Operário

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O operário que quer fazer o seu trabalho bem deve começar por afiar os seus instrumentos.

Perguntas de um Operário Letrado

Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Índias
Sozinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas

O Operário em Construção

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
– Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
– Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8.

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão –
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
– Exercer a profissão –
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.

E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:

Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.

Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
– "Convençam-no" do contrário –
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.

Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
– Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

– Loucura! – gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
– Mentira! – disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.

Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.

Pensar é ser engenheiro, agir é ser o operário.

O que hoje existe não é comunidade, é simplesmente rebanho. Os homens se unem porque têm medo uns dos outros e cada um se refugia entre seus iguais: rebanho de patrões, rebanho de operários, rebanho de intelectuais... E por que têm medo? Só se tem medo quando não se está de acordo consigo mesmo.

Um operário que interpreta como um ator será respeitado como um ator.

Se não fosse artista eu seria apenas um simples operário e faria o que todo mundo faz. Dormir, trabalhar e comer. Oh! Quem me dera ser assim. Ter uma casinha com muitos filhos, uma esposa para amar e um trabalho estável. Sair à rua de vez em quando com a família ou participar de um churrasco entre colegas de trabalho para conversar sobre futebol ou discutir política mesmo sem nada entender e por fim dar muitas gargalhadas das situações que não entendemos.

Nasci pobre e por isso me disseram que eu não poderia ser poeta, mas sim operário. Por isso que trabalho para a literatura; faço 8 poesias por turno e bato meus três pontos de caneta na mão.

Senhora mulher

Você que traz no ventre desde o imperador ditador cruel e homicida, o operário madrugador e simples, o empresário cego e doente por lucros e até mesmo o salvador dos homens.

Você mãe, irmã, avó, noiva, esposa e amante; daríamos – se nos fosse pedido- o próprio coração ao invés de uma mera costela para que fosses criada, por tamanha gratidão, devoção e amor por ti.

De ti nascemos e em ti morremos, porque vemos até mesmo na morte a figura de uma linda e frágil mulher, que com o toque de suas finas mãos, fecha nossos olhos o nos põe a dormir o sono sem fim, como mãe atenciosa que coloca com todo o cuidado e carinho o filho na cama depois que este, pegou no sono.

Você é quem governa o mundo. Assim, enquanto houver um coração feminino batendo vivo cheio de amor e singeleza, haverá esperança de vida para o mundo triste e perdido dos homens.

⁠A Anitta não é apenas uma artista. Ela é empresária da carreira dela, ela é um operário em cima dessa indústria. Isso eu acho que é um dos diferenciais dela, porque eu não vejo que todos os artistas se enxergam como trabalhador.

⁠A casa da minha avó.
Casa simples num bairro operário, muro baixo, porta de duas folhas e nela meu avô olhando para as nuvens e prevendo chuva, homem alto e forte, óculos grosso ,emoldurando os olhos azuis. sala com cortinas de chita coloridas, rádio em alto volume tocando uma moda de viola ou futebol. Minha avó na cozinha, sempre agitada e ranzinza, coitada ,nunca foi de carinhos ,talvez porque não sabia. O carinho dela era fazer o que comer ,uma polenta fresquinha, ou um doce de laranja. Meu lugar preferido era o quarto da tia, uma colcha de retalhos sobre a cama ,e uma pilha de fotonovelas e gibis. Foi ali que aprendi a ler e a viajar ,foram muitas e muitas horas por dia naquele quarto .Lá fora ,no quintal, um quarador de grama ,roupas colocadas ali para branquear ao sol, laranjeiras lima ,baia e cavalo ,um pé de uvaia carregadinho. Lugar de brincar com a irmã e primos. Mas minha lembrança mais querida era o jardim da tia. Esporinhas rosas, brancas e azuis, margaridas , flores amarelas .Um pinheiro (faia)que dava umas bolinhas espinhudinhas. Mas o cheiro e a beleza do manacá ,são das minhas lembranças aquilo que mais me emocionam.Saudades.

⁠DESABAFO DE UM OPERÁRIO

Nós somos a voz que grita, sem ser ouvida.
Fomos a cantiga em choros, sem ser sentida.
Nós temos sido os mais miseráveis nesta vida,
Os mais tristes, encovados, e mais despresíveis.

