Padre Fabio de Melo Cultivo
Sonho quebrado
O garçom aproximou-se de mim,
Perguntou-me,
O que desejas oh! Poeta?..
-Respondi:
Uma taça,
Uma bandeja,
Uma emoção,
Uma razão,
Uma história qualquer,
Uma que seja diferente da minha,
Construí uma pirâmide,
Um castelo lindo e amarelo,
Jardim com flores vistosas,
Entre elas,
Rosas vermelhas, brancas ,roxas e tão belas,
Um pomar com frutas adocicadas,
Uma horta por de trás daquela imensa casa,
Um carro do ano na garagem,
E duas passagens,
Após o nosso noivado,
Construímos sonhos e fizemos planos,
O meu desejo foi quebrado,
A levar minha donzela até o altar,
Iríamos fazer uma demorada viagem
Aquele altar todo enfeitado,
Os convites eram incontáveis,
Mesa farta para todos,
E o nosso bolo castelinho,
Com desenho daquela humilde mansão,
Tudo foi de água abaixo,
Naquele dia deu até trovão,
O amor que escolhi para mim,
Não aceitou nada do que eu fiz,
Fiz a caprichos e com tantos cuidados,
Muita gente até ria de mim,
Ainda por trás falavam,
Pobre coitado,
Na data marcada,
Ela não apareceu,
Foi embora e escafedeu-se,
De repente desapareceu,
Nunca mais mandou notícias,
E nem sei se morreu,
Hoje estou aqui,
Faça-me um favor garçom,
Traga-me apenas uma água limpa e pura,
Quero eu apenas lavar minh'alma,
Pois o meu coração,
Ainda sangra,
E não sei como sarar.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Reflexos de uma alma apaixonada.
Embora talvez eu nunca diga,
Mas no livro da vida deixarei tudo que há em mim,
Se escrevo bem ou mal eu não sei,
Mas não cobrirei os versos que vem em minhas imaginações,
Aos poucos eu estou ornamentando da melhor maneira possível,
Estou grafando de uma forma bem explicativa,
Estou escolhendo as melhores palavras,
Caso encontre algumas sem assentos,
Não me condene,
São as lágrimas que fizeram eu esquecer,
Ou a timidez tampou minha visão,
Tocando flauta eu vou compondo,
Em céu aberto e estrelado vou meditando,
Vou em busca de ao menos uma grama de inspiração,
De inverno e verão,
Estou em meu silêncio,
Do nascer ao por do Sol estou arquitetando,
Do romper da aurora até ao amanhecer estou domindo com minh'alma ligada á ti,
Reflexos de bons pensamentos,
Minha voz murmura mesmo calada,
Não sei como tudo isso é possível,
Apenas sei,
Que te amar é uma sina que Deus me deu,
E covarde seria eu,
Se nem ao menos eu não deixasse registrado o que sinto,
Imagina só,
De repente eu não esteja mais em mim,
Que prova você teria de mim ?
Se não fosse esse dom que Deus me deu....
Em escrever calado,
Botando pra fora tudo que passa em mim,
Do amor que tenho aqui,
Que é somente seu.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Nos braços da imaginação
Nos braços da minha imaginação,
Aperto as mãos e lá vou eu,
Vou consolando uma poesia machucada,
Sou perito sou Poeta,
Sou apenas um escritor e compositor,
Moro lá do outro lado do mundo,
Moro na lua e moro no Sol,
Acima das nuvens faço minha cabana,
Formato as ilusões perdidas desde a minha inocência,
E me vejo um habilidoso pirilampo,
Da foice e machado,
Sou especialista também em teclado,
É nele que crio os calos em meus dedos,
É nele que me deleito e crio meus versos improvisados sem nem um preconceito,
Poemas de um instante chorado,
Ou de uma alegria infinita,
Sou afoito e faço também gabaritos,
É nesse chão que piso,
É esse chão que beijo,
E nele que deito e alimento o meu espírito....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O teu Poeta.
Eis aqui eu,
O teu Poeta,
Vestido de uma inspiração única,
Te oferto essa taça,
Beba com moderação,
É uma champanhe de grande requinte e fineza,
Nós fomos em outrora pura luz,
Lembra?
