Os Velhos Carlos Drummond de Andrade
Eu insisto e não desisto, a despeito de qualquer sacrifício. E não é porque eu sou forte não, é porque eu sei onde está a minha felicidade.
Minha poesia é a tentativa frustrada de tentar exprimir o que se passa aqui dento, quando te vejo sorrir...
As pessoas se machucam para impor as suas convicções... não conseguem perceber que os valores não são delas, são do tempo...
Diálogo não é quando dois falam, isso é dueto. Diálogo é quando os dois escutam, dispostos a refletir a fala alheia e se reconstruir a partir dessa troca.
Esse jardim de sentimentos rebentando em meu peito, é seu. Foi você quem plantou, agora podes colher...
Hoje ela acordou e ao levantar da cama viu que seus chinelos não estavam lá no "pé" da cama onde ela sempre os deixa, quando chegou no banheiro também não o viu e quando passou pela sala percebeu que a janela estava aberta mas nada de achar ele, procurou na cozinha, na varanda e quando desistiu de procurar, voltou ao quarto e viu que ele estava embaixo da cama.
É inevitável remediar os fatos, reinventar os traços e seguir viagem. A vida pede continuidade embora o sol esteja escondido por detrás das nuvens, as estrelas omissas pela escuridão da noite e o mar envolto pela braveza da tempestade. É arriscado seguir o curso do rio, mas necessário seguir a rota; o fim faz parte de toda modalidade da existência configurando a memorização fatal da humanidade diante da sua impotência de decidir se sim ou se não.
Somos quem somos e nada seremos se tentarmos ser quem não vemos. A vida segue seu curso e a naturalidade das coisas nos remete o que é necessário que seja, independente de tentarmos fugir no nosso verdadeiro eu. A carta será aberta e a verdade revelada aos nossos olhos, e diante do refluxo de existir, vomitamos toda podridão humana em tentar parecer o que nos transpassa a alma e agonizantemente sufoca o espírito.
“Estamos em constante busca de incertezas.
Por vezes somos levados pelos pensamentos como um rio desbravando as margens de nós mesmos. Ás vezes perdidos entre curvas, separados entre pontes, mas sempre fluindo a contornar obstáculos, correndo manso em águas calmas ou em bravos mares até desafogar em corações oceano que de tão profundos abrangem afetos límpidos em amores raros.”
Viviane Andrade
EU ERA FELIZ E NÃO SABIA
Uma casinha branca no alto da serra com janelas de varanda e porta de entrada sempre aberta como um sinal de boas vindas. O cenário talvez não seja o mais belo que os meus olhos já viram, mas a felicidade era vista em cada canto que se olhava. Dali podia-se contemplar toda a chapada e ao entardecer as luzinhas da cidade ao longe se confundiam com o brilho dos vagalumes que por ali voavam. No terreiro a molecada a jogar bola. Na porta de entrada, sentados na escada os mais velhos se reuniam para uma prosa. Ainda ouço as gargalhadas dos causos que se contavam em torno das experiências do dia. Ali o tempo parava e o caminhar das horas ninguém sentia. Risos e prosa eram silenciados pelo canto das cigarras anunciando o entardecer e no quintal as galinhas começavam a se empoleirar nos viveiros para o merecido descanso dando o toque de recolher. Eu aproveitava cada segundo antes do anoitecer. Os balanços de corda improvisados no pé de Flamboyant balançavam num vai e vem como que embalando sonhos no meu coração. As cordas eram as mesmas que amarravam as vacas para a ordenha ao raiar de um novo dia. Ali era um pedacinho do céu, não tinha luxo ou vaidade, mas era o reduto do amor e da felicidade. Na memória a saudade da infância que tive um dia e a certeza de que eu era feliz e não sabia.
Viviane Andrade
Agradeça à todas as pessoas que lhe fizeram sofrer. Sem elas você não teria metade da força que tem.
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