Padre Fabio de Melo Coragem
Terra abençoada.
Tombando terra,
Lavrada, ficou,
Mecanizando terra,
Plaina ficou,
Adubando terra,
Fértil ficou,
Me vi como um aparador de borboletas,
Na vista clara,
Uma imagem colorida , nítida e escancarada,
Meus tempos de infância,
Eram muitas Frutas plantadas,
Após anos,
As flores e seus compassos,
Foram brotando e murchando,
De repente,
Se formaram limoeiros e Laranjeiras,
Manga e mamão,
Pera e melancia,
Amoras e jabuticabas,
Pomar de fartura,
Cheiro de maçã e na horta visinha,
A tão querida hortelã,
Cerração e chuva,
Sol quente e as aranhas viúvas,
Fui sim lavrador sinsinhor,
Fui campeiro e fui roceiro,
Caminhoneiro e verdureiro,
Talhei essa estrada,
Rasquei com chicote meu destino,
Na época,
Enxergava pouco como menino,
As neblinas que ja enfrentei,
Liguei o som da buzina menina para não cometer acidentes,
A velha casa de madeira,
Deixei no Sul do estado,
Justa hora,
Do sudeste ao norte,
Me achava cheio de sorte,
Comi jaraqui e tambaqui,
Tucunaré e surubim,
Peixe fresco da Lagoa,
Farinha e matrinchã,
A famosa vilã,
E por final,
Avelã como galã,
Bronziei o colchão que eu deitava,
Quemei na luz que nunca se apagava,
Reboliço da revolução,
Rumo ao serviço,
Arroz com pequi e cambuquira,
Lavei as panelas no rio,
Senti um esboço e um tremendo calafrio,
Fiz um verso formal,
Olhei para mim mesmo e falei,
Vou voar,
E nem sei para onde irei,
Caso eu não venha cair,
Voltarei e pousarei,
Mas antes de terminar essa jornada façanha,
Essa terra e essa vida,
Para sempre,
Como Poeta,
Eu abençoarei.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Distopia condenada.
Obstrui um poema,
E fui causando um colapso nas vozes fugazes,
Uma Distopia condenada,
Lugares de extremas opressões,
Fucei até achar uma saída,
Mas vi que a caverna que estão cavando é profunda demais,
Não há quem entre,
Se entrarem vão se perder,
A localização é embaçada, perdida e hereditária,
Uma cegueira de devassa tamanha,
Não me privo em citar,
Faz bem e lava a alma,
Estão todos embebedando e sonhando nesse tonel,
Anomalia,
Aí ai ai ai,
Tabuleiro de olheiro,
Branca é essa tão desejada Paz,
Orgãos submersos,
Lacunas rasgadas e infinitas,
Puxando para ter uma queda brutal nessa nossa própria terra bendita,
Chá de chimarrão para acalmar ou fortalecer,
Ou camomila tratada para dormir,
Ou até uma droga qualquer para terminar de explodir,
O imaginário me aborrece,
Me entorpece e me deixa furioso,
Vidas vividas,
Uma delas nem teve ao menos um segundo de vida colosso,
Ah seu Moço,
A picareta é de ponta afiada e desobediente,
Ela fura e ninguém vê,
Matas vindo ao chão,
E predios subindo bem alto com muito prazer,
Já diz o ditado,
O que se faz,
Aqui se paga,
Esse retrato é redondo e não é quadrado,
Talvez não tão distante,
Desesperos e ruínas estão cada vez mais perto,
Sabem lá se nesse tempo terá ao menos uma dose de morfina para nossa dor acalmar,
Se pensarmos bem,
Ja está diante de muitos,
Lamentável é,
Os olhos desses muitos ainda não se abriram,
E eu ainda não sei,
O porque....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O poeta das poesias.
