa
Não sei para onde foi o tal famoso coelho da Páscoa,
Na verdade nem sei se existe ou existiu,
Talvez esteja viajando,
Ou perdeu a passagem e jamais chegará,
Mas bem sei que é coisa de criança,
Adulto e ainda em formação,
Eu sou aquele caçador de histórinhas,
Mas o chocolate é apenas uma fruta,
E quem nos deu foi aquele que nos criou,
Para uns,
É uma comemoração,
Mas para mim com respeito as outras opiniões,
É o terceiro dia que o Mestre dos mestres ressuscitou e disse:
-Voltei!
Voltei para cumprir a palavra daquele que me enviou,
Agora eu ja vou,
Mas saibam,
Sem mim nada podeis fazer,
Eu sou o princípio, o meio e o fim,
Fora mim,
Não haverá outro.
Aqui eu deixo meu espírito,
E também com ele em vós estou...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Tudo é por ele
Ao ETERNO,
Ao Criador,
Esse escrito não é so meu,
É por ele,
E por causa dele,
Tudo é por ele,
Tudo é dele,
Se sou quem sou,
Devo a ele,
Sou dele,
Porquê foi ele quem me criou....
O Deus,
O DONO de TUDO,
Se mudo eu fico,
É porque me calo diante do meu Salvador....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Que pena.
Quê pena!
Uma lágrima caiu e não enxugou,
Quê pena!
Uma experiência vivida e sofrida
E a vida ainda não ensinou,
Quê pena!
Um amor se foi nunca mais voltou,
Que pena!
Um estanho apareceu e não se identificou,
Que pena!
A ansisedade falou alto e não nada aconteceu,
Que pena,
Que pena que tudo acabou,
Que pena!
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Águia
Na missão,
Vou buscando metáforas,
Nas tempestades vou buscando tudo que é lícito,
Na lucidez me componho,
Atordoado fico risonho,
Meus olhos fotográficos vão filmando,
De alguma forma tento ser útil,
Um recuo,
Um progresso,
Em elevadas altitudes vou aperfeiçoando o que me convém,
Começo então a olhar,
Num mero sensato equilíbrio,
Não busco resultados,
E me sinto bem,
Tudo que exala paz mexe muito comigo ,
Sou auxiliado pela minha inspiração,
Ela insiste e me conduz,
Coloco minhas asas e sigo vaondo,
Experiência única que me satisfaz,
Simplesmente sou Águia,
Simplesmente sou Voador,
Mudanças,
Das solas dos pés a cabeça,
Teimosia que me irradia,
Não desperdiço nada,
Cada traço da minha jornada eu registro,
Fecho os ouvidos para nada me abalar,
Olhar dividido entre a terra e o céu
Lindo véu,
Tentado por algo contínuo,
Me recuso em olhar para trás,
Nem sei o que é ou o que há,
Não me canso de expulsar a emoção que insiste em me trazer a tristeza,
Direção reta,
Oxigênio sobrando,
Esqueço que na terra devo voltar
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Escrever é mais que arte, é desabafo e também fuga. Fuga de si mesmo, dos próprios anseios e dilemas. Escrever não requer apenas raciocínio ou lógica, requer sintonia entre pensamentos e sentimentos.
Brasil.
Brasil de almas inspiradoras;
Brasil dos rios e belas lagoas;
Brasil de cascatas ornamentadas com nuvens de ribaltas;
Brasil das cachoeiras baixas e altas;
Brasil de madeira pura vinil que é pintado de verde ,amarelo e azul anil;
Brasil dos gemidos de dores e alegrias,
Brasil !
América de chuva e Sol,
Do Sul ao Norte,
Povo forte de sorte, que enfrentam a vida até a morte.
Brasil país do futebol;
Brasil com suas origens e vertigens;
Brasil reconhecido e ao mesmo tempo desconhecido;
Brasil dos laboratórios ocultos e seus monopólios.
Brasil de terra vermelha e roxa;
Brasil de grandes cafezais e canaviais;
Brasil do etanol;
Brasil do petróleo mais caro do mundo;
Brasil do frevo e seus submundos;
Brasil de viola e cachola, com sanfona e até batida de bola;
Brasil do boi bumbá e ciranda de roda;
Brasil que colhe milho e faz o fubá;
Brasil terra do arroz e feijão;
Brasil do frango caipira e do gado de corte;
Brasil, criame do peixe tambaqui e jaraqui,
Tucunaré , pacu e Curimatá;
Brasil do folclore que vai rasgando o fole;
Brasil de hortaliças,
Que terra bendita!
