Ossos do Ofício
Paus e pedras rasgam minha pele e quebram meus ossos porém não se compara ao ardor de ser ignorado por quem eu amo.
Penso que o homem não está cheio de carnes, ossos e sangue por dentro, isso de nada adiantaria se o corpo todo não tivesse cheio vida, amor.
"O corpo humano não vem equipado para ir de encontro à velhice. Não possuímos ossos e articulações sobressalentes. Não levamos nos bolsos um par de olhos novinhos em folha para quando
a visão tornar-se opaca.
Necessitamos sim é de Coragem para olhar para o futuro e preparar-nos para a velhice."
escanse estes ossos cansados- recupere seu sono, cubra sua família e amigos de amor. Tenha uma longa conversa com seu(sua) esposo(a)/ filhos/parentes/amigos...com aqueles que você praticamente ignorou durante toda a semana. Ponha para fora todas as inquietações e preocupações mundanas da semana de trabalho fazendo uma pequena oração por qualquer coisa ou por tudo. Refresque-se com algum vinho ( do Kiddush). Faça três deliciosas refeições de Shabat ( e saboreie a refeição). Vista sua melhor roupa sem se preocupar com as cinzas e a fumaça. Clareie sua mente. Desfrute o dia. Cante bem alto até cansar seus pulmões. Saboreie um bom livro – Judaico- sem interrupção, ou dê uma olhadela na parashá da semana quando ninguém estiver olhando. Passe a conhecer melhor alguém realmente muito importante – você. Faça seu cardiologista feliz. Areje seus pulmões – faça uma longa e prazerosa caminhada. Analise as notícias Judaicas da semana com a família e os amigos. Faça visitas voluntárias aos pacientes nos hospitais.
Tenho um presente maravilhoso em meu tesouro,
e Shabat é seu nome – vá e conte ao povo sobre isto!
AS CINZAS DOS NOSSOS OSSOS
Escondi no tempo os meus sonhos
para que ele,amiúde, se transmudasse
na medida exata de minhas rugas
e percorrendo rios e montanhas
que escondo dentro de mim
soubesse de cada segredo que me prende.
O mundo está cheio dos meus passos
há tanto tanto tempo...
Ainda respiro o ar ameno da doce madrugada
a minha juventude: amante lasciva
percorrendo preguiçosa todo o meu espaço.
Aguardo a chuva branda para obter
a minha última colheita transformada:
um abraço frouxo de um amigo
um sorriso óbvio da amante
a paz serena nos olhos dos filhos
tudo que o tempo traz
e depois espalha: as cinzas dos nossos ossos
recriando outras vidas
Finalzinho do Inverno rigoroso, impetuoso, frio enrijecendo os meus ossos; martelando em minha mente; azucrinando os meus ouvidos, o tic, tic tac do relógio persistente; a chuva que cai lá fora, me instiga a sonhar, almejar maior liberdade; e acreditar que as flores ainda vão brotar na dura sequidão do meu medo; a me expor tão frágil, vulnerável, diante dos açoites da tempestade.
O que quebra os seus ossos,
Não é a carga que você está carregando,
O que te quebra,
Está tudo no modo como você carrega.
Dor
Dor...
Ela a dor...
Dor nos ossos
Os ossos doem.
Gritos... Som da dor.
Dor...
Ela... a dor.
Dor no fígado.
Fígado doe.
Gritos... Som da dor.
Dor...
Ela a dor.
Dor no estômago...
Estômago dói.
Gritos... Som da dor.
Dor...
Dor na alma...
Câncer na alma...
Ele nos come vivos.
A alma grita...
Todos gritam...
É ela... a dor...
A dor que dói.
É só chorar e sofrer.
Até quando?
QUEM É?
Aquela carne eviscerada sem ossos,
Que mais lembra a’lma em destroço,
De quem correu perigo e foi vencido
Pelo inimigo nada tem a ver comigo,
Há erro nisto, esteja certo meu amigo.
Não posso ser o que o espelho reflete
E que até no ego a imagem repete, me
Nego e o espelho quebro, todo do início
Ao fim e vejo estraçalhar a tua imagem,
Reflexo análogo do que fizeste de mim!
Coração apertado,
Ossos destrozados,
Pensamentos destroidos,
Ombros pesados,
Razões perdidas,
Olhos molhados,
Sentimentos atuais,
Que me econtro por não encontrar,
A solução da solidão.
Dor não tem vento
Enruga, rusga, inflama o drama,
Tormento enfrenta o corpo.
Ossos desmancham, esmagam,
Carne sem pedaços, pele repele e desfaz.
Sentimento primário,
Ofende o sorriso ofertando lágrimas
Trata de dizer que o tempo é infinito
Rasga a saudade do sossego
Trepa com a morte e sangra
Ao trauma físico,
fino sabor de punhal
Arromba a prece que valha
Traga a cura e se entupa de juras
Até nunca mais voltar
Precisa ser mais que ossos e carne,
aquilo que você ama é tudo o que você tem.
(Num país, tem uma cidade
nessa cidade, tem uma casa
e naquela casa tem uma mulher
e naquela mulher tem um coração
que eu amo,
e é isso que eu vou levar comigo
quando eu for).
Os nossos ossos e as nossas escolhas têm duas propriedades em comum. Elas são invisíveis e duram mais tempo que as nossas vidas.
As rugas congeladas nas ruas das cidades
Nas filas esperando por um pouco de esperança
Seus ossos corroídos por anos de servidão
Agora se tornam lixos e um peso social
Suas súplicas por justiça são ignoradas
Perversidade faz parte do jogo do poder
Lágrimas enfeitam as prateleiras dos senhores
Que sentem prazer em destruir seus sonhos
O cheiro putrefato do abandono é um perfume nas narinas dos detentores de capital.
A solidão e o desespero que essas pessoas se encontram animam olhos vorazes por dor.
A crença espalhada de que eles não mais servirão, faz com que até os mesmo se sintam inúteis.
Pessoas sofrem diante de uma nação silenciosa
Controlados pelo sistema não reclamam
Consideram essa fase como parte do processo
E se preparam pra sofrer calado quando chegar sua vez
De cabeça baixa seguem diante do opressor
Que coordena suas vidas medíocres até o fim.
Quando não será mais necessária
Aí seremos todos largados
Sem capacidade viver muito tempo
Além do que planejaram
Pois os recursos dados, não são uma ajuda
Mas sim uma forma de manter-nos fracos sem forças para lutar
E garantir que a nossa morte ainda esteja próxima!!
Assim como os capitães da areia passamos por vales de ossos secos, nossa vida as vezes peleja por uma urgente mudança de rumo e nessas horas amargas de dor você percebe quem realmente é seu amigo, já outros querem apenas terminar de afundar sua cabeça na lama. O jogo é simples, quando cair é só não permanecer no chão.
A vida no deserto não é um mar de rosas, nem tão pouco um vale de ossos secos, mas sim, é como um jardim com serpentes que falam e não se rastejam...
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