Sorrimos juntos,
Passeavamos juntos,
Mergulhavamos juntos,
Algo cruzou nossas vidas e nos distanciou,
Mesmo bem pertinho e coladinho,
Nossos corações pareciam estar a quilômetros de distância,
Íamos ao parque,
Caminhávamos nas praças de algum norte desse mundo,
Então aprecie-a,
Vamos brindar,
Vamos comemorar,
Muitos por aí queriam ver nossa derrota,
Não iremos dar esse gosto a ninguém,
Você me chamou e eu cheguei,
Deixei o espírito da verdade falar mais alto,
Faço-te então esse poema para te guardar,
Isso não é declaração,
É apenas uma parte de mim,
Pois a outra ja está ai,
Bem ai,
No fundo do seu coração.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Esperança.
No colorir de uma escrita,
Descontraído vou usando cores primárias,
Atento,
Vou dando acabamento com as secundárias,
Contente ,diferente e ainda irei selar o envelope,
Na esperança que minha arte colorida chegue logo em seu devido lugar,
Nessa poesia contém,
Noites de vários sonhos,
Projetos de longos anos,
Estou fazendo a capricho para não ser banido,
Ainda na minha inocência,
Entreguei-me em mãos que não devia entregar,
Mostrei aos olhos de quem jamais eram para ter vistos,
Falhei,
Levantei caravelas,
Fiz um cortinado de fino pano,
Fiz desenhos nas sedas e cetins,
Fiz com boas aparências,
Ainda que me reste fôlego,
Tenho uma grande esperança,
Que essa escrita chegue aos olhos do mundo,
E de toda minha vizinhança.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Filho da terra.
Sou filho da terra , sou filho do Sol,
Sou filho do mar , sou filho da mata,
Sou filho do rio e sou da semente,
Sou filho de lavradores,
Moro lá onde não chove e a esperança sempre é verde,
Sou filho de um livro rasgado,
Sou filho de um inspirador sonhador,
Sou sua herança,
Escrevo o que vem nos momentos de alegrias e tormentos,
Com rasuras eu vou por aí,
Abri vicinais e fora do mato eu saí,
Fiz vilarejos com belos cortejos,
E se não foge da mente fiz também poemas decentes,
Do pinho fiz meu violão,
E madeira bruta fiz telhado e um belo barracão,
Cobri de palha e armei minha rede,
Por não ter tomado cuidado,
Balancei e caí,
Me curei e aqui estou eu,
Registrando isso aqui.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Se eu não estiver mais aqui
Como a chuva caí e segue pelas enxurradas,
Como os rios enchem e tornam voltar aos céus,
Com a semente que brota e dá seus frutos,
Como o Sol nasce e se põe,
Como uma simples janela que abre e se fecha,
Assim está minha alma,
Uma hora é melodia,
Outra hora é poesia,
Uma hora é paz,
Outra hora é dor e melancolia,
Se eu for embora,
Em qualquer inverno ou verão,
Restará de mim os traços e trapos,
Restará de um homem que quis só viver,
Mesmo falhando quis apenas amar e só amar,
Se alguém próximo de mim se for primeiro,
Restará as lembranças,
Restará os momentos e prosas,
Lembrarei de detalhes,
Todos os pássaros irão ficar,
Uns cantarão com minha presença,
Outros irão chorar com minha ausência, Eu sei que a vida é longa,
Mas também sei que ela pode se tornar curta,
Velejarei para bem longe se eu aqui primeiro ficar,
Quero ir ao polo norte,
Quero ir ao polo sul,
Se meu barco veleiro encalhar,
Quero sentir a neve caindo em meu rosto,
Me conservando no gelo marinho,
Não quero ver a chuva cair para derreter,
Quero ver a lua no céu pratear,
Quero beijar as estrelas,
E nos cometas tocar,
Mesmo com o vazio no olhar,
Quero voltar a natureza para os frutos apanhar e comer,
Quero ver risos em lábios enfurecidos,
Quero ver alegria nas faces entristecidas,
Não sei se isso é sonhar,
Aos poucos estou morrendo por dentro,
O próximo dia vem aí,
E não sei se estarei mais aqui,
Se eu não estiver,
Saibam,
Estou congelado no polo ártico,
Esperando mais um verão para me resgatar.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O Amor...Um propósito.