Brasil!!!!
Oh! Brasil do barril,
Minhas digitais estão em ti,
Paraná, Amazonas e Minas Gerais,
Roraima, Mato Grosso e até Goiás,
Fortaleza e Pernambuco,
Recifes de pedras e seus carnívoros tubarões,
Brasil de terra fértil com gente decente,
Brasil, Brasília e seus estados,
A Madrinha Marinha, capitanias e suas capitais,
Brasil de um exército ordeiro;
Brasil de frases com suas belas aeronaves.
Os patriotas cantam com os grandes violeiros.
Brasil da catira e com grandes catedrais,
Brasil ocupado com outras raças e suas cores naturais,
Brasil que aloja imigrantes,
Brasil, nação falante;
Brasil de hierarquia que não sabem a diferença da pobreza e da riqueza.
Dá direito aos ricos,
E aos pobres o troco é um soco na cara,
E tapas nas costas sem direito de justa defesa,
Brasil!!!!...
Oh Brasil!
Sou brasileiro, verseiro rimador,
Sou brasileiro do cabeçote que já levou muitos trotes por esse chão e não fui o primeiro.
Sou brasileiro sinsinhô,
Brasil de medicina sem igual,
Professores, médicos e enfermeiros todos a disposição dessa pátria carente e doente,
Brasil de inflação injusta;
Brasil democrático só de fachada;
Brasil de democracia corrompida e suas quilométricas lombrigas.
Democracia!
Nada mais e nada menos,
Eu resumo numa só palavra:
"Reciprocidade"!
Cadê a verdade?
Não podemos ser um Brasil verdadeiro,
Se as noticias dizem que somos um país de políticos desordeiros.
Será que um dia poderemos ter orgulho de nossos representantes políticos?
Eis a questão!...
Agora !
Agora vou espirrar....
A-a -a-atchimmmm....
Perdoem-me !
Foi mal..........
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Viagem inspiradora
Senhoras e senhores,
Humanos de todo mundo,
Acabei de chegar de uma demorada viagem que fiz,
Nela,
Vi esbanjar beleza dessa terra natureza,
Pura realeza !
Passei por países,
Entre eles minha terra Brasil de vinil,
Fui ao Chile, Equador e Argentina,
Terra menina Paraguaia e Uruguai,
Regiões da América Latina,
México , Canadá e Alasca,
Vi na proeza inusitada,
Todos na algazarraz e belas taças de cristais,
Polo Norte e com sorte passei na África que não é assim tão pequena,
Madagascar ,Índia,China e Japão,
Coreia do sul e do Norte,
Austrália que é quente demais e lá quase queimei a visão,
Nova Geórgia no sul do Pacífico,
Rússia duquesa e Inglaterra,
E falei com Reis , príncipes e princesas,
Sabor de calor,
Atravessei mares com barcos á velas e aeronaves,
Vi traduções primárias e secundárias,
Vi também tradições peculiares,
Vi sedução em tristes olhares,
Vi também lágrimas de tanta felicidade,
Na robusta moldura do meu imaginário olhar de Poeta,
Fui colhendo e degustando para isso aqui escrever,
Culturas cultivadas,
Umas bem cuidadas e outras abaladas e absurdas,
Espelhos que ninguém usam,
Colhi palavras que vinham com vento,
E inspirei para isso tudo dizer,
A cor do céu é azul,
A cor da mata é verde,
A cor do sangue é vermelho,
A cor da água que bebemos é incolor,
No fundo de um isopor há,
Uma geleira que insiste ainda mais se congelar,
Insiste em fechar nossos olhos,
Não podemos aceitar,
Não podemos ser reféns,
Não podemos ser o que muitas pessoas querem que sejamos,
O sistema foi criado para todos viverem,
Ousadia na composição,
Fraternal lá pelos confins,
Lamentável é a sina,
Não me excluo desse tema,
Todos temos na face o nosso próprio emblema,
Somos almas e somos vidas,
Somos humanos aguardando certas culturas e tradições serem iliminadas,
E nos soltarem desse cativeiro que insiste nos fazer de refém...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Oeste/Pantanal
Oeste queimado e devastado,
Uns animais sobreviveram e outros morreram queimados,
Uma centelha,
Primo até em dizer,
Rios secos e outros transbordando,
Na corrida do tempo,
Quem irá salvar os pantanais ?