No mar ondulado em que vivi,
Foi um sertão pantaneiro de coração fértil e bem regado,
Ali nasceu uma família,
Que viviam do seu suor derramado,
Naquele tempo,
Veio em minha imaginação,
E tentei fazer uma canção dedicada,
Buscando em meu mundo de sonhos,
Em uma época cheia de realidades,
As estradas eram turvas,
Mas meu olhar sempre estava aguçado,
No Teatro da vida,
Ainda me lembro,
Nada era e nunca foi premeditado,
Tudo foi ao vivo,
Naquele cenário lindo , alegre e inusitado,
As estrelas guias iam sorrindo,
Pareciam que iam dizendo,
Do seu jeito sereno como garoa fina caindo,
E ao mesmo tempo,
Como um nevoeiro fechado,
Aqueles sorrisos lindos de outrora,
Era de mamãe e papai,
Irmãs ,titias(os) e primos(as) e outras senhoras
Chamado por um destino,
Deixei tudo e fui embora,
Inspirado em minha própria criação,
Fui vivendo e atropelando,
Balançando e caindo,
E levantando quase toda hora,
Sem álcool e sem tequilas,
Em pouco tempo fui aprendendo,
Ser inspirador por dedicação,
Um mero rimador indexado,
Avante em minhas escritas,
Um tropeiro nessa longa estrada,
Varei campos e fazendas,
E vicinais nessa jornada,
Deus sempre em primeiro lugar,
A chinela chiava que até quebrava,
Escolhendo palavras em um alfabeto desconhecido,
Fazia levantar poeiras debaixo de chuvaradas,
Inspirações faceiras,
Heranças de uma infância,
Que trago comigo desde o ventre que nasci,
A luta é batuta,
E o meu coracao é aquebratado,
Sou da terra e sou do ar,
Sou do Mar e desse imenso Sol sagrado,
Não sou indigente,
Sou humano e sou gente,
Que também erra e comete pecados,
Sou do poema,
Sou dessa confraria,
Sou de Deus e sou da lua,
Sou uma vida que está a deriva,
Sou eu mesmo em minha imaginação,
Que inspira no lindo Azul do céu,
Porque foi esse que me deu,
Esse dom de ser,
O poeta das poesias....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
A carta..
Sr carteiro,
Acabei de chegar nessa humilde cidade,
Venho do interior,
Não me pergunte de onde,
Apenas sei que é bem longe desse desconhecido lugar,
Instalou-se sem querer em minha alma,
A maior dor que um boaideiro possa sentir,
Te falo e afirmo,
Derrubei matas,
Criei galinhas e plantei hortas,
Cultivei um paraiso,
De lindas roseiras vistosas,
Flores raras,
E fiz uma casinha,
Embora não tão grande,
Mas para o meu amor,
É mais que aconchegante,
Depois de tudo pronto,
Minha donzela tão bela,
Foi embora e nunca mais voltou,
Ja se faz algum tempo,
Se não falha a memória,
Faz bem mais de dez anos,
Depois desse episódio,
Nunca mais fui como antes.
Eu era um caboclo sonhador,
Cheio de garras e muito trabalhador,
Comigo não havia tristezas,
Era de fazer proezas como um doutor,
Bastava eu semear,
No outro dia ja estava brotando,
Eu era um mestre na arte,
E desculpas se falei demais até aqui,
Apenas pegue esse envelope,
E acelere a postagem o quanto antes,
Eu preciso que ele chegue logo,
Nas mãos de quem está tão distante....
Resposta da carta.