Para o Reino do Eterno,
Oh Cruz do calvário,
Aos olhos do pai foi a Glória,
Para os olhos do mundo foi ódio, raiva e lagrimas e muitas notícias,
Ei !
Ei !
Vocês ouviram falar no Messias ?
Pois é !
Crucificaram ele vivo na CRUZ,
E assim as notícias correm pelo mundo até hoje,
A oposição decretou a penalidade máxima,
Chicotadas e humilhações,
Surras das mais duras,
Alí,
Com a Cruz nos ombros,
Muitos disseram,
Que vegonha !
Mas não sabiam,
Quão grande é o amor do ETERNO,
QUÃO GRANDE ÉS,
MAJESTADE SANTA entre outras majestades,
Uns perguntaram,
Porque fizeram isso.?
Qual foi o propósito disso?
Precisava de tudo isso ?
O quê é isso ?
Meu Deus !
Fala à minh'alma ó CRISTO ETERNO, Fala de maneira que eu possa te ouvir,
Honra e Glória,
Para ti,
Para o Pai,
Ao Espirito Santo,
Eis aqui minha dor,
Eis aqui meu amor,
Eis aqui minha admiração,
Eis aqui essa minha adoração,
Eis-me aqui a sua disposição,
Não preciso nesse emblema que não é poema,
Guardar segredos de ti oh CRIADOR,
Tu !
Oh GRANDE REI DOS REIS !
Se dispôs, se entregou, se submeteu as mais duras tentações,
As batidas do martelo ecoaram nos ouvidos do DEUS ETERNO,
Seus olhos viram tudo,
Seus olhos não se enfureceram por muita misericórdia de nós,
Ah! se fossemos julgados conforme as leis dos homens.
Ah! se fossemos...
Mas o perdão prevaleceu,
O Amor falou mais alto,
Tudo para a honra e Glória do ETERNO PODEROSO DEUS....
Aleluia!...Aleluia!...Aleluia!.....
Amém!...Amém!...Amém!......
Autor:Ricardo Melo,
O Poeta que Voa
A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, celebrando a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, cumprindo a Profecia Messiânica de Zacarias.
Esse acontecimento inicia o período em que revivemos os últimos momentos de Jesus Cristo, que em poucos dias, irá se culminar em sua Morte na Sexta-feira da Paixão e Ressurreição no Domingo de Páscoa.
PEDAÇOS
Por vezes fico na minha isolado,
Fico matematicamente somando,
Subtraindo e multiplicando,
Deixando o divisor por último,
Números.!
São milhões de números,
Aliás,
Dez números,
Do zero ao nove,
E no engajamento tornam-se enormes, São pedaços de problemas,
Um pedaço de mim,
Um pedaço de todos nós,
Uma cratera na alma,
Um buraco na face,
Bummmmmm,
Eclode por dentro,
Rasga e dói,
Explode por fora e entra ferindo mais e mais,
Porquê será?
Porque..?
Se você faz,
Reclamam,
Se você se preocupa,
Reclamam,
Se você assume sua parte na responsabilidade doméstica,
Reclamam,
Se você gasta um pouco mais,
Reclamam,
Se você atinge um pouquinho além da margem,
Reclamam,
Confesso,
Não entendo,
Confesso,
Me viro dos avessos,
Não entendo mesmo,
E vou continuar sem entender,
Mas deixo registrado,
Filhos...(as),
Querem comer,
Querem roupas passadas,
Querem guloseimas,
Querem roupas novas,
Querem copos e pratos limpos,
Querem tudo na boca,
Querem namorar,
Querem casar,
Querem viver só,
Mas não querem acordar cedo,
Não querem que chamem a atenção,
Não querem lavar,
Não querem pensar,
Não querem que reclame de nada,
Não querem limpar,
Pra quê né..?
