Padre Fabio de Melo Cultivo
Tenho urgências absurdas, anseios que castigam, devaneios suicidas que só teus beijos são capazes de calar.
E lá vou eu, de novo, dormir com o celular embaixo do travesseiro. Eu passo o dia inteiro prometendo nunca mais atender o telefone, mas não tem jeito, eu sempre espero que aquela voz me salve desse silêncio.
Eu era um texto complicado de se ler, de interpretar. Tamanha complexidade tinha, que ninguém queria ler até o fim.
Te faz sorrir de graça. Te faz viver com milhares de impulsos. Te faz pensar em uma infinita possibilidade de momentos doces. Te faz ser você. É tanto, que tu nem consegue explicar o que te fez se apaixonar de uma hora pra outra.
Ele tem me ensinado coisas simples, pequenos detalhes que me trazem enormes alegrias. Nada que seja extravagante, exótico. Mas olha, são coisas que me fazem um bem danado.
Eu fui ficando cada vez mais triste, melancólico, deprimido. Já não conseguia nem comer, nem dormir direito. Já havia passado da fase de causar dó.
(...) Eu observo seus pés se moverem largados no braço do sofá e me pergunto pela milésima vez, desde que te ouvi no interfone, o que é que te faz rodar a cidade por horas e parar na minha porta sempre. Você diz que minha sala é o melhor sebo da cidade, então vem. Embora saiba que a real motivação não é essa, aceito a resposta para te fazer ficar. É sempre assim, a gente usa desculpa para tudo (...).
Gosto de pessoas diretas e sentimentos claros. Ou quer, ou não quer. E, por tudo isso, estou cada vez mais só, mais dispensado.
Não vale a pena. Não quis continuar do lado de gente mesquinha, sem humildade, sem coração. Fiquei tão só, aos poucos, sem companhia mesmo. Fui afastando, ignorando essas pessoas que em nada acrescentavam. Quando dei conta, não ficou quase ninguém. Às vezes, nos feriados principalmente, fico na dúvida se a campainha está com defeito, porque ninguém vem me visitar. Então deixo a porta aberta, escancarada. Mas ninguém vem.
Nesses últimos dias resolvi pensar mais em mim. Tô dando um tempo disso de amar por inteiro, de viver pro outro, somente pro outro. É que cansei de amores imensos. Amores que, muitas vezes, mal cabiam dentro de mim.
(…) De uns dias pra cá andei chorando à toa. Como pouco, sinto náuseas, tenho febre emocional. Também me entreguei ao cigarro e percebi alguns nódulos espalhados pelos meus ombros. Algumas vezes também acordo assustado no meio da noite e perco o sono.
Hoje cedo, logo que acordei, prometi que dessa vez não vou querer que as coisas aconteçam ao meu modo. Já está claro pra mim que eu sempre quero tudo de uma vez e acabo ficando sem nada em todos os finais.
Não sinto nenhuma mágoa, não sinto nada. Não odeio ele. Só sinto pena por não ter dado certo. E não consigo entender o que levou a não dar.
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