Arquipelagos!
Cadê os riachos e seus lindos lagos ?
Só ouço o gemido da onça pintada sondando as margens dos rios,
Aos poucos ela vai pela mata queimada adentro e sumindo na sombra ofuscada,
Vai corroendo os corações dos ribeirinhos,
E vai dilacerando até as almas dos passarinhos,
Feridos por uma calamidade criada,
Uma pequena faisca jogada e virou fogaréu,
Que bordel !
Cinzas esparramadas pelos serrados e nas grandes baixadas,
Povos sofredores !
Antílopes que sentem nos cascos eternas dores,
Bichos preguiça gritam por socorro,
Escravos e vítimas,
Do homem sedento por terras que muitas vezes nem são deles,
Abusos absurdos,
Será se sou eu que estou cego e surdo ?
Sou Poeta sim,
Mas tenho alma e coração,
Sou dependente e independente de uma catástrofe delinquente que foi queimada por mãos que não sabem ser gente,
O quê será de ti Oeste faroeste ?
Que não usa munições para sacrificar tantas vidas inocentes,
Uma pontinha de pólvora no palito?
Ou uma dedilhada no rolete do isqueiro?
E fizerem vidas torrarem no negro que era gramado e tudo agora e cinza e carvão
Porque?
Porque tanta devastação ?
Nem citei ainda a capivara e o castor,
Lobo-guará e outros roedores,
Jacarés, tamanduás e macacos,
Felinos como o gato maracajá e seus agregados,
Será !
Será se antes de morrer posso ter o prazer de ver esse pedaço de chão tão judiado ainda curado....?
Será...?
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Cadillac
Conduzido pelo vento,
Um certo dia cheguei em uma cidade,
Praças e quermesses,
Tudo era diferente,
E todas as pessoas eram gente decente,
De um bairro a outro fui percorrendo ruas e vielas,
Uma festa já datada estava ali para acontecer,
Eram rimadores de todos os Estados,
Que naquele palco iam se apresentar,
Como peão trovador não podia ficar de fora,
O prêmio era um Cadillac e uma mochila cheia de dinheiro,
Se bem me lembro,
Eram mais de cem vintens,
Pois o alto valor era para não tão cedo acabar,
Como companhia,
Chegou o Zé furação e o famoso Tião,
O rei dos trovadores,
Outros nomes da época,
Eram mais de trinta entre eles,
E como sanfoneiro chegou o Valentino belarmino,
E no fole não tinha pra ninguém,
Chegou um moço no tablado e começou a falar,
Hoje,
Hoje estão aqui presentes os grandes repentistas,
São humanos e são artistas,
E quero ver quem vai esse automóvel de luxo levar,
E como recordação,
Vai também essa sacola,
Nela contém uma herança,
E o seu diferencial,
É que não mais precisarão trabalhar,
Na hora da chamada veio um estranho,
Cabelo castanho e ele era do Sul,
Chegava gente de todos os lados,
E o arraial ja estava começando,
Uns se apresentaram,
E muitos deles foram vaiados,
De repente,
Esse moço alto desconhecido,
Bota boiadeira de salto,
E a espora batia na madeira e começava a relampiar,
Chapéu quebrado na testa,
Leventou a cabeça e começou a recitar uma trova em tom alto.
Nesse momento o silêncio foi geral,
Pois o trovador era um
Cabra da voz bem afinada,
E com duas rimadas,
Botou todos com a cara no chão.
Sua educação era notória e admirável,
Pois o artista não era uma pessoa comum.
Com toda elegância falou a plateia:
-Sou trovador de grandes ideias,
Falo aqui e falo acolá e não me apavoro,
Bato no pinho e piso no solo,
Esse quatro rodas com essa sacola , sou eu quem vou levar....