Tu e eu somos pedaços partidos,
Nós somos um verso quebrado.
Míseros e não escrítos, encanecidos
No abismo de um papel esquecido.

O empresário e o seu empregado

O operário chegou ao seu patrão e perguntou-lhe:
- Meu patrão, com todo respeito, gostaria de lhe fazer uma pergunta: eu sou uma pessoa bonita, as mulheres me olham bastante, mas nunca recebo um convite dos amigos e nem de ninguém para participar de algo interessante. No entanto, percebo que o senhor é cheio de convites. Será que eu tenho algum defeito?
- Seu defeito é a falta de dinheiro. - Respondeu-lhe o seu chefe.

Inserida por Valdirdomiciano

Sou apenas um operário e Deus é o dono da fábrica.

Inserida por EricoTeixeira

Líder operário, nem um pouco idealista...
Uniu intelectuais e trabalhadores...
Iludindo e mistificando a todos...
Seguindo o seu projeto pessoal.

Inventou um partido político...
Na contramão da História...
Alçando-se como grande estadista...
Celebrou alianças espúrias...
Inaugurando uma forma de fazer política
Onde a ética, moral pública e democracia foram alijadas.

Levou para o governo programas de seu antecessor
Única forma de inspirar credibilidade...
Levou avante seu plano de poder
Liberandoverbas assistencialistas...
Aparelhou o Estado e cooptou apoios oportunistas.

Duas vezes eleito, mesmo após o escândalo,
Alegou, covardemente, traição e ignorância.

Símbolo de um partido sem ética,
Iludiu mais uma vez milhões de incautos...
Levando "sua criatura" a sucedê-lo.
Virou um mito populista e se julgou "deus"...
Até que o destino lhe passou uma boa rasteira...

Inserida por llbarreto

A relação entre o botão e a explosão.

Certa vez, um operário de uma empresa foi pago para apertar um botão para uma máquina sempre funcionar. Ele, sem saber, fazia seu trabalho impecavelmente, pois precisava do dinheiro para sustentar sua família. O patrão escolheu o funcionário, pois saberia que ele faria o trabalho. A máquina em questão era uma máquina que auxiliava na montagem de bombas nucleares, as quais seriam usadas para uma guerra que estava próxima. Quando a guerra começou, o funcionário foi parabenizado pela excelência de seu trabalho. E descobriu para que servira tal botão. As bombas dizimaram cidades inteiras, e o funcionário, sentindo remorsos, conseguiu um outro emprego. Pagaria menos, mas não queria sangue nas mãos.

A lógica toda é simples, cada ação ruim, sem dúvidas começa com uma simples e boa atitude que, após o tempo, pode ser interpretada como ruim. Apertar um botão matará milhões a longo prazo. Como um "eu te amo" pode se tornar ódio a longo prazo da mesma maneira.

Inserida por VonNeumann

Quando falamos em exemplo de fé, sempre teremos a sagrada família como espelho.
São José Operário é um grande exemplo aos homens vivente da fé cristã.
São José é um exemplo de esposo, um exemplo de paternidade, um exemplo de persistência, de sensibilidade ao Espírito Santo.

Qualquer um que trabalhe na construção de sorrisos é operário de um mundo melhor.

Inserida por leiltonlima

A burguesia defender seus próprios interesses é justificável. O que não é justificável é o operário, com sua benevolência, defender este monstruoso sistema que se chama capitalismo.

Inserida por AlexandreSantosAS

E tem também o “eu operário”,
Todo dia em busca de salário,
Amigos, colegas, também operários,
Em busca das coisas simples,
E em dívidas em tudo
Até com sua própria língua
Língua portuguesa
Operário.

Ao esquentar seus pratos,
Os operários também,
Sonham com suas amadas,
E soluçam aos prantos,
Por não terem ninguém.

Ouvindo baladas bregas,
O intelectual operário,
Sofre enquanto chove,
Em seu mundo interno,
Poesias, versos e
Dos colegas intrigas.

Operários são formigas,
Cada um no seu destino
De só viver para o trabalho,
Até parece castigo,
Trabalham e quase nunca
Tem as realizações
Como suas Francas Amigas.

Operários, um poeta do pão de cada dia,
Um ser, viver, trabalhar,
Um fazedor da vida em poesia,
Nessa vida, um eterno poetar.

Inserida por Edu110175