Olá meu querido Poeta Boiadeiro,
Acendeu aqui em mim,
A chama do fogo do amor,
Acabei de ler a sua carta,
E não posso conter as lágrimas que ainda estão derramando,
Ainda me lembro,
Brincavamos debaixo das mangueiras,
Andavamos a cavalo pela grande savana,
Rolavamos no gramado,
E beijavamos como loucos,
Esse lugar que deixei,
Não meço em falar,
Se arrependimento matasse,
Eu ja não estava mais aqui,
Me casei novamente,
Só esperando ser feliz,
Mas o homem que me fez juras de amor,
Jamais soube o que realmente é amar,
Hoje eu vivo triste,
E tenho dois filhos para criar,
Seria uma covardia,
Agora esse moço eu abandonar,
Sei que ainda me amas,
Assim como eu também vos amo,
O nosso amor é eterno,
E esse peso,
Comigo sempre irei carregar,
Te peço perdão por tudo,
E principalmente por te abandonar,
Agora só me resta viver,
Com essa dor que rasga minha carne,
Que nunca irá passar.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Além das montanhas
Na savana que vai além do horizonte,
Existem montanhas rios e vales,
Penhascos de pura pedra,
Que nem se escalando conseguem chegar neles,
Mas sei,
Do outro lado desse imenso morro alto,
Há um paraíso me esperando,
Vou dar a volta,
Mesmo que eu passe dias para chegar,
Lá,
Vou fazer tudo diferente,
Vou andar vou caminhar,
Vou dormir beijando a lua,
E vou olhar para o Sol,
E nele me contemplar,
Vivi anos por viver,
Estava preso trancafiado,
Não sei de fato o que eu fiz,
Para tudo isso merecer,
Ainda creio,
Que tudo vai mudar,
Não sei o dia certo,
Mas sei que esses sonhos,
Eu irei realizar.....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Alucinado com o Luar
Alucinado e em estado sólido,
Concentro-me no prateado do luar,
A minha alucinação desafia,
E se manifesta em mim um estado oposto da minha inspiração,
Ao fitar meus olhos no infinito,
Me vejo sentado e observo com devoção,
Que Universo perfeito!
É esse que Deus fez,
Ele é Sem limites,
Oh , Glória !
O teu nome é de poder e digno de adoração,
És o dono e arquiteto do mundo,
Até do nosso coração....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Então...?
Na vida,
O que sentimos..?
O que podemos ser?
Em que podemos nos espelhar?
Nas ofertas doadas constantemente que encontramos pelo um caminho..?
Nas vidas que fazem belos versinhos,
Nas Vidas com mais experiências,
Nos amores sentidos e valorizados,
Amores vangloriados,
Respeitos e desrespeitos,
Pequenos que se fazem de grandes detalhes,
Dignidades e reciprocidades,
Olhares e abraços sintéticos,
Ou demonstrações vivas com atitudes,
Assim eu vejo,
É Fácil abraçar,
É Fácil olhar,
É Fácil oferecer,
E Fácil dizer;;
Eu sou digno e recíproco,
Sou merecedor de tudo,
Sou apenas o melhor,
O ditado é claro e simples.
Sim e sim,
Não e não,
Então...?
Pois o melhor não há,
Existe apenas um,
Seu nome é Jesus,
O Rei que nos conduz...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Caboclo índio.
Eu,
Eu sou aquele menino índio,
Um indio sonhador,
Tomo água de coco,
Sou caboclo sinsinhor,
Nasci em uma ilha,
No arquipelago do amor,
Na minha palhoça,
Moro eu,
E comigo mora também Deus,
Tenho um cachorro vira lata,
Que de mim nunca se apartou,
Sou eu que colho os frutos,
E degusto com sabor,
Não sou assassino,
Não mato os animais,
Sou roceiro e muito trabalhador,
Sou de uma visão muito aguçada,
E carrego comigo meus trapulhos,
Sou como uma ave,
Que voa alto como condor,
Corto cipó e pulo de galho em galho,
Aqui é meu parque de diversões,
Não uso lamparina,
As estrelas cadentes me conduzem,
E o luar é meu lampião,
Tenho uma baladeira,
Para as onças espantar,
Não sou de cantar sozinho,
Pois já choro com os passarinhos,.