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Sem horas para terminar
Uma voz , um sentido,
Um sorriso para lembrar,
Dias que se foram,
E o que sobrou foram as lembranças,
Do favo vazio que não sobrou mel,
Como poeta,
Sou também coerente e humano decente,
Sou inspirador com marcas de alegrias uma dores,
Não posso de nada reclamar,
Um Castelo lindo e florido,
Taças de cristal e pratarias de último grau,
Amigas horas,
Doces momentos,
Amargas lembranças que ficaram
da vida em outrora,
Algo ainda mal resolvido,
Dos tijolinhos na areia,
Eram rastros de uma vida bem vivida que não foi bem aproveitada,
Mas, creio eu,
Nessa vida tudo e reciclável,
Como o vento destruiu,
Assim também o tempo reconstruírá,
Após décadas passadas,
Vou blindar o tempo para não desaparecer,
Vou maquiar as feridas para não mais doer,
Vou colorir o futuro para não mais sofrer,
Vou fazer um alicerce robusto,
Para meu castelo não vir ao chão,
Vou fazer as mais lindas composições,
Vou cantar as mais lindas canções,
Vou arrumar um triunfo de aço,
Para me segurar nesse pedaço de chão,
E quero ver quem irá me deter....
O vinho será puro, direto da videira,
E não terá imitação,
O arroz e o feijão serão colhidos na hora,
E a carne será preparada no fogão à lenha
E não terá hora para isso terminar,
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Gostos e paladares.
Gosto do meu silêncio,
Gosto do meu mundinho,
Gosto de falar comigo,
Gosto de falar com Deus,
Gosto do retrato vazio na parede,
Nele eu posso colocar o que vier na teia,
Gosto da vida,
Gosto de está sobrevoando longe onde nada vejo,
Gosto de me encontrar,
Gosto de rir e chorar,
Gosto do gosto gostoso do mel,
Gosto do gosto saboroso do tempero caseiro,
Gosto daquilo que me afaga,
Gosto até daqueles que me atacam,
Gosto do gelado sabor do sorvete,
Gosto dos mistérios,
Gosto da engenharia improvisada,
Gosto da reciclagem que preserva a natureza,
Gosto da ciência absurda que nos leva a ter mais praticidade,
Gosto de fatos novos e inacabados,
Gosto de aprender para depois ensinar,
Gosto da chegada e da partida,
Gosto de tudo aquilo que é vivo e não fere,
A vida é um sopro,
Ecléticamente compondo eu ouço letras que me fazem gostar daquilo que eu não gostava,
Assim é a vida,
Assim é a cadeia dos gostos e paladares....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O Drone Poeta
Usando minha imaginação,
Me apossei de um controle remoto,
Armei meu Drone,
E na ponta de cada hélice coloquei partes do alfabeto,
Por baixo,
Fixei uma filmadora,
Pelo sonho me dado,
Decidi solta-lo ao tempo,
Fui controlando seu vôo,
Uma emoção vinha em minh'alma,
Quanto mais alto ele voava,
Em uma folha separada eu ia anotando tudo o que meu drone capitava,
Fui aperfeiçoando as imagens e as minhas escritas....
Voar era o que ele mais queria,
O drone era eu,
A filmadora o meu olhar,
E as hélices eram minhas asas,
E nas voltas dadas pelo ar,
Fui deixando minhas lagrimas derramar,
Com o coração cheio de amor e esperança,
Comecei também a pensar,
Vagando nos céus
O Drone ficou no tempo.....
O sonho era o perdão que ele tanto esperava,
Consumindo as magoas que ficaram dissipadas,
Nesse voar fui também consumindo meus intensos pecados,
Achar uma direção não foi fácil,
Encontrando-me com os anjos eles me disseram,
Acalma-te ! Oh Drone Poeta!,
Acalma-te.
Eterniza-te com teus pensamentos,
Segue conforme os ventos,.
Nesse mundo real e irreal...
Não importa o que nele há,
Apenas não volte,
Continuar sendo esse Drone a voar, Enquanto os seus olhos estiverem abertos,
Vá,
Vá de verdade sem medo do nada e de tudo,
Inclusive da sua lealdade,
Respire fundo,
Vá até os confins que não tem fim,
Pois o universo é de todos,
E não aceite ficar fora desse infinito bonito....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Oh MAJESTADE SANTA.
