Ondas do Mar
Ela é como um mar de poesias
Ondas fortes e cheia de mistérios
Um mar revolto longe do cais
E eu corajoso marinheiro que sou
Com meu barquinho remo ao encontro do seu porto
Que é o seu corpo.
Minha cabeça virou nuvens
E deixou-se se levar,
Pela tal brisa do vento
Me perdi, não sei me achar
Fui querer vomitar frases
Que não queriam pular,
Como andar no sol em chamas
Derreti o meu olhar.
Um poeta sem palavras,
Um passo a passo sem chão,
Um passarinho sem asas,
Uma estrela sem clarão,
É igual juntar pedrinhas
Desenhar com elas no ar,
As ondas ondas do mar, pulsantes,
Que só queriam voar.
Esperança
Meus passos na areia...
Desaparecem pouco a pouco...
Na vida... tudo é o tempo de um sopro.
No vai e vem das ondas...
O mar num eterno ir e vir...
Impressão: seu movimento é eterno... o fim nunca irá atingir.
Será?
Malabaristas que somos.
Pra onde exatamente vamos?
Iludimo-nos a cada dia que nasce...
Uma esperança louca que em nós renasce.
Intrusa hostil.
Sentimento infantil...
Esperança... sim, não passa de coisa de criança.
Mas... como sem ela viver?
Iríamos muito mais rápido apodrecer.