A floresta é meu lazer,
Quando eu vou dormir cansado,
Me estendo no relento,
Cultivo lavouras,
E a natureza me da o que preciso
Enquanto eu for um indio,
Minh'alma,
Estará sempre evoluindo....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
A cegueira da fome
Uns dizem que é um cenário escuro,
Outros dizem que é um cenário daquilo que plantamos,
No conhecimento de uma gramática,
Maldita é a serpente que predomina nos olhos humanos,
Essas barricadas que nós adquirimos no olhar,
Sonolenta não é essa minha inspiração,
Nesse paraíso formal,
Não é tão assim um colossal como dizem,
Numa coleção de pensamentos meus,
Vão se misturando ideias e opiniões,
Filtro então,
O que é do ceu,
E o que é da terra,
Não falo da fome só de alimentos não,
Falo de uma fome que muitos não enxergam,
Na conjunção de algumas frases,
Simples e notórias aos olhos da luz,
Adianta gritar e dizer;
Barriiiigaaaaassssssss,
E claro que não,
Essa vida não é só arroz e feijão não,
Aqui ou em qualquer lugar,
Sempre teremos poetas cegos,
Políticos cegos,
Jornalistas cegos,
Pais e mães cegos,
Filhos cegos,
Os poderes nas mãos maus apagado,
E não deixando abrir os seus olhos,
Dos pobres que já estão cegos,
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Minha rede
Feliz por estar á sombra de uma árvore,
Aqui eu estendo minha rede,
Do galho até a cercado da verde pastagem,
Sentado,
Vou embalando com meus pensamentos,
Voando eles vão,
Em busca de uma inspiração,
Começo a exalar poesias,
O vento suave me conduz,
Ouço os pássaros cantarolar,
Doce paz,
Doce vida,
Favo de mel que me leva até o céu,
Vejo borboletas coloridas,
E as cigarras na ilha do Sol,
Cheiro de relva,
Café torrado que secamos no terreirão,
E mamãe fazendo sua parte,
Vai moendo com o bruto pilão,
Na espera de uma nuvem,
Vem em mim,
Momentos de uma canção,
O frescor é inacabável,
Procedência de um delicado sertão,
Poeta roceiro,
Romântico com seu coração,
A composição segue no embalo,
Na sombra fresca sem telhado,
Choro com as paisagens,
O sorriso vem e vai,
Enxugo minhas lágrimas,
Sensação única que me apraz,
Tudo é Dado a mim,
Nessa rede que me embala....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
A moça professora
Quem vê aquela moça,
Moça professora,
Antes ensinava a lição,
Lecionava os meninos humildes,
Que cortava o seu coração,
Destino aperfeiçoado,
Diretora do município,
Se formou em letras,
E deixou a sala de aula,
Para assumir o seu trono de estimação
Canarinha do reino,
Mulher batuta dessa inspiração,
Ficarás para sempre,
Na minha recordação,
Isso tudo é herança do seu talento,
Dessa honrada profissão....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Pecado de amor
Os livros que fui deixando pela vida,
Ainda não sei para onde foram
Sei que são apenas livros,
Mas o conteúdo que neles há,
Jamais ficarão perdidos,
Em algum lugar no tempo,
Realizei para ti , e as guardei,
As mais belas escritas,
Como o vento não para de soprar,
Estou sempre meditando no teu olhar,
Minha mente inspiradora,
Não para de exportar e importar,
Exporta para fora os manuscritos,
E importa para dentro de mim,
Os pecados por tanto te amar,
Eternamente irei sofrer,
Vou deixando me levar com o tempo,
Ainda não sei de fato,
Se esqueci de falhar e acertei,
Ou esqueci de acertar e falhei,
Até as janelas não sei mais fechar,
As tramelas das portas quebraram,
Tive medo até de troca-las,
Tive medo de me trancafiar e não mais ver o jardim lá fora florar,
Tive medo de tudo,
Tive medo do passado e do futuro,
Ainda que me resta um pouco de coragem,
Vou vivendo o presente,
Se o tempo me der tempo,
Vou sorrir,
Se ele não me consumir,
Ainda te ofertarei,
O mal tempo que errei,
Transformando em abraços e beijos,
E desse pecado,
Eu quero me livrar,
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O Sim...?
Ou o Não..?