Se tem alguém que já faz,
Por vezes eu vou me consumindo,
Ontem foi um pedaço de mim,
Hoje foi outro,
Amanhã será mais um,
Até eu aqui não estar mais,
Sem mais.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Nobre pensamento
Na nobreza de uma personalidade,
Contém falhas e acertos,
Falhar não é pecado,
Isso faz parte da humanidade,
Ruim é falhar e não assumir,
Não se render,
Não olhar para si próprio,
O nosso futuro é esse,
O nosso presente é esse,
E o passado também,
Liderar os nossos passos não é fácil,
Mas devemos!
Aconteceu comigo!
Aconteceu com ele(a),
Aconteceu com todos,
E sempre acontecerá,
Todos falham,
Mas poucos assumirão,
Adiantar o Sol não é simplesmente olhar para o raio que abrange a terra,
Admira-lo muito menos,
Toda a beleza dessa esfera,
Está como analisamos as coisas,
Margeando mares,
O que eu vi até agora foram ondas e animais marinhos,
Vagueando matas vi folhas e frutos caindo,
Observei que as folhas e os frutos caídos ajudam outras(os) que ficaram nas árvores,
Inclusive a própria árvore,
Simpática é a natureza,
Voltei no tempo caído,
Vi risos nas coisas mais simples,
Encontrei com um sucesso assombrado,
Porém! Feliz como nunca,
E perguntei a ele:
O que te assombras oh! sucesso..?
Um resposta sensata e precisa ouvi daquele risonho e machucado sucesso,
Tive no auge da fama,
Mas o que importa é que eu estive lá,
Falhei,
E o que me satisfaz hoje não é a derrota,
É o prazer de saber que um dia eu estive lá,
Errei como muitos erram
E tem uns sucessos por aí que ainda não são sucessos,
Porquê são estranhas estrelas escondidas que ainda ninguém viu suas luzes incendiarem,
Cada um tem sua hora,
Mas eu tive lá um dia!
Gritando e falando,
Achava intocado sem me tocar,
Isso para mim não tem preço,
Assinalar esses passos pisados faz bem a alma,
Se um dia fui profundo nos meus errados erros,
Aqui estou eu,
Uma árvore leva anos para chegar a copa,
Alguém pode derrubar,
E se não tiver ninguém que a derrube,
É você que decide se quer ou não continuar a crescer,
Meus ouvidos estão abertos,
Fala-me então o que em mim te apavoras?
Sou o primeiro a me distanciar para não lhe fazer mal algum.....
Ou eu me conserto conforme suas regras,
Ou eu desapareço de vez de você,
Porque ser um calo nos pés de alguém,
É mesmo que caminhar sem os próprios pés....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Poema
O ar do meu pulmão não enche balão,
Os olhos que eu tenho é de um gavião,
Sou de raça mas não sou animal,
Planto algodão mas não sei fazer tecido,
Sou domador mas não sei a linguagem do cão,
Sou da era digital mas não me conformo com o mal,
Sou do oceano e não sei velejar,
Sou da roça e amo a vida de campo,
Sou o oleiro e não faço vasos,
Faço contas e detesto a numeração,
A morte para mim não é o fim,
Vejo fronteiras e não gosto de ser barrado,
Do arroz , feijão e carne,
Encremento com cebola, alho e sal,
Da areia eu faço o vidro,
Meu cavalo pula furtado e não sabe correr,
O seu troteado é diferente,
E a cela é de cetim,
Minha almofada não tem esponjas,
É macia que até flutua pelo ar,
Minhas mãos trabalham e não contém calos,
A água que bebo vem das montanhas,
Na lua e nas estrelas,
Eu sou o astronauta que vaga,
No espaço sem fim vivo a sonhar,
Deito,durmo e sonho,
Acordo e vou trabalhar,
Começo tudo de novo,
E sigo com o que vem na imaginação
No firmamento faço meus borrões,
Dou tema sem emblemas e não vejo problemas,
Isso tudo é moleza pra mim,
Se é nobreza ou proeza eu não sei,
Só posso agradecer por tudo que escrevo,
Ainda que tentem esse dom me tirar,
Não dou esse luxo,
Pelo contrário,
É com repuxos que finalizo esse poema...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Um ponto
Uma semente caiu,
A chuva veio regou,
O vento soprou e levou para outro jardim,
Incendiou meus sonhos,
Naqueles dias alegres e tristes,
Para variar,
Tive surpresas,
Povoquei um sensato pensamento e analisei,
Um lençol estendido e bem tratado não satisfaz quem ja dormiu o suficiente,
Não sou pioneiro em pensar assim,
Desprezo contradições,
A saudade é clara para aqueles que agem ansiosamente,
Se algo me tocar como objeto,
Decido eu como será,
Tocar não é ter,
E para ter tem que se apresentar....