Oh CRIADOR DOS CÉUS E DA TERRA,
Oh GRANDE MAJESTADE SANTA DO AMOR E DA LUZ,
Altíssimo poderoso Deus!
Oh Deus de Isac,Jacó e de Abraão,
Oh Deus de todo universo,
Unigênito,
Amou e ama mais que qualquer outro amou,
Abençoou mais que qualquer outro abençoou,
Perdoou mais que qualquer outro perdoou,
Ninguém tem a filosofia certa,
Até porque ela é sua,
Ninguém tem a capacidade de curar,
Até porque a cura vem de ti,
Ninguém é autoridade aqui,
Até porquê,
Tu ! Oh Deus, Jesus o Senhor dos senhores,
És a majestade máxima,
Ninguém aqui se coordena,
Até porque tu oh Altíssimo,
És o coordenador,
Ninguém aqui se governa,
Até porque tu oh Santidade de Israel,
És o nosso governador,
Criador ,Coordenador,Governador,
Perfeição das perfeições,
Perto ou longe,
Sempre está presente,
Não te vejo com meus olhos carnais,
Mas te sinto em meus olhos espirituais,
Nada que é feito ou praticado aqui passa sem tu perceber oh Deus,
Todos ainda testemunharão,
Mas poucos irão de fato entender a tua perfeição,
Tudo é por ti,
E nada é aqui sem ti,
Oh Soberano dos pequenos,
Soberano dos grandes,
Soberano dos maiores,
A Soberania chegou em ti e não ultrapassará de ti,
És o unico,
O princípio,
O meio e o fim,
Imenso, Maior dos maiores,
Maravilhoso,Majestoso,
Jesus ,
O tudo dos todos,
Que os joelhos se calejem diante de tanta santidade e poder,
És o verso Fraternal ,
És o verbo Oficial ,
Se esses meus dedos saltam sobre essa inspiração,
Não é por mim,
Não é para encantar ninguém,
Não faço pra ninguém,
Eles dançam sobre esse teclado,
Para ti,
Por ti,
Somente para expressar a tamanha admiração do meu amor ,admiração e devoção pela tua Grandeza,
Temor é pouco,
Pois debaixo das palmas de tua mão contém,
Justiça,
Misericórdia ,Água ,Pão e sombra fresca.
Para toda eternidade,
Oh Altíssima Santidade......
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Cartas só para um Amor
Da rua da saudade,
Despedi e peguei minhas bagagens,
Na ferrovia,
O trem estava de partida,
Dias de viagem,
Em um daqueles vagões eu viajei,
Cada dia,
Uma estação,
Cada dia,
Uma carta eu escrevia,
E em cada parada eu postava na caixinha dos Correios,
Não dava para esperar chegar para depois eu mandar,
Uma vez que na minha saída,
Não tive o prazer de olhar para minha amada e confessar tudo que eu sentia,
Cartas só para um Amor,
Quem sabe mais cedo chegando,
Ela pode ler,
E alcançar esse trem,
Assim,
Chegaremos juntos ao destino tão sonhado,
Uma boa surpresa posso ter,
Mas sonhar não custa nada,
Chegando ao destino,
Olhei para trás,
E nem sinal do meu amor,
Tristeza e solidão,
Imagino como um pequeno menino,
Agora estou aqui,
Distante e tão ausente,
Olhar para o passado eu não posso,
Voltar muito menos,
Me render ao sofrimento.
É.!
Tudo é possível quando a saudade fala mais alto...
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Labor.
