Os Velhos Carlos Drummond de Andrade

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Andei me reencontrando com velhas amigas perdidas, palavras que driblavam o discurso, deixando falas inacabadas. Voltaram, de aparência mudada, formando novos pares. Vieram em títulos, rimas de poemas — reinventaram suas próprias definições. Vieram completar balões e permiti-los voar, libertando a mim, de mim mesmo.

Eu estava voando, girando com você por todas as cores do céu. Sem pudor algum, sem nem mesmo ter certeza de se tratar da realidade. Como éramos graciosos! Os pássaros nos invejavam, e o Sol se punha mais cedo só para nos ver. Como eram belas nossas asas, quando éramos ainda leves o bastante para voar.

Não houve band-aid que fizesse curar o dodói aberto em mim. Busquei, de todas as formas, sarar. Mas o beijinho que faria tudo passar está tão longe. Longe, junto de todos os outros beijos importantes: os beijos de chegada, de partida, de reconciliação e, principalmente, os beijos de amor.⁠

Por que colocar pra fora é uma necessidade? Por que virar poema, desenho, música, por que externar arte? Por amor? Para ser amado? Por amor. Para ser amado!

Não me limite confundindo-me com o oito, pois, dependendo do ponto de vista, eu posso muito bem ser um infinito ♾️.

O que nasce do coração não se apaga com o tempo. Transforma, inspira, e permanece

Vagando em uma quarta-feira qualquer,
separada pelo abismo de outros dias de feira, que, desprezíveis, prefiro nem citar, vejo aquele ônibus que, aos domingos, me transporta por entre realidades,
onde embarcam sonhos e saudades que amadurecem durante a viagem e desembarcam como vontades.
Esse ânimo que me dá de largar tudo e pegar esse ônibus pra te amar. Seja nas quartas, ou em todos os outros dias que houver, serei sempre meio, partido, inteiro apenas quando nós.

Outrora você foi um sonho que,
com o passar do tempo, fez-se concreto. Vislumbrei-te como um pretexto para que eu pudesse ser feliz. Tornaste-te platônico, tornaste-te plausível. Tornaste-te real.
Outrora você foi um sonho do qual eu preferia não ter despertado,
para continuar idealizando um ser perfeito. Amei-te enquanto sonho e pretexto, mas, quando real, percebi que a minha felicidade estava bem longe dali.

E dá-se a partida, o motor ligado vibra.
E meu corpo, junto, se alegra:
parto agora dessa odiosa rotina e deixo pra trás esse lugar onde não há você.
Parto-me pra junto de ti, onde volto a me montar, dessa vez, feliz.

Devo dizer que não me sinto capaz de um dia me acostumar à maneira como você vai,
sem nunca olhar pra trás.
Te observo até perder-te de vista, e,
quando não mais te vejo,
a vista embaça, pinga.

Aquece em mim toda essa dor,
faz ferver o que necessário for,
para que em mim evapore a angústia.
E faz-te chover, ácida, em algum jardim de indiferenças,
para que se torne estéril o solo onde germinam más emoções.

~Me inspirando em mim mesma ultimamente, pois me inspirando nos outros fui infeliz.~

🌿 O Valor Verdadeiro


Não busque ser melhor do que ninguém, por quaisquer meios que você ache que o farão ser.
Na vida, ninguém é melhor ou pior do que alguém. Cada ser humano é único e está seguindo o seu próprio caminho.


O mundo admira coisas como dinheiro, beleza, inteligência, influência e poder. Mas Jesus disse:
“...o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” (Lucas 16:15)


Isso realmente coloca tudo em outra perspectiva. Tais valores não dão a ninguém um mérito especial aos olhos de Deus; pelo contrário, Ele se entristece quando valorizamos o que é terreno e nos julgamos superiores ou inferiores aos outros.


Deus tem uma forma totalmente diferente de medir o valor de uma pessoa. Basta conhecer Sua Palavra para descobrir o que Ele verdadeiramente aprecia: amor, bondade, benignidade, mansidão, humildade, temperança, honestidade, otimismo, compaixão, respeito e fé.


Essas são as virtudes que realmente demonstram a evolução de um ser humano.
Estamos aqui para nos aperfeiçoar, não para nos comparar.


Siga seu caminho em paz, pois o verdadeiro valor está no coração.

Acredito que a felicidade é uma dádiva frágil, e que quando se perde essa luz, nada mais faz sentido nem o ouro, nem o brilho, nem o poder.

Vejo o mundo como um rio sem rumo, aonde poucos ainda se lembram de sentir.

É preciso não se estar feliz para se buscar a felicidade.

Sou capaz de ensinar coisas que nem aprendi.
Sou capaz de pedir perdão pelo que não fiz.
Mas não sou capaz de achar justo pagar por erros que não cometi⁠.
Me recuso ao machado que insiste em cortar minha raiz.

O truque é sempre o mesmo:
Desvia-se o foco do ventrículo e as marionetes ganham vida.⁠

⁠Eu aprendi a apreciar
O intervalo entre uma dor e outra e chamá-lo de vida.

De pés no chão a professor




Fui criança de pés descalços,

sonhando com horizontes distantes.

Entre cadernos simples e risadas,

aprendi que o saber abre caminhos.




A vida me moldou em silêncio,

com desafios, quedas e recomeços.

E em cada passo, em cada lição,

crescia também minha paixão.




Hoje, ao entrar em sala de aula,

carrego comigo aquela criança.

Sou professor — fruto da esperança,

carregando no peito ainda o sonho de criança.




Lembro-me da primeira escola, e também da primeira professora,

Era um mundo novo e imenso,

mas cabia inteiro na palma da mão,

entre letras trêmulas e números tímidos,

nascia o sonho, brotava a paixão.




Mas, como nem tudo são flores

Veja bem a situação,

Me entrou na mente

Que ali não era o meu lugar,

E a escola naquele ano deixei de frequentar.




Mas como o destino estava traçado

Para a escola voltei,

carregado de histórias, sonhos e esperanças

de quem passou a acreditar na educação

É sentir que cada lição do passado

me preparou para estar aqui, presente.




Não esqueço de uma frase que minha mãe sempre falava “ quero ver um filho meu formado”

era um sonho costurado com amor,

era a esperança de dias melhores.

Para aquele menino de pés no chão

Não era só um diploma,

Mas a oportunidade de transformar a vida com dignidade.




Com isso me fez perceber que a vitória não era só minha e sim dela também.

Hoje me vejo um homem realizado,

Bem vestido e bem calçado,

Mas jamais esquecerei do meu passado

De um menino de pés no chão,

De um sonho de uma mãe profetizado,

Do barro nasceram meus passos,

do estudo, a esperança cresceu.

E hoje, com orgulho e amor,

o menino tornou-se professor.

Maurilio de Jesus.