Finaliso essa inspiração,
Com marcas manchadas da infância,
Aqui somos apenas um ponto,
Se o tempo for febril,
Em outro lugar estaremos assentados numa estação da vida qualquer....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Luz de neon
Em meu imaginário,
A luz é de neon azulada e de elevada iluminação,
Lá fora,
Bem longe daqui,
O termômetro é pura ilusão,
E nos confins,
De baixo relevo é a escuridão,
Também vejo sorrisos,
Sugerido por uma estranha sensação,
Eu e minha grafite choramos juntos,
Na angústia,
Uma inspiração me consola,
Qualquer ideia que vem não me apavora,
Na vitrola empoeirada,
Um disco de Vinil vai rodando sem agulhas,
E a canção se cala para não me afrontar,
O chiado é notável,
São os ventos que murmuram no inverno do meu coração,
De face á face com uma poesia,
A luz que estava neutralizada,
Diante do meu olhar ela vem e me faz pensar,
Represa parada acumula mosquitos,
Ou cedo ou tarde essa grafite irá acabar,
Não sei se o meu estoque ainda suporta o que ainda tenho para escrever,
Sozinho,
Sem desculpas,
Ao meu lado,
Um país lateral,
Ao meu redor,
Vários continentes,
Então.!
O que posso sentir é!
Ainda que reste fôlego,
Mesmo com um pedaço de tijolo quebrado,
Na pedra da vida irei rabiscar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Sentimentos.
Em algum lugar desse mundo,
Em um oceano,
Em um deserto,
Em um porto qualquer,
Em uma cena de filme ou novela,
Em uma simples casinha de sapê,
Mora a alegria,
O sofrimento e o sentimento,
Juntos,
Caminham de mãos dadas,
Caminham transportando vítimas da felicidade e da escravidão,
Uma abolição,
Um tormento,
Um livramento,
Uma fantasia vestida de paz,
Ou uma paz vestida de fantasia,
Mora também a realidade,
Que vai embarcando sonhos, risos e navegando,
E seguem em um destino ainda desconhecido,
O tempo vai passar,
E tudo na vida são passeios elaborados por ansiedades,
Ou por vaidades que falam em primeiro lugar,
Quem sabe o orgulho,
Quem sabe uma fratura dolorida
Quem sabe uma ameaça falsa ou verdadeira,
Nos braços de um velho instrumento eu dou um pequeno puxão,
Notas musicais que vem na mente que nem sei como explicar,
Poesia tirana !
Tudo isso é ou não é um cativeiro ?
Responda-me !
Submissão e obediência vestida com olhar do raio solar ?
Serventia ou valentia ?
Que cega e destrói as moléculas da imaginação,
Oh Servidão !
O que significa realmente a palavra!
'Tolerar?..'
É lutar ?
É viver ?
É uma escola onde não existem diretores e professores?
É pedagogia versificada de um conteúdo neutro ou uma metodologia diagnóstica da política cruel e severa que levam todos ao um buraco profundo?
Vou romper então a barreira que te cega maldita escravidão,
Tente fazer de mim o que tu achas que deve fazer,
Tente.!
Decidirei se serei eu ou sua cega peçonha que tocará o som de um violão que vai doer aqui ou aí,
Tente..!