Uma poesia me fez pensar,
E fui adentrando em canteiro de flores,
Chegando lá,
Morri por fora e vivi por dentro,
Penoitei com as estrelas,
Visitei a lua e desmaiei,
Ao acordar percebi,
Para ser o que eu sou hoje,
Tive que dormir sem saber onde eu dormia,
Para sorrir como já sorri,
Tive que dar risadas atoa,
Para chorar como já chorei,
Tive que arrancar dor de onde não tinha,
Para compor uma música,
Tive que fechar os olhos e sonhar acordado sem saber o que escreveria,
O tempo passou
E foi durante uma inspiração que veio uma luz em minha mente,
Em algumas Onomatopeias da vida,
Muitas são confusas em meu paraíso grifal,
Descobri frases opostas da minha imaginação,
Me abati contrariando o mundo da minha ilusão poética,
Virei dos avessos tudo que tinha vivido até naquele momento,
Algumas frases,
Alguns olhares,
Entre todos os gestos que já presenciei,
Existem um auto clamor, temor e destruição,
Por mais mudo ou oculto que seja,
Sempre haverá um grito de dor ou alegria,
Sempre haverá uma raiz para se arrancar,
Sempre haverá uma semente para semear,
Aí,
Lembrei dos das dores e dos porres que obrigatoriamente tive que conviver,
E tive uma conclusão,
Não é a doença ou a bebida alcoólica que faz pessoas caírem e se rastejarem
E sim,
É a própria mente que deixa se elevar ao extremo de um Sim,
Ou um Não....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Minha rainha
Na passarela da vida,
Tapetes coloridos ficam a sua espera,
Aí vem ela,
Com seu olhar de mulher faceira sem estribeiras,
Cabelos brilhantes e únicos,
Dizem que muitas queriam ser como tu , oh mulher!
Miss rainha de uma família,
Mamãe de duas bugrelas que foram sua sina,
Todos os melhores sonhos,
Desejo a ti minha,
Rebelde e humilde,
Mente farta que não para de pensar,
Entre os generosos você tem o seu destaque fenomenal,
Morena de raça indiana,
Nariz de faro aguçado e intrigante,
Inteligente como um famoso pássaro empolgante,
O verde onde tu passas exala o oxigênio que precisas,
Chata e dengosa,
Flor rosa especial,
Frustação para ti não é opinião,
Pantera da educação,
Olhos negros e carrascos,
E não são artificiais,
Natural pela grandeza da tua própria natureza,
Que obedeçam então os pedestais ,
Que lá vem ela,
Se destacando na presença das demais....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Sonhos
Sonhei com legítimos direitos morais,
Afinal!
Quem nunca sonhou...?
Sonhei muito,
Sonhei sonhos comuns,
Sonhei sonhos grandes e não foram só um,
Sonhei com uma varanda e um Jardim
Sonhei com uma cama cercada de véu branco e com cheiro de jasmim,
Sonhei,
Sonhei com passarinhos cantando na minha janela ao amanhecer,
Sonhei com aves migrando até o anoitecer,
Sonhei velejando em alto mar,
Sonhei com farturas para o meu próximo ofertar,.
Sonhei,
Sonhei como nunca tivesse existido o agora e nem o amanhã,
E muito menos o passado,
Sonhei,
Sonhei que não era um poeta,
E quando acordei ja estava inspirando poesias,
Exalei,
Aspirei ares onde não havia mata e nem o verde gramado,
Sonhei que estava cantando sozinho no alto do serrado,
Sonhei,
Sonhei com as nuvens fazendo cambalhotas pelo ar,
Sonhei com rios e o sabão das lavandeiras,
Sonhei navegando em uma chalana,
Sonhei com águas puras e sujas insanas,
Sonhei com golfinhos saltitando pelo rio negro feroz,
Sonhei que não estava mais em mim, Quando abri meus olhos estava voando como um albatroz,
Enfrentado a vida real,
Entretanto,
Ainda não sei de fato a dor de uma sofrida alegria moral,
Na teia tecida do tempo,
Errei,
Porém nunca deixei de sonhar,
Sonhos são sonhos,
Em busca estou do item genuíno de minha alma,
Entre os mocinhos e os vilões,
Estou tentando ser,
O coadjuvante do meu próprio sonho,
Ainda que me restar vida,
Irei sempre propor a ela,
Que me realize,
Boa parte desses sonhos....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
A trilha
Em frente eu sei que devo seguir,
Assim eu tentarei atravessar os trilhos que me esperam,
O sangue segue seu fluxo,
Não sei o amanhã,
Apenas sei que preciso caminhar,
Imagino o inesperado,
O que eu não posso é pensar em nada,
Só Apenas olhar , aceitar e buscar
Os inúmeros quilômetros que ainda tenho pela vida,
Inadimplentes eles estão ainda comigo,
Eles me devem,
E preciso ir em busca de receber essa dívida,
Se vou receber ou não,
Eis a questão,
Mas não posso deixar de tentar,
Simplesmente,
A vida é essa para cada um,
E calados temos que aceitar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Estradas.