É com labor que cheguei até aqui,
Anos após anos,
Um diferente sonhador,
Um ninho para eu deitar e meditar,
Hoje a Poesia me aspira,
E eu respiro a poesia,
E alguns Poemas ficaram pelo caderno,
Na época,
Quando acabava a tinta,
Eu espalhava pelo universo,
Tudo que eu escrevia eram borrões,
Escrevia pequenos versinhos bobinhos,
Coisas de adolescente,
Mas a Poesia me chamou,
Amassei as folhas,
E aqui estou,
Algumas delas eu passei a limpo,
Mudei de lugar,
Guardei algumas,
Mudei o cenário do meu campo poético,
E a alma vagando como ave sem leito,
Brinquei de escrever quando não era para brincar,
Contei histórias e inspirei naquilo que era pura ilusão,
E foi assim que a poesia me aspirou,
Em uma das folhas amassadas que as joguei,
Tinha versos para um só Amor,
Desde a infância eu ornamentava um á um,
Após décadas passadas,
Vi que amar não era o que eu imaginava,
Sonhava com castelos medievais,
Onde o REI e a RAINHA eram os coadjuvantes de tudo que eu inspirava,
Mas percebi que sonhar não e ter nem poder,
De uma forma ou de outra foi bom,
Pelo menos eu aprendi que o amor contém flores e obstáculos,
E por ter passado por centenas deles,
Hoje estou apto a amar na vida real,
Sem juras e sem preconceitos,
Sem agruras e com tudo que tenho direito,
E não precisar em minhas escritas,
Tanto fantasiar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O caçador de cenários
Sou caçador de cenários,
Para mim,
Um significado único,
Com eles vou montando meus castelos,
E elaborando minhas ilusões,
Ando pelas ruas,
Ando pelas estradas,
A borboleta que espatifou na frente do meu quatro rodas
Que pena !
Não era para ser assim,
Pois não entrei na estrada pra isso,
Entrei e acelerado eu fui em busca de amadurecer minha imaginação,
Fui em busca dos verdes campos,
Dos passarinhos e pirilampos,
Dos riachos e ribeirões,
Mas a borboleta morreu,
E triste me deixou me impedindo de completar minha missão,
Naquela rua que eu trafegava,
De repente um engarrafamento quilométrico,
Poxa !
Não entrei nessa rua para isso,
Quero eu percorrer sem rumo,
Ver edifícios e construções,
Catedrais e instituições,
Comércio a todo vapor e pessoas de bons corações,
Ir na igreja,
Rezar uma prece,
Sair de lá leve como ave sem rumo,
Armazenar em minh'alma um intenso inverno e um maravilhoso verão,
Viver e sentir,
Fluir e existir,
Guardar sonhos e seus significados,
Ver crianças brincando na praça,
Ouvir a voz que vem de cima,
E transportar para bem longe,
Toda cruel dor que nos domina,
Doar amor e os melhores conselhos,
Me sentir útil e não inútil,
Mas,
Nem sempre os cenários nos proporciona o que desejamos,
Inclusive nem citarei,
O que eu vi por esse chão á fora,
Se eu for descrever mesmo resumindo,
Para acabar,
Não terei hora.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Touro Boliche
Uma maquina de pulos,
Bastou cerca-lo,
Parece que vai fabricando saltos de todos os tipos,
Cada pulo no ar,
Vai matando até os mosquitos,
Nunca ouviram se falar em coisa assim,
Pular e derrubar é sua especialidade,
Foram várias vítimas nos rodeios,
Um touro do lombo liso como bola de sabão,
Que quando sentam,
Ele sai derrubando tudo que tem na frente.
Na capital dos rodeios,
Espalharam a notícia que o touro boliche acabara de desembarcar,
Todos temiam,
Daquele liso dorso cairem e se machucarem,
Um danado roceiro,
Desconhecido de qualquer arena desse mundo,
O seu nome nunca ninguém ouviu falar,
Ao se escrever,
Todos disseram ao humilde franzino para não participar,
Mas como o sangue dos boiadeiros flui pelas veias,
E com jeito caipira ele se pôs a dizer,
Gente, gente de toda essa gente,
Esse animal é apenas um animal,
Se ele é fenomenal como falam,
Respeito suas opiniões,
Mas de onde eu vim,
Touro lá come é capim e não come ração,
Tudo que vocês falarem,
Nada disso vai tirar o que tenho na mente,
Se esse touro fábrica pulos de verdade,
Pois digo a vocês e também pros telespetadores que assistem televisão,
Fabriquei em minha fazenda,
Uma guaica de couro de búfalo tufão,
Matei ele á unha de tanta raiva que fez naquele sertão,
E não é esse bolinha,
Que me verá com a cara no chão,
Assistam o espetáculo,
Se eu não suportar os oito segundos,
Me amarram no meio desse show,
E peço que me batam na frente de todos com esse reio,
Fui criado e tratado com leite tirado no curral,
E não será esse animal que fará eu perder esse prêmio,
Nesse festival.....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
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