Padre Fabio de Melo Coragem

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Seja no que for, apenas poderemos ser julgados pelos nossos pares.

A intolerância irracional de muitos escusa ou justifica a hipocrisia ou dissimulação de alguns.

Quando puder ser temido, ainda mais me quero fazer amar.

Os bons conselhos desagradam aos apaixonados como os remédios aos que estão doentes.

Quem sem descanso apregoa a sua virtude, a si próprio se sugestiona virtuosamente e acaba por ser às vezes virtuoso.

Nós dois? - Não me lembro.
Quando era que a primavera
caía em setembro?

Não existe vício que não tenha uma falsa semelhança com uma virtude e que disso não tire proveito.

Noturno

Lá fora o luar continua
E o trem divide o Brasil
Como um meridiano

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

O pretexto normal dos que fazem a infelicidade dos outros é de quererem o bem deles.

Nunca a polícia terá espiões comparáveis aos que se colocam ao serviço do ódio.

Matar padre dá um azar danado. Sobretudo para o padre.
(Em: O Auto da Compadecida)

O homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre.

Denis Diderot
Les Éleuthéromanes

Nota: Adaptação dos versos de Denis Diderot "E as suas mãos fariam das entranhas do padre uma trança / Na falta de uma corda, para estrangular reis". Trata-se de uma paráfrase de um poema de Jean Meslier, do livro "Extrait des sentiments".

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No primeiro dia pensei em me matar. No segundo, em virar padre. No terceiro, em beber até cair. No quarto, pensei em escrever uma carta para Marcela. No quinto, comecei a pensar na Europa e no sexto comecei a sonhar com as noites em Lisboa. Em seis dias Deus fez o mundo e eu refiz o meu.

José Roberto Torero
KLOTZEL, André. Memórias Póstumas. Superfilmes, 2001.

Nota: Trecho do roteiro do filme "Memórias Póstumas", inspirado no livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis. O roteiro do filme é de André Klotzel e os diálogos são de José Roberto Torero.

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Há coisas que o sujeito não confessa ao padre, ao psicanalista, e nem ao médium, depois de morto. Uma delas, certamente, é a inveja.

VIR A SER

Eu procuro por mim.
Eu procuro por tudo o que é meu e que em mim se esconde.
Eu procuro por um saber que ainda não sei, mas que de alguma forma já sabe em mim.
Eu sou assim...
processo constante de vir a ser.
O que sou e ainda serei são verbos que se conjugam sob áurea de um mistério fascinante.
Eu me recebo de Deus e a Ele me devolvo.
Movimento que não termina porque terminar é o mesmo que deixar de ser.
Eu sou o que sou na medida em que me permito ser.
E quando não sou é porque o ser eu não soube escolher.

O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão.

Não é preciso uma verdade nova, uma aventura, para encontrar nas luzes que se acendem um brilho eterno.

A partir do momento que eu saio do limite, eu caio no pecado. O primeiro pecado da humanidade foi justamente sair do limite. O paraíso é um lugar que foi cercado para que ninguém se perdesse, pois Deus estava ali, o lugar do encontro, não é prisão. O primeiro pecado, a queda original, aconteceu porque alguém não compreendeu o conceito de limite, não compreendeu o espaço delimitado e se perdeu. O conceito de limite está cada vez mais claro dentro de nós e por isso seremos mais exigidos, como Deus nos diz: “quanto mais for dado, muito mais será exigido”. Jesus nos diz que é impossível viver servindo a dois senhores. Não é possível viver duas realidades que naturalmente não se conciliam. Seus limites precisam ser aclarados, nós precisamos cada vez mais saber sobre o que nós podemos e o que não podemos.

Eu sou o meu próprio inimigo,
quando não tenho forças para resolver um problema,
quando não consigo arrancar o que me faz sofrer.

Deus não poderá fazer nada com suas obras se antes ele não possuir seu coração.