Para onde eu vou..?
Para onde vamos...?
Para onde...?
Eu não sei..!
Estradas..!
Entre as portas e janelas,
Se foram ou ainda irão,
Ou tudo aqui ficará,
O que podemos tirar ou levar desse espetáculo chamado - 'VIDA' ?
Os caminhos são longos,
As estrada são turvas e nebulosas,
O céu é aberto,
A natureza é perfeita,
Os pássaros cantam,
E os poetas fazem suas festas,
Escrevendo suas inspirações,
Nas quais sempre terá um traço,
De uma dor ou uma cura,
Pela vida e por amor....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Troféu.
Em um mega show,
Reuniram-se milhares de pessoas,
Para presenciarem,
Os melhores talentos do mundo,
Ali ,
Iriam os grandes escritores,
Os seus poemas apresentar,
Vieram de todos os lados,
Dos sertões e das grandes capitais,
Desse imenso chão sem fronteiras,
Uma homenagem foi marcada,
Para a festa da literatura,
Todos os inspiradores iriam declamar suas inspirações,
Mas apenas uma dúzia deles iriam naquele show ,
Um troféu ia levar,
Doze taças,,doze cadeiras
E quatro mesas iam ser testemunhas,
Na memória de muitos ficou selada e marcada,
Universo gentil,
Muito simples e com marcas radicais de vinil,
Famosos ,amadores e curiosos,
Chegavam e iam ocupando seus lugares,
Viveram o momento,
Em um certo dia de abril,
Abriram as cortinas,
Em cada mente ficou,
Aquela recordação varonil,
O espetáculo começou,
Chorou filhos e mães,
Pais e amigos,
Apaixonados e amantes da poesia improvisada,
O letreiro naquele palco dizia tudo,
Levantaram muitos aplausos,
Aos mais destacados poetas,
Desse mundo.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Alma sertaneja
Machuca coração,
Machuca,
Machuca e chora comigo,
Ouço de longe,
Um tinido da acordeom,
No meu ranchinho da saudade,
Algo me tortura e me amola,
Invade minhas entranhas,
Nas amarguras da minha viola
Dá doçura em meu paladar,
Oh ! Objeto traiçoeiro,
Suas cordas quando são tocadas,
Parece apertar o meu peito,
Quem te fez não imaginou,
A dor que tu irias causar,
E não soube também,
As almas que tu irias ferir,
Nos compassos daquele fole puxado,
Você atiça a minha imaginação,
Quando eu passo a mão no meu pinho,
O sabiá na gaiola,
Salta de um lado a outro,
Querendo cantar e voar,
Ele segue o seu bailado,
Querendo me acompanhar,
Enquanto eu for um poeta,
Vou dedilhando devagarinho,
Até o Sol raiar,
Minha cabocla canta comigo,
E se põe também á chorar,
Teu olhar brilha como o azul do céu,
A cada composição que declamo,
É uma baita judiação,
Os Curiós no serrado,
Se torturam nesse sertão,
Pergunto a mim mesmo,
Que castigo é esse senhor,
Que rasga meus instintos,
Causando em minha alma sertaneja
Uma tremenda erupção....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
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