Padre Fabio de Melo Coragem

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Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.

A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

O que temer? Nada.
A quem temer? Ninguém.
Por quê? Porque aqueles que se unem a Deus obtêm três grandes privilégios: onipotência sem poder; embriaguez, sem vinho; e vida sem morte.

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,
não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;
não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.

Paulo de Tarso
Bíblia Sagrada. 1 Coríntios 13:1-13

Nota: Tradução de João Ferreira de Almeida (Atualizada)

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Para as rosas, escreveu alguém, o jardineiro é eterno.

Machado de Assis
Quincas Borba (1891).

A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar.

O amor eterno é o amor impossível. Os amores possíveis começam a morrer no dia em que se concretizam.

Ainda que eu falasse a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria.

Paulo de Tarso
Bíblia, 1 Coríntios 13:1.

Nota: Versão adaptada de 1 Coríntios 13:1.

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Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís de Camões
Camões, L. V. de. 200 Sonetos. Porto Alegre: L&PM. 1998

Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de os corrigir.

Machado de Assis
MENDONÇA, Lúcio de. Névoas Matutinas (1872).

Nota: Trecho retirado do prefácio de Machado de Assis para o livro "Névoas Matutinas", de Lúcio de Mendonça.

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Quem já passou por essa vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu...

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho de letra da música Como dizia o poeta, composta por Vinícius de Moraes e Toquinho

Quem anda no trilho é trem de ferro. Sou água que corre entre pedras - liberdade caça jeito.

Manoel de Barros
Livro: Matéria de Poesia. Rio de Janeiro: Record, 2001

Que não seja imortal, posto que é chama,
mas que seja infinito enquanto dure...

Vinicius de Moraes
MORAES, V. de. Antologia Poética. Rio de Janeiro.1960

Nota: Trecho de "Soneto de Fidelidade"

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Amar

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Obra poética, Volumes 3. Lisboa: Publicações Europa-América, 1989.

Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado...
Resignação para aceitar o que não pode ser mudado...
E sabedoria para distinguir uma coisa da outra.

Quero

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Obra poética, Volumes 4-6. Lisboa: Publicações Europa-América, 1989.

Nota: Trecho do poema "Quero": Link

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ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU

Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.

Canção do amor que chegou

Eu não sei, não sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim
Alegria de viver
Que alegria de viver
E de ver tanta luz, tanto azul!
Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tão triste e sem cor
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente um vazio sem fim
Se encheria de cores assim

Coração, põe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou
Chegou enfim

Vinicius de Moraes
Letra da música "Canção do amor que chegou", composta por Vinícius de Moraes e Carlos Lyra.
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Entre a dor e o nada o que você escolhe?

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. "Ciclo do terror: romances" de Assis Brasil - Publicado por Nordica, 1984
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Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz
Não te quero ter porque em meu ser está tudo terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados.

Vinicius de Moraes
Antologia poética

Nota: Trecho de "Ausência"

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