Os Velhos Carlos Drummond de Andrade

Lembrar de uma mulher em data comemorativa é fácil.
Quero ver honrar e amar a mesma todos os dias.

Guria, talvez dois corações sejam tão poucos pra gente se amar.

E que seja sempre assim. Eu, tu, um mate e o nosso amor.

A alegria do mate constitui em tomá-lo junto a ti.

Nem mil mates compensam a falta que tu me faz.

Depois de ti, o mate nunca mais teve o mesmo sabor
E o coração, coitado.. Nunca mais se apaixonou.

Eu, tu, o pingo, o mate..
e muito amor pra nós três

Seja como for, mas seja sempre com muito mate, churrasco e amor.

Se não fosse tão complicado "eu e tu" seríamos "nós".

A chuva me traz a saudade.
O mate me traz o sabor.
O sabor me traz a lembrança,
dos beijos do meu amor.

Tu é o chuchu que faltava na minha cerca.

Na espera de um "eu te amo" acompanhado de um mate quente na mão.

Eu sinto.
Tu sente.
A gente esconde.
E os dois sofrem.

— E o coração, como tá?
— Bah...

Tem eu.
Tem amor.
Tem um mate.
Só falta tu.
— Vem?

Eu sou forte,
mas quando se trata de ti…
Bah.. (suspiros).

Tchê, sábado à noite e tu em casa, de duas uma:
Ou tu foi feito pra casar ou tu tá encalhado mesmo!

Um frio, um pensamento e um mate.
Meu amor eu te digo: és tu quem eu amo de verdade!

Amor, mate, e umas milongas pra gente escutar...

Tu és "um amor" mas pena que não és o "meu amor."