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O céu da ilusão
Abrindo as gavetas de minh'alma,
Deparei-me com alguns rascunhos borrados,
Escritas essas começadas e inacabadas,
Psicografei nas minha noites melancólicas,
Sonolento e sonâmbulo ,
Vagueava pela minha humilde casa,
Ficava horas falando com a lâmpada encandescente que a sala iluminava,
Retratei no quadro de minha escrivaninha,
Uma foto antiga de minha infância,
Sem óculos e sem lentes de contados,
Uma poesia emergiu,
Por merecimento da parte dos borrões deixados,
Dei a eles o prazer da paz com alegria,
Agora,
Este ser que escreve e aqui isso detalha,
Vive á vida iluminada,
Vive a poesia interminada,
Vive o amor psicografado no poema inacabado,
Se é para ser letras ou frases,
Então porquê não ser de vez a literatura que abrange o céu da minha ilusão ?
Porque..?
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Tempos de boiadeiro
Em ouro de alto quilate,
Cruzo agora um horizonte,
E sigo rumo ao esquadro da minha imaginação,
Assim,
Vou reinventando conforme a força do vento,
Uma história narrada no sertão.
Eram tropas e boiadas,
Naquelas verdes pastagens,
Que linda invernada!
No princípio,
Não tínhamos caminhões boiadeiros,
Tudo era tocado com o som de um berrante seresteiro,
Os caboclos eram sonhadores,
E as celas eram de primeira,
O burrão cargueiro levava,
Toda carga e suas trincheiras,
Não sou o dono do tempo,
Mas presenciei certos momentos,
Daquela época boa festeira,
Viola e violão,
Gaita ,triângulo e uma mini acordeon,
Quando atravessávamos os rios,
Acampávamos nas margens,
Água fervida para beber,
Codornas e saracuras para comer,
Tudo era feito na improvisação,
Os animais passavam a noite se alimentando,
E outros iam descansando,
A rede era reforçada,
O cobertor era de lã de Carneiro,
E a moda tocada e cantada,
Que não me lembro direito,
Reescrever essa história é uma honra,
Mas algo me conduz e me diz:
Difusão de um velho rádio a pilha chiando,
E ninguém ouvia noticias,
Ah! Sertão do passado,
De estado para outro estado,
Essa jornada demorava um bocado,
Tempos dos anos quarenta,
Tempos que não existem mais,
Ficou marcado no juízo de muitos,
Como poeta posso rever,
Como poeta posso sentir,
Como poeta posso voltar,
Agora o Poeta e o Poema ficaram,
E o tempo dirá,
Daquele tempo que passou,
Do transporte de gado tocado,
Que hoje tudo mudou,
Agora,
Tudo é asfalto,
E aqui do alto eu vejo tudo,
Parece uma fita gravada,
Dos dias brutos vividos,
E jamais de minha memória,
Ficará esquecido
Por tua causa
Lá atrás,
Em um certo dia do passado,
Te beijei e tive você em meus braços,
Meiga, carente me pedistes os lábios meus,
Sem demora entreguei minha boca para tua boca,
Uma clássica canção ouvimos,
Eram os anjos e arcanjos ao nosso redor,
Alí,
Naquele momento bebi do mel da tua boca,
Sem exitar,
Bebeste em minha também,
Lábios de carmim,
Rosa apetitosa, cheiro de jasmim,
Tuas pálpebras se declararam á mim,
Aquele verso que continha somente três palavras,
Se transformou em uma poesia inacabada,
E essa poesia ainda em construção,
Agora por tua causa,
Somos uma abençoada família...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Ilusão telescópica
Uma aventura,
Uma jornada pelo mundo,
Entre os continentes da terra e no espaço infinito,
Minha visão poética me permite,
Ter uma Imaginação motivada pelos olhos da inspiração,
Telescópios nos olhos,
Vejo a lua prateada e estrelas infinitas,
Com um foco da luz de neon,
Sou mochileiro aventureiro,
E na tecnologia avançada, e ainda inacabada,
Já me sinto honrado em isso escrever,
Minha lanterna está constantemente carregada,
Para nesse universo eu fotografar, filmar tudo que eu ver.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
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